Conecte-se conosco

Atualidades

Mercado de vacinas amplia oportunidades para empreendedores

Publicado

em

O mercado de vacinas tem se mostrado promissor nos últimos anos. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2020, a pandemia mudou a opinião de 27% dos brasileiros sobre vacinas para melhor, impulsionando uma crescente conscientização sobre a importância da imunização e um aumento da demanda por serviços de saúde preventiva. Para empreendedores, isso se traduz em oportunidades significativas para estabelecer clínicas de vacinação bem-sucedidas. No entanto, é importante compreender os desafios inerentes ao setor e estar preparado para superá-los.

Ao iniciar uma clínica de vacinas, é crucial considerar uma série de fatores para garantir uma operação eficiente. Em primeiro lugar, é necessário realizar uma análise detalhada do mercado local. Pesquisar a concorrência existente, a demanda por serviços de imunização e as características demográficas da região é fundamental para identificar uma oportunidade viável.

“É importante analisar o potencial e necessidade da cidade e região em função de PIB, população e mercado”, explica Rosane Argenta, CEO da Saúde Livre Vacinas.

Além disso, é imprescindível garantir que sua clínica esteja em conformidade com as regulamentações de saúde e segurança aplicáveis. As vacinas são produtos sensíveis que requerem armazenamento adequado e administração correta. Portanto, é necessário cumprir os requisitos legais, obter as licenças e certificações necessárias e implementar os protocolos de segurança apropriados.

“É preciso manter protocolos e treinamentos regulares da equipe, para que os profissionais estejam sempre atualizados.”

Empreender no mercado de vacinas também apresenta desafios significativos. Um dos principais obstáculos é o acesso. Dependendo da localização geográfica e da disponibilidade de fornecedores, pode ser difícil garantir um suprimento consistente e confiável. Nesses casos, é necessário estabelecer parcerias estratégicas com distribuidores confiáveis ou explorar opções de importação para suprir as necessidades da clínica.

“O desconhecimento do setor pode gerar uma falsa impressão de simplicidade. Por isso, é necessário um relacionamento prévio com os fornecedores para ter uma real noção de como funciona o mercado.“

Outro desafio é educar e conscientizar o público sobre a importância da imunização. Algumas comunidades podem ter resistência ou desinformação em relação às vacinas, o que dificulta a adesão aos serviços oferecidos pela clínica. Um amplo estudo com a participação de 23 países publicado pela Nature Medicine, apontou que houve um aumento na confiança nas vacinas em 2022. O índice de indivíduos dispostos a aceitar a vacinação chegou a 79,1% no ano passado, um aumento de 5,2% em relação a junho de 2021 e de 10,9% na comparação com 2020. Ainda assim, segue sendo fundamental investir em campanhas de conscientização, oferecer informações precisas e cientificamente embasadas e promover a confiança no processo de imunização.

“É essencial não apenas expandir o acesso à vacinação, mas também aumentar a disponibilidade de informações confiáveis e garantir sua ampla divulgação pela mídia. É evidente o interesse coletivo em melhorar a saúde da população, reconhecendo que somente por meio de indivíduos saudáveis é possível alcançar maior produtividade e desenvolvimento, permitindo ao país tornar-se autossuficiente.”

No entanto, apesar dos desafios há várias oportunidades, um estudo publicado em 2022 pelo Instituto DataSenado aponta que a saúde continua a ser a maior preocupação dos brasileiros (26%). O tema vem recebendo grande atenção da população nas últimas quatro edições do levantamento, e segue no topo desde 2019. O aumento da demanda por imunização em decorrência de surtos de doenças, campanhas de saúde pública e a conscientização crescente sobre os benefícios das vacinas são fatores que podem impulsionar a procura por este tipo de serviço. Além disso, a diversificação do portfólio de vacinas oferecidas também vai impactar no sucesso.

“Com a pandemia da Covid-19, a população entendeu sobre a necessidade de prevenção. Há um esforço conjunto da rede pública com a privada nesse sentido, considerando que investir em medidas preventivas é uma opção muito mais vantajosa em termos de custos, tanto para o sistema de saúde como um todo quanto para os indivíduos.” finaliza Rosane.

