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HC e Butantan lançam MBA para formação de líderes de Inovação em Saúde

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O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), juntamente com a Escola de Educação Permanente (EEP), e em parceria com o Instituto Butantan, está lançando um MBA em Gestão da Inovação em Saúde, cujas inscrições vão até 24 de fevereiro de 2024. Idealizado por especialistas em saúde e membros do Centro de Inovação do HCFMUSP, o curso faz parte do programa “HC LÍDER”, que tem por objetivo promover

lideranças em diferentes áreas que valorizem a inovação e o empreendedorismo nos negócios.

O programa é destinado a empresários, executivos, gestores, líderes e pesquisadores que atuam ou pretendem participar das definições estratégicas de inovação em instituições de ciência e tecnologia, incubadoras, aceleradoras, empresas, governo e startups, ou para investidores ou profissionais que se interessam pela inovação e desejam se preparar para transformar pesquisas em soluções e negócios inovadores para o mercado da saúde.

Linda Bernardes, coordenadora acadêmica do MBA e responsável também pelo Laboratório de Empreendedorismo e Inovação em Saúde da Escola Paulista de Medicina da Unifesp lembra que durante a pandemia as fragilidades do sistema nacional de saúde ficaram evidentes e a urgência em solucionar os problemas decorrentes da Covid-19 alertou para a necessidade de fomentar ainda mais a cultura do empreendedorismo e de inovação em saúde.

Embora o Brasil tenha avançado muito na saúde com profissionais capacitados e conhecimento, persistem fragilidades econômicas enormes, formando um cenário onde “o Brasil ainda não tem autonomia científica e tecnológica desejável, e não há muitos investimentos para atender a suas próprias demandas com inovação e tecnologia”. Para a coordenadora, “é preciso estimular os profissionais da saúde para avaliar o que fazer para melhorar o sistema, baratear o custo e dar maior qualidade de vida para o paciente”.

No curso, os profissionais vão aprender por meio de ferramentas, desde o conhecimento dos aspectos regulatórios e de qualidade, registro de patentes, até a compreensão completa da trilha de inovação, ou seja, passando da bancada de pesquisa ao mercado. “Falar em mercado na universidade pública ainda é um tema difícil para muitos. Por isso, nosso objetivo é aproximar o mercado da universidade e fazer com que aprendam juntos”.

Empreendedorismo e inovação

Hoje, grande parte de toda a pesquisa produzida está nas universidades, principalmente nos programas de pós-graduação onde os pesquisadores têm a cultura de trabalhar da bancada até o artigo publicado. “Precisamos transformar teses e dissertações em aplicações práticas na sociedade e no mercado. Temos que estimular a cultura de empreendedorismo científico para formar pessoas para que ao chegar a uma solução inovadora possam colocá-la em prática fazendo com que o produto chegue à prateleira”, afirma Bernardes.

Para Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan e do Centro de Excelência em Novos Alvos Moleculares (CENTD), uma das idealizadoras do curso e coordenadora pelo Instituto Butantan, ainda há um gap no país quando se trata de agregar valor às ideias e na cadeia de inovação. “Nossas escolas ainda não incorporaram o tema na grade curricular, nossos estudantes não são treinados para empreendedorismo nem para empreendedorismo científico, também não são treinados para preparar projetos de inovação. Tampouco a pós-graduação preenche esta lacuna, de forma que os profissionais vão ter contato com o tema, já quando se inserem no mercado de trabalho, caso este exija, ou vão aprender, às vezes de forma empírica, quando decidirem empreender por sua própria conta”.

O tema da inovação nas empresas também passou a ser discutido não faz muito tempo no país, prossegue Tavassi. “A lei de inovação é de 2005 e muitos aprendizados precisam ainda ser incorporados e, sem dúvida, os profissionais necessitam ter a possibilidade de formação específica. “As empresas farmacêuticas do país estão avançando para um novo panorama, a indústria para ser competitiva e forte, cada vez mais precisa incorporar tecnologias modernas e certamente precisa absorver profissionais preparados para enfrentar desafios globais. As empresas buscam filões importantes para seus negócios e cada vez mais vão precisar de gente capacitada para estabelecer rotas e processos em cada uma das etapas do desenvolvimento de um produto ou serviço, para alcançar a sustentabilidade do setor”, conclui ela.

Assim, este MBA, parceria entre HC e Instituto Butantan, pretende preencher esta lacuna, oferecendo treinamentos que permitam ao profissional enfrentar estes desafios com grande autonomia tendo a chance de se destacar no setor e promover mudanças positivas onde ele estiver. Trata-se de um curso já testado, cujo piloto ocorreu no Instituto Butantan e formou de 2013 a 2021 mais de 200 pessoas que hoje se destacam no ramo da inovação e liderança.

