A estimativa é que em cada ano do triênio 2023-2025 o país registre 704 mil novos casos de câncer, superando em 79 mil (12,7%) os 625 mil novos casos anuais do período 2020-2022. Números ampliam os desafios relacionados aos gargalos de acesso ao diagnóstico e tratamento e a necessidade de políticas de saúde mais assertivas e alinhadas ao slogan do World Cancer Day, que é “Close the care Gap”, visando solucionar as lacunas no cuidado
Embora preveníveis, passíveis de serem diagnosticados precocemente e até mesmo evitáveis em muitos casos, os cânceres que surgem em órgãos como mama, próstata, pulmão, intestino grosso e reto (colorretal) e colo do útero continuam na lista dos mais incidentes. Outro dado preocupante é que o câncer é a segundo maior causa de morte no mundo, com mais de 10 milhões de óbitos nos cinco continentes, segundo o Globocan, do Instituto de Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS).
Os números evidenciam a urgência do slogan da campanha World Cancer Day, liderada pela Union for International Cancer Control (UICC). Assim como no passado, o lema é “Close the care gap / Por Cuidados mais justos”, sendo que as principais metas são oferecer equidade no acesso ao cuido oncológico; prevenção e redução de risco; conscientizar e descontruir mitos e desinformação; promover ações governamentais; propiciar bem-estar físico, com impacto mental e emocional; salvar vidas de forma custo-efetiva; reduzir as lacunas de habilidade/formação profissional; e trabalhar junto, como um só.
Neste movimento global, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) atua em diferentes frentes, lideradas pela campanha Não dá para esperar. Cuide-se. O câncer não ficou de quarentena. São ações, ao longo de todo o ano, aplicadas com o propósito de conscientizar a população a estar atenta aos sinais do corpo, aos exames indicados para sua faixa etária e, aos pacientes oncológicos, o alerta é que não negligenciem o tratamento. “Muito além do 4 de fevereiro, a SBCO está em movimento permanente, abraçando as demais campanhas que já são tradicionais ao abordar tipos específicos de câncer, como o Março Azul, Julho Verde, Agosto Branco, Setembro Lilás, Outubro Rosa, Novembro Azul e Dezembro Laranja. Além disso, temos também a tradicional Ação Nacional de Combate ao Câncer da SBCO em todos os meses de novembro”, detalha Héber Salvador.
Embora exames de rastreamento como colonoscopia e mamografia tenham apresentado uma retomada em 2022, é preocupante a queda registrada nos dois primeiros anos da pandemia. “Mesmo no ano passado, com um aumento em relação a 2021 e 2020, ainda não chegamos ao mesmo patamar de exames de rastreamento que registrávamos até 2019. E vale alertar que, antes das pandemia, já predominava o diagnóstico tardio. É um gargalo que precisamos, todos juntos, resolver”, reforça Héber Salvador.
237 mil casos novos a mais nos próximos 3 anos – De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) são previstos 704 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2023-2025. Ao comparar-se com os números do triênio 2020-2022, quando eram esperados 625 mil novos casos por ano, observa-se que a expectativa é que tenhamos 79 mil casos acrescidos anualmente, ou seja, 237 mil novos casos a mais na somatória dos próximos três anos.
10 tipos de câncer mais incidentes em homens e mulheres no Brasil
Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2023 por sexo, exceto pele não melanoma*
Excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, o mais comum em homens (próstata) e em mulheres (mama feminina) representam 3 entre 10 casos. Para ambos, há políticas de rastreamento, que incluem, para diagnóstico dos tumores prostáticos, o exame de antígeno prostático específico (PSA) e toque prostático. Para rastrear o câncer de mama é indicada a mamografia, podendo ser complementada pelo ultrassom.
O câncer de cólon/intestino grosso e reto (colorretal) é o segundo mais comum tanto em homens, quanto em mulheres. Mais que fazer o diagnóstico precoce, o rastreamento com colonoscopia é capaz de evitar a doença. Por meio do exame é possível retirar pólipos, grudados na parede do intestino, que – caso não fossem expelidos – poderiam evoluir para câncer. O rastreamento inclui o exame de sangue oculto nas fezes.
O câncer de pulmão é o terceiro mais incidente em homens e quarto em mulheres. Embora não seja uma política de rastreamento no Brasil, evidências apontam que o exame de tomografia de baixas doses em fumantes reduz as taxas de mortalidade pela doença. O câncer de colo do útero, tumor ginecológico mais comum, é uma doença evitável por meio de vacina contra HPV e exame de Papanicolau.
“Olhando para os demais cânceres que estão entre os dez mais comuns em cada gênero enxergamos também uma janela de oportunidade de diagnóstico precoce por meio de endoscopia (estômago e esôfago), de atuação já na cadeira do dentista (cavidade oral) e atenção aos sintomas de tumores como ovário e bexiga. E a principal mensagem, que é a da prevenção primária, por meio de hábitos de vida que evitem os fatores de risco”, ressalta Héber Salvador.
