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Em um ano, 12% dos pacientes internados em UTI do HC em SP foram parar lá devido a erros hospitalares, aponta pesquisa

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Médicos analisaram pessoas atendidas em UTIs entre 2017 e 2018 do começo ao fim das internações. Entre as principais razões para os eventos adversos, estão infecções hospitalares e complicações relacionadas a procedimentos.

Uma pesquisa feita por médicos intensivistas, que são especialistas em pacientes em estado crítico, analisou o impacto de “eventos adversos”, os erros hospitalares (entenda abaixo), nos leitos de duas unidades de terapia intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, na capital paulista.

Os resultados foram publicados em janeiro deste ano na revista “Journal of Critical Care”.

Em um ano, de outubro de 2017 a outubro de 2018, 510 internações foram monitoradas. O grupo de pesquisadores acompanhou os pacientes do começo ao fim do atendimento (alta hospitalar, transferência ou morte) para entender se o motivo da ida para a UTI tinha ou não associação com algum erro médico ou hospitalar, chamado tecnicamente como “evento adverso”.

🏥O que foi considerado “evento adverso”? Incluiu, além de erros médicos, danos à saúde decorrentes da ação de outros profissionais, falta de insumos, perfurações acidentais, objetos deixados dentro dos corpos, erros de dosagens, líquidos contaminados, quedas, procedimentos malsucedidos e outros processos inadequados em um ambiente hospitalar inseguro.

No cenário da época, as duas UTIs adultas tinham um total de 19 leitos, em que um enfermeiro e um médico cuidavam de cinco pacientes e havia um técnico de enfermagem para cada dois internados.

Os principais pontos observados pelos pesquisadores:

  • 62 pacientes (12,1%), dos 510, foram parar na UTI naquele período por relação com um evento adverso/erro de assistência à saúde;
  • 70,9% desses eventos poderiam ter sido evitados ou prevenidos;
  • 50 pessoas foram admitidas na UTI unicamente por culpa do evento adverso, um recorte de 9,8%;
  • dos 62 internados, 12 deles (2,3%) tiveram admissão relacionada a evento adverso, mas não foi necessariamente o único motivo.

Os pacientes admitidos na UTI após o evento adverso geraram exames adicionais em 88,7% das vezes, 75,8% deles receberam medicações adicionais e 48,3% precisaram de procedimentos adicionais.

O estudo concluiu que os eventos adversos foram um motivo relevante para internações nas UTIs. “A elevada taxa de evitabilidade descrita reforça que os programas de qualidade e segurança poderiam funcionar como uma ferramenta para otimizar recursos escassos”, disseram no texto.

Todos os que participaram da pesquisa são médicos intensivistas do HC: Rodolpho Augusto de Moura Pedro, Bruno Adler Maccagnan Pinheiro Besen, Pedro Vitale Mendes, Augusto Cezar Marins Gomes, Marcelo Ticianelli de Carvalho, Luiz Marcelo Sá Malbouisson, Marcelo Park e Leandro Utino Taniguchi.

Quatro motivos principais foram encontrados como possíveis causadores dos eventos adversos:

  • Procedimentos (35,5%) – complicações relacionadas a cirurgias, endoscopias, passagem de cateteres etc;
  • Infecções hospitalares (33,9%);
  • Medicamentos (22,6%) – reações alérgicas ou outros efeitos colaterais, como sangramentos e danos orgânicos;
  • Infraestrutura (8,1%) – atraso ou indisponibilidade de métodos de diagnóstico ou tratamento.

Eventos considerados como não preveníveis

Segundo apurado pelo g1, entre as internações nas UTIs por eventos considerados não preveníveis estavam casos relacionados a efeitos colaterais graves após medicações prescritas mesmo com indicação e dosagem corretas, como hepatite por medicamentos, reações alérgicas graves, sangramento abdominal e até mesmo cerebral.

Eventos considerados como preveníveis

Entre os eventos considerados como preveníveis entre pacientes que precisaram de UTI, a maioria esteve relacionada com infecções hospitalares, complicações com procedimentos médicos invasivos e efeitos colaterais da prescrição desnecessária ou excessiva de medicamentos.

Em nota ao g1, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que, de janeiro a novembro de 2023, nas unidades estaduais, foram registrados 11 eventos adversos e queixas técnicas referentes aos atendimentos ambulatoriais prestados à população.

Em todo o ano de 2022, a pasta afirmou que nenhum evento adverso foi registrado. E, em 2021, apenas um foi registrado.

Em outubro de 2023, o Boletim Saúde da População Negra, projeto do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e do Instituto Çarê, apontou que entre 2010 e 2021 pessoas negras foram mais vítimas de erros médicos devido a acidentes ou negligência profissional no Brasil.

O estudo levantou que foram registradas 66.496 internações por causa de eventos adversos. Pela média, foram 15 casos por dia, no país.

Em nota, o Hospital afirmou que desde de 2018 foram feitas várias iniciativas para a ampliação do cuidado ao paciente no Instituto Central do HC.

Neste conjunto de ações, o hospital destaca “o monitoramento do início das cirurgias, as informações do aviso cirúrgico, monitoramento dos tempos cirúrgicos, adoção do protocolo de agravo, o monitoramento das unidades de internação e a realização de obras para a instalação de novas tecnologias como sala híbrida e cirurgia robótica.”

Ainda de acordo com o HC, as ações fizeram com que a unidade conquistasse “grau máximo de excelência da Organização Nacional de Acreditação – ONA, órgão certificador de instituições de saúde, reconhecido pelo Ministério da Saúde. É a primeira vez que um hospital público, que atende mais de 1 milhão de pacientes por ano com doenças de alta complexidade, provenientes de diversas regiões do estado e de outros países, consegue a acreditação de nível 3 – Excelência em Gestão.”

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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