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Saúde está entre os setores que mais serão beneficiados pelo processamento inteligente de documentos

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Registro e processamento de dados do paciente, autorização de procedimentos, histórico médico são alguns dos serviços que podem ser realizados pela tecnologia baseada em Inteligência Artificial

De acordo com um estudo da consultoria Market.us, o mercado de Intelligent Document Processing (IDP) ou Processamento Inteligente de Documentos deve crescer 28,9% ao ano, alcançando a marca dos impressionantes US$ 17,8 bilhões até 2032. O número é alto, mas não é de se estranhar: afinal todos os negócios são baseados em documentos e comunicações. 

O IDP refere-se a um conjunto de tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA) que automatizam o processamento de documentos de forma eficiente e precisa. Essas tecnologias incluem técnicas como processamento de linguagem natural (NLP), reconhecimento de imagem, aprendizado de máquina e outras formas de IA para entender, extrair e classificar informações a partir de documentos diversos, como textos, formulários, faturas, e-mails, entre muitos outros.

A solução vem sendo impulsionada, ainda segundo o levantamento da Market.us, pelos avanços tecnológicos, como as inovações contínuas em IA, a recente demanda por automação para melhorar produtividade e precisão e reduzir o trabalho manual, o crescimento exponencial do volume de dados no mundo todo e a necessidade de conformidade regulatória e segurança de dados. 

Com o IDP, as tarefas manuais e repetitivas são eliminadas – como por exemplo, compilar uma série de recibos e extrair deles, adicionando em uma planilha de excel dados como data, valor pago, itens adquiridos e impostos. Imagine um só profissional fazer isso diariamente, com 10, 20 ou 30 recibos diferentes? Além de cansativo, nem é preciso dizer o quanto a tarefa é demorada e sujeita a erros, além de não agregar nenhuma competência ao profissional e à sua carreira. 

“O IDP viabiliza a simplificação de processos complexos e, com isso, a redução do tempo de resposta ao cliente. Também reduz a possibilidade de erros, melhorando a qualidade dos dados”, afirma Edgar Garcia, VP da UiPath (NYSE: PATH), uma empresa líder em automação empresarial e software de IA, para a região da América Latina. 

Segundo a UiPath, pelo menos cinco setores podem ser amplamente beneficiados com o IDP, mas os benefícios podem ser estendidos a toda e qualquer organização. “Não há um segmento que não demande a utilização de documentos. Assim, a organização automatizada e estratégica de dados pode acelerar os negócios, uma vez que as empresas podem permanecer focadas em seu core business e permitir que a tecnologia desempenhe este papel”, destaca Garcia. “Além disso, os dados organizados formam um banco inteligente que pode se reverter em insights para a estratégia do negócio”. Entre os setores que mais se beneficiam com o IDP estão:

Bancos e serviços financeiros

  • Submissão e processamento de crédito imobiliário
  • Onboarding de clientes
  • Liquidação de uma operação financeira
  • Alterações em contratos 

Seguradoras

  • Subscrição ou avaliação de riscos
  • Condução de sinistros 
  • Gestão do relacionamento com o cliente 

Setor público

  • Serviços de imigração
  • Processamento de benefícios
  • Checagem de seguro-desemprego e outras demandas dos cidadãos

Empresas de saúde 

  • Registro e processamento dos dados do paciente
  • Checagem para autorização de procedimentos
  • Pedidos de reembolso e análise de coberturas
  • Histórico médico

Indústria

  • Processamento de pedidos de compra e venda
  • Gestão de contas a pagar e contas a receber
  • Processamento de ordens de compra

Empresas de grande porte (de qualquer setor)

  • Contratação e processos de onboarding
  • Processos financeiros como pagamentos e recebíveis 
  • Serviços de suporte e atendimento ao cliente 

Segundo Garcia, vale observar que é possível trabalhar com três tipos de documentos: estruturados, como formulários, passaportes, licenças, folhas de pontos, semiestruturados, que são os documentos que contêm partes fixas e variáveis como faturas, recibos, pedidos de compra, contas médicas, extratos bancários, contas de serviços públicos, e não estruturados, tais como contratos, acordos, e-mails, descrições de doenças, receitas médicas, notícias, scripts de voz.

