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Violação de dados médicos pode ser contida em menos de 1 minuto com IA

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Unit 42 constata que cibercriminosos conseguem acesso em até 14 horas para extrair terabytes de dados e implantar ransomwares

A violação de dados sensíveis está se tornando cada vez mais sofisticada e prejudicial, com custo médio global alcançando US$ 4,45 milhões em 2023, segundo a IBM. A monetização desses dados torna o setor da saúde um dos principais alvos dos criminosos, comprometendo a privacidade dos pacientes e as atividades das instituições de saúde. A Palo Alto Networks, líder mundial em cibersegurança, ressalta a importância da IA na segurança da informação moderna para enfrentar essas ameaças, destacando que a tecnologia avançada é fundamental para a rápida detecção e resposta a incidentes, garantindo a proteção dos dados e a continuidade dos serviços de saúde.

No Brasil, casos de vazamentos de dados em organizações são analisados de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), cuja infração pode resultar em multas de até R$ 50 milhões, outras sanções e processos judiciais. Além da quebra do sigilo, uma lista de dados sensíveis da área médica, nas mãos de criminosos, é ferramenta para extorsão, sabotagem e, até mesmo, golpes financeiros engenhosos. 

Considerando as consequências previstas, a LGPD pressiona os CISOs a aprimorar suas estratégias de defesa. No entanto, a evolução tecnológica na área médica impõe novos desafios. Na busca criminosa por esses dados, a telemedicina e a IoT médica são duas tendências que preocupam os profissionais de segurança. Conexões com redes não monitoradas e a integração de múltiplos dispositivos ampliam a superfície de ataque, ou seja, abrem mais caminhos para que cibercriminosos possam explorar. 

Gerenciar a conformidade em várias plataformas e em regiões distintas adiciona complexidade a esse cenário. “À medida que as organizações de saúde abraçam a transformação digital, é importante garantir a proteção dos dados médicos. O alto valor desses ativos torna essas instituições os alvos principais para cibercriminosos, que podem interromper serviços, comprometer a segurança dos pacientes e até paralisar os cuidados médicos em casos mais graves de invasão. Por isso, os CISOs devem permanecer vigilantes e adotar medidas proativas para mitigar essas ameaças”, afirma Marcos Oliveira, Country Manager da Palo Alto Networks para o Brasil.

Defesa dos dados médicos com IA  

Segundo a Unit 42, unidade de pesquisa da Palo Alto Networks, invasores conseguem acessar uma organização em menos de 14 horas, extrair 2,5 terabytes de dados e implantar ransomware em quase 10.000 endpoints. “Esses cibercriminosos exploram uma nova vulnerabilidade em poucas horas, enquanto, em média, as equipes de segurança demoram cerca de seis dias para resolver um alerta. Essa disparidade é alarmante, especialmente quando se trata de organizações com conteúdos sensíveis e alto potencial de dano”, complementa o executivo. 

Para enfrentar a sofisticação dos ataques cibernéticos, a resposta está na inteligência artificial avançada. Para tangibilização, o centro de operações de segurança da Palo Alto Networks processa mais de 1 trilhão de eventos por mês. Com a ferramenta Cortex XSIAM, aderida à Precision AI, um sistema proprietário que combina machine learning, deep learning e IA generativa, esses eventos são agrupados e analisados de forma inteligente. Esse sistema permitiu à empresa atingir um tempo médio de detecção de apenas 10 segundos, além de respostas em até 1 minuto, reduzindo significativamente as ameaças, antes que possam causar danos substanciais.

Oliveira destaca que o investimento em cibersegurança de ponta é crucial para organizações que operam com infraestruturas críticas, como o setor de saúde. Ele acrescenta que, no ano anterior, o Brasil enfrentou 61 eventos desse tipo, liderando a lista dos países mais atacados na América Latina. “Para mudar essa realidade, é essencial conscientizar os líderes empresariais sobre a importância da segurança cibernética para a continuidade dos seus negócios. Ela deve ter o mesmo compromisso aplicado a qualquer outra meta empresarial,  tornando a segurança do usuário uma prioridade”, conclui.

