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Inovação

Merck e UFMG inauguram Hub de Inovação em Nanotecnologia

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A Merck por meio de sua divisão de Life Science, anuncia o lançamento do Nanotech Innovation Hub, em uma parceria público-privada com o CTIT (Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Primeira aliança nacional da Merck no ramo da nanotecnologia, o Hub promove acesso de pesquisadores a tecnologias de ponta para acelerar o desenvolvimento de novas aplicações, além de dar início à jornada de empreendedorismo acadêmico em nanotecnologia da empresa no Brasil, que passa a oferecer cursos teórico-práticos para clientes, pesquisadores e estudantes da área no local.

Com uso destinado à comunidade acadêmica, indústria, startups e empreendedores, o Hub de Inovação em Nanotecnologia atuará em três áreas: sistemas de entrega nanocontrolados, nanossensores ou dispositivos vestíveis e soluções mais sustentáveis também baseadas em nano. Serão oferecidos serviços especializados, codesenvolvimento e prototipagem de projetos aplicáveis a todos os setores interessados, com especial destaque para saúde humana & animal, alimentos & bebidas e agricultura.

“A nanotecnologia é o controle dos materiais na escala atômica e molecular, para a obtenção de novas propriedades que os tornem mais eficientes e, consequentemente, ambiental e economicamente viáveis. Ela já é vista nos dispositivos eletrônicos, em cosméticos, tecidos e painéis solares, por exemplo, mas com as pesquisas científicas viabilizadas por projetos como esse, temos esperança de utilizar essa tecnologia no desenvolvimento de soluções inovadoras, como novos dispositivos que possibilitem melhor aproveitamento energético, métodos para intervenções biomédicas menos invasivas, ou diagnósticos ultrarrápidos com uso de biossensores que detectam a presença de patógenos em alimentos ou a evolução de doenças neurodegenerativas” explica o professor Ado Jório de Vasconcelos, Professor Titular no Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais.

“Temos muito orgulho em firmar mais uma parceria em prol da comunidade científica brasileira. No Brasil, a nanotecnologia é uma das áreas prioritárias para desenvolvimento tecnológico pelo Governo Federal. Apostamos na capacitação de pesquisadores e na colaboração entre indústria e universidade com o intuito impulsionar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que poderão impactar a vida e a saúde por meio da ciência”, comenta Alziana Pedrosa, Head de Commercial Marketing para América Latina dentro da divisão de Life Science da Merck.

“A UFMG está na vanguarda da produção de conhecimento em nanotecnologia. Temos um Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno (CTNano), instalado em nosso parque tecnológico (BH-TEC), que é referência no país. A parceria com a Merck, uma empresa de excelência na área de saúde, certamente vai incrementar esse potencial. Por meio dela, esperamos que nossas inovações cheguem mais rapidamente à sociedade”, analisa a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida.

O espaço fará parte do complexo do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), centro de inovação e pesquisa de 600 mil metros quadrados, criado por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte, Governo de Minas, Universidade Federal de Minas Gerais, Sebrae e Fiemg.

Outras parcerias

Em 2021, a Merck e a Universidade Federal de Goiás (UFG) criaram o Centro de Inovação e Tecnologia, destinado a prototipagem e treinamento de testes diagnósticos rápidos. Entre os produtos que nasceram a partir do projeto estão a transferência de tecnologia dos testes rápidos RT-LAMP para Covid-19, em parceria com a empresa AdvaGen, especializada em microbiologia; o teste rápido para Hanseníase, comercializado pela Bioclin, que acaba de chegar ao Sistema Único de Saúde; e o Sporothrix-ELISA, primeiro teste sorológico no mundo para diagnóstico da esporotricose humana e felina causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, em parceria com a startup BiDiagnostics.

No ano passado, a Merck e o Instituto SENAI de Inovação em Biotecnologia inauguraram o MScience Lab, novo laboratório de biotecnologia inteiramente dedicado às soluções para biologia celular, biologia molecular, imunoensaios, análise de proteínas e bioquímicos da ciência brasileira.

