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O que pode ser feito para aprimorar os serviços de telemedicina

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Muito utilizada durante o período de pandemia, a telemedicina tem provado seu poder de permanência e segue conquistando adeptos no Brasil. Para se ter uma ideia, dados do Centro de Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) indicam que, em 2022, a teleconsulta foi realizada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros em todo o país.

À medida que esse recurso ganha espaço, é preciso que os provedores de saúde acompanhem, com um olhar atento, as principais necessidades que envolvam melhorias no atendimento clínico, seja nos consultórios físicos ou virtuais.

Isto porque, com o crescimento da digitalização do setor, os pacientes esperam acompanhamentos com experiências ainda mais personalizadas e assertivas. Assim, atender a essas expectativas tem sido decisivo para as instituições, sobretudo para aquelas que atuam na modalidade de teleconsulta.

Fatores fundamentais para a otimização dos serviços de telemedicina no Brasil

Diante do avanço e da oferta variada de ferramentas para consultas virtuais, a conveniência torna-se um diferencial para os pacientes, seja para aqueles já habituados aos recursos digitais ou, até mesmo, para as pessoas que apresentam mais dificuldades no uso de tecnologias.

Desta forma, é importante que, desde o primeiro clique para agendar a consulta, passando pelo momento de contato com o prestador de saúde e, por fim, ao acessar as informações após o encontro, o paciente tenha uma experiência única, prática, intuitiva e ágil. Isso reverbera diretamente na qualidade do serviço, fator inegociável durante todo o cuidado clínico.

Este processo pode ser potencializado ao ser acompanhado de outras soluções inovadoras, como as de suporte à decisão clínica (SDC). A partir delas, os profissionais da saúde têm em mãos informações valiosas e atualizadas que auxiliam nas tomadas de decisões mais assertivas. Desta forma, o acesso a conteúdos pautados em evidências científicas confere maior credibilidade e, consequentemente, mais excelência às consultas, tanto aos médicos, quanto aos pacientes.

Neste contexto, para que as equipes clínicas atendam adequadamente a essas demandas, é necessário que o contato com esses materiais seja estimulado desde a formação do profissional, ainda nas universidades de medicina. Assim, ao iniciar a vida profissional, o médico contará com uma sólida base de conhecimento, além de uma visão crítica e analítica fundamental para a prática da Medicina Baseada em Evidências (MBE), principalmente em meio ao avanço da transformação digital na saúde.

Paciente sempre em primeiro lugar

Todos esses fatores, de conveniência, qualidade e acesso a recursos, são elementos que corroboram para que o paciente possa tenha uma assistência individualizada, conforme a sua condição clínica e no momento em que desejar.

E as ferramentas de suporte à decisão clínica são determinantes neste processo, ao permitirem o acesso a um variado catálogo de conteúdos clínicos. Em consequência disto, os médicos conseguem observar e determinar com maior precisão as necessidades distintas de cada paciente, apoiando na redução de erros de diagnósticos, na identificação do tratamento mais adequado e, até mesmo, nos remédios ideais e nos possíveis riscos de interações medicamentosas.

Segurança de dados: fator fundamental na saúde

Para além do atendimento mais próximo, em uma sociedade ainda mais digital, a cibersegurança torna-se um ponto de extrema relevância. Inclusive, segundo Estudo Global de Cibersegurança em Saúde 2023, com a participação de 1,1 mil profissionais de TI do setor, 78% dos entrevistados vivenciaram pelo menos um incidente de cibersegurança no último ano.

Na Telemedicina e em todo corpo de saúde que lida a todo momento com dados sensíveis, cabe aos provedores adotarem medidas para proteger os pacientes, garantindo sempre um atendimento seguro e de qualidade.

O fato é que a digitalização no setor deve seguir a passos largos. Por conta disto, é preciso que as organizações e desenvolvedores de software de teleconsultas sigam atentos aos feedbacks dos usuários, para, assim, otimizar ainda mais os serviços. Já com relação aos profissionais de saúde, é imprescindível que se mantenham atualizados e procurem por soluções baseadas em evidências, aprimorando o atendimento e proporcionando o melhor cuidado ao paciente.

