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Atualidades

Farmácia Popular amplia atendimento e chega a mais de 400 novos municípios

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O Programa Farmácia Popular, iniciativa do Governo Federal que busca ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais, acaba de alcançar mais de 400 novos municípios em todo o país. A expansão reforça o compromisso com a universalização do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo medicamentos de uso contínuo a preços reduzidos ou de forma gratuita, a depender do princípio ativo e das condições de saúde do paciente.

O que é o Farmácia Popular

Criado para complementar a rede de assistência farmacêutica do SUS, o Farmácia Popular disponibiliza fármacos por meio de duas modalidades:

  1. Rede Própria: Unidades credenciadas administradas pelos governos estaduais ou municipais.
  2. Aqui Tem Farmácia Popular: Drogarias particulares conveniadas ao programa, que fornecem medicamentos com desconto ou sem custo.

Em ambas as frentes, a proposta é desonerar o usuário, garantindo que mesmo pessoas com menos recursos tenham acesso a tratamentos básicos — especialmente aqueles relacionados às doenças crônicas mais prevalentes na população.

Benefícios da expansão

  1. Acesso em áreas remotas
    Ao abranger 400 novos municípios, o programa chega a regiões antes desassistidas ou com poucos serviços de saúde, promovendo equidade no acesso a medicamentos.
  2. Redução de custos para o paciente
    Com a presença do programa em mais locais, famílias de baixa renda que dependem de remédios de uso contínuo podem reduzir significativamente seus gastos ou obtê-los de forma gratuita.
  3. Fortalecimento da Atenção Primária
    O Farmácia Popular apoia as ações dos postos de saúde, aliviando a demanda por medicamentos nas unidades e permitindo que elas concentrem esforços em outros tipos de atendimentos e programas de prevenção.
  4. Combate à descontinuidade de tratamento
    Pessoas com hipertensão, diabetes, asma ou outros problemas crônicos muitas vezes interrompem o tratamento pela dificuldade de arcar com custos ou pela falta de oferta local. Com o aumento de pontos de distribuição, o risco de abandono do tratamento tende a diminuir.

Desafios e perspectivas

  • Logística de distribuição: A ampliação do programa demanda um planejamento logístico cuidadoso, garantindo a entrega regular de medicamentos aos municípios recém-integrados.
  • Capacitação de profissionais: Farmácias e unidades de saúde vinculadas ao programa necessitam de equipes treinadas para orientar o público quanto ao uso correto dos medicamentos.
  • Sustentabilidade financeira: Embora traga alívio aos pacientes, o Farmácia Popular requer investimentos contínuos por parte do governo. A gestão eficiente dos recursos é essencial para a manutenção e eventual expansão futura do programa.

Como ter acesso

Para usufruir dos benefícios do Farmácia Popular, o cidadão deve:

  1. Apresentar receita médica válida: O documento pode ter sido emitido tanto pela rede pública quanto pela rede privada de saúde.
  2. Levar documento de identidade e CPF: Esses dados garantem o registro correto no sistema.
  3. Buscar a farmácia credenciada mais próxima: É possível consultar a lista de endereços no site do Ministério da Saúde ou por telefone, diretamente na Secretaria de Saúde do seu município.

Conclusão

A chegada do Farmácia Popular em mais de 400 novos municípios representa um importante passo rumo à democratização do acesso a medicamentos no Brasil. Além de prevenir complicações de saúde, a iniciativa fortalece o SUS, reduzindo as desigualdades regionais e oferecendo assistência farmacêutica de forma mais abrangente. A continuidade desse avanço dependerá de parcerias sólidas entre governo, drogarias credenciadas e profissionais de saúde, sempre em prol de um atendimento equânime e de qualidade para toda a população.


Fonte:
Ministério da Saúde – Farmácia Popular amplia atendimento e chega a mais de 400 novos municípios

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USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

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Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

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Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

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Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

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SBCO Revela: 90% dos Pacientes Oncológicos Passam por Cirurgia, Mas Investimento em Cirurgias Fica Abaixo de 30% do Total em Oncologia no Brasil

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A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) divulgou dados recentes que destacam o papel central da cirurgia no tratamento do câncer e apontam para o desequilíbrio nos investimentos atuais em Oncologia no Brasil. Aproximadamente 90% dos pacientes oncológicos passam por algum tipo de cirurgia ao longo da sua jornada clínica, seja para diagnóstico, estadiamento, tratamento curativo ou paliativo.

Segundo Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, cerca de 60% dos pacientes oncológicos recebem tratamento cirúrgico em algum momento, mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente por cirurgia, e 80% dos casos envolvem procedimentos curativos ou paliativos. Apesar disso, os dados do DATASUS mostram que, em 2023, foram investidos R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 1,5 bilhão em cirurgias oncológicas e R$ 665 milhões em radioterapia.

“Há um desequilíbrio claro entre esses três pilares do tratamento do câncer. O investimento global ainda é insuficiente para lidar com a segunda maior causa de morte no mundo,” alerta Pinheiro.

A Necessidade de Ampliação e Redirecionamento dos Investimentos

Além de aumentar os investimentos em todos os setores da Oncologia, o presidente da SBCO reforça a importância de redirecionar os recursos para ações preventivas e de rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência da doença e os custos associados. Atualmente, grande parte dos recursos é destinada a tratamentos avançados, de alto custo e resultados clínicos limitados.

A concentração dos centros de assistência ao câncer no Sul e Sudeste do país também é motivo de preocupação, pois limita o acesso para pacientes de outras regiões, criando desigualdades que impactam diretamente o prognóstico. “O CEP do paciente muitas vezes determina o desfecho da doença,” ressalta Pinheiro.

Caminhos para o Fortalecimento da Oncologia no Brasil

Entre as estratégias recomendadas estão:

  • Fortalecimento da cirurgia oncológica com treinamento contínuo e atualização dos profissionais;
  • Criação e integração de redes hospitalares eficientes, com centralização de casos complexos em centros de referência;
  • Valorização e fortalecimento do SUS, reconhecido como o maior sistema público de saúde do mundo;
  • Melhoria da gestão e governança tanto no sistema público quanto no suplementar;
  • Incentivo à inovação em técnicas, tecnologias e modelos assistenciais para ampliar a eficácia e acessibilidade dos tratamentos.

“Com esses avanços, poderemos oferecer um cuidado mais eficiente, humanizado e acessível, beneficiando milhares de pacientes em todo o país,” conclui Rodrigo Pinheiro.

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