O presidente da SBCO aponta que 80% dos casos de câncer vão necessitar de alguma cirurgia no transcurso da doença. “A cirurgia oncológica é uma das principais ferramentas para a cura dos tumores sólidos e pode ser o único tratamento em casos diagnosticados mais precocemente. Nesta situação, as taxas de cura são superiores a 90%”, afirma.
De fato, dados da OPAS/OMS apontam que 70% das mortes por câncer ocorrem em países de baixa e média renda; 40% dos casos poderiam ser prevenidos evitando fatores de risco. “A ciência e a medicina apresentam um histórico de evolução constante em relação a diagnóstico, tratamento e cura de muitas doenças oncológicas. O desafio é fazer este arsenal estar disponível para todos, o que ainda não acontece no Brasil”, afirma Héber.
Outro obstáculo é a falta de informação sobre câncer e pior ainda quando há desinformação patrocinada pela divulgação de fake news, ressalta o presidente da SBCO. “Nesse cenário o tema deste ano do World Cancer Day nos instiga a refletir sobre a importância de democratizar o acesso à saúde e à informação sobre as doenças oncológicas, como estratégia para diminuir a incidência de todos os tipos de cânceres”, diz. Muitas doenças oncológicas são potencialmente evitáveis e, mesmo assim, o câncer está entre as principais causas de mortes do mundo.
Mensagens-chave do World Cancer Day
O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo.
10 milhões de pessoas morrem de câncer todos os anos.
Mais de 40% das mortes relacionadas ao câncer poderiam ser evitáveis, pois estão ligadas a fatores de risco modificáveis, como tabagismo, uso de álcool, má alimentação e inatividade física.
Quase pelo menos um terço de todas as mortes relacionadas ao câncer poderiam ser evitadas por meio de exames de rotina, detecção precoce e tratamento.
70% das mortes por câncer ocorrem em países de baixa a média renda.
Milhões de vidas poderiam ser salvas a cada ano com a implementação de estratégias apropriadas de recursos para prevenção, detecção precoce e tratamento.
O custo econômico anual total do câncer é estimado em US$ 1,16 trilhão.
Sinais e sintomas de câncer
Com tantos tipos diferentes de câncer, os sintomas são variados e dependem de onde a doença está localizada. No entanto, existem alguns sinais e sintomas importantes a serem observados, incluindo:
Nódulos ou inchaço incomuns – nódulos cancerígenos geralmente são indolores e podem aumentar de tamanho à medida que o câncer progride.
Tosse, falta de ar ou dificuldade para engolir – fique atento a episódios persistentes de tosse, falta de ar ou dificuldade para engolir.
Alterações no hábito intestinal – como constipação e diarreia e/ou sangue encontrado nas fezes.
Sangramento inesperado – inclui sangramento da vagina, passagem anal ou sangue encontrado nas fezes, na urina ou ao tossir.
Perda de peso inexplicável – uma grande quantidade de perda de peso inexplicável e não intencional durante um curto período de tempo (alguns meses)
Fadiga – que se manifesta como um cansaço extremo e uma forte falta de energia. Se a fadiga for causada por câncer, os indivíduos normalmente também apresentam outros sintomas
Dor ou ardência – inclui dor inexplicável ou contínua, ou dor que vem e vai.
Complicações ao urinar – inclui a necessidade de urinar com urgência, com mais frequência, ou ser incapaz de ir quando precisa ou sentir dor ao urina
Alterações incomuns da mama – procure alterações no tamanho, forma ou sensação, alterações na pele e dor.
Perda de apetite – sentir menos fome do que o habitual por um período prolongado de tempo.
Uma ferida ou úlcera que não cicatriza – incluindo uma mancha, ferida ou úlcera na boca.
Azia ou indigestão – azia ou indigestão persistente ou dolorosa.
Suores noturnos intensos – esteja ciente de suores noturnos muito intensos e encharcados.
Alterações na pele – atenção se a alguma pinta ou mancha altera o seu padrão. Para tanto, uma espécie de autoavaliação leva em conta a Assimetria (se o formato for irregular é motivo de alerta), Bordas (irregularidade também requer atenção), Cor (observe se o sinal tem coloração uniforme ou apresenta mais de uma tonalidade), Dimensão (sinais na pele maiores que seis milímetros requerem atenção máxima. Isso porque, em geral, pintas benignas não ultrapassam essa dimensão) e Evolução (a evolução da pinta, ou seja, quando ela muda de tamanho, cor e formato com o tempo, muitas vezes, de forma veloz, requer bastante atenção).
Sobre a SBCO – Fundada em 31 de maio de 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) é uma entidade sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, que agrega cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado multidisciplinar ao paciente com câncer. Sua missão é também promover educação médica continuada, com intercâmbio de conhecimentos, que promovam a prevenção, detecção precoce e o melhor tratamento possível aos pacientes, fortalecendo e representando a cirurgia oncológica brasileira. É presidida pelo cirurgião oncológico Héber Salvador (2021-2023).