Os Estados Unidos ainda lideram o uso da solução combinada de tecnologias para o IDP, mas a região da Ásia-Pacífico está avançando de forma acelerada. “Na América Latina, diversos setores já estão aderindo à solução e temos trabalhado continuamente na UiPath para mostrar os benefícios da tecnologia para os diferentes players. O IDP traz vantagens para as marcas, os colaboradores e os clientes de uma empresa e seu uso deve progredir cada vez mais no mundo todo”, projeta o executivo. 

Sobre a UiPath

UiPath (NYSE: PATH) tem a missão de aprimorar a geração de valor para que mais pessoas possam trabalhar de forma mais criativa, colaborativa e estratégica. A UiPath Business Automation Platform, com a tecnologia de IA, combina a solução líder de automação robótica de processos (RPA), com um conjunto completo de recursos para entender, automatizar e operar processos de ponta a ponta, oferecendo uma relação exclusiva de criação de valor. Para organizações que precisam evoluir para sobreviver e prosperar em tempos de grandes mudanças, a UiPath é The Foundation of Innovation™.

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Computação Quântica e IA na saúde: a transformação infinita

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Por Kefreen Batista

Imagine um mundo em que diagnósticos médicos complexos são quase instantâneos e tratamentos personalizados são desenvolvidos em tempo recorde. Embora esteja em fase inicial, a eficácia dos processamentos quânticos está tornando essa realidade mais próxima do que imaginamos .

De acordo com a International Data Corporation (IDC), consultoria líder em inteligência de negócio, os investimentos no mercado de Computação Quântica (CQ) devem atingir quase US$ 16,4 bilhões até o final de 2027, representando uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de cinco anos de 48,1%.

Além disso, segundo estudos recentes publicados na ‘Revista de Estudos de Gestão, Informação e Tecnologia’, até 2025, cerca de 40% das grandes corporações estarão formando profissionais com conhecimento quântico. A mesma pesquisa sugere que a Computação Quântica está prestes a ser adotada em larga escala por meio de aplicações práticas para diversas indústrias do mundo, em especial na área da saúde.

Além de rápidos diagnósticos e tratamentos personalizados, essa tecnologia tende a revolucionar desde a simulação molecular até os ensaios clínicos, proporcionando um processamento de dados exponencialmente mais veloz. Vacinas que poderiam demorar meses para serem desenvolvidas, por exemplo, podem demorar minutos com a computação quântica.

É algo tão extraordinário que parece ser impossível. No entanto, é mais real do que nunca. Mas, como, de fato, esse processador funciona?

Diferente dos computadores clássicos, que utilizam bits (menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida), os computadores quânticos utilizam qubits (unidade de informação quântica), que representam 0 e 1 ao mesmo tempo, graças à superposição aliada ao entrelaçamento quântico, permitindo um processamento de dados bem mais rápido e eficiente.

Devido a esse sistema, a CQ tem o poder de processamento quase infinito, com possibilidades praticamente ilimitadas de ações em diversos setores. Além disso, a combinação desse recurso com a Inteligência Artificial  pode levar a avanços ainda mais significativos.

Contudo, para alcançar esses resultados exponenciais, os avanços dessa tecnologia de ponta ainda encontram alguns desafios significativos pelo caminho, como a infraestrutura desse sistema, que é considerada complexa, instável e cara.

Visto que diversos computadores quânticos estão submersos em águas quase congeladas para não sofrer interferências externas, como ruído térmico, radiação eletromagnética e vibrações, que podem causar erros nos cálculos alcançados, nenhuma das empresas investidoras da tecnologia informam ao mundo onde esses processadores se encontram, garantindo, dessa forma, ainda mais o avanço e a segurança da Computação Quântica.

Com esse potencial infinito e revolucionário, fica cada vez mais evidente que estamos à beira de uma transformação sem precedentes na saúde. Em um futuro não muito distante, podemos presenciar a simulação molecular avançada até o desenvolvimento ágil de medicamentos promovidos por essa tecnologia, que tende a remodelar completamente o panorama médico.

A promessa de um processamento de dados exponencialmente mais rápido significa que não apenas otimizaremos os tratamentos existentes, mas também abriremos novas fronteiras para curas de doenças que atualmente parecem inalcançáveis.


*Kefreen Batista é vice-presidente de tecnologias na Globant.