Atualidades

Bradesco Saúde dobra rede de atendimento especializada em TEA e reforça acolhimento a beneficiários

Publicado

em

Em um cenário de crescente atenção às necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Bradesco Saúde celebra os avanços do seu Programa de Acolhimento, desenvolvido com foco na personalização e qualidade do cuidado prestado. Em um ano de implementação, a operadora de saúde duplicou sua rede de atendimento especializada, alcançando mais de 570 prestadores credenciados em todo o país.

Lançado em 2024, o programa oferece uma Central Exclusiva de Atendimento, que funciona como ponto de acolhimento e triagem inicial, orientando os pacientes e suas famílias sobre os caminhos adequados de cuidado e acompanhamento clínico. A jornada do beneficiário é monitorada pela operadora, garantindo suporte contínuo e especializado.

Resultados expressivos no primeiro ano

Entre março de 2024 e março de 2025, o programa especializado para TEA registrou aproximadamente 12 mil acionamentos, beneficiando mais de 5 mil pacientes. De acordo com levantamento da Bradesco Saúde, 70% das demandas foram para o sexo masculino e 30% para o feminino. Além disso, 42% dos pacientes atendidos estavam na faixa etária de 0 a 5 anos, público no qual o diagnóstico e as intervenções precoces são especialmente relevantes.

“O programa tem sido bem-sucedido na sua proposta de proporcionar o cuidado adequado aos pacientes diagnosticados com o TEA. Temos como pilares o acolhimento humanizado às famílias, protocolos integrados e parcerias com redes especializadas”, destaca Fernando Pedro, superintendente sênior de Gestão de Rede da Bradesco Saúde.

Compromisso com o cuidado humanizado

A expansão da rede e o modelo de acompanhamento reforçam o compromisso da Bradesco Saúde com uma abordagem centrada no paciente, especialmente em um tema tão sensível como o TEA. Ao investir em uma estrutura dedicada, a operadora contribui não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários, mas também para a conscientização da sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, do apoio às famílias e da inclusão.

A iniciativa integra a estratégia da empresa de inovação no cuidado em saúde, alinhada aos princípios da medicina personalizada e baseada em valor. Ao promover ações integradas e especializadas, a Bradesco Saúde avança em sua missão de proporcionar mais acesso, qualidade e eficiência assistencial no setor de saúde suplementar.

Continue Lendo

Atualidades

Novas plataformas digitais ampliam suporte ao uso do e-SUS APS por gestores e profissionais de saúde

Publicado

em

Com o objetivo de fortalecer a atenção primária e qualificar a gestão da informação no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde lançou novos sites dedicados à Estratégia e-SUS APS, ao Painel e-SUS APS e ao Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). As plataformas reúnem funcionalidades essenciais para o uso adequado das ferramentas digitais, além de conteúdos voltados à capacitação técnica e apoio à implementação nos municípios.

A iniciativa integra o esforço do governo federal para reduzir o tempo de espera no SUS e aprimorar o cuidado prestado aos usuários, conforme destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, a modernização dos sistemas de informação em saúde é um dos pilares para acelerar o acesso aos serviços, monitorar indicadores e facilitar a tomada de decisões baseadas em evidências.

Ferramentas disponíveis nos novos hotsites

Os hotsites disponibilizam recursos estratégicos para apoiar os profissionais no uso dos sistemas, tais como:

  • Downloads para instalação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC);
  • Orientações para instalação e uso do Painel e-SUS APS;
  • Manuais técnicos e materiais de apoio à implantação;
  • Linha do tempo com principais entregas e versões;
  • Biblioteca de vídeos explicativos e de apoio;
  • Ambiente de treinamento com dados simulados (XML);
  • Integração direta com a plataforma de educação permanente Educa e-SUS APS;
  • Canal de suporte técnico e seção de novidades;
  • Blog com atualizações e notícias da área.

O que é a Estratégia e-SUS APS

Liderada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), a Estratégia e-SUS APS visa reestruturar a gestão da informação na atenção primária por meio da informatização qualificada dos serviços. A proposta é criar um novo modelo de gestão de dados em saúde, promovendo mais eficiência e rastreabilidade nos atendimentos.

