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Cirurgias passam a integrar o Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE)

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O Ministério da Saúde deu mais um passo na ampliação do cuidado à população ao anunciar que algumas cirurgias agora passam a compor o Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE). A iniciativa tem como principal objetivo diminuir filas de espera, agilizar procedimentos de média e alta complexidade e garantir que pacientes recebam atendimento especializado de forma mais eficiente.

O que é o PMAE

O Programa Mais Acesso a Especialistas foi criado para conectar pacientes a serviços especializados dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio de parcerias e investimentos direcionados, o PMAE busca otimizar o fluxo de encaminhamento médico, evitando demoras e burocracias que muitas vezes prejudicam diagnósticos e tratamentos em tempo hábil.

Por que incluir cirurgias

A decisão de incorporar determinados procedimentos cirúrgicos ao PMAE é baseada na alta demanda existente em diversas regiões do país e no impacto que a demora em realizar a cirurgia pode ter na qualidade de vida do paciente. Ao acelerar a realização de procedimentos agendados, o Ministério da Saúde visa:

  • Reduzir filas de espera: Garantir que pacientes não fiquem longos períodos aguardando pelo procedimento, o que pode agravar o quadro clínico.
  • Melhorar o atendimento especializado: Estreitar o contato entre pacientes, médicos e centros cirúrgicos, permitindo um cuidado mais integrado.
  • Racionalizar recursos: Otimizar a distribuição de verbas e pessoal, direcionando serviços de forma mais eficaz e transparente.

Benefícios para o paciente e para o sistema de saúde

  1. Agilidade no agendamento: Com a inclusão das cirurgias no PMAE, a expectativa é que se torne mais fácil identificar vagas disponíveis em diferentes hospitais e instituições conveniadas, acelerando a marcação do procedimento.
  2. Menos complicações de saúde: A redução no tempo de espera pode evitar complicações, oferecendo maior chance de recuperação e diminuindo a necessidade de internações prolongadas.
  3. Economia de recursos: Tratamentos feitos na hora certa reduzem a probabilidade de gastos com cuidados de maior complexidade no futuro, beneficiando tanto o sistema de saúde quanto o paciente.

Foco em eficiência e regionalização

O PMAE também trabalha com a lógica de regionalização, isto é, procura direcionar os procedimentos para locais onde a infraestrutura já esteja preparada, evitando deslocamentos desnecessários. Esse planejamento territorial visa otimizar o uso de centros cirúrgicos, equipes médicas e recursos materiais.

Como ter acesso

Pacientes que necessitem das cirurgias agora incluídas no PMAE devem:

  • Consultar a Unidade Básica de Saúde (UBS): A UBS e o profissional de saúde local vão encaminhar o paciente para a especialidade ou centro cirúrgico adequado.
  • Aguardar o contato da central de regulação: Uma vez inscrito no programa, o paciente será informado sobre datas, locais de atendimento e documentos necessários.
  • Seguir acompanhamentos e orientações: Antes e depois da cirurgia, é fundamental manter a rotina de retorno à UBS e seguir as recomendações médicas para garantir a recuperação e evitar complicações.

Uma conquista para a saúde pública

A integração de cirurgias ao Programa Mais Acesso a Especialistas representa um marco no aprimoramento do SUS. Ao focar na redução de filas e agilizar a assistência especializada, o Ministério da Saúde fortalece o compromisso de levar atendimento digno e resolutivo a toda a população. A expectativa é que, com planejamento e constante avaliação de resultados, essa expansão do PMAE consiga impactar positivamente a vida de milhares de brasileiros.


Fonte: Ministério da Saúde – Cirurgias passam a compor o Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE)

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USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

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Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

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Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

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Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

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SBCO Revela: 90% dos Pacientes Oncológicos Passam por Cirurgia, Mas Investimento em Cirurgias Fica Abaixo de 30% do Total em Oncologia no Brasil

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) divulgou dados recentes que destacam o papel central da cirurgia no tratamento do câncer e apontam para o desequilíbrio nos investimentos atuais em Oncologia no Brasil. Aproximadamente 90% dos pacientes oncológicos passam por algum tipo de cirurgia ao longo da sua jornada clínica, seja para diagnóstico, estadiamento, tratamento curativo ou paliativo.

Segundo Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, cerca de 60% dos pacientes oncológicos recebem tratamento cirúrgico em algum momento, mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente por cirurgia, e 80% dos casos envolvem procedimentos curativos ou paliativos. Apesar disso, os dados do DATASUS mostram que, em 2023, foram investidos R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 1,5 bilhão em cirurgias oncológicas e R$ 665 milhões em radioterapia.

“Há um desequilíbrio claro entre esses três pilares do tratamento do câncer. O investimento global ainda é insuficiente para lidar com a segunda maior causa de morte no mundo,” alerta Pinheiro.

A Necessidade de Ampliação e Redirecionamento dos Investimentos

Além de aumentar os investimentos em todos os setores da Oncologia, o presidente da SBCO reforça a importância de redirecionar os recursos para ações preventivas e de rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência da doença e os custos associados. Atualmente, grande parte dos recursos é destinada a tratamentos avançados, de alto custo e resultados clínicos limitados.

A concentração dos centros de assistência ao câncer no Sul e Sudeste do país também é motivo de preocupação, pois limita o acesso para pacientes de outras regiões, criando desigualdades que impactam diretamente o prognóstico. “O CEP do paciente muitas vezes determina o desfecho da doença,” ressalta Pinheiro.

Caminhos para o Fortalecimento da Oncologia no Brasil

Entre as estratégias recomendadas estão:

  • Fortalecimento da cirurgia oncológica com treinamento contínuo e atualização dos profissionais;
  • Criação e integração de redes hospitalares eficientes, com centralização de casos complexos em centros de referência;
  • Valorização e fortalecimento do SUS, reconhecido como o maior sistema público de saúde do mundo;
  • Melhoria da gestão e governança tanto no sistema público quanto no suplementar;
  • Incentivo à inovação em técnicas, tecnologias e modelos assistenciais para ampliar a eficácia e acessibilidade dos tratamentos.

“Com esses avanços, poderemos oferecer um cuidado mais eficiente, humanizado e acessível, beneficiando milhares de pacientes em todo o país,” conclui Rodrigo Pinheiro.

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