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Einstein investirá R$ 1,2 bilhão em Centro Avançado de Oncologia e Hematologia

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A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein anuncia o projeto para desenvolver um centro acadêmico de pesquisa em oncologia e hematologia de classe mundial e um complexo assistencial que atuará com foco na prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e survivorship (programa que dá suporte aos pacientes após o tratamento sob aspectos físico, psicossocial, emocional, espiritual, entre outros). O novo Centro de Cuidados e Terapias Avançadas em Oncologia e Hematologia foi orçado em R$ 1,2 bilhão, tem previsão de inauguração em 2025 e estará localizado no Parque Global, bairro planejado que está sendo construído entre o Cidade Jardim e o Parque Burle Marx, e vai liderar a adoção da medicina de precisão por meio de planejamento de cuidados personalizados, inovação, big data, terapia celular, ciência e tecnologia. Além disso, reunirá uma equipe multidisciplinar especializada, que inclui os mais renomados médicos especialistas do País, que atuará dentro de uma cultura de aprendizado e educação contínuos.

O Brasil passa por uma importante mudança epidemiológica, uma vez que a carga de doenças não transmissíveis, como o câncer, está superando, de maneira acelerada, as infecciosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou mais de 590 mil novos casos de câncer no Brasil em 2020, e este volume deve dobrar em 2025. Soma-se a isso o fato de que o número de pessoas no país vivendo com câncer e/ou reabilitadas da doença também está crescendo, exigindo mais foco na gestão das suas necessidades de saúde e de qualidade de vida.

“O cenário coloca a enfermidade entre as principais causas de morte da população nos próximos anos, ao lado de doenças cardiovasculares, devido, principalmente, à maior longevidade”, afirma Sidney Klajner, presidente do Einstein.

No entanto, segundo ele, a evolução tecnológica e do conhecimento tornou a maioria dos cânceres ou doenças hematológicas curável, se detectada precocemente e tratada adequadamente. “Os enormes avanços ao conhecimento da biologia humana nos níveis molecular e genético abriram as portas para uma nova era no tratamento do câncer. Cada tumor tem uma assinatura única e terapias personalizadas agora podem ser criadas de forma individualizada, com uso de medicamentos que usam marcadores específicos nas células cancerígenas ou até mesmo reeducam o sistema imunológico. O novo Centro mudará drasticamente o paradigma do tratamento do câncer, de imunoterapias direcionadas à diversificação de ensaios clínicos para o que há de mais moderno em tecnologia terapêutica”, diz.

Desde 2013, com a inauguração do seu Centro de Oncologia e Hematologia Einstein Família Dayan — Daycoval, o Einstein tem focado na integração e no cuidado individualizado para melhorar os desfechos do tratamento e a qualidade de vida. Além disso, o Einstein aumentou significativamente seu programa de oncologia, educação e colaborações internacionais – com organizações como MD Anderson, City of Hope e John Hopkins, que possibilitaram o intercâmbio de tecnologia, conhecimento e pesquisas -, se tornando referência global para o tratamento de câncer, sendo hoje, em oncologia, o 16º melhor hospital do mundo e o primeiro da América Latina, segundo o World’s Best Specialized Hospitals 2023, ranking da revista norte americana Newsweek.

“Toda essa estrutura construída ao longo dos anos, que já nos diferencia na América Latina, somada ao novo Centro, certamente nos deixará preparados para atuar de forma ainda mais efetiva para um dos grandes desafios dos sistemas de saúde no Brasil e no mundo, que é contribuir para erradicar o câncer e as doenças hematológicas. Seguimos buscando a excelência e o melhor cuidado para o paciente e a sua família, e essa jornada, que integra a assistência, a pesquisa, a educação e inovação, nos fará ser um dos melhores sistemas especializados em oncologia e hematologia do mundo nos próximos anos”, afirma Klajner.

Atualmente, são realizados mais de 25 mil atendimentos no Einstein – no Centro de Oncologia e Hematologia Einstein Família Dayan — Daycoval, no Morumbi, na Unidade Avançada Perdizes (São Paulo), no Hospital em Goiânia, e no Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de C. Marques de Carvalho. Na especialidade são mais de 650 profissionais que operam na organização – entre médicos que são referências nacionais e internacionais na especialidade, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas, além de equipes de medicina integrativa e pós-doença.

