O Ministério da Saúde, em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizou um encontro voltado ao enfrentamento do racismo e à promoção da equidade na saúde. O evento reuniu gestores, profissionais e pesquisadores para discutir estratégias que fortaleçam as políticas públicas, assegurem o acesso universal e reduzam desigualdades que afetam, sobretudo, a população negra e outros grupos historicamente marginalizados.
Objetivos do encontro
- Ampliar o debate sobre racismo institucional
Especialistas pontuaram como práticas discriminatórias podem influenciar o acesso a serviços de saúde, o diagnóstico oportuno e a qualidade do atendimento oferecido.
- Propor soluções e protocolos específicos
A criação de diretrizes voltadas ao acolhimento de pacientes negros e indígenas, por exemplo, foi destaque. A adoção de protocolos claros pode minimizar vieses e lacunas de assistência.
- Incentivar a formação e a pesquisa
Instituições como a Fiocruz se propõem a fomentar estudos sobre desigualdade racial em saúde, visando gerar evidências que subsidiem políticas públicas mais eficazes.
Temas em debate
- Capacitação de profissionais: Relatos de pesquisadores apontam que a preparação das equipes de saúde para lidar com o racismo estrutural é fundamental, pois influencia a forma como pacientes negros e outras minorias são tratados.
- Mobilização comunitária: Lideranças sociais e representantes de comunidades participaram das discussões para reafirmar o papel do controle social na formulação de ações de saúde.
- Troca de experiências: Além de práticas brasileiras, foram apresentadas iniciativas de outros países que obtiveram resultados positivos na redução de iniquidades em saúde.
Perspectivas e próximos passos
- Revisão de protocolos e normativas: O Ministério da Saúde pretende atualizar manuais de atendimento e capacitar gestores e equipes sobre racismo e equidade, reforçando a importância de coletar dados de raça/cor nos serviços de saúde.
- Integração de políticas intersetoriais: Para além da área da saúde, o encontro salientou a necessidade de colaboração com outros setores, como educação e assistência social, para enfrentar as diversas dimensões das desigualdades raciais.
- Monitoramento de metas: Foi destacada a relevância de criar indicadores e sistemas de monitoramento que mensurem a implementação e o impacto das ações no dia a dia dos serviços de saúde.
A iniciativa reforça o compromisso de instituições brasileiras em promover a equidade, combatendo o racismo e garantindo que princípios como universalidade e integralidade sejam realidade para todos. Ao conjugar esforços do Ministério da Saúde e da Fiocruz, abre-se caminho para um debate mais profundo e estruturado, capaz de impulsionar mudanças positivas em todo o Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte:
O Globo – “Ministério da Saúde e Fiocruz promovem encontro para combater racismo e promover equidade”