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Inclusão em saúde: identificando as barreiras que dificultam o acesso dos brasileiros

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No Brasil, o princípio da universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS) é um marco fundamental, assegurando que todos os cidadãos tenham direito à atenção médica integral e gratuita. Entretanto, apesar desse ideal, inúmeros brasileiros ainda enfrentam barreiras significativas que limitam sua capacidade de usufruir plenamente dos serviços de saúde. Compreender esses entraves é um passo essencial para promover políticas mais inclusivas, capazes de garantir atendimento de qualidade e equitativo a todas as camadas da população.

Disparidades regionais e desigualdades socioeconômicas
O acesso aos serviços de saúde não é uniforme ao longo do território nacional. Regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos carecem de profissionais qualificados, infraestrutura adequada e insumos básicos, gerando um abismo entre as possibilidades de cuidados disponíveis aos moradores de áreas rurais ou periféricas e aqueles que vivem em regiões metropolitanas. Além disso, as desigualdades socioeconômicas contribuem para que parcelas vulneráveis da população — como pessoas de baixa renda, idosos, indivíduos com deficiência e grupos étnico-raciais historicamente marginalizados — enfrentem maiores dificuldades para chegar até as unidades de saúde, custear transporte, obter medicamentos e realizar exames.

Longas filas, espera por especialidades e falta de insumos
A falta de coordenação e integração da rede de serviços, aliada ao subfinanciamento crônico, leva a longas filas de espera, principalmente para consultas especializadas e procedimentos cirúrgicos. De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina, milhões de brasileiros aguardam meses ou até anos por atendimento especializado, o que pode agravar quadros de saúde e aumentar os custos futuros do sistema. A carência de insumos e a defasagem de equipamentos tecnológicos também comprometem a eficácia do cuidado, resultando em diagnósticos tardios e atrasos no tratamento.

Comunicação, cultura e informação
Aspectos socioculturais também influenciam o acesso ao sistema de saúde. Barreiras linguísticas, dificuldades de compreensão de orientações médicas, baixo nível de escolaridade e falta de materiais informativos adequados dificultam a adesão a tratamentos e à promoção da saúde. Comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, por exemplo, podem encontrar obstáculos adicionais, já que muitas vezes não há uma adaptação adequada do cuidado de saúde às suas línguas, costumes e práticas culturais.

Atenção primária como pilar de inclusão
Fortalecer a atenção primária à saúde é um caminho promissor para superar barreiras de acesso. Unidades Básicas de Saúde (UBS) bem estruturadas, com equipes multidisciplinares, podem resolver grande parte dos problemas de saúde antes que se tornem mais complexos, reduzindo a necessidade de encaminhamento para serviços mais caros e escassos. Ao ampliar a resolutividade da atenção primária e integrá-la a outros níveis de cuidado, melhora-se a eficiência do sistema como um todo, assegurando que pacientes tenham acompanhamento contínuo e mais próximo de casa.

Inovação, políticas públicas e participação social
O uso de tecnologia, como a telemedicina e prontuários eletrônicos, pode encurtar distâncias, otimizar recursos e agilizar atendimentos, minimizando as lacunas entre a população e o serviço de saúde. Ao mesmo tempo, a construção de políticas públicas inclusivas demanda um diálogo amplo, envolvendo gestores, profissionais de saúde, pesquisadores, sociedade civil e representantes dos usuários. A participação social é crucial para que sejam mapeadas as necessidades reais da população, incorporando-as no processo de tomada de decisão e permitindo ajustes constantes na oferta de serviços.

Rumo a um sistema mais justo e inclusivo
Promover a inclusão em saúde no Brasil é um desafio que requer uma abordagem multifacetada. Ao enfrentar as barreiras regionais, socioeconômicas, culturais e estruturais, o país pode caminhar em direção a um sistema mais justo, equilibrado e eficiente. Somente por meio de planejamento estratégico, financiamento adequado, integração entre serviços, incentivo à participação social e uso inteligente da tecnologia será possível garantir que o ideal da universalidade se traduza em realidade para cada brasileiro, independentemente de onde vive ou de sua condição social.