Além disso, a atuação tanto na assistência suplementar quanto no sistema público traz um importante diferencial e faz do Einstein uma das poucas organizações da América Latina a gerar conhecimento amplo com a possibilidade de desenvolvimento de novas práticas, diretrizes assistenciais, protocolos clínicos e pesquisas com base em perfis populacionais diversos.

O empreendimento estará localizado em uma área de 38 mil metros quadrados dentro do Parque Global, dedicados ao atendimento de pacientes e pesquisa, incluindo 10 salas cirúrgicas, sendo uma sala híbrida e duas salas de cirurgia robótica, 160 leitos automatizados, 20 UTIs, 20 semi-intensivas, 120 clínicas médicas cirúrgicas, 84 consultórios, 36 salas de quimioterapia e 15 postos de laboratório. Também terá sistema de intervenção guiada por imagem, ressonância magnética, tomografia computadorizada, PETs CT (um dos exames mais precisos para a detecção do câncer), aceleradores lineares, banco de sangue e pronto atendimento oncológico para aproximadamente 12 mil atendimentos ao ano.

“A chegada do Einstein ao Parque Global reflete a grandiosidade deste projeto. Sem dúvidas, a junção de nossas estruturas criará algo inovador, que terá um impacto positivo para o desenvolvimento da cidade, do Estado e do Brasil”, afirma Adalberto Bueno Netto, presidente do Grupo Bueno Netto, responsável pela construção do Parque Global em parceria com a Related Group.

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USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

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Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

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Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

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Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

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SBCO Revela: 90% dos Pacientes Oncológicos Passam por Cirurgia, Mas Investimento em Cirurgias Fica Abaixo de 30% do Total em Oncologia no Brasil

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) divulgou dados recentes que destacam o papel central da cirurgia no tratamento do câncer e apontam para o desequilíbrio nos investimentos atuais em Oncologia no Brasil. Aproximadamente 90% dos pacientes oncológicos passam por algum tipo de cirurgia ao longo da sua jornada clínica, seja para diagnóstico, estadiamento, tratamento curativo ou paliativo.

Segundo Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, cerca de 60% dos pacientes oncológicos recebem tratamento cirúrgico em algum momento, mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente por cirurgia, e 80% dos casos envolvem procedimentos curativos ou paliativos. Apesar disso, os dados do DATASUS mostram que, em 2023, foram investidos R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 1,5 bilhão em cirurgias oncológicas e R$ 665 milhões em radioterapia.

“Há um desequilíbrio claro entre esses três pilares do tratamento do câncer. O investimento global ainda é insuficiente para lidar com a segunda maior causa de morte no mundo,” alerta Pinheiro.

A Necessidade de Ampliação e Redirecionamento dos Investimentos

Além de aumentar os investimentos em todos os setores da Oncologia, o presidente da SBCO reforça a importância de redirecionar os recursos para ações preventivas e de rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência da doença e os custos associados. Atualmente, grande parte dos recursos é destinada a tratamentos avançados, de alto custo e resultados clínicos limitados.

A concentração dos centros de assistência ao câncer no Sul e Sudeste do país também é motivo de preocupação, pois limita o acesso para pacientes de outras regiões, criando desigualdades que impactam diretamente o prognóstico. “O CEP do paciente muitas vezes determina o desfecho da doença,” ressalta Pinheiro.

Caminhos para o Fortalecimento da Oncologia no Brasil

Entre as estratégias recomendadas estão:

  • Fortalecimento da cirurgia oncológica com treinamento contínuo e atualização dos profissionais;
  • Criação e integração de redes hospitalares eficientes, com centralização de casos complexos em centros de referência;
  • Valorização e fortalecimento do SUS, reconhecido como o maior sistema público de saúde do mundo;
  • Melhoria da gestão e governança tanto no sistema público quanto no suplementar;
  • Incentivo à inovação em técnicas, tecnologias e modelos assistenciais para ampliar a eficácia e acessibilidade dos tratamentos.

“Com esses avanços, poderemos oferecer um cuidado mais eficiente, humanizado e acessível, beneficiando milhares de pacientes em todo o país,” conclui Rodrigo Pinheiro.

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