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Bradesco Saúde dobra rede de atendimento especializada em TEA e reforça acolhimento a beneficiários

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Em um cenário de crescente atenção às necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Bradesco Saúde celebra os avanços do seu Programa de Acolhimento, desenvolvido com foco na personalização e qualidade do cuidado prestado. Em um ano de implementação, a operadora de saúde duplicou sua rede de atendimento especializada, alcançando mais de 570 prestadores credenciados em todo o país.

Lançado em 2024, o programa oferece uma Central Exclusiva de Atendimento, que funciona como ponto de acolhimento e triagem inicial, orientando os pacientes e suas famílias sobre os caminhos adequados de cuidado e acompanhamento clínico. A jornada do beneficiário é monitorada pela operadora, garantindo suporte contínuo e especializado.

Resultados expressivos no primeiro ano

Entre março de 2024 e março de 2025, o programa especializado para TEA registrou aproximadamente 12 mil acionamentos, beneficiando mais de 5 mil pacientes. De acordo com levantamento da Bradesco Saúde, 70% das demandas foram para o sexo masculino e 30% para o feminino. Além disso, 42% dos pacientes atendidos estavam na faixa etária de 0 a 5 anos, público no qual o diagnóstico e as intervenções precoces são especialmente relevantes.

“O programa tem sido bem-sucedido na sua proposta de proporcionar o cuidado adequado aos pacientes diagnosticados com o TEA. Temos como pilares o acolhimento humanizado às famílias, protocolos integrados e parcerias com redes especializadas”, destaca Fernando Pedro, superintendente sênior de Gestão de Rede da Bradesco Saúde.

Compromisso com o cuidado humanizado

A expansão da rede e o modelo de acompanhamento reforçam o compromisso da Bradesco Saúde com uma abordagem centrada no paciente, especialmente em um tema tão sensível como o TEA. Ao investir em uma estrutura dedicada, a operadora contribui não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários, mas também para a conscientização da sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, do apoio às famílias e da inclusão.

A iniciativa integra a estratégia da empresa de inovação no cuidado em saúde, alinhada aos princípios da medicina personalizada e baseada em valor. Ao promover ações integradas e especializadas, a Bradesco Saúde avança em sua missão de proporcionar mais acesso, qualidade e eficiência assistencial no setor de saúde suplementar.

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Novas plataformas digitais ampliam suporte ao uso do e-SUS APS por gestores e profissionais de saúde

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Com o objetivo de fortalecer a atenção primária e qualificar a gestão da informação no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde lançou novos sites dedicados à Estratégia e-SUS APS, ao Painel e-SUS APS e ao Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). As plataformas reúnem funcionalidades essenciais para o uso adequado das ferramentas digitais, além de conteúdos voltados à capacitação técnica e apoio à implementação nos municípios.

A iniciativa integra o esforço do governo federal para reduzir o tempo de espera no SUS e aprimorar o cuidado prestado aos usuários, conforme destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, a modernização dos sistemas de informação em saúde é um dos pilares para acelerar o acesso aos serviços, monitorar indicadores e facilitar a tomada de decisões baseadas em evidências.

Ferramentas disponíveis nos novos hotsites

Os hotsites disponibilizam recursos estratégicos para apoiar os profissionais no uso dos sistemas, tais como:

  • Downloads para instalação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC);
  • Orientações para instalação e uso do Painel e-SUS APS;
  • Manuais técnicos e materiais de apoio à implantação;
  • Linha do tempo com principais entregas e versões;
  • Biblioteca de vídeos explicativos e de apoio;
  • Ambiente de treinamento com dados simulados (XML);
  • Integração direta com a plataforma de educação permanente Educa e-SUS APS;
  • Canal de suporte técnico e seção de novidades;
  • Blog com atualizações e notícias da área.

O que é a Estratégia e-SUS APS

Liderada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), a Estratégia e-SUS APS visa reestruturar a gestão da informação na atenção primária por meio da informatização qualificada dos serviços. A proposta é criar um novo modelo de gestão de dados em saúde, promovendo mais eficiência e rastreabilidade nos atendimentos.

