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Momento desafiador deve resultar em aumentos nos planos de saúde

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O setor de saúde privada, ou saúde suplementar como é nomeado no país, está passando por um dos momentos mais desafiadores desde sua regulamentação em 1999. A ANS divulgou nas últimas semanas prejuízo de R$ 3,4 bilhões de planos de saúde médico-hospitalares – os convênios médicos – entre janeiro e setembro deste ano.

Como referência, em anos anteriores à pandemia (2018 e 2019), o setor registrava, para o mesmo período, lucro acumulado de R$ 8 bilhões. Valor que subiu para R$ 16 bilhões em 2020, devido ao lockdown e a consequente postergação de tratamentos e procedimentos médicos. Esse aumento no lucro e uma menor procura por tratamentos de saúde fez com que os preços de planos de saúde individuais e empresariais ficassem com preço congelado ou passassem por reajustes abaixo da inflação no período.

Com o arrefecimento da pandemia em 2022, tudo mudou e o setor passa agora por uma tempestade difícil de ser navegada e que deve levar a aumentos de preço elevados durante os próximos 24 meses.

Três fatores principais explicam o momento atual, de aumento dos custos assistenciais e consequentemente da taxa de sinistralidade:

O primeiro deles, já comentado, seria o represamento de tratamentos e terapias durante 2020 e 2021, devido a pandemia e o lockdown. A pandemia levou diversas pessoas a postergar tratamentos eletivos e cancelar suas terapias. E, ainda que o custo das internações relacionadas ao vírus impactasse negativamente, o saldo de curto prazo foi favorável para os convênios. Agora, porém, os tratamentos e procedimentos foram feitos em volumes e frequência maiores que o esperado. O setor foi também impactado pelo aumento dos custos de insumos hospitalares e equipamentos médicos decorrentes do aumento do dólar e quebra nas cadeias produtivas durante e após a pandemia.

Outro fator a ser considerado seria o aumento dos procedimentos e tratamentos cobertos pelos planos médico-hospitalares. Este ano, o tópico do ROL taxativo vs. exemplificativo foi amplamente divulgado e discutido. O rol taxativo foi a tentativa do setor de definir e delimitar o que planos de saúde são obrigados a oferecer e “arcar” para seus beneficiários, o que, na visão das operadoras, levaria a uma melhor previsibilidade e um setor mais sustentável para a sociedade, já que as regras do jogo estariam combinadas e previstas. Já na visão do consumidor final isso pode ser um risco, uma vez que ele pode precisar de um procedimento ou tratamento não definido no ROL e este não teria cobertura de seu plano, tendo que pagar pelo tratamento do próprio bolso. A medida do ROL Taxativo chegou a ser aprovada, mas depois rapidamente cancelada e o que vigora hoje é um ROL base, no qual as operadoras podem ser obrigadas (se acionadas judicialmente) a pagar por tratamentos e procedimentos não regulados. Além disso, terapias que antes contavam com diretrizes de utilização passaram a ser 100% liberadas. Tratamentos complexos e medicamentos caros também passam a ser custeados com uma menor regulação.

Já o terceiro fator onera o setor e penaliza a todos: o mal uso por parte de beneficiários, e fraudes e abusos por prestadores. É estimado que até um terço da despesa médica do país (por volta de R$100bn) derive de má utilização por beneficiários e prestadores. Vemos na mídia, diversos escândalos sobre reembolsos indevidos, pagamento por procedimentos não realizados, fraude em documentação, entre outros.

Quando somamos esses três fatores, chegamos a um momento que o setor, de maneira consolidada, está operando com despesa médica assistencial (sinistralidade) na casa de 93% de sua receita, o que significa que “sobra” menos de 7% da receita para arcar com todas despesas comerciais, administrativas, tecnológicas, entre outras, que historicamente representam entre 10% e 20% da receita dos planos de saúde. Estes 7% não são suficientes para equilibrar as contas das operadoras, o que faz com que o setor opere com o prejuízo bilionário que mencionamos e que resultará em grandes impactos para as operadoras e também para as empresas. Afinal, são elas, as empresas, as principais fontes pagadoras por saúde no Brasil.

Não temos dúvidas que tudo isso deve impactar em muito as bases de custo dos planos de saúde. Então, será que este setor, com 50 milhões de beneficiários, está mesmo usando um modelo sustentável? Bem, é o que veremos nos próximos anos.


*Fabio De Biase é Líder em Inteligência de Benefícios e Relacionamento com o Mercado na Pipo Saúde.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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