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Dasa (DASA3) e Amil desistem de fusão com Oncoclínicas (ONCO3); endividamento pesou na decisão

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As negociações para uma possível fusão entre as operações oncológicas da Dasa (DASA3), Amil e Oncoclínicas (ONCO3) foram oficialmente encerradas. Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a decisão foi tomada após uma análise aprofundada das condições financeiras da Oncoclínicas.

A deliberação foi feita pelos principais acionistas envolvidos no acordo, a família Bueno e José Seripieri Junior, que avaliaram os desafios econômicos e estruturais da operação antes de optar pela desistência.


Endividamento e cenário econômico inviabilizaram a fusão

Um dos fatores determinantes para o fim das tratativas foi o alto nível de endividamento da Oncoclínicas (ONCO3), que acumula dívidas estimadas em R$ 6 bilhões.

Além disso, as taxas de juros elevadas do mercado financeiro dificultariam a estruturação do negócio, tornando a fusão menos atrativa para todas as partes envolvidas. Com o custo do capital mais alto, o retorno sobre o investimento não justificaria o risco assumido na operação.

Diante desse cenário, Dasa e Amil optaram por encerrar qualquer avanço nas discussões, deixando a Oncoclínicas livre para novas negociações com outros investidores.


Caminho aberto para Nelson Tanure negociar com Oncoclínicas (ONCO3)

Com a desistência da Dasa e da Amil, a Oncoclínicas (ONCO3) agora busca novos investidores estratégicos para viabilizar seu crescimento no setor de oncologia.

Entre os possíveis interessados está o empresário Nelson Tanure, que, segundo Lauro Jardim, pode negociar diretamente com a Oncoclínicas para explorar novas oportunidades no setor de saúde.

A movimentação reforça o interesse crescente no mercado oncológico brasileiro, um segmento que tem atraído grandes investidores devido ao aumento da demanda por tratamentos especializados e inovação tecnológica.


Conclusão

A fusão entre Dasa, Amil e Oncoclínicas poderia ter criado um dos maiores conglomerados oncológicos do país, mas os desafios financeiros e estruturais inviabilizaram o acordo. Com a saída da negociação, a Oncoclínicas (ONCO3) segue aberta a novas parcerias e pode encontrar no empresário Nelson Tanure um potencial aliado para expandir suas operações.

O desdobramento dessa movimentação pode impactar significativamente o setor de saúde suplementar no Brasil, principalmente no segmento oncológico, que continua sendo um dos mais competitivos e estratégicos da área médica.

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Inflação Diagnóstica: o desafio da assistência após a explosão das IAs na medicina

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Por Guilherme Hummel – Coordenador Científico da Hospitalar Hub

Você está preparado para morrer por falta de diagnóstico? Provavelmente sim. Mas estaria preparado para morrer por excesso deles? Em um paradoxo cada vez mais real, a medicina contemporânea enfrenta a transição do subdiagnóstico para o hiperdiagnóstico — uma era em que se sabe muito, mas se faz pouco. A ascensão das inteligências artificiais (IAs) na área da saúde inaugura um cenário inédito: o da inflação diagnóstica diante de um sistema de saúde cronicamente hipoassistido.

Segundo dados globais, 47% da população mundial ainda não tem acesso a exames diagnósticos básicos. No entanto, esse mesmo cenário está sendo transformado pela incorporação acelerada de IAs médicas — com mais de 500 algoritmos aprovados pela FDA, 75% voltados para radiologia diagnóstica. A IA promete detecção precoce, medicina personalizada e intervenções mais eficazes. Mas o que acontece quando o número de diagnósticos ultrapassa, com folga, a capacidade assistencial dos sistemas de saúde?

A Era da Superdetecção

Casos reais e recentes demonstram o poder dessas ferramentas:

  • O uso de redes neurais para prever resistência antimicrobiana com precisão;
  • A análise de imagens oncológicas por IA, antecipando respostas terapêuticas;
  • Diagnósticos de DPOC com IA em cinco minutos, substituindo a espirometria;
  • Biópsias líquidas que identificam mutações genéticas em tempo real;
  • Plataformas como o MELD Graph detectando epilepsia que escapa aos radiologistas;
  • Testes cognitivos como o Pensive-AI detectando demência em menos de 5 minutos.

Estes exemplos evidenciam uma revolução diagnóstica sem precedentes. Mas à medida que o diagnóstico se torna mais rápido, preciso e acessível, emerge uma consequência inevitável: a demanda exponencial por tratamento.

