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Estudo revela: ser mais ativo pode aumentar expectativa de vida em 5 anos

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Pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine mostra que atingir níveis de atividade física dos 25% mais ativos da população dos EUA pode prolongar significativamente a vida

Em um mundo agitado, a tarefa de incluir mais movimento em sua vida diária frequentemente é deixada de lado.

Mas há um motivo para repensar suas prioridades — se tornar tão ativo quanto os 25% mais ativos da população dos EUA poderia prolongar sua vida em pelo menos cinco anos, de acordo com um novo estudo publicado na quinta-feira (14) no British Journal of Sports Medicine.

“Fiquei surpreso ao descobrir que a perda de anos de vida nos EUA devido a baixos níveis de atividade física pode rivalizar com as perdas devido ao tabagismo e à pressão alta“, disse o autor sênior do estudo, Dr. Lennert Veerman, professor de saúde pública na Escola de Medicina e Odontologia da Universidade Griffith na Austrália, por e-mail.

Muitos estudos examinaram as conexões entre atividade física e longevidade. Na verdade, a pesquisa de Veerman foi inspirada por um estudo de 2019 que descobriu que o risco de morte prematura diminuía quanto mais atividade física os participantes faziam, disse ele. Os níveis de atividade naquele estudo foram medidos com acelerômetros — dispositivos vestíveis de monitoramento de atividades.

O estudo de 2019, junto com outros, já havia mostrado que, quando medida com acelerometria, a relação entre atividade física e morte precoce é cerca de duas vezes mais forte em comparação com níveis medidos por pesquisas ou questionários, disse Veerman.

“Eu me perguntei como isso se traduziria em expectativa de vida e quanto tempo extra de vida uma única hora de caminhada poderia trazer”, acrescentou Veerman.

Para descobrir, os autores do último estudo usaram dados de atividade física capturados por acelerômetros de quadril usados — por pelo menos 10 horas em quatro ou mais dias — por adultos com 40 anos ou mais quando participaram da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição de 2003 a 2006.

As descobertas são baseadas nessa faixa etária porque as taxas de mortalidade dependentes de atividade são estáveis até os 40 anos; depois disso, elas variam. E a razão para usar dados antigos de atividade é a consistência metodológica com o estudo de 2019, disseram os autores.

A equipe então construiu uma tábua de vida — uma forma de mostrar as probabilidades de populações viverem até, ou morrerem até certa idade. Esta tábua de vida foi baseada nos dados de mortalidade do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde de 2017, que os autores assumiram estar relacionados aos níveis de atividade de 2003-2006]

Com base nessas informações, os autores projetaram quantas pessoas da população dos EUA de 2019 sobreviveriam nos próximos anos dependendo dos níveis de atividade, e quanto tempo extra de vida elas poderiam ganhar aumentando esses níveis.

Eles descobriram que ser tão ativo quanto o quartil menos ativo da população levaria a uma perda de 5,8 anos na expectativa de vida para homens e mulheres, reduzindo a expectativa ao nascer de cerca de 78 para cerca de 73 anos. E se todos os americanos com mais de 40 anos fossem tão ativos quanto o quartil superior, a expectativa de vida seria de 83,7 anos, um aumento de 5,3 anos.

Os níveis totais de atividade no quartil mais baixo eram equivalentes a caminhar por 49 minutos a aproximadamente 4,8 quilômetros por hora diariamente. Os níveis totais de atividade no segundo, terceiro e quarto quartis mais altos eram equivalentes a 78, 105 e 160 minutos, respectivamente.

A equipe também investigou quais poderiam ser os benefícios potenciais em nível individual, em vez de populacional — descobrindo que se aqueles que são menos ativos conseguissem mais 111 minutos de atividade por dia, poderiam prolongar sua vida em até 11 anos.

Com base nessas informações, os autores projetaram quantas pessoas da população dos EUA de 2019 sobreviveriam nos próximos anos dependendo dos níveis de atividade, e quanto tempo extra de vida elas poderiam ganhar aumentando esses níveis.

Eles descobriram que ser tão ativo quanto o quartil menos ativo da população levaria a uma perda de 5,8 anos na expectativa de vida para homens e mulheres, reduzindo a expectativa ao nascer de cerca de 78 para cerca de 73 anos. E se todos os americanos com mais de 40 anos fossem tão ativos quanto o quartil superior, a expectativa de vida seria de 83,7 anos, um aumento de 5,3 anos.