A principal inovação recente é o Painel e-SUS APS, plataforma que permite o monitoramento em tempo real de indicadores populacionais e clínicos. A solução oferece suporte direto à tomada de decisão em saúde, possibilitando que equipes realizem intervenções mais rápidas e eficazes no cuidado dos pacientes.

Educação permanente para os profissionais

Para apoiar a implementação e a melhoria contínua dos sistemas, o Ministério da Saúde também disponibilizou o Educa e-SUS APS, uma plataforma gratuita de educação permanente. O ambiente oferece cursos, treinamentos e materiais atualizados para profissionais de saúde, gestores e equipes de tecnologia, com foco no uso eficiente das ferramentas e na aplicação prática dos dados para a gestão da atenção primária.

Acesso às plataformas

Com essas novas iniciativas, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com um SUS mais digital, eficiente e integrado, contribuindo para uma gestão pública mais transparente e centrada na saúde das pessoas.

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Vacina contra herpes zóster pode reduzir risco de demência em até 20%, revela estudo publicado na Nature

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Um estudo internacional liderado pela Stanford Medicine, nos Estados Unidos, trouxe evidências promissoras sobre o impacto positivo da vacinação contra herpes zóster na saúde cerebral de idosos. Segundo a pesquisa, publicada na prestigiada revista Nature, o imunizante foi associado a uma redução de 20% no risco de desenvolvimento de demência, incluindo Alzheimer.

A pesquisa teve como base os registros de saúde de idosos no País de Gales, onde uma política de vacinação restritiva — permitindo a aplicação da vacina apenas para pessoas com 79 anos completos em 1º de setembro de 2013 — criou um “experimento natural”. Os pesquisadores, então, compararam grupos vacinados e não vacinados com perfis semelhantes ao longo de sete anos.

“A situação permitiu um estudo observacional robusto com dados reais e controle adequado de variáveis como idade e estado de saúde”, destacou o professor Pascal Geldsetzer, autor sênior do estudo.

O elo entre vírus latentes e doenças neurodegenerativas

O herpes zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, o vírus permanece dormente no sistema nervoso e pode ser reativado décadas depois, especialmente em idosos com imunidade reduzida. Além de causar dores intensas e erupções cutâneas, ele também pode desencadear inflamações crônicas nos nervos.

Essas inflamações — em especial quando envolvem o sistema nervoso central — vêm sendo estudadas como possíveis fatores de risco para doenças como a demência e o Alzheimer.

Como a vacina pode proteger o cérebro

A principal hipótese para os efeitos neuroprotetores da vacina contra o herpes zóster é a redução da neuroinflamação. Ao evitar a reativação do vírus, o organismo sofre menos episódios inflamatórios, preservando melhor as funções cerebrais ao longo do tempo. Além disso, os pesquisadores sugerem que a vacina possa gerar uma resposta imunológica mais ampla, fortalecendo o sistema imune contra infecções silenciosas que impactam a cognição.

Mulheres e pessoas com doenças autoimunes ou alergias, que normalmente apresentam respostas imunológicas mais fortes, mostraram benefícios ainda mais expressivos na pesquisa.

“A inflamação é prejudicial para diversas doenças crônicas, incluindo a demência. Impedir reativações virais pode ser uma forma eficaz de proteger o cérebro no longo prazo”, reforça Geldsetzer.

Um novo caminho para prevenção da demência

Com mais de 55 milhões de pessoas afetadas pela demência no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e com o aumento da expectativa de vida global, a descoberta acende uma luz sobre novas estratégias de prevenção.

A demência, especialmente a do tipo Alzheimer, ainda não tem cura, e os tratamentos disponíveis são limitados. Assim, iniciativas de prevenção ganham relevância, e a vacinação pode ser uma aliada inesperada e poderosa — não apenas contra o herpes zóster, mas também na proteção da saúde neurológica.

A pesquisa também reforça a necessidade de ampliar o acesso à vacina, especialmente em países em desenvolvimento, onde o envelhecimento populacional se acelera e os recursos para tratar doenças neurodegenerativas são limitados.

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