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Inovação

Terceirização da logística hospitalar ganha espaço e melhora eficiência no atendimento

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Empresas especializadas em gestão de estoques e abastecimento têm sido contratadas por hospitais para simplificar logística e garantir qualidade dos produtos, aumentando eficiência e reduzindo custos. A TLS, empresa do grupo Elfa, é uma das líderes desse mercado.

A logística hospitalar é um setor de extrema importância para a gestão hospitalar, afinal, é por meio dela que os suprimentos e medicamentos necessários para o atendimento são fornecidos. Para garantir a eficiência desse processo, muitos hospitais adotam a terceirização da logística, ou seja, contratando empresas especializadas para realizar a gestão de estoques e o abastecimento de seus produtos. É o caso da TLS, empresa do grupo Elfa, que tem se destacado nesse mercado.

De acordo com Bruno Zanni, Diretor Executivo do Grupo Elfa, os hospitais têm transferido seus estoques de materiais e medicamentos de suas áreas “nobres” para um armazém da empresa, que passa a gerenciar todo o processo de recebimento dos fornecedores, gestão do estoque e abastecimento diário dos hospitais. Essa estratégia tem gerado importantes ganhos de eficiência, como liberação de área para novos leitos, redução de estoques, gestão de produtos, redução de perdas e aumento de eficiência em compras pela simplificação da logística para os fornecedores.

“Essa é, portanto, a nossa perspectiva sobre a operação dos hospitais. Acompanhamos com eles os principais desafios e iniciativas que tomam para ter cada vez mais eficiência, sendo a terceirização da logística com um parceiro especializado uma das mais impactantes”, explica Zanni.

A concentração dos estoques em um único centro de distribuição terceirizado fora da área hospitalar tem sido uma das principais estratégias adotadas por hospitais como Sírio Libanês e Rede D’Or para garantir que os suprimentos e medicamentos cheguem aos hospitais no momento certo. A empresa passa a operar toda a logística de recebimento dos fornecedores, a gestão dos estoques, o fracionamento e unitarização dos itens, montagem de kits e envio diário do que é realmente demandado pelos hospitais, diretamente no local de consumo do hospital.

“Essa centralização e terceirização da gestão logística simplifica em muito a logística do hospital, que deixa de receber dezenas de entregas de diferentes ao longo do dia e passa a receber duas entregas, sem necessidade nem de conferência. Todo o trabalho já foi realizado fora do hospital e os dados já estão corretamente inseridos no sistema. Simplifica muito a logística dos fornecedores também, que passam a fazer menos entregas por mês, podemos fazer entregas mais consolidadas, e em regiões de mais fácil acesso, fora de centros urbanos”, afirma a Zanni.

Além da simplificação da logística, a TLS conta com processos robustos para garantir a qualidade dos produtos e a segurança do paciente. “Sendo uma empresa especializada em logística hospitalar, os times, processos e sistemas são preparados e customizados para garantir eficiência e qualidade, liberando o hospital da preocupação em desenvolver essas competências, que não fazem parte do seu ‘core’ assistencial”, destaca o diretor.

A terceirização da logística hospitalar tem se mostrado uma solução eficiente para os desafios enfrentados pelos hospitais no gerenciamento de seus estoques e na garantia da qualidade dos produtos utilizados no atendimento aos pacientes. Com a expertise de empresas especializadas como a TLS, os hospitais conseguem se concentrar em sua atividade principal, a assistência ao paciente, enquanto a gestão de estoques e abastecimento fica a cargo de profissionais capacitados e processos robustos.

Atualidades

Alzheimer: Uma Nova Perspectiva sobre a Origem da Doença

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Por décadas, a doença de Alzheimer foi atribuída principalmente ao acúmulo de placas de beta-amiloide no cérebro, conforme proposto pela hipótese da cascata amiloide. No entanto, avanços recentes na neurociência e imunologia sugerem que essa visão pode ser simplista, apontando para uma origem mais complexa envolvendo o sistema imunológico.​

A Hipótese Amiloide: Um Paradigma em Evolução

Desde a identificação do peptídeo beta-amiloide em 1984 por George Glenner e Cai’ne Wong, a comunidade científica concentrou esforços em entender seu papel na patogênese do Alzheimer. Acreditava-se que o acúmulo dessas placas era o principal fator desencadeador da doença. Entretanto, estudos subsequentes revelaram uma correlação fraca entre a quantidade de placas e a gravidade dos sintomas clínicos, sugerindo que outros mecanismos também estão envolvidos PMC.​

Neuroimunidade: O Papel do Sistema Imunológico no Alzheimer

Pesquisas recentes destacam a importância da neuroimunidade na progressão do Alzheimer. O sistema imunológico, especialmente as células da microglia, desempenha um papel crucial na resposta inflamatória cerebral. Em vez de apenas reagir ao acúmulo de beta-amiloide, essas células podem contribuir ativamente para a neurodegeneração quando ativadas de forma crônica PubMed.​

Além disso, evidências sugerem que células T periféricas podem infiltrar-se no cérebro, exacerbando a inflamação e potencialmente acelerando o processo neurodegenerativo PubMed.​