Os níveis totais de atividade no quartil mais baixo eram equivalentes a caminhar por 49 minutos a aproximadamente 4,8 quilômetros por hora diariamente. Os níveis totais de atividade no segundo, terceiro e quarto quartis mais altos eram equivalentes a 78, 105 e 160 minutos, respectivamente.

A equipe também investigou quais poderiam ser os benefícios potenciais em nível individual, em vez de populacional — descobrindo que se aqueles que são menos ativos conseguissem mais 111 minutos de atividade por dia, poderiam prolongar sua vida em até 11 anos.

As descobertas “sugerem algo que já sabíamos, que é que a atividade física é bastante crítica para melhorar os resultados de saúde (e) melhorar a longevidade”, disse o Dr. Andrew Freeman, diretor de prevenção cardiovascular e bem-estar no National Jewish Health em Denver, que não esteve envolvido no estudo. (Freeman também é consultor médico do WeWard, um aplicativo de monitoramento de atividades que incentiva os usuários a se moverem permitindo que acumulem pontos que podem ser resgatados por prêmios ou doações para caridade. Ele não recebeu nenhuma compensação financeira.)

Projetando os benefícios de mais movimento

O método de modelagem dos autores é forte, mas tem suas limitações, já que depende de dados existentes e fornece estimativas que são amplamente teóricas, disse o Dr. Peter Katzmarzyk, diretor executivo associado de ciências populacionais e saúde pública do Centro de Pesquisa Biomédica Pennington da Universidade Estadual da Louisiana, via e-mail. Katzmarzyk não participou do estudo.

Os autores reconheceram que existem evidências de que a adesão às diretrizes de atividade física nos Estados Unidos melhorou desde meados dos anos 2000, o que significa que suas projeções sobre expectativa de vida podem estar superestimadas. Os níveis de atividade dos participantes no estudo de 2003-2006 também foram medidos em apenas um momento, o que não pode considerar mudanças ao longo de suas vidas.

Mas pesquisadores já sugeriram exatamente como o movimento poderia estar ligado à longevidade.

“A inatividade física está associada ao desenvolvimento de várias doenças, incluindo doenças cardíacas, derrame, diabetes e vários tipos de câncer”, disse Katzmarzyk. “Ser fisicamente ativo reduz seu risco de desenvolver essas condições e morrer delas.”

Aproveitando as oportunidades para se mover

Se a ideia de se tornar mais ativo parece assustadora, saiba que os níveis de atividade dos participantes no estudo de 2003-2006 não eram todos de exercícios. Eles usaram rastreadores nos quadris por pelo menos 10 horas acordados durante vários dias, o que significa que os dispositivos capturaram movimentos necessários para a vida cotidiana também.

Encontre mais momentos para se movimentar durante o dia. Enquanto sua comida está esquentando, faça alguns agachamentos ou dê uma volta ao redor do seu prédio de trabalho em vez de rolar as redes sociais. Quando estiver fazendo compras, estacione o mais longe possível das lojas. Vai tomar café com um amigo? Coloque o papo em dia durante uma caminhada no parque em vez de sentar na cafeteria. Mesas para trabalhar em pé ou esteiras para mesa podem ser ótimas para ter no trabalho, disse Freeman.

Adultos precisam de pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada ou 75 a 150 minutos de exercício aeróbico vigoroso por semana, segundo a Organização Mundial da Saúde. Cada movimento conta, disse Veerman, então não se desanime se você não atingir as diretrizes.

O estudo encontrou um efeito de retornos decrescentes, então exercitar-se por 23 horas por dia não significa que você viverá para sempre, disse Freeman. Existe sim algo como atividade em excesso.

Além disso, “os pontos dos autores sobre melhorar a infraestrutura para pedestres… são críticos”, disse Freeman, que acrescentou que pacientes retornando de viagens à Europa frequentemente lhe dizem que caminhavam 10.000 ou 20.000 passos diariamente.

“Precisamos descobrir como fazer isso aqui nos Estados Unidos”, disse ele, “porque nossos gastos com saúde são completamente insustentáveis.”

Reduzir a dependência de carros requer ação coletiva e planejamento de longo prazo, mas todos podem defender essa mudança, e algumas pessoas já estão posicionadas para ajudar a torná-la realidade, disse Veerman.

