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Autismo: como vencer o preconceito e lidar com a condição?

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Aprender a lidar com o diagnóstico e reconhecer a falta de conhecimento é fundamental para vencer o preconceito.

Fomos educados para acreditar na “família Doriana”, harmoniosa, filhos perfeitos, estabilidade financeira, ou seja, condições de vida favoráveis em todos os aspectos. Porém, nem sempre a vida sai como planejado e é natural que tenhamos que lidar com alguns desafios.

Quando nos deparamos com situações que fogem à regra, é como se o mundo desabasse sobre nossa cabeça, né? No momento em que falamos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), muitas incertezas surgem.

Ainda que o conhecimento sobre a existência do TEA seja amplo, quase ninguém sabe a fundo como é a condição e as diferenças que existem nela. É comum generalizar o diagnóstico de autismo por não entender as diferenças que existem, alimentando o preconceito da sociedade e, principalmente entre os familiares. Mesmo com tanta informação, é comum escolas e locais públicos recusarem de forma velada a presença de autistas.

De acordo com a psicóloga Dra Lívia Aureliano, diretora do TatuTEA, o primeiro ato preconceituoso, mesmo que inconsciente é não legitimar o diagnóstico. “A aceitação é o primeiro passo para lidar com a situação com clareza e oferecer uma vida mais acessível para a criança e também para os familiares. De fato, existem algumas limitações, entretanto, o TEA não é igual em nenhum indivíduo” – afirma Dra Lívia.

A especialista conta que já presenciou ao longo de sua carreira muitas reações contrárias de familiares ao lidar com o diagnóstico, sentenciando a vida deles e da criança. Embora o autismo seja amplamente discutido, ainda há muito preconceito e falta de entendimento, exemplo disso, foi a recente declaração do atual governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, alegando que o laudo diagnóstico não poderia ser permanente, uma vez que o autismo “pode passar”. Mesmo que depois o governador tenha vindo a público e voltou atrás em sua decisão, agora com argumentos corretos, sua primeira declaração deixou claro o quanto ainda temos pessoas sem conhecimento sobre o TEA em todos os setores da sociedade, inclusive na gestão pública, o que torna tudo mais preocupante.  

Diante disso, a Dra. Lívia sugere que pais, familiares e qualquer pessoa que necessite ter conhecimento a respeito do autismo, busque informações, como:  

Amplie o conhecimento: As pessoas ainda têm preconceito porque não sabem com o que estão lidando. Buscar informações com especialistas, ler artigos, depoimentos, entre outros conteúdos que esclareçam o TEA, é primordial.

Ter uma rede de apoio: Trocar experiências com grupos, profissionais, famílias, entidades, colégios e principalmente com adultos com TEA, dará um novo prisma em relação a condição.

Compartilhar o que aprendeu: O conhecimento adquirido com os estudos sobre o TEA e a troca de experiências com outras pessoas deve ser repassado para os outros familiares e qualquer pessoa que se interesse ou conviva com alguém dentro do espectro. Ensinar as pessoas a lidar de forma mais saudável, também irá ampliar ainda mais o conhecimento em relação ao autismo. Quando ensinamos, aprendemos duas vezes.

Dê autonomia para a criança: Quando os pais e familiares não sabem lidar com o TEA, acabam tirando a autonomia da pessoa. Atitudes como essa, além de não ajudarem com o tratamento dará a impressão de que ela é totalmente dependente e isso pode alimentar o preconceito. Permitir que a criança assuma suas responsabilidades é a melhor forma de ajudar e compreender.  A psicóloga pede para não evitar lugares ou situações por conta da condição da criança, a não ser que seja algum ambiente que provoque crises na criança. “Lembre-se que muitas limitações estão no ponto de vista das pessoas e não do autista. Independentemente do nível de autismo, permita que ela vivencie novas experiências” explica.

Se importar com a opinião alheia: Esse com certeza é um dos combustíveis mais eficazes para alimentar o preconceito. Quando a pessoa se preocupa demais com os outros, anula a criança por medo de incomodar. Nem todo mundo vai saber lidar, mas não são todas as pessoas, como muitas pessoas imaginam. Muitas lidam com naturalidade e compreendem a condição da criança melhor que os familiares.

Por fim, Dra Lívia conclui que as pessoas não podem se culpar pelo preconceito, já que ainda há um caminho muito grande para se percorrer quando o assunto é autismo. “Busque informação, redes de apoio e dê liberdade para seu filho ser como ele é.” – finaliza.