Autoimunidade: Uma Nova Fronteira na Compreensão do Alzheimer

A história da autoimunidade remonta ao início do século XX, quando Paul Ehrlich cunhou o termo “horror autotoxicus” para descrever a aversão do sistema imunológico a atacar o próprio corpo. No entanto, essa visão mudou com a descoberta de autoanticorpos nas décadas seguintes, levando ao reconhecimento de doenças autoimunes como o lúpus e a artrite reumatoide .​Wikipedia+3Wiley Online Library+3The New Yorker+3

No contexto do Alzheimer, pesquisadores estão explorando a possibilidade de que mecanismos autoimunes possam contribuir para a doença. A presença de autoanticorpos e a ativação anormal do sistema imunológico no cérebro sugerem que o Alzheimer pode ter componentes autoimunes, embora essa hipótese ainda esteja em investigação.​


Implicações Terapêuticas e Futuras Direções

A compreensão do Alzheimer como uma doença com componentes imunológicos abre novas possibilidades terapêuticas. Tratamentos que modulam a resposta imunológica, como imunoterapias específicas, estão sendo explorados como alternativas ou complementos às abordagens tradicionais focadas na beta-amiloide.​

Além disso, a identificação de biomarcadores imunológicos pode permitir diagnósticos mais precoces e personalizados, melhorando o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.​


Conclusão

A visão tradicional do Alzheimer centrada exclusivamente na beta-amiloide está sendo desafiada por novas evidências que destacam o papel do sistema imunológico na doença. Embora ainda haja muito a ser descoberto, essa perspectiva integrada oferece esperança para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e uma compreensão mais completa do Alzheimer.​

me de as fontes resumidas para eu adicionar aq no final do texto


Fontes consultadas:

  1. Alzheimer’s Association – Informações atualizadas sobre pesquisas e hipóteses relacionadas à origem e evolução da doença de Alzheimer.
    🔗 www.alz.org
  2. National Center for Biotechnology Information (NCBI) – Estudos sobre o papel da neuroimunidade e inflamação no Alzheimer, com destaque para microglia e infiltração de células T.
    🔗 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36703235
  3. History of Medicine – Wiley Online Library – Histórico e evolução do entendimento sobre doenças autoimunes e suas conexões com processos neurodegenerativos.
    🔗 https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/rai2.12049
  4. PMC – NIH.gov – Revisões sobre a hipótese da cascata amiloide e questionamentos baseados em correlações clínicas e neuropatológicas.
    🔗 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2813509

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Atualidades

Exame de PET-PSMA pode tornar o tratamento de câncer de próstata mais assertivo e igualitário na rede pública de saúde

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Por: Beatriz Leme

Estudo dos casos do AME Barradas, em São Paulo, mostra que a união de esforços de diferentes áreas da saúde pública pode resultar em benefícios tangíveis aos pacientes

O câncer de próstata é o segundo mais frequente no Brasil e no mundo, e o aumento da sua prevalência despertou a necessidade de inovação e normatização das práticas de diagnóstico. Além disso, o aumento da sobrevida global dos pacientes avançados, em função do surgimento de novas opções de tratamento, demanda a necessidade de métodos de imagem mais modernos, que permitam avaliar de forma mais acurada a resposta ao tratamento.

O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Barradas, situado em São Paulo, foi palco de um estudo inovador. Idealizado por Beatriz Leme, gestora da empresa UDDO/PETCT Diagnósticos Médicos, Rafael Madke, diretor da R2PHARMA, empresa fornecedora de insumos para medicina nuclear e sob a coordenação da  médica nuclear, Anna Carolina Borges, o projeto ofereceu  a mais de 200 pacientes com câncer de próstata, atendidos pela rede pública, o procedimento de PET-CT com PSMA. A iniciativa tinha como objetivo ilustrar a importância da inovação tecnológica no enfrentamento ao câncer, mas também reforçar a necessidade de colaboração multidisciplinar na busca po r soluções que melhorem a qualidade de vida dos pacientes.

A PET-PSMA é uma técnica de imagem avançada que permite a visualização precisa das células malignas da próstata. Sua aplicação apresenta sensibilidade e especificidade superiores em relação aos métodos tradicionais, como a cintilografia óssea e a tomografia computadorizada, promovendo um planejamento terapêutico mais eficaz. Nos pacientes estudados, a utilização da PET-PSMA evidenciou um impacto decisivo no rastreamento e na detecção de recidivas, permitindo identificar focos metastáticos muitas vezes não visíveis em exames convencionais.

Tradicionalmente, muitos pacientes apresentavam níveis elevados de PSA (Antígeno Prostático E specífico) sem que a origem da recaída fosse clara, o que frequentemente resultava em intervenções mais invasivas e menos direcionadas. A introdução da PET-PSMA tornou possível a identificação de áreas metastáticas anteriormente ignoradas, promovendo, assim, um tratamento mais dirigido e, consequentemente, melhores desfechos clínicos. Por outro lado, a PET também se encarregou de descartar a possibilidade de doença avançada, cuja suspeita foi levantada pelos métodos tradicionais também menos específicos, permitindo trazer os pacientes nesse cenário para uma condição de proposta curativa de tratamento.