Créditos: Kristen Rogers – CNN Brasil

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Hospital São Luiz Itaim inaugura Centro Avançado de Endoscopia com foco em alta tecnologia e IA

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Novo centro oferece tratamentos menos invasivos para obesidade, tumores e distúrbios digestivos, com apoio de inteligência artificial e equipe multidisciplinar

O Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or, inaugurou um moderno Centro Avançado de Endoscopia que promete transformar o cuidado com doenças do trato gastrointestinal. A estrutura une alta tecnologia, inteligência artificial (IA) e procedimentos minimamente invasivos, oferecendo alternativas inovadoras para tratar desde obesidade e diabetes tipo 2 até tumores e complicações pós-operatórias.

Segundo o médico endoscopista Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, responsável técnico pelo serviço, a proposta é clara: “Hoje conseguimos realizar procedimentos que antes exigiam cortes e internações prolongadas, com uma câmera e acesso minimamente invasivo, muitas vezes com alta no mesmo dia.”

Tratamentos modernos com alta precisão

Entre os destaques do novo centro estão técnicas de:

  • Gastroplastia endoscópica – alternativa à cirurgia bariátrica tradicional, realizada por endoscopia para reduzir o estômago;
  • Ablação da mucosa gástrica – aplicação de calor em áreas específicas do estômago para controle da glicose em pacientes com diabetes tipo 2;
  • Dissecção endoscópica da submucosa (ESD) e ressecção endoscópica de parede total (EFTRD) – para remoção de tumores e lesões digestivas de forma precisa, sem cirurgia aberta;
  • POEM e G-POEM – procedimentos para tratar distúrbios digestivos como megaesôfago e gastroparesia;
  • Vacuoterapia endoluminal – técnica inovadora que acelera a cicatrização por meio de pressão negativa aplicada diretamente no local da lesão.

O centro também se destaca por aplicar colangioscopia e ecoendoscopia guiadas por imagem em tempo real, permitindo tratamentos mais seguros para doenças do fígado, pâncreas e vias biliares.

Inteligência artificial a favor da medicina

Um dos diferenciais mais inovadores do centro é a utilização de IA no apoio ao diagnóstico precoce. A tecnologia permite detectar lesões gastrointestinais com maior precisão e agilidade, aumentando as chances de cura e reduzindo a necessidade de cirurgias invasivas.

“Unimos o melhor da medicina com o poder da tecnologia. A inteligência artificial nos permite detectar lesões com mais precisão e rapidez, algo que impacta diretamente no sucesso dos tratamentos”, afirma Fernando Sogayar, diretor-geral do Hospital São Luiz Itaim.

Um marco para o cuidado digestivo no Brasil

A proposta do novo Centro Avançado de Endoscopia é colocar o Hospital São Luiz Itaim na vanguarda do cuidado digestivo no Brasil, integrando assistência, ensino e pesquisa clínica. Com foco na humanização e na precisão, o centro representa um salto qualitativo na forma como condições gastrointestinais serão diagnosticadas e tratadas nos próximos anos.

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Justiça obriga plano de saúde a reembolsar R$ 496 mil por sessões de hemodiálise

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Decisão da 2ª Vara Cível do Butantã considera abusiva a suspensão de reembolso de tratamento vital a paciente com doença renal crônica

Em decisão proferida na última quinta-feira (8), a Justiça de São Paulo determinou que uma operadora de plano de saúde reembolse R$ 496,6 mil a um paciente com doença renal crônica que teve o reembolso de sessões de hemodiálise suspenso de forma unilateral e sem justificativa contratual válida. O caso foi julgado pela juíza Larissa Gaspar Tunala, da 2ª Vara Cível do Butantã.

Segundo os autos, o paciente depende da hemodiafiltração de alto fluxo, realizada cinco vezes por semana, e vinha sendo ressarcido desde 2013. No entanto, a operadora reduziu gradualmente os valores a partir de novembro de 2023, interrompendo completamente os pagamentos em maio de 2024, mesmo sem qualquer alteração contratual ou mudança no tratamento prescrito.

A empresa alegou estar seguindo limites contratuais, mas o argumento foi rechaçado pela magistrada, que classificou como abusiva e ilegal a recusa de reembolso para um tratamento vital à sobrevivência do paciente.