Já em 2023, a Merck e o Centro de Química Medicinal da Unicamp (CQMED) inauguraram uma abordagem inovadora para o estágio de drug screening, parte do processo de descoberta de novos fármacos. Trata-se de uma plataforma baseada na varredura de fragmentos químicos utilizando-se cromatografia acoplada à espectrometria de massas, uma tecnologia que visa abreviar a etapa inicial e exploratória da busca por moléculas que podem vir a se tornar novos medicamentos.

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Labchecap inaugura avançado centro tecnológico em Salvador

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Labchecap de Salvador (BA) acaba de inaugurar um novo centro tecnológico por meio de soluções integradas da Roche Diagnóstica. Serão oferecidos cerca de 1,8 milhão de testes por mês nas áreas de imunologia, hematologia e bioquímica, com exames de diferentes patologias, como tireoide, perfil hormonal e doenças infecciosas, com equipamentos que unem simplificação e excelência, aumentam a produtividade, levando a resultados mais rápidos e precisos, garantindo mais agilidade, assertividade e segurança no diagnóstico do paciente.

Com 800m2 dedicados à área técnica, o novo centro contará com um fluxo linear e único de automação e maior padronização nos processos com foco na eficiência operacional. Tudo por meio de soluções que possibilitam uma contingência e backup para segurança da operação, previsibilidade do tempo e rastreabilidade das amostras em tempo real para controle.

Parceria visa levar mais acesso a um diagnóstico ágil, preciso e de qualidade para a região, trazendo mais valor e cuidado aos pacientes.

No total, são 18 plataformas da Roche Diagnóstica, com módulos de Imunologia com o equipamento do modelo cobas® pro e801, que aumenta a produtividade por menor tempo de manutenção, consolidando o maior número de testes em um único tubo e permite maior utilização com a grande estabilidade onboard dos reagentes; 2 soluções cobas® p512, automatizando as etapas pré e pós-analíticas, que abrangem os procedimentos executados dentro dos laboratórios, e automação de Hematologia com o equipamento Sysmex XN 9100.

Também traz o novo e inteligente conceito de manutenção auto-operacional que executa automaticamente as tarefas de manutenção em segundo plano e reduz a carga manual diária para zero na unidade analítica cobas® c 503 e as unidades pós-analíticas cobas® p 701 e output module, que são sistemas de arquivamento refrigerados que simplificam a recuperação de amostras e o gerenciamento de testes complementares.

Créditos: https://medicinasa.com.br/estudo-miopia/

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Inovação: criação de cirurgia pioneira no mundo no HCFMUSP

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Por Francisco Cesar Carnevale

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), o maior complexo hospitalar da América Latina, é uma referência mundial em saúde. Este prestígio é resultado de uma combinação de assistência de qualidade, ensino de excelência, pesquisa avançada e investimentos contínuos em inovação e tecnologia. Esses esforços têm permitido o desenvolvimento de tratamentos revolucionários que não apenas melhoram a qualidade de vida dos pacientes, mas também ampliam o acesso à saúde e geram um impacto socioeconômico significativo no Brasil.

A radiologia, tradicionalmente conhecida por seu papel crucial no diagnóstico de diversas condições médicas por meio de exames como raio-X, tomografia e ressonância magnética, tem expandido seu alcance para incluir tratamentos. A radiologia intervencionista, uma subespecialidade terapêutica, utiliza métodos de imagem para realizar cirurgias minimamente invasivas e mais precisas. Esta abordagem proporciona aos pacientes menor risco, recuperação mais rápida e menos dor, comparado aos métodos cirúrgicos tradicionais.

Recentemente, fui surpreendido com a notícia de que serei homenageado em setembro com o prêmio mais importante da Radiologia Intervencionista durante o congresso da CIRSE 2024, em Lisboa. Este título, que avalia profissionais de todo o mundo, está para nós, médicos, como a Bola de Ouro no futebol! Ser o primeiro brasileiro e latino-americano a receber esse prêmio é uma honra indescritível, até porque é o reconhecimento de um trabalho realizado em equipe e um reconhecimento do Brasil como referência em medicina e pesquisa, superando a desconfiança que muitas vezes cerca a produção científica nacional. Sou profundamente grato por isso.