Segundo o professor Roger Chammas, professor Titular de Oncologia da FMUSP, gestor do Centro de Pesquisa Translacional em Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, e coordenador do MBA, o curso vai permitir que as pessoas explorem suas ideias e tenham a oportunidade de estar próximas de onde elas vão aplicar o conhecimento, o que poderá ser, por exemplo, o embrião de uma startup. “Sem contar que, pelo fato de o curso ter a chancela de duas instituições de referência, propicia um enorme potencial de campo de prática para avaliação do produto final”.

Chammas também ressalta que o objetivo do curso não é formar gestores e sim, estudar o processo de gestão e transformar os pesquisadores em inventores, empresários e CEOs. “O aluno vai entender a importância do processo de diagnóstico ou de um novo produto terapêutico ou de um novo imunobiológico dentro de um contexto que será útil para a entrada do produto no mercado”, afirma.

Curso na prática

O MBA em Gestão da Inovação em Saúde acontece na modalidade ensino a distância (EAD), com aulas em transmissão ao vivo e gravadas. Com 12 meses de duração e 460 horas de carga horária, o curso é dividido em três ciclos: “Gestão dos Processos de Inovação em Saúde”, “Gestão de Pesquisas e Projetos Inovadores – da bancada ao mercado” e “Gestão de Pesquisas e Projetos Inovadores – da ideia ao produto”. Conta ainda com o Módulo TCC que visa desenvolver habilidades em gestão, empreendedorismo e inovação, capacitando os participantes para estruturar ideias e planos de negócios voltados à solução de problemas reais e à criação de startups inovadoras. Ao término do ciclo, os participantes apresentam, por meio de um pitch, seus projetos a uma banca experiente. Os projetos aprovados terão a chance de acelerar suas propostas no ambiente de Inovação do Hospital das Clínicas (InovaHC). Inscrições no site.

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Câmara aprova projeto que autoriza residentes a parcelarem férias

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Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza os médicos de programas de residência a fracionarem suas férias. A proposta segue para o Senado. A medida consta do Projeto de Lei 1732/22, da ex-deputada Soraya Manato. O texto foi aprovado em Plenário com parecer favorável do deputado Luizinho (PP-RJ), que apresentou pequenas mudanças.

A exemplo dos trabalhadores e servidores públicos, os médicos, quando participarem de programas de residência médica, passarão a poder fracionar os 30 dias de férias em períodos mínimos de 10 dias. Para esses médicos residentes, as férias são chamadas de repouso anual.

A rotina exigente dos residentes pode levar ao burnout e à exaustão, na opinião de Luizinho. “Comprometendo não apenas a saúde mental e física dos médicos, mas também a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.”

Segundo ele, o fracionamento das férias permitirá que esses profissionais tenham períodos de descanso menos espaçados e façam uma gestão mais flexível do tempo.

Outros profissionais

O texto de Luizinho especifica que os demais profissionais da área de saúde terão o fracionamento do repouso anual disciplinado em regulamento. Ele acatou emenda da deputada Adriana Ventura (Novo-SP). “Os profissionais de saúde merecem essa flexibilidade”, disse a deputada.

Durante o debate do projeto em Plenário, o deputado Eli Borges (PL-TO) defendeu a aprovação. “É o tipo de profissional que não tem dia, não tem hora e faz o seu trabalho de doação de vida para as pessoas”, declarou. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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Vuelo Pharma apresenta inovações no tratamento de feridas durante a Sobenfee 2024

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A empresa curitibana estará com stand exclusivo no evento, que ocorre em Salvador entre os dias 26 e 29 de novembro

A Vuelo Pharma, empresa curitibana especializada em produtos de healthcare com foco em skin care, wound care e wellness — self care,  marcará presença no Sobenfee 2024 — um dos maiores eventos de saúde e enfermagem do Brasil. 

O congresso, que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, será realizado em Salvador, na Bahia, e irá reunir o IX Congresso Brasileiro de Prevenção e Tratamento de Feridas, o II Congresso Brasileiro de Enfermagem Estética e o XV Congresso Iberolatinoamericano sobre Úlceras e Feridas – SILAUHE.

Com um stand exclusivo, a Vuelo Pharma irá expor e demonstrar seu portfólio de produtos, permitindo que os visitantes conheçam de perto as soluções que a empresa desenvolve para o tratamento de feridas e cuidados com a pele. 

“A nossa participação no evento reforça o compromisso da Vuelo com a disseminação de boas práticas e tecnologias de ponta para os profissionais de enfermagem, promovendo a saúde e o bem-estar por meio de produtos de alta qualidade e eficácia”, comenta Thiago Moreschi, CEO da Vuelo.

