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Dezembro Vermelho: 5 pessoas são infectadas pelo HIV por hora no Brasil

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Campanha destaca a prevenção da Aids, que matou 13 mil pessoas no País em 2021. Especialista alerta sobre a doença, que cresce entre jovens

No Brasil, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo vírus HIV a cada hora em 2021. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), ao longo do ano passado foram 50 mil novos casos, o que fez o país chegar à marca de 960 mil pessoas vivendo com a doença. No mundo, são 38 milhões de pessoas com o vírus. Em 2021, foram 650 mil mortos em decorrência da Aids no planeta, 13 mil deles no Brasil.

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é em 1º de dezembro e, em razão disso, o mês ganha a cor vermelha para alertar as pessoas para o tratamento precoce da síndrome da imunodeficiência adquirida e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A infectologista Lissa Rodrigues, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta a importância da campanha. “É um momento de conscientização da luta contra o HIV, que precisa ser lembrado e falado o ano inteiro”.

Segundo o Ministério da Saúde, dos casos registrados entre 2007 e junho de 2021, 52,9% foram entre jovens de 20 a 34 anos. E entre 2010 e 2020 houve tendência de aumento de detecção de Aids entre jovens nas faixas de 15 a 29 anos e de 20 a 24 anos. A médica acredita que o fato se deve ao controle da doença. “No início da pandemia de HIV, ter o diagnóstico era uma sentença de morte, o que não acontece hoje em dia. Vejo como problema também a falta de diálogo sobre o tema, que ainda é tratado com muito preconceito. Apesar de atualmente a informação chegar de forma muito mais fácil, o que percebo na prática é total falta de conhecimento sobre o HIV e as outras ISTs”.

TratamentoLissa Rodrigues explica que o tratamento segue sendo um coquetel de medicamentos, mas com uma quantidade bem menor que antes. “Hoje em dia o tratamento padrão inicial consiste em dois comprimidos ao dia, com poucos ou nenhum efeito colateral”. Contudo, ela ressalta que a falta de cuidados das pessoas não pode recair sobre essa evolução dos remédios, que são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

“De maneira nenhuma podemos colocar o tratamento como lado negativo para essa crença, pois a doença ainda é perigosa se não for realizado tratamento adequado. O que aconteceu foi uma mudança comportamental ao longo dos tempos por vários fatores, não só pelo tratamento eficaz”, conta Lissa, que alerta que a melhor forma de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis é o uso de preservativo nas relações sexuais. 

Diferença entre HIV e AidsA infectologista lembra também que nem todos que possuem o vírus HIV estão com a Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida, tradução da sigla Aids. “A pessoa pode ter apenas o vírus no organismo, mas sem ter desenvolvido a doença. O vírus entra dentro do corpo e com o tempo vai consumindo nossas células de defesa até que chegue num nível em que não conseguimos nos proteger contra as outras infecções. Somente neste momento é que dizemos que ela está imunossuprimida, ou seja, com Aids”.

Nos últimos anos, a campanha Dezembro Vermelho também passou a ressaltar a prevenção das ISTs causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Assim como o HIV, elas têm como principal forma de contágio as relações sexuais sem o uso de preservativos. “Muitas vezes, as outras ISTs são diagnosticadas junto com o HIV, e as mais comuns são sífilis, hepatites virais, gonorreia e herpes genital”, informa Lissa Rodrigues.

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TDAH precisa de atenção da sociedade

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Na data de conscientização do transtorno, especialista pontua que ele não é modismo e fala sobre o tratamento

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por uma tríade de sintomas envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em um nível exacerbado e disfuncional para a idade. De acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência de TDAH é estimada em 7,6% em crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos, 5,2% nos indivíduos entre 18 e 44 anos e 6,1% em maiores de 44 anos. Cerca de 11 milhões de brasileiros são afetados pelo transtorno, conforme dados divulgados em 2022.

O dia 13 de julho é o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), criado para lembrar a importância da conscientização sobre isso e sobre os prejuízos que os portadores enfrentam em todos os espaços e contextos em que frequentam. A psicóloga Soraya Oliveira, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, cita alguns sinais do transtorno. “Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e se manifestar de maneiras diferentes em crianças, adolescentes e adultos, mas os principais geralmente se enquadram em três categorias: desatenção, hiperatividade e impulsividade”.

