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Hospital Irmã Dulce participa de projeto de reorganização de processos

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O Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande (SP), foi contemplado para participar do Lean (enxuto, em tradução livre para o português), projeto do Ministério da Saúde desenvolvido por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi/SUS) e executado em parceria com o Hospital Beneficência Portuguesa (BP). 

O projeto tem como objetivo principal reduzir as superlotações em hospitais públicos solucionando as seguintes situações: 

  • Pronto-Socorro sempre lotado
  • Dificuldade de internação de pacientes
  • Recusa de recebimento de ambulâncias
  • Transporte fragmentado e desorganizado
  • Ausência de atendimento especializado
  • Atendimento e lotação nos serviços de urgência de pacientes de baixo risco

Para sanar tais questões, o Lean tem como filosofia garantir a qualidade e a eficiência dos processos da unidade de saúde e evitar desperdícios de tempo, recursos e insumos, por meio de técnicas e ferramentas especializadas. 

Entre as estratégias adotadas, estão:

  • Análises para reorganização de escalas de trabalho de acordo com volumes e horários de atendimento; 
  • Quantificação de tempo de realização de cada etapa de diferentes processos (retirada de senha, triagem, abertura de ficha e atendimento, por exemplo) e identificação de gargalos que atrapalham o fluxo adequado dos pacientes;
  • Visualização gráfica dos fluxos dos processos que compõem o dia a dia hospitalar a fim de reorganiza-lo e simplificá-los;
  • Implementação de um conjunto de ações específicas para momentos em que o hospital se aproxima da taxa de ocupação limite.

“O Projeto Lean veio trazer, de forma didática e prática, a revisão dos processos assistenciais, visando aquilo que vai de encontro ao objetivo dos gestores e aos princípios do Sistema Único de Saúde, como a agregação de valor ao paciente no processo de assistência hospitalar”, observa Amer El Khatib, diretor técnico do Hospital.

Para ter o Lean implantado na unidade hospitalar, é necessário manifestar interesse por meio de uma inscrição prévia, além de atender a requisitos que envolvem estrutura, governança institucional e características do setor de emergência. Após ser avaliado de acordo com estes critérios, o Hospital Irmã Dulce foi contemplado e, desde maio de 2022, tem participado de todas as etapas para implantação do projeto na unidade, a fim de combater a superlotação na emergência, internação, exames diagnósticos, centro cirúrgico e unidade de terapia intensiva. 

“Fomos escolhidos, diante de muitos hospitais que se candidataram, para receber este importante incentivo educacional do Ministério da Saúde, dada a importância do Irmã Dulce como equipamento hospitalar de uso de toda a Baixada Santista, compondo e sendo estratégico para a rede de urgência e emergência regional”, pontua Ana Maria Dantas, diretora administrativa do Irmã Dulce. 

Uma das etapas de implantação consiste na formação técnica (teórica e prática) da liderança do Hospital, o que é realizado por médicos e especialistas certificados na metodologia Lean, do Hospital Beneficência Portuguesa, entidade privada parceira do Ministério da Saúde no projeto. 

Em paralelo às capacitações, a equipe da BP realizará um diagnóstico técnico do Irmã Dulce, para observação e análise dos processos, a fim de identificar onde estão e quais são as dificuldades que geram o aumento do tempo de permanência dos usuários na unidade hospitalar.

“O objetivo final é tornar os fluxos internos mais ágeis e eficientes, eliminando procedimentos e tempos que não agreguem valor, preservando a qualidade da assistência aos pacientes”, ressalta Dantas.


Treinamento com a equipe do plantão noturno 

Falando em números, com as atividades desenvolvidas pelo Lean, espera-se alcançar:

• Redução de 20% do nível de superlotação em sete meses a partir do início do projeto;

• Redução de 10% no tempo médio de permanência dos pacientes internados;

• Redução de 15% no tempo médio de permanência dos pacientes do serviço de urgência.

Pelo andamento do projeto na unidade do litoral paulista, tudo indica que as metas estabelecidas serão alcançadas com sucesso, uma vez que os resultados já têm aparecido. Segundo a coordenadora da Clínica Médica, Mariana Biazi, a sala de emergência e o pronto-socorro sempre foram sobrecarregados, com demandas acima da capacidade física, realidade que já sofreu impactos positivos após o Lean.

“Nossa sala vermelha chegava a ficar com seis a oito pacientes intubados por mais de seis dias na espera de leito de UTI, e pacientes que aguardavam na enfermaria por tempo às vezes superior. Hoje, posso afirmar com propriedade que isso mudou. Em nossa sala vermelha, mesmo com alto fluxo, conseguimos dar o destino adequado aos pacientes em tempo recorde. Nossos intubados não passam mais de 24 horas aguardando leito e nossos pacientes de enfermaria também conseguem leito rápido. Antes, eu assumia plantão com 15 até 23 pacientes em uma sala com 7 leitos. Atualmente, tenho assumido com três a quatro pacientes e até mesmo um paciente”, comemora a profissional. 

O projeto tem duração de seis meses, período em que o Hospital Irmã Dulce passará pelas intervenções dos técnicos da BP através de visitas quinzenais. Após esse tempo, o projeto continua por meio de monitoramento por um ano. 

“Realmente o Lean foi um divisor de águas em nosso hospital e na vida dos nossos pacientes. Tenho certeza que vai melhorar ainda mais”, projeta Biazi. 

O Hospital Irmã Dulce é uma unidade da Secretaria Municipal de Saúde de Praia Grande gerenciada em parceria com a SPDM/PAIS, Organização Social de Saúde.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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