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Inovação

Healthtech Mitfokus lança serviço exclusivo para médicos recém-formados

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Mitfokus auxilia jovens médicos a começarem a carreira com todas as tributações e parte contábil em dia, ajudando, inclusive, a evitar pagamentos indevidos de impostos

Mesmo sendo uma das profissões mais prestigiadas do país, começar a vida profissional na carreira médica não é tarefa das mais fáceis. Dados do Conselho Federal de Medicina (CMF) em parceria com a Universidade de Medicina da USP, presentes no relatório Demografia 2020, mostram que existem no Brasil cerca de 353 cursos superiores de Medicina. Por ano, cerca de 25 mil novos médicos recebem seus diplomas e ingressam na carreira, e a projeção para 2023 é que esse número chegue aos 32 mil.

Desse número de formados, cerca de 16% optam por iniciar a carreira imediatamente (lembrando, muitos ainda seguem estudando depois de formados para entrar em alguma residência), e além de lutarem por um lugar nesse concorrido mercado, existe toda uma parte burocrática que precisa ser muito bem-organizada, especialmente em termos fiscais e contábeis.

“A partir do momento que eu me formei e consegui um emprego, fui informada que eu precisava de um CNPJ, e eu não sabia que isso era preciso. Eu tenho certeza de que muitos de meus colegas também não tinham se atentado a esse fato, já que durante a graduação, temos uma carga pesada e outros focos. Alguns deles chegaram até a perder oportunidades de trabalho por não terem um CNPJ”, diz a doutora Bruna Souto, recém-formada e ingressante no mercado de trabalho.

Como o Brasil é um dos países com a burocracia fiscal mais complicada do mundo, não basta ter apenas um CNPJ, mas a gestão da carreira como um todo em termos fiscais e contábeis é muito importante desde o início, o que pode evitar muitos problemas futuros com a receita.

“A desinformação sobre as opções possíveis de PJ e questões tributárias, ou sobre como obter um PJ, numa época tão importante, pode ser uma dor de cabeça para novos formandos”, explica Julia Lázara, CEO e fundadora da Mitfokus, healthtech que desenvolve soluções contábeis para a área de Medicina.

Para poder auxiliar profissionais recém-formados e que precisam entender de toda essa burocracia envolvida, a Mitfokus desenvolveu todo um pacote de serviços que vai desde a abertura do CNPJ, passando por toda a legalização dele junto ao CRM do médico, e a partir daí gerenciar toda a contabilidade, fiscal e tributária, inclusive com uma conta digital gratuita e um cartão físico, que permita o recebimento de salários e honorários, saques e pagamentos.

Como a Mitfokus conta com uma equipe com muita expertise nessa área, o processo pode ser acelerado. Dentro do pacote de serviços, está a abertura da PJ em todo o Brasil, certificado digital, seguro de responsabilidade civil, que é fundamental para médicos, a contabilidade após a abertura da PJ, início dos atendimentos (gratuitos nos três primeiros meses), e a emissão de Notas Fiscais, com um direcionamento fiscal correto de como não perder dinheiro com impostos pagos de maneira equivocada.

Assim, o processo de abertura de pessoa jurídica é muito mais rápido e seguro. Com tecnologia disponível, a visibilidade e a gestão do novo médico são facilitadas, economizando tempo e dando a certeza de que não existem processos errados, ou falta de algum procedimento. 

Outro fator importante é que o novo médico tem acesso à equipe especialista no segmento, a qual pode tirar dúvidas e fazer direcionamentos coerentes, sendo atendido por uma contabilidade que acompanhará o seu crescimento, e com experiência em médicos com carreira já consolidada.

“Certamente, as empresas de tecnologia ajudam na hora de buscar atalhos e construir uma carreira financeiramente mais sólida. São tantas informações que, sem a ajuda de profissionais, os novos médicos podem se perder nas questões fiscais”, ressalta a doutora Bruna Souto.