“Se há fraudes, cabe à empresa analisar com o devido cuidado as relações individuais, não penalizando aquele que não tem correlação com os fatos. No limite, importa saber se o autor está sendo tratado e se os valores de reembolso são condizentes com o que se pratica no mercado no mesmo nível de serviços”, afirmou a juíza na sentença.

Cláusulas vagas e livre escolha de prestadores

Outro ponto destacado foi a falta de clareza contratual quanto aos limites de cobertura. A juíza entendeu que o plano de saúde violou os direitos do consumidor ao impor restrições sem transparência e que, mesmo havendo uma rede credenciada, o contrato previa a livre escolha de prestadores.

“Haver rede credenciada é um irrelevante jurídico, pois o contrato permite a livre opção do consumidor”, destacou a magistrada.

Conforto e qualidade de vida preservados

Para a advogada do paciente, Giselle Tapai, especialista em Direito à Saúde, a decisão representa mais do que a garantia de um direito contratual — trata-se de preservar a dignidade e o bem-estar do paciente:

“A decisão permitirá ao beneficiário promover o seu tratamento em clínicas que ofereçam um cuidado diferenciado, como era feito antes do conflito. Ambientes confortáveis, sofisticados e acolhedores impactam positivamente a qualidade de vida do paciente e de sua família”, declarou ao portal Terra.

Precedente relevante para outros casos

A decisão judicial representa um importante precedente para casos semelhantes, nos quais pacientes com doenças crônicas enfrentam dificuldades no custeio de tratamentos contínuos por conta de reembolsos negados ou limitados de forma arbitrária pelas operadoras.

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Correios anunciam plano emergencial para contornar prejuízo bilionário em 2024

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Enfrentando um déficit histórico de R$ 2,6 bilhões em 2024 — quatro vezes maior que o prejuízo de 2023 — os Correios lançaram um pacote de medidas para tentar recuperar o equilíbrio financeiro da estatal. A proposta, divulgada internamente nesta segunda-feira (12), pretende economizar R$ 1,5 bilhão ao longo de 2025 e exige forte adesão dos mais de 86 mil empregados da empresa.

📉 Causas do prejuízo
A estatal atribui a crise principalmente:

  • à queda nas receitas com encomendas internacionais;
  • ao aumento dos custos operacionais, que chegaram a R$ 15,9 bilhões (+ R$ 716 milhões em relação a 2023);
  • aos gastos com pessoal, que subiram de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões.

📦 Apenas 15% das mais de 10 mil unidades de atendimento registraram superávit, reforçando o desafio de manter a capilaridade do serviço postal em todos os municípios do país.


📋 Medidas do plano de recuperação:

  1. Redução de jornada de trabalho e salários: de 8h para 6h diárias, com 34h semanais;
  2. Suspensão de férias a partir de junho de 2025, retomando apenas em 2026;
  3. Corte de 20% nos cargos comissionados na sede;
  4. Fim do home office: retorno obrigatório ao trabalho presencial a partir de 23 de junho;
  5. Prorrogação do PDV (Programa de Desligamento Voluntário) até 18 de maio;
  6. Revisão dos planos de saúde com nova rede credenciada e economia prevista de 30%;
  7. Lançamento de um marketplace próprio ainda em 2025;
  8. Captação de R$ 3,8 bilhões com o NDB para modernização e investimento interno.

🚴‍♂️ Investimentos e transição ecológica

Apesar das dificuldades, a estatal afirma manter seu plano de transição sustentável em até 5 anos. Foram investidos R$ 830 milhões em 2024, com destaque para:

  • 50 furgões elétricos;
  • 2.306 bicicletas elétricas e 3.996 convencionais com baú;
  • 1.502 veículos para renovação da frota.

💸 Alerta de liquidez

A empresa consumiu R$ 2,9 bilhões do caixa, restando apenas R$ 249 milhões disponíveis. Isso levou ao atraso de repasses a transportadoras e agências franqueadas, resultando em entregas mais lentas e paralisações parciais dos serviços.


📢 Mensagem da direção

Segundo o documento interno, “cada pequena contribuição dos empregados será essencial para superar os desafios e construir um futuro mais promissor”.

Com o plano de contenção, os Correios tentam evitar nova crise estrutural como a enfrentada em 2016, quando também registraram prejuízo bilionário. A proposta, porém, deve gerar forte resistência dos sindicatos diante da suspensão de direitos e da redução salarial.

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