Fonte: Futuro da Saúde – Inclusão em saúde: barreiras de acesso dos brasileiros

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Cabines médicas inteligentes: como a parceria entre AstraZeneca e h.ai promete revolucionar o atendimento em saúde

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A adoção de tecnologias avançadas em saúde vem transformando a forma como pacientes e profissionais interagem. Nesse contexto, surgem as cabines médicas inteligentes, soluções que aliam equipamentos de diagnóstico de ponta, inteligência artificial (IA) e conectividade para oferecer consultas rápidas e eficientes. Um exemplo inovador é a colaboração entre a farmacêutica AstraZeneca e a startup h.ai, que busca expandir o uso dessas cabines em diferentes cenários, promovendo acessibilidade e qualidade de atendimento.

O que são cabines médicas inteligentes?

As cabines médicas inteligentes são módulos equipados com dispositivos para a realização de exames básicos, como aferição de pressão, medição de temperatura, oximetria de pulso e até coleta de amostras para análises laboratoriais iniciais. Além disso, contam com sistemas de telemedicina e inteligência artificial, permitindo que o paciente receba orientações de um profissional de saúde a distância ou por meio de um algoritmo especializado.

Características principais:

  • Equipamentos de monitoramento integrados: Os dados coletados (pressão arterial, saturação de oxigênio, batimentos cardíacos etc.) são enviados automaticamente para sistemas de IA ou médicos remotos.
  • Atendimento rápido e seguro: Ideal para regiões onde o acesso a clínicas e hospitais é limitado ou para empresas que desejam oferecer assistência ocupacional in loco.
  • Telemedicina e triagem automática: Dependendo do resultado dos exames, o paciente pode ser encaminhado a um especialista, marcar consultas presenciais ou receber uma prescrição de forma ágil.

A colaboração entre AstraZeneca e h.ai

A AstraZeneca, multinacional reconhecida por inovações na área farmacêutica, aliou-se à h.ai, startup especializada em tecnologias de saúde digital. Essa parceria objetiva:

  1. Escalar a implementação das cabines em diferentes contextos: De centros urbanos até regiões remotas.
  2. Fomentar pesquisas e aprimorar algoritmos de IA: Tornando os diagnósticos mais precisos e reduzindo o tempo de resposta para cada paciente.
  3. Promover integração com outros serviços de saúde: Ao conectar-se a prontuários eletrônicos, sistemas de agendamento e plataformas de gestão hospitalar, facilita-se a continuidade do cuidado.

Benefícios e impacto na saúde

  1. Acesso a populações desassistidas: As cabines podem ser instaladas em locais distantes, sem infraestrutura de atendimento médico robusta, oferecendo suporte básico e encaminhamento seguro para casos mais complexos.
  2. Redução de filas em pronto-socorros: Ao direcionar pacientes que não necessitam de atendimento de urgência para a cabine, é possível aliviar a sobrecarga em hospitais e unidades de pronto atendimento.
  3. Melhoria na gestão de crônicos: Pessoas com doenças como diabetes, hipertensão e asma podem monitorar seus parâmetros de saúde com mais frequência, recebendo alertas e orientações personalizadas quando há alterações de risco.
  4. Economia de recursos: A triagem rápida e eficiente diminui custos operacionais de deslocamentos, internações e exames repetitivos, além de contribuir para um diagnóstico precoce que evita complicações.

Desafios a serem superados

  • Conectividade e infraestrutura: Em áreas rurais ou zonas carentes de rede de dados, é fundamental garantir banda larga ou rede móvel estável para manter o funcionamento das cabines.
  • Segurança de dados: A coleta e transmissão de informações médicas sensíveis exigem protocolos de criptografia e adequação à legislação de proteção de dados.
  • Capacitação de profissionais e usuários: É necessário treinar equipes de saúde e pacientes sobre o uso correto dos dispositivos, interpretando relatórios e garantindo o devido encaminhamento após o atendimento.