O Sobenfee 2024 promete reunir especialistas e profissionais renomados do Brasil e da América Latina para discutir uma ampla gama de temas, com destaque para políticas públicas de saúde, segurança do paciente, novas tecnologias em curativos, o papel das práticas integrativas no serviço público, e o impacto do letramento em saúde para a desospitalização de pacientes.

Também serão abordados tópicos críticos como o manejo de lesões em pacientes diabéticos, feridas oncológicas, e a importância dos ambulatórios públicos no atendimento de pacientes com feridas crônicas. “Certamente voltaremos com uma bagagem de aprendizado muito relevante, será uma ótima oportunidade”, finaliza o CEO.

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Mitos e Verdades sobre Hipertensão Arterial – a popular pressão alta: o que é verdade e o que é erroneamente divulgado sobre a doença

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Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista do Sírio Libanês de Brasília, fala sobre a pressão alta, uma das doenças cardiovasculares mais comum entre os brasileiros

A hipertensão arterial – que é conhecida popularmente como “pressão alta” – afeta cerca de 27,9% da população brasileira (dados da Vigitel de 2023). E ainda que seja uma doença que atinge boa parte da população, ela é cercada de mitos e verdades que precisam ser esclarecidos. 

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e internacionalmente certificada em Medicina do Estilo de Vida esclarece os principais mitos e as suas verdades a respeito da hipertensão arterial:

Mito 1: “Hipertensão é uma doença que aparece apenas na terceira idade”

A verdade: Dra Fernanda Weiler explica que a hipertensão arterial antes era prevalente em pessoas mais velhas, no entanto, mudanças no estilo de vida – especialmente alimentação e sedentarismo – fizeram com que a doença aumentasse drasticamente inclusive na população mais jovem. “O aumento de consumo de ultraprocessados e a falta de atividade física – bastante comum inclusive em jovens – faz com que a pressão aumente, gerando em muitos um diagnóstico de hipertensão arterial”, diz a médica.

Mito 2: “Hipertensão não tem sintomas, por isso não precisa de tratamento”

A verdade: “Ainda que alguns pacientes sejam realmente assintomáticos, não significa que o organismo não corre riscos, pelo contrário: quem não sente os sintomas clássicos da hipertensão (dores de cabeça, tontura e mal-estar) pode evoluir para um diagnóstico ainda mais sério por conta da falta de tratamento”, explica Fernanda. 

Mito 3: “Basta cortar o sal e a pressão normaliza”

A verdade: “Não basta apenas cortar o sal das refeições e seguir se alimentando de ultraprocessados ricos em sódio”, fala a especialista. Para o melhor controle dos níveis pressóricos, além do cuidado com o sal é preciso controlar o que é consumido. Ultraprocessados são ricos em sódio e seu alto consumo pode manter elevada a pressão arterial. A preferência é consumir alimentos naturais e ricos em nutrientes.

Mito 4: “Medicamentos para hipertensão são sempre necessários e devem ser tomados para o resto da vida”

A verdade: Cada caso é um caso a ser avaliado individualmente. “Quando se fala em hipertensão arterial é preciso entender o quão elevada ela está. Casos de hipertensão leve podem – muitas vezes – ser tratados apenas com mudanças no estilo de vida, focando na alimentação saudável, na prática de atividade física e no controle de tóxicos, como tabagismo e etilismo. Outros casos mais severos podem pedir a intervenção medicamentosa mas, vale dizer, que mesmo quando há necessidade do uso de medicação, o paciente precisa melhorar a alimentação e a prática de exercícios. Apenas o remédio não vai, de fato, solucionar o problema, uma vez que a causa não é tratada”, afirma a doutora.

Mito 5: “Quem tem pressão normal não precisa se preocupar com hipertensão”

A verdade: “A pressão arterial varia em seu índice naturalmente ao longo do dia. Durante a prática esportiva ela é naturalmente mais elevada quando comparada ao organismo em repouso. E se ela é variável em atividades corriqueiras, por que não poderia mudar por conta dos hábitos de cada indivíduo?”, questiona a profissional, que continua: “Uma pessoa que passou anos com a pressão arterial considerada normal e que, por exemplo, interrompe as atividades físicas e passa a se alimentar com mais ultraprocessados podem, sim, desenvolver a hipertensão arterial. O mesmo pode acontecer com uma gestante que, a depender dos fatores, pode ter um aumento de pressão que seguirá mesmo depois do parto”, explica Fernanda. “O aconselhado é fazer medidas esporádicas de pressão e buscar ajuda de um especialista ao menor sinal de aumento. Muitas vezes o diagnóstico precoce faz a diferença no tratamento”, finaliza a médica.

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