Diagnóstico sem tratamento é só ansiedade

Diagnosticar é abrir portas. Mas se não há recursos, médicos, leitos ou infraestrutura suficientes para lidar com o volume de novas descobertas clínicas, o que se ganha em eficiência se perde em impacto prático. Como ressalta o autor, “cada diagnóstico adicional gera uma demanda subsequente de recursos terapêuticos”.

Um exemplo emblemático vem do Reino Unido. Em 2024, o governo britânico investiu £15,5 milhões em IA para acelerar a radioterapia. No entanto, em 2025, parte do financiamento foi cortada. Estima-se que isso acrescentará 500 mil dias às filas de espera. Um paradoxo cruel: a IA acelera a entrada dos pacientes no sistema, mas a capacidade de atendimento permanece a mesma — ou até diminui.

Techtopia versus Tecnotopia

Essa crise emergente nos convida a distinguir dois futuros possíveis. Um é a Techtopia: um mundo tecnologicamente brilhante, mas incapaz de sustentar a própria inovação. A outra é a Tecnotopia: um progresso real, onde a tecnologia se integra à capacidade real dos sistemas de saúde, promovendo acesso, assistência e efetividade.

A IA diagnóstica, portanto, não pode ser apenas um “bibelô high-tech” em hospitais. Deve ser compreendida como estratégia — não vitrine. Sem o planejamento correspondente em oferta assistencial, a tecnologia corre o risco de ser mais um fator de pressão sobre redes já saturadas.

E se todos forem diagnosticados?

A cena descrita pelo autor, em que milhões de pessoas são vacinadas e diagnosticadas simultaneamente com apenas uma coleta de saliva e fluido nasal, não é ficção científica. A IA pode identificar dezenas de doenças em minutos, entregando laudos em tempo real. Mas quem atenderá esse novo paciente, agora sabidamente doente? A IA desobstrui a porta de entrada, mas congestiona a porta da assistência.

Assim, os sistemas de saúde enfrentam uma hipótese incômoda: a IA, ao funcionar perfeitamente no diagnóstico, escancara as fragilidades crônicas da assistência. O risco não é que faltem diagnósticos, mas que sobrem pacientes sem tratamento.

Planejamento é mandatório

Para evitar esse colapso paradoxal, será preciso:

  1. Expandir drasticamente a capacidade assistencial: mais médicos, mais leitos, mais centros cirúrgicos.
  2. Automatizar não apenas o diagnóstico, mas também o cuidado: robôs cirúrgicos, triagens automatizadas, assistentes virtuais de acompanhamento.
  3. Reorganizar fluxos assistenciais com base em IA: usando LLMs (Large Language Models) e agentes autônomos para coordenar jornadas de cuidado.
  4. Revisar prioridades clínicas: estabelecendo novos critérios de acesso à terapia conforme o impacto e risco real.

O alerta é claro: a falha em planejar o futuro da assistência pode transformar a IA diagnóstica de solução em problema.

Como conclui o autor, os sistemas de saúde insistem em cuidar de um mundo que já não existe. O novo mundo é hiperdiagnosticado. Mas ainda carece de um plano assistencial à altura da nova inteligência que o habita.

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Células-tronco mostram potencial terapêutico para tratar lesões ósseas em pacientes com osteoporose

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Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp), da USP, avançaram em uma das frentes mais promissoras da medicina regenerativa: o uso de células-tronco para tratar lesões ósseas em pacientes com osteoporose. Publicado na revista Life Sciences, o estudo revelou que células-tronco mesenquimais — células multipotentes com capacidade de se diferenciar em tecidos como ossos, cartilagens e músculos — são capazes de promover a formação de tecido ósseo mesmo em organismos acometidos por osteoporose.

Embora já se conheça o potencial das células-tronco mesenquimais em condições normais, seu uso em tecidos debilitados pela osteoporose representa um desafio adicional. Isso porque a doença afeta diretamente a função dessas células, dificultando sua proliferação e sua habilidade de se diferenciar em osteoblastos — células responsáveis pela formação do tecido ósseo.

Cocultura e testes em animais revelam interações celulares complexas

Nos experimentos in vitro, os cientistas avaliaram a interação entre células-tronco saudáveis e células osteoporóticas em um ambiente de cocultura. “Uma das interações mais relevantes para o sucesso da terapia celular é a forma como as células saudáveis são recepcionadas pelas células afetadas pela doença”, explica o professor Adalberto Luiz Rosa, líder do estudo.

A pesquisa revelou que as células-tronco osteoporóticas apresentam capacidade regenerativa reduzida — um déficit que pode ser parcialmente restaurado pela presença de células saudáveis. Curiosamente, também se verificou o efeito reverso: células saudáveis tiveram seu desempenho prejudicado ao interagirem com células osteoporóticas.