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Unimed Nordeste-RS passa a se chamar Unimed Serra Gaúcha

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A partir desta quinta-feira (12), a Unimed Nordeste-RS passa a se chamar Unimed Serra Gaúcha. A decisão de adotar o novo nome está alinhada à estratégia de fortalecer o vínculo com os 17 municípios que compõem a área de abrangência da cooperativa médica, como explica o presidente da Unimed Serra Gaúcha, André Leite.

“A troca de marca passa, principalmente, pela identificação das pessoas com a região. O nome não traz somente a clareza da nossa abrangência, mas carrega todo o significado que a Serra Gaúcha tem. Quando digo isso, me refiro à força que o povo serrano tem para criar, inovar, acolher e superar desafios. Tenho certeza de que essa aproximação renderá cada vez mais benefícios para a nossa comunidade”, salienta André.

Com uma trajetória de 52 anos e 58% do market share, a Unimed Serra Gaúcha se consolidou entre as maiores empresas em faturamento de Caxias do Sul, cidade que abriga sua sede. Com uma receita anual superior a R$ 1,8 bilhão, com crescimento de 14,2% em 2023 e de 13% até agosto deste ano, a companhia contribui para a economia regional, com 1,3 mil médicos cooperados, mais de 2,8 mil funcionários e gerando milhares de empregos indiretos.

Desde 2023 a Unimed Serra Gaúcha investiu cerca de R$ 25 milhões em melhorias, ampliou em quase 10% a base de beneficiários e em 8,3% o número de médicos associados.

Com uma carteira de clientes que inclui mais de 11 mil empresas, a cooperativa médica é responsável pelo cuidado de 460 mil vidas da região, número que se aproxima da população da segunda maior cidade do Rio Grande do Sul. Em número de beneficiários, é a segunda maior singular fora das capitais brasileiras e a 13ª no ranking do sistema Unimed.

Inovação

A abertura da holding “Unipart Serra Gaúcha”, em 2023, possibilitou a expansão da marca para investir em novos negócios. Além disso, a relação entre cuidar da saúde e o ineditismo em serviços especializados foram apresentados em projetos importantes para a região, como o novo Centro de Onco-Hematologia e, recentemente, a Casa Semente, que oferece atendimento individualizado para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Em março deste ano, a Unimed Serra Gaúcha foi pioneira na região ao implementar o Centro de Cirurgia Robótica, com o robô Da Vinci. Em seis meses, 77 procedimentos já foram realizados com a tecnologia.

A atenção à jornada do cliente também atingiu um novo patamar com a chegada do Command Center, uma central de monitoramento digital que supervisiona todas as ações do Complexo Hospitalar Unimed em tempo real. A proteção dos dados pessoais dos beneficiários e dos colaboradores também vem recebendo investimentos robustos em cibersecurity, para reforçar a segurança da rede.

Investimentos de R$ 80 milhões até 2025

Com olhar voltado para o futuro, a Unimed Serra Gaúcha continuará sendo referência de excelência em saúde, cuidado e desenvolvimento. Para os próximos 12 meses, estão previstos investimentos de cerca de R$ 80 milhões, tanto na área de inovação, quanto na modernização e ampliação dos serviços prestados.

Segundo o vice-presidente da Unimed Serra Gaúcha, Lisandro Pavan, até outubro deste ano, uma unidade da Unimed, que inclui atendimento ao cliente e uma cabine de telemedicina inédita na região, será implementada em um shopping de Caxias do Sul. Além disso, o Complexo Hospitalar vai receber melhorias com a ampliação de novos serviços e aumento no número de leitos, que estão sendo estruturados e serão inaugurados no próximo ano.

“Esses investimentos vêm para continuar oferecendo o que há de melhor aos nossos clientes. A gente vem trabalhando para que os municípios em que a Unimed Serra Gaúcha atua se sintam beneficiados. Um exemplo disso, que será apresentado em breve, é o projeto para um hospital de baixa e média complexidade em Farroupilha, um novo escritório em São Marcos, bem como as segunda e terceira unidades para atendimento especializado TEA, que abrirão as portas, até o fim do ano, em Caxias e Farroupilha”, projeta Lisandro.

Ainda entre as novidades que estão por vir e fruto do desenvolvimento da holding, a cooperativa médica está expandindo suas unidades de negócios. Até o fim de 2024, a Unimed Serra Gaúcha terá sua própria corretora de seguros e um sistema de estacionamento rotativo.

