Conecte-se conosco

Atualidades

Sequenciamento de Nova Geração (NGS): parceria entre BDR e TFS impulsiona a medicina de precisão

Publicado

em

O Sequenciamento de Nova Geração (do inglês, Next-Generation Sequencing — NGS) vem ganhando destaque como uma das principais tecnologias biomédicas para análise de material genético. Por meio de plataformas cada vez mais avançadas, é possível investigar simultaneamente milhares ou até milhões de fragmentos de DNA ou RNA, trazendo benefícios significativos para diagnóstico, pesquisa e desenvolvimento de novas terapias. Nesse contexto, a colaboração entre BDR e TFS (Thermo Fisher Scientific) busca expandir e tornar mais acessível o uso do NGS em hospitais, laboratórios e centros de pesquisa brasileiros, fortalecendo a medicina de precisão no país.

O que é o NGS?

O NGS representa a evolução em relação ao sequenciamento Sanger, antes considerado o padrão ouro. A nova abordagem permite identificar, de forma rápida e em larga escala, variações genéticas — desde mutações pontuais até rearranjos cromossômicos mais complexos. Isso possibilita:

  1. Diagnósticos mais ágeis: Detectar mutações relacionadas a doenças raras e crônicas em menor tempo.
  2. Terapias personalizadas: Com base no perfil genômico do paciente ou do tumor, é possível direcionar tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
  3. Monitoramento epidemiológico: A tecnologia facilita a vigilância de microrganismos e o rastreamento de variantes virais, como no caso da Covid-19.

A parceria entre BDR e TFS

A BDR, empresa especializada em soluções de saúde e biotecnologia, aliou-se à TFS, líder global em tecnologia para sequenciamento, para viabilizar projetos de implantação, capacitação e suporte técnico em diversas regiões do Brasil. Essa união prevê:

  • Disponibilização de plataformas de NGS: Laboratórios nacionais podem adotar equipamentos de última geração, otimizando suas rotinas de análise genética.
  • Formação de profissionais: A parceria inclui treinamentos e workshops para capacitar equipes em todo o ciclo do sequenciamento, desde a extração de amostras até a interpretação dos resultados.
  • Suporte e consultoria especializada: Combinando o know-how de ambas as empresas, hospitais e institutos de pesquisa recebem suporte para implantar protocolos mais eficientes e confiáveis.

Aplicações práticas

  1. Oncologia de precisão: O mapeamento das mutações de um tumor orienta a escolha de terapias-alvo, aumentando as chances de sucesso e reduzindo intervenções desnecessárias.
  2. Diagnóstico de doenças raras: Famílias que aguardam respostas há anos podem contar com análises genéticas mais abrangentes, encontrando mutações que antes passavam despercebidas.
  3. Farmacogenômica: Ao correlacionar variações genéticas com a resposta a medicamentos, médicos podem ajustar doses e evitar reações adversas.
  4. Pesquisa de patógenos: Na infectologia, o NGS possibilita identificar variantes de vírus ou bactérias rapidamente, contribuindo para ações de saúde pública e controle de epidemias.

Desafios e perspectivas

Embora o custo do NGS tenha caído nos últimos anos, o investimento em equipamentos, reagentes e análise de dados ainda representa um desafio para muitos laboratórios. Além disso, a formação de profissionais capacitados para interpretar grandes volumes de dados genômicos e a adequação à legislação de proteção de dados também são pontos de atenção.

No entanto, a tendência é de que a adoção do NGS se torne cada vez mais difundida à medida que os benefícios clínicos se tornam evidentes. O fortalecimento de parcerias como a da BDR e TFS contribui para a democratização da medicina de precisão no país, permitindo que avanços científicos se traduzam em cuidado personalizado e maior qualidade de vida para os pacientes.


Fonte:
Futuro da Saúde – Sequenciamento de nova geração BDR-TFS

Atualidades

USP Desenvolve Sistema Nanotecnológico para Remover Medicamentos da Água Potável e Proteger o Meio Ambiente

Publicado

em

Pesquisadores da Escola Politécnica da USP criaram uma tecnologia inovadora que promete acelerar a degradação de medicamentos, como o paracetamol, presentes em águas residuais e, potencialmente, na água potável. O avanço usa nanomateriais dopados para ampliar a eficiência da fotocatálise, processo que utiliza luz ultravioleta para decompor contaminantes orgânicos.

O paracetamol, amplamente consumido no Brasil com cerca de 500 toneladas anuais, está presente em níveis nanométricos em rios e lagos, representando um desafio crescente para o tratamento de água. Douglas Gouvêa, coordenador do Laboratório de Processos Cerâmicos da Poli-USP, explica que o segredo está na manipulação precisa de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO), um semicondutor que, quando “dopado” com cloro, potencializa a reação fotocatalítica sob luz solar.

“Controlar a dopagem do cloro permite aumentar a condutividade elétrica e a reatividade do material, acelerando a degradação do paracetamol e outros poluentes,” detalha Gouvêa. A inovação reside na técnica de lixiviação seletiva, que remove o excesso de cloro da superfície das partículas, concentrando-o nas extremidades e otimizando seu efeito catalítico.

Utilizando ondas ultrassônicas para incorporar o cloro ao ZnO e um rigoroso processo de centrifugação, os cientistas garantem uma eficiência até três vezes maior na decomposição dos micropoluentes em laboratório. André Luiz da Silva, coautor do estudo, reforça que essa nanotecnologia aplicada na escala nanométrica permite maior exposição da superfície reativa, essencial para a fotocatálise.

Os pesquisadores utilizam espectroscopia para analisar a estrutura dos materiais e confirmar a posição do cloro após a lavagem seletiva, assegurando o funcionamento ideal do catalisador. Apesar do uso de substâncias químicas potencialmente tóxicas no processo, a tecnologia é segura, pois os materiais não participam diretamente das reações químicas e não se incorporam aos poluentes.

