Conecte-se conosco

Atualidades

Asap lança certificação em Gestão de Saúde Populacional

Publicado

em

Nos últimos anos tem se falado muito sobre saúde, um bom gerenciamento da saúde de um determinado grupo pode fazer muita diferença. O envelhecimento da população, as mudanças epidemiológicas e a complexidade do cenário da Saúde Suplementar no Brasil, não deixam dúvida que investir em ações de Gestão de Saúde Populacional – GSP, são fundamentais para viabilizar o envelhecimento ativo da população e a sustentabilidade econômica do setor. Alexia Mandolesi Costa, Diretora Técnico- Cientifica do Grupo IBES, explica que, “a gestão da saúde e do bem-estar populacional é importante porque aumenta a qualidade de vida e a moral dos funcionários. Mas o que poucos sabem é que também pode resultar em maiores lucros para a organização. Isso porque, grande parte dos planos de saúde são projetados para tratar as pessoas no caso de ficarem doentes, de forma que o gasto de recursos financeiros em medicina preventiva e controle de doenças economiza mais a longo prazo”, afirma Alexia.

Diante desse cenário surgiu a Aliança para a Saúde Populacional – Asap, com o objetivo de disseminar conhecimentos, compartilhar boas práticas e engajar empresas, prestadores de serviços e operadoras de saúde, ao redor da causa – GSP, foco de sua atuação. A entidade, sem fins lucrativos, lança agora dois manuais de certificação: Manual de Certificação de Programas de Gestão de Saúde Populacional para Prestadores de Serviços e o Manual de Certificação Gestão de Saúde Populacional Corporativa. Segundo o presidente da Asap, Cláudio Tafla, a Aliança faz destes manuais um marco estratégico. “Oferecendo um roteiro para a criação de uma GSP mais eficiente para o futuro, e reforçando seu compromisso em disseminar o conceito de GSP de forma a influenciar e maximizar o impacto na saúde e na sustentabilidade deste sistema”, explica o presidente da Asap.

Tafla afirma, ainda, que programas de GSP, presentes em modelos praticados nos últimos anos, mostram que o investimento nessa área, leva à melhoria na qualidade de vida, na saúde da população assistida, no aumento na produtividade e consequentemente nos resultados das empresas. Se considerarmos os gastos com perda de produtividade resultantes do absenteísmo e presenteísmo, esses investimentos ficam ainda mais relevantes.

A Certificação é um reconhecimento público do cumprimento dos padrões exigidos por uma organização. O objetivo do Manual de Certificação para Prestadores de Serviço é preconizar os padrões e requisitos para a avaliação das iniciativas (planejamento, execução e resultados) dos programas de promoção de saúde e prevenção de agravos de doenças, com foco na qualificação dos prestadores para programas estruturados em GSP. Ele traz assuntos como: Definição do Programa de Gestão de Saúde Populacional (GSP), Estratificação do risco e avaliação da saúde dos participantes do programa, Monitoramento do Programa de Gestão de Saúde Populacional (GSP), Estratégias de Inclusão-Engajamento e Incentivos-Recompensas, Modalidades de Comunicação, Tipos de Intervenção dos Programas de Gestão de Saúde Padrões e Requisitos, Gestão de Doenças Crônicas, Programa de Gestão de Bem-estar (Wellness) – Promoção de Saúde e Qualidade de Vida, Programa de Monitoramento da Adesão à Medicação Resultados do programa, Metas de Avaliação, Medidas Operacionais e Resultados do Programa de Gestão de Saúde Populacional (GSP) e Requisitos de Excelência.

Já o Manual de Certificação para Saúde Corporativa tem como objetivo avaliar o gerenciamento das iniciativas (planejamento, execução e resultados) de programas de promoção de saúde sob a perspectiva da Gestão de Saúde Populacional Corporativa, ou seja, implementada por estabelecimentos ou empresas junto à sua população de trabalhadores. Uma abordagem coordenada para os programas de Gestão de Saúde Populacional no local de trabalho resulta em um conjunto planejado, organizado e abrangente de ações, políticas, benefícios e apoios ambientais, projetados para atender às necessidades de saúde e segurança de todos os funcionários”, ressalta o presidente da Asap.

