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Formação de profissionais de saúde para trabalhar fora do Brasil

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Com a alta demanda dos Estados Unidos e países europeus por profissionais da área de saúde, as universidades brasileiras estão diante de uma janela de oportunidade única para formatar currículos flexíveis e globais, alinhados com instituições internacionais de ensino, e criar condições para que os diplomas sejam válidos no Brasil e no exterior.

Além das aulas tradicionais, a formação para atuação internacional deve contar ainda com o uso de equipamentos de inteligência artificial, prática comum em outros países, e oferta de estágios em hospitais e empresas no exterior, entre outros diferenciais em relação à graduação tradicional.

Tecnologia de ponta embarcada e corpo docente composto por mestres e doutores, no entanto, tornaram-se pré-requisitos, e não mais diferenciais, para os cursos de saúde no país. É possível – e necessário – ir além.

O domínio da linguagem técnico-profissional do país para o qual se deseja emigrar é uma das principais carências dos profissionais brasileiros da saúde que desejam trabalhar fora. Para suprir essa lacuna, faz-se necessário ofertar na grade curricular, por exemplo, módulos de inglês instrumental desde o início da graduação.

A aprendizagem também pode ser baseada em técnicas modernas e internacionalmente reconhecidas, como o desafio para times (TBL – Team Based Learning), problematização e estudos de casos reais (PBL – Problem Based Learning).

Segundo levantamento do Baker Institute for Public Policy, da Rice University, entre 2007 e 2021, o número de trabalhadores na área de saúde nos Estados Unidos passou de 14,5 milhões para 18,5 milhões, e a proporção de imigrantes que trabalham no setor aumentou de 14,22% para 16,52%.

Olhando apenas para os profissionais médicos, um estudo da IHS Markit de 2021 estima que os EUA poderão enfrentar uma escassez de 37.800 a 124.000 dessa mão de obra até 2034, com déficits tanto nos cuidados primários como nos cuidados especializados. Entre as estratégias para suprir a escassez de trabalhadores na área de saúde no país está justamente o recrutamento de trabalhadores estrangeiros.

Segundo registros dos Conselhos de Medicina, o número de médicos no Brasil mais que dobrou nos últimos 20 anos, passando de aproximadamente 200 mil em 2000 para cerca de 550 mil. Já o número de profissionais de enfermagem registrados atualmente, segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), é de cerca de 3 milhões, o que inclui técnicos, auxiliares e enfermeiros. Apenas enfermeiros são mais de 725 mil. Além de atenderem ao sistema de saúde nacional, há oportunidades de exportarmos parte dessa mão de obra qualificada.

Em 2022, o governo alemão assinou um contrato com o Cofen que permite ao país europeu contratar profissionais brasileiros. A estimativa era que fossem selecionados 700 enfermeiros por ano por meio da parceria.

As oportunidades que podem ser geradas pelas instituições de ensino superior brasileiras para atuação de egressos no exterior extrapolam não só os cursos de Medicina e Enfermagem, mas também demais formações da área da saúde, como Psicologia, Odontologia, Nutrição, Fisioterapia e Fonoaudiologia. É importante que, desde a faculdade, os futuros profissionais tenham consciência da importância do trabalho em equipe e visão integrada entre as profissões do setor.

Precisamos, portanto, preparar melhor nossos alunos para os desafios globais da área da saúde, com enfoque em habilidades que sejam reconhecidas internacionalmente. Isso possibilita não só espaços de trabalho no exterior, mas também amplia as opções de atuação no Brasil. As oportunidades estão batendo à nossa porta.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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