Atualidades

Labchecap inaugura avançado centro tecnológico em Salvador

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Labchecap de Salvador (BA) acaba de inaugurar um novo centro tecnológico por meio de soluções integradas da Roche Diagnóstica. Serão oferecidos cerca de 1,8 milhão de testes por mês nas áreas de imunologia, hematologia e bioquímica, com exames de diferentes patologias, como tireoide, perfil hormonal e doenças infecciosas, com equipamentos que unem simplificação e excelência, aumentam a produtividade, levando a resultados mais rápidos e precisos, garantindo mais agilidade, assertividade e segurança no diagnóstico do paciente.

Com 800m2 dedicados à área técnica, o novo centro contará com um fluxo linear e único de automação e maior padronização nos processos com foco na eficiência operacional. Tudo por meio de soluções que possibilitam uma contingência e backup para segurança da operação, previsibilidade do tempo e rastreabilidade das amostras em tempo real para controle.

Parceria visa levar mais acesso a um diagnóstico ágil, preciso e de qualidade para a região, trazendo mais valor e cuidado aos pacientes.

No total, são 18 plataformas da Roche Diagnóstica, com módulos de Imunologia com o equipamento do modelo cobas® pro e801, que aumenta a produtividade por menor tempo de manutenção, consolidando o maior número de testes em um único tubo e permite maior utilização com a grande estabilidade onboard dos reagentes; 2 soluções cobas® p512, automatizando as etapas pré e pós-analíticas, que abrangem os procedimentos executados dentro dos laboratórios, e automação de Hematologia com o equipamento Sysmex XN 9100.

Também traz o novo e inteligente conceito de manutenção auto-operacional que executa automaticamente as tarefas de manutenção em segundo plano e reduz a carga manual diária para zero na unidade analítica cobas® c 503 e as unidades pós-analíticas cobas® p 701 e output module, que são sistemas de arquivamento refrigerados que simplificam a recuperação de amostras e o gerenciamento de testes complementares.

Créditos: https://medicinasa.com.br/estudo-miopia/

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Atualidades

Inovação: criação de cirurgia pioneira no mundo no HCFMUSP

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Por Francisco Cesar Carnevale

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), o maior complexo hospitalar da América Latina, é uma referência mundial em saúde. Este prestígio é resultado de uma combinação de assistência de qualidade, ensino de excelência, pesquisa avançada e investimentos contínuos em inovação e tecnologia. Esses esforços têm permitido o desenvolvimento de tratamentos revolucionários que não apenas melhoram a qualidade de vida dos pacientes, mas também ampliam o acesso à saúde e geram um impacto socioeconômico significativo no Brasil.

A radiologia, tradicionalmente conhecida por seu papel crucial no diagnóstico de diversas condições médicas por meio de exames como raio-X, tomografia e ressonância magnética, tem expandido seu alcance para incluir tratamentos. A radiologia intervencionista, uma subespecialidade terapêutica, utiliza métodos de imagem para realizar cirurgias minimamente invasivas e mais precisas. Esta abordagem proporciona aos pacientes menor risco, recuperação mais rápida e menos dor, comparado aos métodos cirúrgicos tradicionais.

Recentemente, fui surpreendido com a notícia de que serei homenageado em setembro com o prêmio mais importante da Radiologia Intervencionista durante o congresso da CIRSE 2024, em Lisboa. Este título, que avalia profissionais de todo o mundo, está para nós, médicos, como a Bola de Ouro no futebol! Ser o primeiro brasileiro e latino-americano a receber esse prêmio é uma honra indescritível, até porque é o reconhecimento de um trabalho realizado em equipe e um reconhecimento do Brasil como referência em medicina e pesquisa, superando a desconfiança que muitas vezes cerca a produção científica nacional. Sou profundamente grato por isso.

Um dos avanços mais notáveis que desenvolvemos no InRad e, de forma pioneira no Brasil e no mundo, é a técnica de embolização da próstata, uma alternativa inovadora para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB). Esta condição, comum entre homens após os 50 anos, geralmente exige a remoção total ou parcial da glândula. A técnica consiste em obstruir as artérias da próstata, bloqueando parcialmente a circulação sanguínea para reduzir seu tamanho e torná-la mais macia. Este procedimento minimamente invasivo melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes ao eliminar os sintomas da HPB e evitar as complicações associadas aos tratamentos tradicionais.