TatuTEA (Clínica de Atendimento à crianças e adolescentes com autismo):

 O TatuTEA é um espaço de atendimento às crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA), outros atrasos de desenvolvimento e dificuldades comportamentais.

Seu principal objetivo é oferecer um espaço no qual a criança, o jovem e suas famílias encontrem o que há de mais moderno no atendimento às suas necessidades, com embasamento científico da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e, ao mesmo tempo, encontrem acolhida e bem-estar.

https://www.tatutea.com.br/

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Hospital São Luiz Itaim inaugura Centro Avançado de Endoscopia com foco em alta tecnologia e IA

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Novo centro oferece tratamentos menos invasivos para obesidade, tumores e distúrbios digestivos, com apoio de inteligência artificial e equipe multidisciplinar

O Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or, inaugurou um moderno Centro Avançado de Endoscopia que promete transformar o cuidado com doenças do trato gastrointestinal. A estrutura une alta tecnologia, inteligência artificial (IA) e procedimentos minimamente invasivos, oferecendo alternativas inovadoras para tratar desde obesidade e diabetes tipo 2 até tumores e complicações pós-operatórias.

Segundo o médico endoscopista Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, responsável técnico pelo serviço, a proposta é clara: “Hoje conseguimos realizar procedimentos que antes exigiam cortes e internações prolongadas, com uma câmera e acesso minimamente invasivo, muitas vezes com alta no mesmo dia.”

Tratamentos modernos com alta precisão

Entre os destaques do novo centro estão técnicas de:

  • Gastroplastia endoscópica – alternativa à cirurgia bariátrica tradicional, realizada por endoscopia para reduzir o estômago;
  • Ablação da mucosa gástrica – aplicação de calor em áreas específicas do estômago para controle da glicose em pacientes com diabetes tipo 2;
  • Dissecção endoscópica da submucosa (ESD) e ressecção endoscópica de parede total (EFTRD) – para remoção de tumores e lesões digestivas de forma precisa, sem cirurgia aberta;
  • POEM e G-POEM – procedimentos para tratar distúrbios digestivos como megaesôfago e gastroparesia;
  • Vacuoterapia endoluminal – técnica inovadora que acelera a cicatrização por meio de pressão negativa aplicada diretamente no local da lesão.

O centro também se destaca por aplicar colangioscopia e ecoendoscopia guiadas por imagem em tempo real, permitindo tratamentos mais seguros para doenças do fígado, pâncreas e vias biliares.

Inteligência artificial a favor da medicina

Um dos diferenciais mais inovadores do centro é a utilização de IA no apoio ao diagnóstico precoce. A tecnologia permite detectar lesões gastrointestinais com maior precisão e agilidade, aumentando as chances de cura e reduzindo a necessidade de cirurgias invasivas.

“Unimos o melhor da medicina com o poder da tecnologia. A inteligência artificial nos permite detectar lesões com mais precisão e rapidez, algo que impacta diretamente no sucesso dos tratamentos”, afirma Fernando Sogayar, diretor-geral do Hospital São Luiz Itaim.

Um marco para o cuidado digestivo no Brasil

A proposta do novo Centro Avançado de Endoscopia é colocar o Hospital São Luiz Itaim na vanguarda do cuidado digestivo no Brasil, integrando assistência, ensino e pesquisa clínica. Com foco na humanização e na precisão, o centro representa um salto qualitativo na forma como condições gastrointestinais serão diagnosticadas e tratadas nos próximos anos.

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Justiça obriga plano de saúde a reembolsar R$ 496 mil por sessões de hemodiálise

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Decisão da 2ª Vara Cível do Butantã considera abusiva a suspensão de reembolso de tratamento vital a paciente com doença renal crônica

Em decisão proferida na última quinta-feira (8), a Justiça de São Paulo determinou que uma operadora de plano de saúde reembolse R$ 496,6 mil a um paciente com doença renal crônica que teve o reembolso de sessões de hemodiálise suspenso de forma unilateral e sem justificativa contratual válida. O caso foi julgado pela juíza Larissa Gaspar Tunala, da 2ª Vara Cível do Butantã.

Segundo os autos, o paciente depende da hemodiafiltração de alto fluxo, realizada cinco vezes por semana, e vinha sendo ressarcido desde 2013. No entanto, a operadora reduziu gradualmente os valores a partir de novembro de 2023, interrompendo completamente os pagamentos em maio de 2024, mesmo sem qualquer alteração contratual ou mudança no tratamento prescrito.