Este manual trata dos seguintes assuntos: Estrutura Organizacional, Planejamento e Implantação do Programa de GSP, Gerenciamento do Programa de GSP, Programa de Gestão do Bem-Estar (Wellness), Programa de Saúde Ocupacional, Programa de Gestão de Saúde Mental, Teletrabalho – Trabalho em Ambiente Remoto e Requisitos de excelência.

Especialistas reforçam que uma boa gestão de saúde dentro de uma empresa faz com que todos ganhem. “Gestão da saúde populacional gera a conscientização, por parte dos empregadores, de que a saúde e o bem-estar dos funcionários estão relacionados à produtividade, além de demonstrar que a organização se preocupa com a saúde deles. Desta forma, as empresas podem alocar recursos no monitoramento da saúde das pessoas, criando benefícios mais adequados, identificando fragilidades para a implementação de melhorias, bem como priorizando ações preventivas e de gestão de doenças. Certificar o programa de gestão da saúde populacional é um passo importante para a empresa que quer mostrar, ao mercado e aos seus funcionários, que seus recursos estão alocados no que mais importa: a saúde e o bem-estar de suas pessoas”, encerra Alexia Mandolesi Costa.

Atualidades

O futuro do armazenamento de imagens médicas no Brasil

Publicado

em

Por Ricardo Prudêncio

A gestão de imagens médicas no Brasil enfrenta desafios crescentes, especialmente em relação à infraestrutura necessária para garantir o armazenamento seguro e eficiente desses dados. Desde 1983, o padrão DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) se consolidou como o formato ideal para exames como ultrassonografias, raios X, mamografias, tomografias, ressonâncias magnéticas e PET/CTs. Contudo, o volume crescente de informações médicas, geradas diariamente, tornou o armazenamento e a gestão desses dados cada vez mais complexos e dispendiosos. Segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a telerradiologia tem se desenvolvido cada vez mais no país, gerando valor para toda a cadeia de saúde. Além disso, o mercado global de diagnóstico por imagem projeta um crescimento anual de aproximadamente 8-10% nos próximos cinco anos, alcançando um valor estimado entre 40 a 50 bilhões de dólares até 2028.

A necessidade de modernizar o armazenamento de dados e reduzir os custos crescentes no setor de saúde tem impulsionado a adoção de soluções em nuvem em todo o mundo. O mercado global de armazenamento em nuvem na saúde deve alcançar US$ 153,1 bilhões até 2030, com um crescimento anual de 15,8%. Esse cenário deixa claro que não se trata apenas de uma inovação isolada, mas uma transformação global, com a promessa de enfrentar os desafios modernos de segurança, eficiência e escalabilidade no setor de saúde.

Quando comecei a trabalhar com sistemas de PACS em 2010, vi de perto a realidade das instituições de saúde brasileiras. Era comum encontrar grandes salas dedicadas apenas a servidores de TI, ocupando espaço valioso e exigindo manutenções constantes. Em muitos casos, era preciso alugar áreas externas para garantir que, em caso de desastre, os dados estivessem minimamente protegidos. Isso representava um custo alto e um risco considerável, tanto financeiro quanto operacional.

A nuvem, então, surge como uma alternativa revolucionária a esses antigos métodos de armazenamento. Com sistemas de arquivamento e comunicação de imagens (PACS) em nuvem, os custos associados a infraestrutura física, manutenção e atualização de servidores são substancialmente reduzidos. E há um benefício crucial: a escalabilidade. À medida que a demanda cresce, a nuvem se adapta, permitindo o armazenamento de dados de maneira flexível, sem a necessidade de investimentos adicionais em hardware.

Mesmo com esses avanços, a realidade é que muitas instituições de saúde ainda permanecem apegadas a soluções cliente-servidor e armazenamento local. Essa resistência à mudança geralmente está enraizada em modelos de negócios ultrapassados e na falta de inovação de certos fornecedores de tecnologia. Infelizmente, essa postura limita o potencial de modernização e expõe as instituições a riscos operacionais e financeiros evitáveis.