Um dos avanços mais notáveis que desenvolvemos no InRad e, de forma pioneira no Brasil e no mundo, é a técnica de embolização da próstata, uma alternativa inovadora para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB). Esta condição, comum entre homens após os 50 anos, geralmente exige a remoção total ou parcial da glândula. A técnica consiste em obstruir as artérias da próstata, bloqueando parcialmente a circulação sanguínea para reduzir seu tamanho e torná-la mais macia. Este procedimento minimamente invasivo melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes ao eliminar os sintomas da HPB e evitar as complicações associadas aos tratamentos tradicionais.

O projeto proporcionou ao Instituto de Radiologia uma projeção internacional e atraiu profissionais do Brasil e do exterior que buscam treinamento para aprender e replicar o procedimento ao redor do mundo.

No InRad, a radiologia intervencionista permite oferecer tratamentos para uma ampla gama de especialidades, incluindo oncologia, ortopedia, transplante de fígado e rim, além de opções terapêuticas em pediatria e ginecologia, como o tratamento de miomas uterinos. Conseguimos atender todos os institutos do complexo, incluindo o InCorICESP, Instituto da Criança e do Adolescente (ICr), Instituto Central e Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOTH).

Realizamos aproximadamente 2 mil cirurgias minimamente invasivas por ano dentro do HCFMUSP, e o impacto social desse trabalho é significativo. Já formamos internamente mais de cem profissionais capacitados a replicar e disseminar as técnicas desenvolvidas aqui, beneficiando não apenas os pacientes do HC, mas também em todo o Brasil.

Crescer e continuar a transformar

A radiologia intervencionista é uma especialidade que demanda e promove inovação, o que a torna extremamente atrativa. Temos aumentado o número de residentes e estamos otimistas em relação ao futuro, já que atuamos em diversos institutos do HC. Além disso, temos a responsabilidade de formar médicos de todo o Brasil, capacitando-os a levar esse conhecimento para suas regiões.

As conquistas que alcançamos até agora são apenas o começo de um caminho promissor. A especialidade tem potencial para transformar a jornada do paciente, oferecendo tratamentos mais eficazes e menos invasivos, que resultam em melhores prognósticos e uma recuperação mais rápida. O reconhecimento internacional que recebemos é um testemunho do impacto positivo que a radiologia intervencionista pode ter na medicina moderna.


*Francisco Cesar Carnevale é Chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da USP, do Instituto do Câncer (ICESP) e professor livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP.]

Créditos: https://medicinasa.com.br/radiologia-hcfmusp/

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Uberização: o crescimento do pay per use na saúde brasileira

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Por Graciele Miglio

O sistema de pay per use tem ganhado espaço em diversas áreas, incluindo a saúde, oferecendo uma alternativa flexível e acessível para quem precisa de cuidados médicos. No entanto, o termo “uberização” tem sido erroneamente associado a esse modelo, muitas vezes com uma conotação negativa. É essencial esclarecer que, quando aplicado à saúde, o sistema pay per use não visa precarizar o trabalho dos profissionais ou reduzir a qualidade do atendimento, mas sim democratizar o acesso e oferecer uma opção mais justa tanto para pacientes quanto para médicos.

Os números e estimativas comprovam isso. Especialistas apontam que o sistema de saúde pay per use no Brasil faturou, em 2023, R$ 320 bilhões e as projeções para os próximos dez anos indicam que o mercado de saúde pay per use pode crescer dez vezes em relação ao faturamento atual.

O envelhecimento da população, os altos custos dos planos de saúde e as dificuldades de acesso aos tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão impulsionando a demanda por serviços de saúde privados. Esse cenário apresenta uma oportunidade única para o modelo pay per use, que, se bem estruturado, pode se tornar uma alternativa acessível e viável para milhões de brasileiros.

O sistema pay per use na saúde não deve ser confundido com a “uberização” do setor. Enquanto o primeiro busca ampliar o acesso e garantir justiça tanto para pacientes quanto para médicos, o segundo carrega uma conotação negativa que não se aplica ao contexto da saúde.

Ao adotar o modelo pay per use, estamos caminhando em direção a um sistema mais inclusivo e sustentável, onde todos têm a oportunidade de receber cuidados médicos de qualidade a preços justos. O futuro deste modelo é promissor, mas exige atenção e planejamento para que seu crescimento seja harmonioso e benéfico para todos os envolvidos.


*Graciele Miglio é CEO da Nowmed.

Créditos: https://medicinasa.com.br/saude-uberizacao/

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