A empresa alegou estar seguindo limites contratuais, mas o argumento foi rechaçado pela magistrada, que classificou como abusiva e ilegal a recusa de reembolso para um tratamento vital à sobrevivência do paciente.

“Se há fraudes, cabe à empresa analisar com o devido cuidado as relações individuais, não penalizando aquele que não tem correlação com os fatos. No limite, importa saber se o autor está sendo tratado e se os valores de reembolso são condizentes com o que se pratica no mercado no mesmo nível de serviços”, afirmou a juíza na sentença.

Cláusulas vagas e livre escolha de prestadores

Outro ponto destacado foi a falta de clareza contratual quanto aos limites de cobertura. A juíza entendeu que o plano de saúde violou os direitos do consumidor ao impor restrições sem transparência e que, mesmo havendo uma rede credenciada, o contrato previa a livre escolha de prestadores.

“Haver rede credenciada é um irrelevante jurídico, pois o contrato permite a livre opção do consumidor”, destacou a magistrada.

Conforto e qualidade de vida preservados

Para a advogada do paciente, Giselle Tapai, especialista em Direito à Saúde, a decisão representa mais do que a garantia de um direito contratual — trata-se de preservar a dignidade e o bem-estar do paciente:

“A decisão permitirá ao beneficiário promover o seu tratamento em clínicas que ofereçam um cuidado diferenciado, como era feito antes do conflito. Ambientes confortáveis, sofisticados e acolhedores impactam positivamente a qualidade de vida do paciente e de sua família”, declarou ao portal Terra.

Precedente relevante para outros casos

A decisão judicial representa um importante precedente para casos semelhantes, nos quais pacientes com doenças crônicas enfrentam dificuldades no custeio de tratamentos contínuos por conta de reembolsos negados ou limitados de forma arbitrária pelas operadoras.

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Correios anunciam plano emergencial para contornar prejuízo bilionário em 2024

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Enfrentando um déficit histórico de R$ 2,6 bilhões em 2024 — quatro vezes maior que o prejuízo de 2023 — os Correios lançaram um pacote de medidas para tentar recuperar o equilíbrio financeiro da estatal. A proposta, divulgada internamente nesta segunda-feira (12), pretende economizar R$ 1,5 bilhão ao longo de 2025 e exige forte adesão dos mais de 86 mil empregados da empresa.

📉 Causas do prejuízo
A estatal atribui a crise principalmente:

  • à queda nas receitas com encomendas internacionais;
  • ao aumento dos custos operacionais, que chegaram a R$ 15,9 bilhões (+ R$ 716 milhões em relação a 2023);
  • aos gastos com pessoal, que subiram de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões.

📦 Apenas 15% das mais de 10 mil unidades de atendimento registraram superávit, reforçando o desafio de manter a capilaridade do serviço postal em todos os municípios do país.


📋 Medidas do plano de recuperação:

  1. Redução de jornada de trabalho e salários: de 8h para 6h diárias, com 34h semanais;
  2. Suspensão de férias a partir de junho de 2025, retomando apenas em 2026;
  3. Corte de 20% nos cargos comissionados na sede;
  4. Fim do home office: retorno obrigatório ao trabalho presencial a partir de 23 de junho;
  5. Prorrogação do PDV (Programa de Desligamento Voluntário) até 18 de maio;
  6. Revisão dos planos de saúde com nova rede credenciada e economia prevista de 30%;
  7. Lançamento de um marketplace próprio ainda em 2025;
  8. Captação de R$ 3,8 bilhões com o NDB para modernização e investimento interno.

🚴‍♂️ Investimentos e transição ecológica

Apesar das dificuldades, a estatal afirma manter seu plano de transição sustentável em até 5 anos. Foram investidos R$ 830 milhões em 2024, com destaque para:

  • 50 furgões elétricos;
  • 2.306 bicicletas elétricas e 3.996 convencionais com baú;
  • 1.502 veículos para renovação da frota.

💸 Alerta de liquidez

A empresa consumiu R$ 2,9 bilhões do caixa, restando apenas R$ 249 milhões disponíveis. Isso levou ao atraso de repasses a transportadoras e agências franqueadas, resultando em entregas mais lentas e paralisações parciais dos serviços.


📢 Mensagem da direção

Segundo o documento interno, “cada pequena contribuição dos empregados será essencial para superar os desafios e construir um futuro mais promissor”.

Com o plano de contenção, os Correios tentam evitar nova crise estrutural como a enfrentada em 2016, quando também registraram prejuízo bilionário. A proposta, porém, deve gerar forte resistência dos sindicatos diante da suspensão de direitos e da redução salarial.

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