A especialista pontua que normalmente o TDAH aparece na infância e, mesmo sendo normal as crianças serem mais ativas, é possível diferenciar os sintomas. “Eles causam sofrimento devido a própria agitação e inquietação que a criança sente, o que, às vezes, acaba criando situações constrangedoras por agitar os locais, principalmente, salas de aula e ambientes desconhecidos. A criança dificilmente tem autocontrole diante da hiperatividade. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos”.

Sem modismo
Muitas pessoas minimizam o transtorno, dizendo se tratar de um modismo, mas Soraya Oliveira rebate esse pensamento. “O TDAH é um transtorno neurobiológico, com base genética, e o aumento de casos não é um mero ‘constructo’, mas fruto de uma maior conscientização e compreensão da condição. À medida que a sociedade se tornou mais informada, mais indivíduos passaram a ser identificados. Além disso, mudanças nas práticas de diagnóstico, incluindo a implementação de critérios mais abrangentes, também contribuíram para a melhor caracterização do transtorno nas pessoas”. 

A psicóloga explica que os impactos do aumento do transtorno são multifacetados e afetam sociedade, família e educação. “Lidar com pessoas que sofrem de TDAH nem sempre é fácil devido às alterações de comportamentos na infância e dificuldades de atenção na fase adulta. No âmbito da escola, crianças com a condição, podem enfrentar dificuldades acadêmicas, desafios de comportamento e problemas de relacionamento com colegas e professores. Nos adultos, a dependência de substâncias como drogas e álcool é uma comorbidade bastante frequente em pessoas com essa condição”.

O tratamento é multidisciplinar. “Adultos que sentem os sintomas ou pais que os percebam nos filhos devem procurar auxílio profissional assim que for percebido, não procrastinar na procura de um profissional habilitado. O tratamento normalmente une psicoterapia, psicopedagogia e medicamentos. A melhor forma de lidar, além do tratamento, é ter compreensão desse transtorno para melhor compreensão do comportamento tanto da criança como do adulto. E não deve-se utilizar nenhuma medicação para TDAH se não for prescrito por seu médico diante dos sintomas que fecham o diagnóstico”, alerta Soraya.

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testes genéticos auxiliam no diagnóstico precoce do câncer de bexiga

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Assintomática em estágios iniciais, a doença pode ser detectada em exames preventivos, que indicam as mutações genéticas responsáveis pelos tumores

O câncer de bexiga é um dos tumores urológicos mais comuns entre os homens, responsável por quase oito mil diagnósticos em 2023, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer, do Ministério da Saúde). Devido à sua alta incidência, a campanha julho roxo foi criada para conscientizar sobre os sintomas, fatores de risco e a importância de realizar exames preventivos, que permitam diagnosticar precocemente sua existência. Nesse sentido, os testes genéticos – como os oferecidos pela QIAGEN – possibilitam identificar as mutações responsáveis pelo aparecimento dos tumores, antes mesmo que eles venham a se estabelecer.

É o que explica Allan Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN. Segundo ele, devido a uma fase inicial muitas vezes assintomática, o diagnóstico do câncer de bexiga já pode ser feito de maneira antecipada e com maior precisão, ao se analisar os genes atrelados ao desenvolvimento da doença.

“Esses exames são indicados aos pacientes com histórico familiar da doença ou que já tenham sido acometidos por outros tipos de tumores ao longo da vida. Nesses casos, ao identificar a predisposição ao câncer de bexiga a partir de um teste genético, é possível acompanhar a possibilidade de seu surgimento com a realização de exames de sangue, de imagem e avaliações constantes desses pacientes. Isso tem um impacto direto na vida das pessoas e, um dia, em larga escala, poderá mudar totalmente a forma que se realizam as políticas de saúde pública no país”, ressalta.