Em testes in vivo, os cientistas criaram defeitos ósseos em ratos com osteoporose e, após duas semanas, aplicaram células-tronco da medula óssea de ratos jovens e saudáveis. Os resultados indicaram formação significativa de tecido ósseo, embora a permanência das células no local tenha sido menor em organismos com a doença — apenas cinco dias, em comparação com até 14 dias em tecidos saudáveis.

Desafios aumentam em pacientes com comorbidades

Outro ponto importante do estudo foi a constatação de que doenças sistêmicas como diabetes e hipertensão também reduzem a eficácia da terapia celular. Isso reforça a complexidade de tratamentos em pacientes com múltiplas comorbidades. “Apesar dos desafios, os resultados demonstram que a regeneração é possível e viável”, afirma o professor Rosa.

Futuro promissor e novas possibilidades terapêuticas

Embora o tratamento ainda não proporcione a regeneração completa das lesões ósseas, os pesquisadores enxergam um futuro promissor. “Nossa perspectiva é que no futuro a terapia com células-tronco e seus derivados possa se tornar uma alternativa clínica eficaz e acessível para pacientes com osteoporose”, diz Rosa.

Além do tratamento, os resultados abrem possibilidades de aplicação preventiva. Pesquisas em andamento indicam que essa abordagem pode reforçar áreas mais frágeis do esqueleto, diminuindo o risco de fraturas em pacientes com maior predisposição à perda de massa óssea.

A pesquisa da USP reforça a importância dos investimentos em ciência translacional — que transforma descobertas laboratoriais em aplicações clínicas — e destaca o potencial das terapias celulares como aliadas no enfrentamento de doenças crônicas que impactam a qualidade de vida da população idosa.

Conteúdo USP: https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/celulas-tronco-mostram-potencial-para-tratar-lesoes-osseas-em-pessoas-com-osteoporose/

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Rede Total Care da Amil promove evento sobre saúde suplementar com enfoque em inovações, tecnologias e atendimento humanizado

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São Paulo, abril de 2025 – A Rede Total Care da Amil realizou o primeiro evento exclusivo “Conexão Amil’, transformando o futuro da saúde. O encontro, que aconteceu em São Paulo, reuniu especialistas, gestores e profissionais do setor, além do médico Drauzio Varella e o presidente do Conselho do Grupo Amil, José Seripieri Filho, que abordaram sobre os desafios da saúde suplementar.

A agenda também contemplou temas relacionados aos avanços da saúde e estratégias para transformar desafios em oportunidades, proporcionando uma troca de experiências ressaltando a importância da tecnologia na medicina, a especialização e o atendimento humanizado como pilares fundamentais.

Foram apresentados projetos e ferramentas que estão transformando a forma como a saúde é prestada aos pacientes, conforme ressalta a Diretora Executiva Relacionamento Médico e Auditoria, Naiana Cunha. “Nosso painel ressaltou os diferenciais da Rede Total Care da Amil, evidenciando como a integração de dados e o uso estratégico da tecnologia são fundamentais para impulsionar a qualidade assistencial. Os programas implementados, apoiados por soluções tecnológicas que possibilitam o monitoramento contínuo das métricas hospitalares, fortalecem a eficiência dos processos, qualificam a tomada de decisão e promovem uma experiência mais segura, eficiente e humanizada para os pacientes”.

Além disso, novas ferramentas de inteligência artificial e aplicativos estão sendo utilizados tanto nos serviços de atendimento durante o período de internação e cirurgias, como também em diagnósticos e gestão de dados clínicos, garantindo uma assistência mais precisa e personalizada. De acordo com o CEO da Rede Total Care, Anderson Nascimento. “Essas inovações resultaram em um modelo de gestão fundamentado em dados, no qual o setor de Comand Center da operação e a gestão estratégica da empresa seguem alinhados e sincronizados, impulsionando a eficiência das atividades hospitalares, a redução de custos operacionais e a otimização de processos. Esse modelo permite que os médicos acessem rapidamente as informações necessárias para tomadas de decisão mais assertivas e, ao mesmo tempo, oferece uma visão precisa das necessidades dos pacientes por meio do monitoramento contínuo do NPS, utilizando ferramentas digitais avançadas e inteligência artificial.”

E, apesar de todos os avanços tecnológicos, um tema que permeou as discussões foi a importância de manter o atendimento humanizado no setor de saúde. A Rede Total Care, que adota um modelo centrado na jornada do paciente, destacou que, mesmo com todas as inovações, a relação entre o profissional de saúde e o paciente continua sendo fundamental para garantir a qualidade da assistência.

Dr. Anderson Nascimento

Foto de capa: Dra. Naiana Cunha

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