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Acesso, sustentabilidade e avanço dos biossimilares na saúde global

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Impossível falar de saúde sem abordar a questão do acesso - não apenas no Brasil, mas em todo mundo. No dicionário, acesso significa o ato de ingressar, entrada, possibilidade de chegar. No campo da saúde, o acesso é entendido como o conjunto de circunstâncias, de diversas naturezas, que viabiliza a entrada de cada usuário, ou paciente, na rede de serviços, em seus diferentes níveis de complexidade, bem como em suas diversas modalidades de atendimento.¹

No Brasil, felizmente, contamos com o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, que garante acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.² Para complementar a saúde pública, temos também a saúde suplementar, que hoje conta com mais de 50 milhões de beneficiários em planos de saúde médico-hospitalares, cerca de 25% da população brasileira.³

Neste cenário, poderíamos concluir que a saúde do Brasil está em pleno funcionamento, todos têm acesso aos mesmos cuidados e tratamentos – um engano. Há um senso comum incontestável quando o assunto é saúde: temos muito o que avançar.

Em meio a discussões sobre incorporações de novas tecnologias (ATS) surge a preocupação também com a sustentabilidade de ambos os setores, público e privado. Saúde tem se tornado, cada vez mais, um item caro, com a alta de custos de medicamentos e insumos e a sobrecarga do sistema durante e após pandemia de Covid-19.

Não coincidentemente, as palavras acesso, sustentabilidade e avançar estão grifadas neste artigo. Pois são estes os pilares da introdução dos biossimilares no mercado. Promover acesso e sustentabilidade por meio desse avanço tecnológico revolucionário para a saúde global.

Os biossimilares se destacam pela possibilidade de ampliação no acesso, uma vez que os medicamentos são de alto custo. Disponíveis no Brasil desde 2016, são desenvolvidos tendo como referência fármacos originadores cuja patente expirou. Eles têm um custo inferior ao seu medicamento de referência e são desenvolvidos para funcionar no organismo da mesma maneira que o produto originador, garantindo a mesma segurança, pureza e eficácia. Para isso, passam por rigorosos testes antes de chegar ao mercado, além de ter a aprovação da Anvisa.

No ano de 2021, os gastos com o componente farmacêutico especializado de alto custo, englobando os imunobiológicos, foram da ordem de 5 (cinco) bilhões de reais, o que corresponde a 42,43% dos gastos com medicamentos, enquanto a farmácia popular responde por somente 17,09%, atendendo, contudo, a um número de pacientes infinitamente maior.4 Os biológicos consomem 40% do orçamento público federal para a compra de medicamentos na assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a artrite reumatoide a responsável pelo maior consumo desses recursos. Em um estudo realizado por Tarsila Pires, publicado em 2019, cerca de 68,3% desses gastos foram utilizados para obtenção de adalimumabe e etanercepte, no período de 2012 a 2017.5

Mesmo não tendo obrigatoriedade de apresentar menores preços no mercado, um produto biossimilar pode custar de 30% a 70% do valor do originador, e até menos se produzido via PDP (Parceria para o Desenvolvimento Produtivo). Isso representaria uma economia substancial das despesas no componente especializado, que resultaria no aumento do número de pacientes cobertos com essas drogas, ampliando assim o acesso à população. No Brasil, existem biossimilares para a maioria dos produtos para tratamento da artrite reumatoide, embora alguns ainda em fase de aprovação de registro.

Além dos aspectos técnicos dos biossimilares e da sua importância para a saúde e economia global, é preciso falar da necessidade da ampliação do acesso à informação. Chamo atenção para esse ponto, pois ainda existe um tabu entre alguns profissionais de saúde tradicionais a respeito dos biossimilares – um erro grave, visto os inúmeros benefícios da introdução da nova tecnologia e que somente será combatido a partir da ampliação do conhecimento. Fica aqui minha pequena contribuição.

Referências:

1.Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), PROADESS. Acesso. Disponível aqui.
2. Ministério da Saúde. SUS, ESTRUTURA, PRINCÍPIOS E COMO FUNCIONA. Disponível aqui.
3.  Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Sala e Situação. Disponível aqui.
4. Ministério da Saúde. Portal da Transparência. Disponível aqui.
5 . Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Curz (Fiocruz). Cenário pós-incorporação de medicamentos biológicos para artrite reumatoide disponibilizados pelo componente especializado da assistência farmacêutica no SUS. Disponível aqui.


*Marcel Zetun é diretor de Biossimilares, Marcas Estabelecidas e Alianças da Organon.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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