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Cabines médicas inteligentes: como a parceria entre AstraZeneca e h.ai promete revolucionar o atendimento em saúde

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A adoção de tecnologias avançadas em saúde vem transformando a forma como pacientes e profissionais interagem. Nesse contexto, surgem as cabines médicas inteligentes, soluções que aliam equipamentos de diagnóstico de ponta, inteligência artificial (IA) e conectividade para oferecer consultas rápidas e eficientes. Um exemplo inovador é a colaboração entre a farmacêutica AstraZeneca e a startup h.ai, que busca expandir o uso dessas cabines em diferentes cenários, promovendo acessibilidade e qualidade de atendimento.

O que são cabines médicas inteligentes?

As cabines médicas inteligentes são módulos equipados com dispositivos para a realização de exames básicos, como aferição de pressão, medição de temperatura, oximetria de pulso e até coleta de amostras para análises laboratoriais iniciais. Além disso, contam com sistemas de telemedicina e inteligência artificial, permitindo que o paciente receba orientações de um profissional de saúde a distância ou por meio de um algoritmo especializado.

Características principais:

  • Equipamentos de monitoramento integrados: Os dados coletados (pressão arterial, saturação de oxigênio, batimentos cardíacos etc.) são enviados automaticamente para sistemas de IA ou médicos remotos.
  • Atendimento rápido e seguro: Ideal para regiões onde o acesso a clínicas e hospitais é limitado ou para empresas que desejam oferecer assistência ocupacional in loco.
  • Telemedicina e triagem automática: Dependendo do resultado dos exames, o paciente pode ser encaminhado a um especialista, marcar consultas presenciais ou receber uma prescrição de forma ágil.

A colaboração entre AstraZeneca e h.ai

A AstraZeneca, multinacional reconhecida por inovações na área farmacêutica, aliou-se à h.ai, startup especializada em tecnologias de saúde digital. Essa parceria objetiva:

  1. Escalar a implementação das cabines em diferentes contextos: De centros urbanos até regiões remotas.
  2. Fomentar pesquisas e aprimorar algoritmos de IA: Tornando os diagnósticos mais precisos e reduzindo o tempo de resposta para cada paciente.
  3. Promover integração com outros serviços de saúde: Ao conectar-se a prontuários eletrônicos, sistemas de agendamento e plataformas de gestão hospitalar, facilita-se a continuidade do cuidado.

Benefícios e impacto na saúde

  1. Acesso a populações desassistidas: As cabines podem ser instaladas em locais distantes, sem infraestrutura de atendimento médico robusta, oferecendo suporte básico e encaminhamento seguro para casos mais complexos.
  2. Redução de filas em pronto-socorros: Ao direcionar pacientes que não necessitam de atendimento de urgência para a cabine, é possível aliviar a sobrecarga em hospitais e unidades de pronto atendimento.
  3. Melhoria na gestão de crônicos: Pessoas com doenças como diabetes, hipertensão e asma podem monitorar seus parâmetros de saúde com mais frequência, recebendo alertas e orientações personalizadas quando há alterações de risco.
  4. Economia de recursos: A triagem rápida e eficiente diminui custos operacionais de deslocamentos, internações e exames repetitivos, além de contribuir para um diagnóstico precoce que evita complicações.

Desafios a serem superados

  • Conectividade e infraestrutura: Em áreas rurais ou zonas carentes de rede de dados, é fundamental garantir banda larga ou rede móvel estável para manter o funcionamento das cabines.
  • Segurança de dados: A coleta e transmissão de informações médicas sensíveis exigem protocolos de criptografia e adequação à legislação de proteção de dados.
  • Capacitação de profissionais e usuários: É necessário treinar equipes de saúde e pacientes sobre o uso correto dos dispositivos, interpretando relatórios e garantindo o devido encaminhamento após o atendimento.

Futuro das cabines médicas

À medida que a tecnologia avança, as cabines médicas inteligentes têm potencial de se tornar ainda mais sofisticadas, incluindo recursos de imagem avançada (como ultrassonografia básica), testes laboratoriais mais abrangentes e até módulos para pequenas intervenções. Com parcerias como a da AstraZeneca e h.ai, o Brasil pode assumir uma posição de destaque na implantação de modelos de saúde digital, abrindo caminho para novas possibilidades de cuidado que aliem agilidade, prevenção e sustentabilidade no setor.


Fonte: Futuro da Saúde – Cabines médicas AstraZeneca h.ai

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USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

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Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

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Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

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Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

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SBCO Revela: 90% dos Pacientes Oncológicos Passam por Cirurgia, Mas Investimento em Cirurgias Fica Abaixo de 30% do Total em Oncologia no Brasil

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) divulgou dados recentes que destacam o papel central da cirurgia no tratamento do câncer e apontam para o desequilíbrio nos investimentos atuais em Oncologia no Brasil. Aproximadamente 90% dos pacientes oncológicos passam por algum tipo de cirurgia ao longo da sua jornada clínica, seja para diagnóstico, estadiamento, tratamento curativo ou paliativo.

Segundo Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, cerca de 60% dos pacientes oncológicos recebem tratamento cirúrgico em algum momento, mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente por cirurgia, e 80% dos casos envolvem procedimentos curativos ou paliativos. Apesar disso, os dados do DATASUS mostram que, em 2023, foram investidos R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 1,5 bilhão em cirurgias oncológicas e R$ 665 milhões em radioterapia.

“Há um desequilíbrio claro entre esses três pilares do tratamento do câncer. O investimento global ainda é insuficiente para lidar com a segunda maior causa de morte no mundo,” alerta Pinheiro.

A Necessidade de Ampliação e Redirecionamento dos Investimentos

Além de aumentar os investimentos em todos os setores da Oncologia, o presidente da SBCO reforça a importância de redirecionar os recursos para ações preventivas e de rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência da doença e os custos associados. Atualmente, grande parte dos recursos é destinada a tratamentos avançados, de alto custo e resultados clínicos limitados.

A concentração dos centros de assistência ao câncer no Sul e Sudeste do país também é motivo de preocupação, pois limita o acesso para pacientes de outras regiões, criando desigualdades que impactam diretamente o prognóstico. “O CEP do paciente muitas vezes determina o desfecho da doença,” ressalta Pinheiro.

Caminhos para o Fortalecimento da Oncologia no Brasil

Entre as estratégias recomendadas estão:

  • Fortalecimento da cirurgia oncológica com treinamento contínuo e atualização dos profissionais;
  • Criação e integração de redes hospitalares eficientes, com centralização de casos complexos em centros de referência;
  • Valorização e fortalecimento do SUS, reconhecido como o maior sistema público de saúde do mundo;
  • Melhoria da gestão e governança tanto no sistema público quanto no suplementar;
  • Incentivo à inovação em técnicas, tecnologias e modelos assistenciais para ampliar a eficácia e acessibilidade dos tratamentos.

“Com esses avanços, poderemos oferecer um cuidado mais eficiente, humanizado e acessível, beneficiando milhares de pacientes em todo o país,” conclui Rodrigo Pinheiro.

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