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Bradesco Saúde dobra rede de atendimento especializada em TEA e reforça acolhimento a beneficiários

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Em um cenário de crescente atenção às necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Bradesco Saúde celebra os avanços do seu Programa de Acolhimento, desenvolvido com foco na personalização e qualidade do cuidado prestado. Em um ano de implementação, a operadora de saúde duplicou sua rede de atendimento especializada, alcançando mais de 570 prestadores credenciados em todo o país.

Lançado em 2024, o programa oferece uma Central Exclusiva de Atendimento, que funciona como ponto de acolhimento e triagem inicial, orientando os pacientes e suas famílias sobre os caminhos adequados de cuidado e acompanhamento clínico. A jornada do beneficiário é monitorada pela operadora, garantindo suporte contínuo e especializado.

Resultados expressivos no primeiro ano

Entre março de 2024 e março de 2025, o programa especializado para TEA registrou aproximadamente 12 mil acionamentos, beneficiando mais de 5 mil pacientes. De acordo com levantamento da Bradesco Saúde, 70% das demandas foram para o sexo masculino e 30% para o feminino. Além disso, 42% dos pacientes atendidos estavam na faixa etária de 0 a 5 anos, público no qual o diagnóstico e as intervenções precoces são especialmente relevantes.

“O programa tem sido bem-sucedido na sua proposta de proporcionar o cuidado adequado aos pacientes diagnosticados com o TEA. Temos como pilares o acolhimento humanizado às famílias, protocolos integrados e parcerias com redes especializadas”, destaca Fernando Pedro, superintendente sênior de Gestão de Rede da Bradesco Saúde.

Compromisso com o cuidado humanizado

A expansão da rede e o modelo de acompanhamento reforçam o compromisso da Bradesco Saúde com uma abordagem centrada no paciente, especialmente em um tema tão sensível como o TEA. Ao investir em uma estrutura dedicada, a operadora contribui não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários, mas também para a conscientização da sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, do apoio às famílias e da inclusão.

A iniciativa integra a estratégia da empresa de inovação no cuidado em saúde, alinhada aos princípios da medicina personalizada e baseada em valor. Ao promover ações integradas e especializadas, a Bradesco Saúde avança em sua missão de proporcionar mais acesso, qualidade e eficiência assistencial no setor de saúde suplementar.

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Novas plataformas digitais ampliam suporte ao uso do e-SUS APS por gestores e profissionais de saúde

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Com o objetivo de fortalecer a atenção primária e qualificar a gestão da informação no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde lançou novos sites dedicados à Estratégia e-SUS APS, ao Painel e-SUS APS e ao Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). As plataformas reúnem funcionalidades essenciais para o uso adequado das ferramentas digitais, além de conteúdos voltados à capacitação técnica e apoio à implementação nos municípios.

A iniciativa integra o esforço do governo federal para reduzir o tempo de espera no SUS e aprimorar o cuidado prestado aos usuários, conforme destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, a modernização dos sistemas de informação em saúde é um dos pilares para acelerar o acesso aos serviços, monitorar indicadores e facilitar a tomada de decisões baseadas em evidências.

Ferramentas disponíveis nos novos hotsites

Os hotsites disponibilizam recursos estratégicos para apoiar os profissionais no uso dos sistemas, tais como:

  • Downloads para instalação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC);
  • Orientações para instalação e uso do Painel e-SUS APS;
  • Manuais técnicos e materiais de apoio à implantação;
  • Linha do tempo com principais entregas e versões;
  • Biblioteca de vídeos explicativos e de apoio;
  • Ambiente de treinamento com dados simulados (XML);
  • Integração direta com a plataforma de educação permanente Educa e-SUS APS;
  • Canal de suporte técnico e seção de novidades;
  • Blog com atualizações e notícias da área.

O que é a Estratégia e-SUS APS

Liderada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), a Estratégia e-SUS APS visa reestruturar a gestão da informação na atenção primária por meio da informatização qualificada dos serviços. A proposta é criar um novo modelo de gestão de dados em saúde, promovendo mais eficiência e rastreabilidade nos atendimentos.