Aplicações Futuras e Impacto Ambiental

A técnica, publicada na revista ACS Applied Nano Materials, pode ser aplicada em sistemas de tratamento de água residuais para reduzir a contaminação por fármacos antes que eles atinjam os ecossistemas naturais. Os cientistas planejam testar o método para eliminar herbicidas como o glifosato, cuja concentração já se aproxima dos limites seguros definidos para consumo.

“Esse avanço representa um passo fundamental para proteger a saúde pública e o meio ambiente, ao combater a presença silenciosa de poluentes orgânicos na água,” afirma Gouvêa.

Continue Lendo

Atualidades

Hospital São Francisco Desenvolve App para Registro Ágil da Evolução do Paciente à Beira-Leito

Publicado

em

Com o objetivo de agilizar e tornar mais eficiente o registro da evolução dos pacientes internados, a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ) desenvolveu um aplicativo inovador. Utilizado via tablet, o app está totalmente integrado ao sistema operacional do hospital, permitindo a inserção de informações em tempo real, diretamente no momento do atendimento à beira-leito.

Michelle Estefânio, gerente de enfermagem do HSF, explica a motivação por trás da solução:
“Registrar a evolução do paciente no prontuário é rotina, mas o processo envolvia muita burocracia. Precisávamos facilitar essa etapa para que os profissionais pudessem dedicar mais atenção ao paciente.”

A ferramenta entrou em operação no último dia 12 de maio, data que marca o Dia Internacional da Enfermagem, simbolizando um avanço na modernização da assistência hospitalar. Para o diretor executivo, Márcio Nunes, o projeto reflete a escuta ativa das necessidades da equipe de enfermagem:
“Simplificar processos sem abrir mão da segurança e qualidade da informação é investir no bem-estar do paciente e na valorização da linha de frente.”

Como Funciona o Aplicativo

O app permite o registro dinâmico e intuitivo de dados essenciais como sinais vitais, administração de medicamentos e balanço hídrico diretamente no prontuário eletrônico. Campos estruturados com checkboxes e textos pré-formatados diminuem drasticamente o tempo de digitação, mantendo a conformidade com normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), auditorias e exigências legais.

Além disso, a ferramenta possibilita o registro por imagens: a câmera do tablet é ativada para confirmar o uso correto dos medicamentos prescritos, reforçando a segurança do processo. Pietro Lima, desenvolvedor da equipe de TI, destaca essa funcionalidade como um diferencial importante.

Michelle ressalta o valor do aplicativo para a equipe:
“É um presente para os profissionais durante a Semana da Enfermagem, oferecendo uma ferramenta que torna o cuidado mais humano e menos burocrático.”

Inicialmente implantado na Unidade de Terapia Intensiva, que atende pacientes crônicos e de alta complexidade, o app deverá ser expandido gradualmente para outros setores do hospital, promovendo um padrão de registro mais ágil, centrado no paciente e próximo da rotina dos profissionais.

Continue Lendo

Atualidades

SBCO Revela: 90% dos Pacientes Oncológicos Passam por Cirurgia, Mas Investimento em Cirurgias Fica Abaixo de 30% do Total em Oncologia no Brasil

Publicado

em

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) divulgou dados recentes que destacam o papel central da cirurgia no tratamento do câncer e apontam para o desequilíbrio nos investimentos atuais em Oncologia no Brasil. Aproximadamente 90% dos pacientes oncológicos passam por algum tipo de cirurgia ao longo da sua jornada clínica, seja para diagnóstico, estadiamento, tratamento curativo ou paliativo.

Segundo Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, cerca de 60% dos pacientes oncológicos recebem tratamento cirúrgico em algum momento, mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente por cirurgia, e 80% dos casos envolvem procedimentos curativos ou paliativos. Apesar disso, os dados do DATASUS mostram que, em 2023, foram investidos R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 1,5 bilhão em cirurgias oncológicas e R$ 665 milhões em radioterapia.

“Há um desequilíbrio claro entre esses três pilares do tratamento do câncer. O investimento global ainda é insuficiente para lidar com a segunda maior causa de morte no mundo,” alerta Pinheiro.

A Necessidade de Ampliação e Redirecionamento dos Investimentos

Além de aumentar os investimentos em todos os setores da Oncologia, o presidente da SBCO reforça a importância de redirecionar os recursos para ações preventivas e de rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência da doença e os custos associados. Atualmente, grande parte dos recursos é destinada a tratamentos avançados, de alto custo e resultados clínicos limitados.

A concentração dos centros de assistência ao câncer no Sul e Sudeste do país também é motivo de preocupação, pois limita o acesso para pacientes de outras regiões, criando desigualdades que impactam diretamente o prognóstico. “O CEP do paciente muitas vezes determina o desfecho da doença,” ressalta Pinheiro.

Caminhos para o Fortalecimento da Oncologia no Brasil

Entre as estratégias recomendadas estão:

  • Fortalecimento da cirurgia oncológica com treinamento contínuo e atualização dos profissionais;
  • Criação e integração de redes hospitalares eficientes, com centralização de casos complexos em centros de referência;
  • Valorização e fortalecimento do SUS, reconhecido como o maior sistema público de saúde do mundo;
  • Melhoria da gestão e governança tanto no sistema público quanto no suplementar;
  • Incentivo à inovação em técnicas, tecnologias e modelos assistenciais para ampliar a eficácia e acessibilidade dos tratamentos.

“Com esses avanços, poderemos oferecer um cuidado mais eficiente, humanizado e acessível, beneficiando milhares de pacientes em todo o país,” conclui Rodrigo Pinheiro.

Continue Lendo

Mais Vistos