Futuro das cabines médicas

À medida que a tecnologia avança, as cabines médicas inteligentes têm potencial de se tornar ainda mais sofisticadas, incluindo recursos de imagem avançada (como ultrassonografia básica), testes laboratoriais mais abrangentes e até módulos para pequenas intervenções. Com parcerias como a da AstraZeneca e h.ai, o Brasil pode assumir uma posição de destaque na implantação de modelos de saúde digital, abrindo caminho para novas possibilidades de cuidado que aliem agilidade, prevenção e sustentabilidade no setor.


Fonte: Futuro da Saúde – Cabines médicas AstraZeneca h.ai

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Mais casos de câncer de mama são detectados quando IA é empregada no exame, aponta estudo

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Um novo estudo sugere que a adoção de inteligência artificial (IA) no exame de mamografia pode levar à detecção de um número maior de casos de câncer de mama em comparação às análises feitas exclusivamente por especialistas humanos. A pesquisa reforça o potencial da tecnologia como ferramenta complementar para o diagnóstico precoce, destacando a importância de recursos que auxiliam os radiologistas em seu trabalho cotidiano.

Como a IA atua no diagnóstico

Sistemas de IA funcionam por meio de algoritmos de aprendizado de máquina capazes de “aprender” a identificar padrões em milhares de imagens. Ao analisar uma mamografia, o software consegue sinalizar regiões com possíveis anomalias, como microcalcificações ou massas suspeitas, que podem indicar a presença de um tumor.

  • Velocidade e precisão: A IA filtra imagens em alta velocidade, destacando alterações mínimas e aumentando a chance de descobrir o câncer ainda em estágios iniciais.
  • Auxílio à decisão médica: A responsabilidade final pelo laudo permanece com o radiologista, mas as ferramentas de IA ajudam a reduzir a possibilidade de falsos-negativos e a confirmar achados duvidosos.

Vantagens para pacientes e profissionais

  1. Detecção precoce: Identificar o câncer ainda em fase inicial é fundamental para melhorar as chances de cura e reduzir a agressividade do tratamento.
  2. Redução de erros: O auxílio tecnológico pode mitigar o cansaço e a variabilidade humana, comuns em leituras extensas de imagens.
  3. Maior acesso à saúde de qualidade: Em locais com poucos especialistas em radiologia, a IA pode contribuir para uniformizar o padrão de atendimento, tornando o rastreamento mais confiável.

Desafios e perspectivas

  • Capacitação e adoção: Profissionais precisam se familiarizar com as novas ferramentas, entendendo suas limitações e vantagens.
  • Privacidade de dados: A troca e o armazenamento de imagens requerem protocolos de segurança robustos para proteger informações sensíveis dos pacientes.
  • Aprimoramento contínuo: À medida que mais exames são analisados, o algoritmo se “aperfeiçoa” e torna o diagnóstico ainda mais acurado. No entanto, é crucial que as bases de dados representem diferentes grupos populacionais, evitando vieses ou conclusões equivocadas.

A incorporação da inteligência artificial à mamografia representa um marco na luta contra o câncer de mama. Com a capacidade de potencializar a triagem e oferecer suporte ágil e preciso aos radiologistas, a tecnologia aponta para um futuro em que mais pacientes terão suas lesões identificadas precocemente, elevando as chances de êxito no tratamento.


Fonte: Época Negócios – Casos de câncer de mama são encontrados em maior quantidade quando IA é usada em exame, indica estudo

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Presidente sanciona lei que torna obrigatório o exame para fibrodisplasia ossificante em recém-nascidos

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A fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP) é uma doença genética rara e incapacitante que pode levar à formação de ossos em locais onde normalmente existem tecidos moles, como músculos e tendões. Em uma iniciativa que reforça a importância do diagnóstico precoce de enfermidades raras, o Presidente da República sancionou a lei que inclui o teste de FOP no rol de exames obrigatórios para todos os recém-nascidos no país.