A principal inovação recente é o Painel e-SUS APS, plataforma que permite o monitoramento em tempo real de indicadores populacionais e clínicos. A solução oferece suporte direto à tomada de decisão em saúde, possibilitando que equipes realizem intervenções mais rápidas e eficazes no cuidado dos pacientes.

Educação permanente para os profissionais

Para apoiar a implementação e a melhoria contínua dos sistemas, o Ministério da Saúde também disponibilizou o Educa e-SUS APS, uma plataforma gratuita de educação permanente. O ambiente oferece cursos, treinamentos e materiais atualizados para profissionais de saúde, gestores e equipes de tecnologia, com foco no uso eficiente das ferramentas e na aplicação prática dos dados para a gestão da atenção primária.

Acesso às plataformas

Com essas novas iniciativas, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com um SUS mais digital, eficiente e integrado, contribuindo para uma gestão pública mais transparente e centrada na saúde das pessoas.

Continue Lendo

Atualidades

Vacina contra herpes zóster pode reduzir risco de demência em até 20%, revela estudo publicado na Nature

Publicado

em

Um estudo internacional liderado pela Stanford Medicine, nos Estados Unidos, trouxe evidências promissoras sobre o impacto positivo da vacinação contra herpes zóster na saúde cerebral de idosos. Segundo a pesquisa, publicada na prestigiada revista Nature, o imunizante foi associado a uma redução de 20% no risco de desenvolvimento de demência, incluindo Alzheimer.

A pesquisa teve como base os registros de saúde de idosos no País de Gales, onde uma política de vacinação restritiva — permitindo a aplicação da vacina apenas para pessoas com 79 anos completos em 1º de setembro de 2013 — criou um “experimento natural”. Os pesquisadores, então, compararam grupos vacinados e não vacinados com perfis semelhantes ao longo de sete anos.

“A situação permitiu um estudo observacional robusto com dados reais e controle adequado de variáveis como idade e estado de saúde”, destacou o professor Pascal Geldsetzer, autor sênior do estudo.

O elo entre vírus latentes e doenças neurodegenerativas

O herpes zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, o vírus permanece dormente no sistema nervoso e pode ser reativado décadas depois, especialmente em idosos com imunidade reduzida. Além de causar dores intensas e erupções cutâneas, ele também pode desencadear inflamações crônicas nos nervos.

Essas inflamações — em especial quando envolvem o sistema nervoso central — vêm sendo estudadas como possíveis fatores de risco para doenças como a demência e o Alzheimer.

Como a vacina pode proteger o cérebro

A principal hipótese para os efeitos neuroprotetores da vacina contra o herpes zóster é a redução da neuroinflamação. Ao evitar a reativação do vírus, o organismo sofre menos episódios inflamatórios, preservando melhor as funções cerebrais ao longo do tempo. Além disso, os pesquisadores sugerem que a vacina possa gerar uma resposta imunológica mais ampla, fortalecendo o sistema imune contra infecções silenciosas que impactam a cognição.

Mulheres e pessoas com doenças autoimunes ou alergias, que normalmente apresentam respostas imunológicas mais fortes, mostraram benefícios ainda mais expressivos na pesquisa.

“A inflamação é prejudicial para diversas doenças crônicas, incluindo a demência. Impedir reativações virais pode ser uma forma eficaz de proteger o cérebro no longo prazo”, reforça Geldsetzer.

Um novo caminho para prevenção da demência

Com mais de 55 milhões de pessoas afetadas pela demência no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e com o aumento da expectativa de vida global, a descoberta acende uma luz sobre novas estratégias de prevenção.

A demência, especialmente a do tipo Alzheimer, ainda não tem cura, e os tratamentos disponíveis são limitados. Assim, iniciativas de prevenção ganham relevância, e a vacinação pode ser uma aliada inesperada e poderosa — não apenas contra o herpes zóster, mas também na proteção da saúde neurológica.

A pesquisa também reforça a necessidade de ampliar o acesso à vacina, especialmente em países em desenvolvimento, onde o envelhecimento populacional se acelera e os recursos para tratar doenças neurodegenerativas são limitados.

Continue Lendo

Mais Vistos