Créditos: https://medicinasa.com.br/unimed-serra-gaucha/

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Inovação: criação de cirurgia pioneira no mundo no HCFMUSP

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Por Francisco Cesar Carnevale

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), o maior complexo hospitalar da América Latina, é uma referência mundial em saúde. Este prestígio é resultado de uma combinação de assistência de qualidade, ensino de excelência, pesquisa avançada e investimentos contínuos em inovação e tecnologia. Esses esforços têm permitido o desenvolvimento de tratamentos revolucionários que não apenas melhoram a qualidade de vida dos pacientes, mas também ampliam o acesso à saúde e geram um impacto socioeconômico significativo no Brasil.

A radiologia, tradicionalmente conhecida por seu papel crucial no diagnóstico de diversas condições médicas por meio de exames como raio-X, tomografia e ressonância magnética, tem expandido seu alcance para incluir tratamentos. A radiologia intervencionista, uma subespecialidade terapêutica, utiliza métodos de imagem para realizar cirurgias minimamente invasivas e mais precisas. Esta abordagem proporciona aos pacientes menor risco, recuperação mais rápida e menos dor, comparado aos métodos cirúrgicos tradicionais.

Recentemente, fui surpreendido com a notícia de que serei homenageado em setembro com o prêmio mais importante da Radiologia Intervencionista durante o congresso da CIRSE 2024, em Lisboa. Este título, que avalia profissionais de todo o mundo, está para nós, médicos, como a Bola de Ouro no futebol! Ser o primeiro brasileiro e latino-americano a receber esse prêmio é uma honra indescritível, até porque é o reconhecimento de um trabalho realizado em equipe e um reconhecimento do Brasil como referência em medicina e pesquisa, superando a desconfiança que muitas vezes cerca a produção científica nacional. Sou profundamente grato por isso.

Um dos avanços mais notáveis que desenvolvemos no InRad e, de forma pioneira no Brasil e no mundo, é a técnica de embolização da próstata, uma alternativa inovadora para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB). Esta condição, comum entre homens após os 50 anos, geralmente exige a remoção total ou parcial da glândula. A técnica consiste em obstruir as artérias da próstata, bloqueando parcialmente a circulação sanguínea para reduzir seu tamanho e torná-la mais macia. Este procedimento minimamente invasivo melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes ao eliminar os sintomas da HPB e evitar as complicações associadas aos tratamentos tradicionais.

O projeto proporcionou ao Instituto de Radiologia uma projeção internacional e atraiu profissionais do Brasil e do exterior que buscam treinamento para aprender e replicar o procedimento ao redor do mundo.

No InRad, a radiologia intervencionista permite oferecer tratamentos para uma ampla gama de especialidades, incluindo oncologia, ortopedia, transplante de fígado e rim, além de opções terapêuticas em pediatria e ginecologia, como o tratamento de miomas uterinos. Conseguimos atender todos os institutos do complexo, incluindo o InCorICESP, Instituto da Criança e do Adolescente (ICr), Instituto Central e Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOTH).

Realizamos aproximadamente 2 mil cirurgias minimamente invasivas por ano dentro do HCFMUSP, e o impacto social desse trabalho é significativo. Já formamos internamente mais de cem profissionais capacitados a replicar e disseminar as técnicas desenvolvidas aqui, beneficiando não apenas os pacientes do HC, mas também em todo o Brasil.

Crescer e continuar a transformar

A radiologia intervencionista é uma especialidade que demanda e promove inovação, o que a torna extremamente atrativa. Temos aumentado o número de residentes e estamos otimistas em relação ao futuro, já que atuamos em diversos institutos do HC. Além disso, temos a responsabilidade de formar médicos de todo o Brasil, capacitando-os a levar esse conhecimento para suas regiões.

As conquistas que alcançamos até agora são apenas o começo de um caminho promissor. A especialidade tem potencial para transformar a jornada do paciente, oferecendo tratamentos mais eficazes e menos invasivos, que resultam em melhores prognósticos e uma recuperação mais rápida. O reconhecimento internacional que recebemos é um testemunho do impacto positivo que a radiologia intervencionista pode ter na medicina moderna.


*Francisco Cesar Carnevale é Chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da USP, do Instituto do Câncer (ICESP) e professor livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP.]

Créditos: https://medicinasa.com.br/radiologia-hcfmusp/

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