Além das melhorias nas técnicas de diagnóstico, o estudo realizado nos pacientes SUS-AME Barradas se destacou pela promoção de uma abordagem multidisciplinar no tratamento dos pacientes. A colaboração entre médicos urologistas, oncologistas, radioterapeutas e especialistas em medicina nuclear foi fundamental para oferecer um cuidado integral.

Os resultados dessa iniciativa são promissores e oferecem um vislumbre de um futuro em que o tratamento do câncer de próstata pode ser mais efetivo. A inclusão da PET-PSMA no SUS não apenas pode melhorar a qualidade do atendimento, mas também promove a equidade no acesso a novas tecnologias para a população.

Com o valioso potencial da PET-PSMA, os próximos passos incluem a monitorização contínua dos resultados clínicos e a avaliação do impacto econômico da implementação desta tecnologia no sistema de saúde. A longo prazo, é crucial que as políticas de saúde pública se adaptem para incorporar inovações, garantindo que todos os pacientes, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham acesso a diagnósticos precisos e tratamentos eficazes.

Assim, o estudo realizado no AME Barradas representa não apenas um avanço técnico, mas também uma oportunidade única de transformar o manejo do câncer de próstata no Brasil, já que os dados do trabalho retratam a realidade do nosso sistema público, comparando-se com os resultados da literatura internacional. É um passo significativo em direção a um sistema de saúde mais inovador, integrado e humano, que coloca o paciente no centro de todas as decisões e reafirma o compromisso com a qualidade e a equidade no atendimento à saúde.

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Exames genéticos podem reduzir custos no tratamento do câncer e revolucionar a oncologia

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Durante o mês de conscientização sobre o câncer, é essencial destacar como a inovação tecnológica pode transformar o enfrentamento da doença. A medicina genômica tem se consolidado como uma ferramenta poderosa na detecção precoce e no tratamento personalizado do câncer, proporcionando melhores desfechos clínicos e uma significativa redução de custos para pacientes e sistemas de saúde.


A revolução da medicina genômica no tratamento do câncer

Tradicionalmente, os cânceres são classificados e tratados com base no órgão de origem, como mama, pulmão ou próstata. No entanto, essa abordagem não considera as características moleculares específicas de cada tumor, o que pode limitar as opções terapêuticas disponíveis para o paciente.

Estudos recentes sugerem que classificar o câncer apenas pela sua localização pode restringir o acesso dos pacientes a tratamentos mais eficazes, que visam mutações específicas presentes em diferentes tipos de tumores.

Os exames genéticos permitem uma análise detalhada da estrutura molecular dos tumores, identificando mutações responsáveis pelo desenvolvimento do câncer. Com isso, os médicos podem escolher terapias mais precisas e personalizadas, garantindo:

Maior eficácia no tratamento
Redução dos efeitos colaterais
Menos necessidade de internações prolongadas
Diminuição dos custos associados a tratamentos ineficazes


Impacto na detecção precoce e economia para o sistema de saúde

Além de potencializar as chances de cura, os exames genéticos permitem a detecção precoce do câncer, evitando tratamentos mais complexos e caros em estágios avançados da doença.

Com os custos da oncologia crescendo globalmente, a medicina personalizada surge como uma solução viável e sustentável para equilibrar qualidade no atendimento e controle de despesas.

Os benefícios desse modelo incluem:

🔹 Redução do desperdício de recursos com tratamentos genéricos ineficazes
🔹 Diminuição da necessidade de quimioterapia e radioterapia extensivas
🔹 Aprimoramento da qualidade de vida dos pacientes com terapias mais direcionadas


Diretrizes regulatórias impulsionam a adoção dos testes genéticos

A transição para a classificação molecular do câncer está sendo acelerada por novas diretrizes científicas e regulatórias.

📌 A ESMO (European Society for Medical Oncology) já desenvolve recomendações para o uso de marcadores moleculares na escolha de terapias oncológicas.

📌 Nos Estados Unidos, a FDA trabalha para definir quando um medicamento pode ser aprovado com base em uma mutação genética, independentemente do órgão onde o câncer surgiu.

Essas iniciativas são fundamentais para garantir que mais pacientes tenham acesso a terapias inovadoras e altamente personalizadas.


Conclusão

Investir em exames genéticos é investir na saúde e no bem-estar dos pacientes. Ao possibilitar diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados, a medicina genômica traz benefícios que vão além da eficácia clínica:

🔹 Promove uma medicina mais assertiva e eficiente
🔹 Reduz custos desnecessários para os sistemas de saúde
🔹 Aprimora a experiência e qualidade de vida dos pacientes

Neste mês de conscientização sobre o câncer, reforçamos o compromisso com a inovação e a excelência no diagnóstico e tratamento oncológico. O futuro da luta contra o câncer está na precisão da genética, permitindo um tratamento mais eficiente, acessível e humano.


Fonte:
Exames genéticos podem reduzir custos no tratamento do câncer. Publicado em 25/02/2025.
Artigo de Rafael Malagoli, CEO da Bioma Genetics.

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