Testes genéticos para o câncer de bexiga avançado

Para os casos avançados ou mesmo irreversíveis do câncer de bexiga – quando as células cancerígenas atingiram outros órgãos, em processo de metástase – Munford explica que a detecção, acompanhamento e controle dos novos tumores é essencial para direcionar esses pacientes a tratamentos personalizados, que permitam aumentar a longevidade. Nesses casos, entre os testes genéticos disponíveis para encontrar essas mutações, os que apresentam metodologia de PCR em tempo real são capazes de detectar até quatro mutações e duas fusões gênicas em pacientes com câncer de bexiga.

“A PCR em tempo real faz uso de uma metodologia muito mais rápida, sensível e precisa quando comparada às gerações anteriores de PCR, o que favorece identificar tratamentos cada vez mais eficazes no combate ao câncer. Uma vez detectada a mutação, é possível iniciar um tratamento com medicamentos combinados, com os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença”, comenta Munford.

Sintomas e como evitar o câncer de bexiga

O câncer de bexiga pode ser assintomático na maioria dos casos iniciais, mas à medida que avança, provoca o aparecimento de sangue na urina, sensação de dor ou ardência ao urinar, micção frequente além do habitual e fluxo de urina fraco. Esses sintomas podem ser confundidos com outros diagnósticos, como a infecção urinária, portanto, buscar ajuda e orientação médica é fundamental.

Como os demais tipos de tumor, o câncer de bexiga também é ocasionado por motivos que transcendem os genéticos e pode estar atrelado aos hábitos de vida. Ter uma alimentação equilibrada, evitar o sedentarismo e o consumo de substâncias como o tabaco, além de realizar com frequência os exames de rotina, é capaz de ajudar a prevenir e detectar precocemente a doença. E caso o câncer seja identificado, essas medidas podem ainda contribuir para um tratamento menos traumático e invasivo, evitando a contaminação de outros órgãos e ampliando a longevidade dos pacientes diagnosticados.

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Com aprovação de mais de 95% da gestão de duas UPAs, Santa Casa de Chavantes se prepara para assumir o HMUT em Taubaté

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Com a melhor classificação no edital, instituição foi selecionada para administrar o hospital de importância no cenário nacional

A Santa Casa de Misericórdia de Chavantes foi a instituição vencedora para administrar o Hospital Municipal Universitário de Taubaté (HMUT). A entidade já gerencia duas Unidades de Pronto Atendimento no município: a UPA San Marino e a UPA Santa Helena. Segundo pesquisa de satisfação realizada nas unidades entre abril e dezembro de 2023, mais de 95% da população demonstrou estar satisfeita com os atendimentos prestados pela administradora. Na UPA San Marino, a média de satisfação no período mencionado foi de 98,89%, enquanto na UPA Santa Helena foi de 99,84%.

“Esse reconhecimento da população nos motiva a continuar aprimorando nossos serviços e buscando sempre melhorias para garantir um atendimento de qualidade para todos”, afirma o presidente da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, Dr. Anis Ghattás Mitri Filho.

O edital da licitação, com o valor de R$ 126,72 milhões por ano e duração inicial de 12 meses, foi publicado em 6 de março, podendo ser prorrogado por mais 60 meses. Sete organizações apresentaram propostas, das quais apenas quatro foram consideradas aptas para a última fase, incluindo a Santa Casa de Chavantes, que obteve uma pontuação de 96 na avaliação.

Com a melhor classificação, a instituição foi selecionada por meio de chamamento público para assumir a gestão do hospital. Para a avaliação, foram considerados critérios como a proposta financeira, na qual a Santa Casa de Chavantes apresentou um valor inferior ao estipulado no edital, gerando uma economia de 11% ao município.

“Estamos honrados em ampliar nossa parceria e envolvimento com a saúde do município. Nosso compromisso é restabelecer os atendimentos do hospital em sua totalidade e garantir que o HMUT melhore e amplie os serviços prestados à população. O HMUT é um hospital muito importante no cenário médico nacional. Estamos preparados e ansiosos para assumir a gestão do hospital”, afirma o Dr. Anis Ghattás Mitri Filho.

No dia 2 de julho, a Santa Casa de Chavantes assinou o contrato para assumir a gestão do HMUT. No dia 4, a instituição realizou a primeira reunião de transição com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), atual gestora do hospital.

Crédito foto: Rauston Naves/TV Vanguarda

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