O que é a fibrodisplasia ossificante progressiva

A FOP é caracterizada por uma mutação que desencadeia o crescimento anormal de tecido ósseo fora do esqueleto. Esse processo pode ser estimulado por traumas ou até mesmo por procedimentos médicos invasivos, causando perda progressiva dos movimentos. Apesar de ser extremamente rara, a identificação precoce pode ajudar a evitar intervenções inadequadas (como biópsias desnecessárias) e orientar os cuidadores sobre cuidados essenciais no manuseio da criança.

Principais características da doença:

  • Rigidez progressiva em articulações devido à formação de ossos extra.
  • Episódios de “chama inflamatória”, que são surtos de dor e inchaço, podendo evoluir para ossificação.
  • Risco de complicações respiratórias, se houver ossificação na região torácica.

Por que o exame se tornou obrigatório

A nova lei coloca o exame de FOP entre os testes de triagem neonatal (os chamados “testes do pezinho ampliados”). A obrigatoriedade atende à demanda de associações de pacientes e especialistas, que há anos defendiam a inclusão do teste no protocolo de triagem neonatal. Além de possibilitar o diagnóstico precoce, a medida:

  1. Impede procedimentos invasivos equivocados
    Crianças com FOP muitas vezes passam por biópsias por falta de conhecimento sobre a doença, o que pode agravar o quadro. Com o diagnóstico na maternidade, esse risco diminui.
  2. Facilita a orientação aos pais
    Ao confirmarem o diagnóstico logo após o nascimento, os profissionais de saúde podem orientar a família sobre cuidados, fisioterapia e possíveis manejos para retardar a progressão da ossificação.
  3. Integração ao SUS
    Com o exame incluído na rotina de testes obrigatórios, estados e municípios devem se adequar, garantindo acesso universal e equitativo ao diagnóstico, conforme os princípios do Sistema Único de Saúde.

Como será a realização do teste

Assim como os demais exames de triagem neonatal, o teste para FOP tende a ser feito por meio de coleta de sangue do calcanhar do recém-nascido. A análise será capaz de detectar o gene mutante responsável pela doença. A iniciativa segue modelos semelhantes a outros testes do pezinho ampliados, como os que identificam doenças metabólicas, endócrinas e genéticas.

Passos para efetivação da lei:

  • Adequação dos laboratórios de referência para analisar amostras específicas de FOP.
  • Treinamento de profissionais de saúde e agentes comunitários para esclarecer a população sobre o exame.
  • Atualização de sistemas e prontuários eletrônicos para registro dos resultados.

Desafios e perspectivas

Embora a aprovação da lei seja um passo histórico na triagem neonatal de doenças raras, alguns desafios precisam ser superados:

  • Capacidade de atendimento: O país terá de organizar a rede laboratorial e de serviços de genética para analisar o grande volume de amostras.
  • Formação de profissionais: Médicos e enfermeiros precisam receber capacitação para entender a FOP e manejar corretamente os resultados.
  • Encaminhamento de casos confirmados: As crianças diagnosticadas devem ser direcionadas a centros especializados e receber acompanhamento multidisciplinar (ortopedistas, geneticistas, fisioterapeutas, etc.).

A perspectiva é de que, com a implementação efetiva da lei, o Brasil se torne um modelo regional no rastreamento de doenças raras, proporcionando diagnóstico precoce e intervenções mais precisas. Para as famílias, essa medida representa a possibilidade de um cuidado direcionado desde os primeiros dias de vida, reduzindo riscos e melhorando a qualidade de vida no longo prazo.


Fonte:
Ministério da Saúde – Presidente sanciona lei que torna exame para fibrodisplasia ossificante obrigatório para recém-nascidos

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