O projeto proporcionou ao Instituto de Radiologia uma projeção internacional e atraiu profissionais do Brasil e do exterior que buscam treinamento para aprender e replicar o procedimento ao redor do mundo.

No InRad, a radiologia intervencionista permite oferecer tratamentos para uma ampla gama de especialidades, incluindo oncologia, ortopedia, transplante de fígado e rim, além de opções terapêuticas em pediatria e ginecologia, como o tratamento de miomas uterinos. Conseguimos atender todos os institutos do complexo, incluindo o InCorICESP, Instituto da Criança e do Adolescente (ICr), Instituto Central e Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOTH).

Realizamos aproximadamente 2 mil cirurgias minimamente invasivas por ano dentro do HCFMUSP, e o impacto social desse trabalho é significativo. Já formamos internamente mais de cem profissionais capacitados a replicar e disseminar as técnicas desenvolvidas aqui, beneficiando não apenas os pacientes do HC, mas também em todo o Brasil.

Crescer e continuar a transformar

A radiologia intervencionista é uma especialidade que demanda e promove inovação, o que a torna extremamente atrativa. Temos aumentado o número de residentes e estamos otimistas em relação ao futuro, já que atuamos em diversos institutos do HC. Além disso, temos a responsabilidade de formar médicos de todo o Brasil, capacitando-os a levar esse conhecimento para suas regiões.

As conquistas que alcançamos até agora são apenas o começo de um caminho promissor. A especialidade tem potencial para transformar a jornada do paciente, oferecendo tratamentos mais eficazes e menos invasivos, que resultam em melhores prognósticos e uma recuperação mais rápida. O reconhecimento internacional que recebemos é um testemunho do impacto positivo que a radiologia intervencionista pode ter na medicina moderna.


*Francisco Cesar Carnevale é Chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da USP, do Instituto do Câncer (ICESP) e professor livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP.]

Créditos: https://medicinasa.com.br/radiologia-hcfmusp/

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Uberização: o crescimento do pay per use na saúde brasileira

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Por Graciele Miglio

O sistema de pay per use tem ganhado espaço em diversas áreas, incluindo a saúde, oferecendo uma alternativa flexível e acessível para quem precisa de cuidados médicos. No entanto, o termo “uberização” tem sido erroneamente associado a esse modelo, muitas vezes com uma conotação negativa. É essencial esclarecer que, quando aplicado à saúde, o sistema pay per use não visa precarizar o trabalho dos profissionais ou reduzir a qualidade do atendimento, mas sim democratizar o acesso e oferecer uma opção mais justa tanto para pacientes quanto para médicos.

Os números e estimativas comprovam isso. Especialistas apontam que o sistema de saúde pay per use no Brasil faturou, em 2023, R$ 320 bilhões e as projeções para os próximos dez anos indicam que o mercado de saúde pay per use pode crescer dez vezes em relação ao faturamento atual.

O envelhecimento da população, os altos custos dos planos de saúde e as dificuldades de acesso aos tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão impulsionando a demanda por serviços de saúde privados. Esse cenário apresenta uma oportunidade única para o modelo pay per use, que, se bem estruturado, pode se tornar uma alternativa acessível e viável para milhões de brasileiros.

O sistema pay per use na saúde não deve ser confundido com a “uberização” do setor. Enquanto o primeiro busca ampliar o acesso e garantir justiça tanto para pacientes quanto para médicos, o segundo carrega uma conotação negativa que não se aplica ao contexto da saúde.

Ao adotar o modelo pay per use, estamos caminhando em direção a um sistema mais inclusivo e sustentável, onde todos têm a oportunidade de receber cuidados médicos de qualidade a preços justos. O futuro deste modelo é promissor, mas exige atenção e planejamento para que seu crescimento seja harmonioso e benéfico para todos os envolvidos.


*Graciele Miglio é CEO da Nowmed.

Créditos: https://medicinasa.com.br/saude-uberizacao/

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