A principal inovação recente é o Painel e-SUS APS, plataforma que permite o monitoramento em tempo real de indicadores populacionais e clínicos. A solução oferece suporte direto à tomada de decisão em saúde, possibilitando que equipes realizem intervenções mais rápidas e eficazes no cuidado dos pacientes.

Educação permanente para os profissionais

Para apoiar a implementação e a melhoria contínua dos sistemas, o Ministério da Saúde também disponibilizou o Educa e-SUS APS, uma plataforma gratuita de educação permanente. O ambiente oferece cursos, treinamentos e materiais atualizados para profissionais de saúde, gestores e equipes de tecnologia, com foco no uso eficiente das ferramentas e na aplicação prática dos dados para a gestão da atenção primária.

Acesso às plataformas

Com essas novas iniciativas, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com um SUS mais digital, eficiente e integrado, contribuindo para uma gestão pública mais transparente e centrada na saúde das pessoas.

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Vacina contra herpes zóster pode reduzir risco de demência em até 20%, revela estudo publicado na Nature

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Um estudo internacional liderado pela Stanford Medicine, nos Estados Unidos, trouxe evidências promissoras sobre o impacto positivo da vacinação contra herpes zóster na saúde cerebral de idosos. Segundo a pesquisa, publicada na prestigiada revista Nature, o imunizante foi associado a uma redução de 20% no risco de desenvolvimento de demência, incluindo Alzheimer.

A pesquisa teve como base os registros de saúde de idosos no País de Gales, onde uma política de vacinação restritiva — permitindo a aplicação da vacina apenas para pessoas com 79 anos completos em 1º de setembro de 2013 — criou um “experimento natural”. Os pesquisadores, então, compararam grupos vacinados e não vacinados com perfis semelhantes ao longo de sete anos.

“A situação permitiu um estudo observacional robusto com dados reais e controle adequado de variáveis como idade e estado de saúde”, destacou o professor Pascal Geldsetzer, autor sênior do estudo.

O elo entre vírus latentes e doenças neurodegenerativas

O herpes zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, o vírus permanece dormente no sistema nervoso e pode ser reativado décadas depois, especialmente em idosos com imunidade reduzida. Além de causar dores intensas e erupções cutâneas, ele também pode desencadear inflamações crônicas nos nervos.

Essas inflamações — em especial quando envolvem o sistema nervoso central — vêm sendo estudadas como possíveis fatores de risco para doenças como a demência e o Alzheimer.

Como a vacina pode proteger o cérebro

A principal hipótese para os efeitos neuroprotetores da vacina contra o herpes zóster é a redução da neuroinflamação. Ao evitar a reativação do vírus, o organismo sofre menos episódios inflamatórios, preservando melhor as funções cerebrais ao longo do tempo. Além disso, os pesquisadores sugerem que a vacina possa gerar uma resposta imunológica mais ampla, fortalecendo o sistema imune contra infecções silenciosas que impactam a cognição.

Mulheres e pessoas com doenças autoimunes ou alergias, que normalmente apresentam respostas imunológicas mais fortes, mostraram benefícios ainda mais expressivos na pesquisa.

“A inflamação é prejudicial para diversas doenças crônicas, incluindo a demência. Impedir reativações virais pode ser uma forma eficaz de proteger o cérebro no longo prazo”, reforça Geldsetzer.

Um novo caminho para prevenção da demência

Com mais de 55 milhões de pessoas afetadas pela demência no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e com o aumento da expectativa de vida global, a descoberta acende uma luz sobre novas estratégias de prevenção.

A demência, especialmente a do tipo Alzheimer, ainda não tem cura, e os tratamentos disponíveis são limitados. Assim, iniciativas de prevenção ganham relevância, e a vacinação pode ser uma aliada inesperada e poderosa — não apenas contra o herpes zóster, mas também na proteção da saúde neurológica.

A pesquisa também reforça a necessidade de ampliar o acesso à vacina, especialmente em países em desenvolvimento, onde o envelhecimento populacional se acelera e os recursos para tratar doenças neurodegenerativas são limitados.

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