Mas, migrar para a nuvem envolve mais do que simplesmente modernizar a infraestrutura. Há questões fundamentais que precisam ser abordadas para que essa transição seja realmente bem-sucedida. Como a equipe de TI lida com os altos custos iniciais e contínuos? Como será garantida a segurança dos dados sensíveis dos pacientes? Existe um plano robusto para recuperação de desastres que proteja informações críticas? E, conforme a demanda cresce, como o sistema será escalado para suportar o aumento no volume de dados?

Além disso, a mobilidade e o acesso remoto exigem uma adaptação cuidadosa da equipe médica. Em um país como o Brasil, onde o número de médicos radiologistas é limitado, especialmente nas áreas mais remotas, como a equipe médica pode contar com um sistema que permita diagnósticos rápidos e precisos, sem comprometer a qualidade do atendimento? Essas são perguntas que destacam a importância de uma análise cuidadosa e de uma implementação estratégica de soluções em nuvem.

Quando falamos de PACS em nuvem, os benefícios vão muito além da redução de custos. A segurança dos dados, por exemplo, é um aspecto essencial. Provedores de nuvem como a Amazon Web Services (AWS) projetam suas infraestruturas para atender aos mais altos padrões de conformidade e segurança, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil e a HIPAA nos Estados Unidos. Esse tipo de proteção é vital para as instituições de saúde, que lidam diariamente com dados sensíveis de seus pacientes.

Outro ponto importante é a mobilidade. Em emergências ou em áreas remotas, onde especialistas locais podem ser escassos, o acesso rápido às imagens e laudos é essencial para garantir diagnósticos ágeis e precisos. Além disso, a continuidade do negócio é garantida em casos de desastres naturais, como as enchentes recentes no Rio Grande do Sul, que destruíram servidores e resultaram na perda de dados críticos. O armazenamento em nuvem protege essas informações e assegura a continuidade das operações, oferecendo uma camada de segurança que o armazenamento local simplesmente não consegue alcançar.

Mesmo com todos esses benefícios, algumas instituições ainda optam por soluções híbridas, armazenando dados recentes localmente e transferindo apenas arquivos mais antigos para a nuvem. Essa abordagem, embora econômica à primeira vista, pode prejudicar a eficiência dos profissionais de saúde, dificultando o acesso rápido a históricos de pacientes e ainda comprometendo o diagnóstico. A decisão de migrar para um PACS em nuvem vai muito além do porte ou do orçamento da instituição; trata-se de uma busca por eficiência, segurança e excelência no atendimento ao paciente. Para garantir um sistema de saúde moderno e sustentável no Brasil, é fundamental que as instituições reavaliem seus modelos de armazenamento e gestão de imagens médicas, adotando tecnologias que estejam em sintonia com as demandas contemporâneas.

A modernização do armazenamento de imagens médicas não é uma escolha, mas uma necessidade imperativa para o setor de saúde brasileiro. A nuvem é um caminho sólido nessa direção, proporcionando benefícios tangíveis que impactam positivamente tanto as instituições quanto os pacientes.


*Ricardo Prudêncio é Country Manager da Eden no Brasil.

Continue Lendo

Atualidades

Atividade física é caminho para quem quer parar de fumar

Publicado

em

Exercícios melhoram o condicionamento e liberam substâncias que aliviam sintomas da abstinência

Com benefícios que vão além do condicionamento do corpo, a atividade física contribui significativamente para quem deseja parar de fumar, aliviando os sintomas físicos e psicológicos da abstinência e ajudando a reduzir o hábito em momentos de ócio.

Segundo Carolina Salim, pneumologista do A.C. Camargo Cancer Center, o esporte pode oferecer uma “injeção” natural de bem-estar que alivia sintomas das crises de abstinência gerados pela dependência da nicotina, como dores de cabeça e irritabilidade, e até substitui a sensação de bem estar proporcionada pela substância em quem é fumante. 

“O esporte libera substâncias no corpo que ajudam a reduzir a necessidade do cigarro, como a serotonina e a endorfina. É comum que muitos pacientes relatem que, após o exercício, passam várias horas sem sentir sequer vontade de fumar”, afirma.

Segundo Daniel Carlos, treinador da Smart Fit, outro benefício da atividade física nesse processo é a melhora de desempenho nos treinos, que deixa mais evidente os malefícios que o cigarro causa no organismo e a importância de parar.  

“O cigarro prejudica muito os sistemas respiratório e cardiovascular. Isso faz com que quem fuma sinta mais cansaço durante os exercícios físicos. Quando a pessoa para de fumar e percebe que o treino fica mais fácil, os benefícios tornam-se mais evidentes e funcionam como incentivo para manter-se longe do cigarro”, explica.

Salim reforça que, embora importante, a atividade física é apenas uma parte do processo. Abandonar o cigarro demanda uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir suporte psicológico, ajustes alimentares e, em alguns casos, o uso de medicamentos. 

A médica também alerta que fumantes interessados em começar a treinar como parte dessa jornada devem realizar testes físicos antes de iniciar os exercícios, além de sempre realizar as atividades com o acompanhamento de um profissional de educação física.

Continue Lendo

Atualidades

A importância do estadiamento na estratégia para tratar o câncer

Publicado

em

Quando se trata do câncer, existem diversos termos que, até então, eram desconhecidos pelo paciente. Um deles é o estadiamento, fundamental no momento do diagnóstico.

Pensando em esclarecer melhor o assunto foi que desenvolvi este conteúdo. Afinal, o que é o estadiamento do câncer?

Consiste no processo de verificar a extensão da doença quando ela é diagnosticada. Ou seja, analisar qual a extensão do câncer, já que uma das suas características é se disseminar localmente ou à distância.

O estadiamento considera vários fatores, incluindo subtipo do tumor, tamanho, se está localizado apenas na região de origem ou já se espalhou pelos gânglios linfáticos ou órgãos distantes.

Qual a importância de termos esse conhecimento?

O estadiamento do câncer é fundamental para a definição de estratégias de tratamento. Por exemplo, se um tumor de mama está confinado somente na região de origem, pode ser indicada cirurgia em conjunto com outros tratamentos, como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapia-alvo.

Em contrapartida, se no momento do diagnóstico já houver metástases em outros órgãos, o procedimento cirúrgico pode não ser recomendado, apenas outros protocolos para o controle da doença.

Além disso, ele também é um importante indicador do prognóstico do paciente, nos ajudando a prever a probabilidade de cura, recuperação e sobrevida. Ou seja, ele fornece informações valiosas que permitem aos profissionais de saúde oferecerem um tratamento personalizado e mais eficaz, aumentando as chances de sucesso e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Como é feito o estadiamento?

Normalmente é realizado por meio de uma combinação de diferentes exames, por exemplo: ressonância magnética, tomografia computadorizada, cintilografia óssea e PET-CT.

Em alguns casos, marcadores tumorais como o PSA no câncer de próstata fazem parte da avaliação de risco inicial. O resultado da biópsia também faz parte dessa avaliação, pois fornece o grau de agressividade do tumor e isso é usado na avaliação inicial e classificação de risco (próstata, mama).

Se o tratamento cirúrgico é feito de forma upfront, ou seja, antes dos demais tratamentos, ele fornece informações relevantes no estadiamento que chamamos patológico. Isso porque o médico patologista consegue definir com precisão, examinando a peça cirúrgica que foi retirada, a medida do tumor, o grau de invasão, a quantidade e forma de disseminação pelos linfonodos.

Com base nos resultados, o câncer é classificado em estágios, que normalmente variam entre 1 e 4, com estágio 1 quando a doença é inicial, e com estágio 4 quando está avançada, ou seja, metastática. Existe também o estágio 0, ou seja, um tumor mais precoce que o estágio 1, e que ainda não tem potencial de invasão e disseminação de outros órgãos e tecidos.

Vale ressaltar que existem diversos sistemas de estadiamento usados para diferentes tipos de neoplasias. Por exemplo, o sistema TNM é geralmente utilizado para tumores sólidos, levando em conta o tamanho do tumor primário (T), se o câncer se espalhou para os gânglios linfáticos (N) ou já se disseminou para outras partes do corpo (M).

Conhecer o estadiamento dos diferentes tipos de neoplasias é essencial para garantir aos pacientes o tratamento mais adequado. Por isso, é parte significativa no momento do diagnóstico.

*  Fernanda Ronchi é professora de Oncologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e responsável técnica do serviço de Oncologia Clínica e do Centro de Pesquisas do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM).

Continue Lendo

Mais Vistos