Na medicina moderna, a busca por métodos, que aceleram e melhoram a recuperação pós-cirúrgica, tornou-se uma prioridade para médicos e pacientes. Entre as opções que vêm ganhando destaque está a oxigenoterapia hiperbárica, uma técnica que envolve a inalação de oxigênio puro em um ambiente de alta pressão. Embora já consolidado no tratamento de queimaduras e feridas graves, a OHB demonstrou um potencial significativo para transformar o processo de cicatrização pós-operatória e reduzir complicações.
Benefícios na Recuperação Pós-Cirúrgica
O uso da oxigenoterapia hiperbárica como complemento ao pós-operatório apresenta benefícios específicos que influenciam positivamente o tratamento, incluindo:
Redução do Inchaço e da Inflamação: O aumento de oxigênio estimula uma resposta anti-inflamatória no corpo, ajudando a diminuir edema (inchaço) nas áreas operadas.
Aceleração da Cicatrização: A OHB promove uma melhor vascularização dos tecidos, diminuindo o tempo de cicatrização, especialmente em cirurgias de grande porte ou em pacientes com dificuldades no processo de cura.
Prevenção de Infecções: Ambientes com alta concentração de oxigênio inibem o nível de crescimento bacteriano que podem ocorrer em infecções pós-operatórias. Isso auxilia na prevenção de infecções graves.
Apoio à Regeneração Tecidual: Pacientes, que passaram por cirurgias reconstrutivas ou ortopédicas, podem se beneficiar da OHB o que estimula o reparo celular e a regeneração de tecidos.
Vale ressaltar que o Conselho Federal de Medicina (CFM) possui recomendações para o uso da OHB. Caso tenha dúvidas, acesse o link da resolução.
Quem pode se beneficiar?
A oxigenoterapia hiperbárica é indicada para diversos tipos de pacientes, incluindo aqueles que passaram por cirurgias plásticas, ortopédicas, cardíacas e até mesmo neurológicas. Em casos onde há histórico de má circulação, diabetes, ou condições que dificultam o processo de cicatrização, a OHB se torna uma aliada poderosa para evitar complicações e encurtar o tempo de recuperação.
Recomendações e Cuidados
Embora os benefícios sejam claros, o tratamento deve ser feito sob orientação médica. Cada paciente é avaliado individualmente, considerando fatores como histórico médico, tipo de cirurgia e condições preexistentes. É fundamental que a terapia seja acompanhada por profissionais especializados, garantindo um tratamento seguro e eficaz.
A oxigenoterapia hiperbárica vem se destacando como uma técnica valiosa para a recuperação pós-cirúrgica, oferecendo benefícios que vão desde a redução de inchaço e inflamação até a prevenção de infecções e aceleração da cicatrização. Para pacientes que enfrentam cirurgias complexas ou possuem condições que dificultam a cura, a OHB pode ser um diferencial que favorece uma recuperação mais rápida e segura. Investir nessa tecnologia representa não apenas um avanço na medicina pós-operatória, mas também uma oportunidade de proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes em sua jornada de recuperação
*José Branco é Presidente na Sociedade Médica de Oxigenoterapia Hiperbárica, faz parte da Direção Executiva do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente, atua como Diretor Técnico do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e é Diretor Médico da CLOUDSAÚDE.
A Abcis – Associação Brasileira CIO Saúde homenageou os profissionais que contribuíram para o desenvolvimento da tecnologia da informação na saúde em 2024 com o prêmio “Notáveis do Ano”. A cerimônia aconteceu em um jantar especial, na última semana, em São Paulo, durante o 2º Congresso de Tecnologia da Abcis.
A premiação é um reconhecimento público às lideranças que se destacaram ao utilizar tecnologia para transformar o setor de saúde, sempre com foco na melhoria do cuidado ao paciente, segundo Vitor Ferreira, presidente da Abcis e gerente de TI do Hospital Nossa Senhora Sabará.
“Reconhecemos e valorizamos profissionais que promovem a inovação tecnológica sem perder de vista o bem-estar do paciente, oferecendo soluções eficazes e humanizadas”, enfatizou.
A Abcis reafirmou seu compromisso de fomentar a colaboração entre agentes transformadores da saúde, promovendo padrões, boas práticas e frameworks voltados à digitalização e à modernização do setor. Para 2025, a associação planeja intensificar seus esforços na criação de um ecossistema de fornecedores confiáveis e na disseminação de metodologias inovadoras. “Convocamos todos os profissionais do setor a se juntarem a essa jornada de transformação. Temos grandes desafios e uma longa caminhada pela frente”, completou Ferreira.
Premiadospela Abcis
Veja os 12 líderes reconhecidos pelo prêmio:
Ailton Brandão – Diretor de TI (CIO) Dados e Digital do Hospital Sírio-Libanês
Alex Julian – CIO da Kora Saúde
Allef do Carmo – CIO do Hospital São Camilo
Atualpa Aguiar – Diretor de TI e Inteligência Digital do CURA Group
Carlos Sacomani – CMIO do Hospital AC Camargo
Cassio Teixeira Menezes – CISO
Jorge Stakowiak – Diretor de TI da Dasa
Milton Vieira – CIO da AFIP
Felipe Cabral – Gerente Médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento
Thiago Cachello – CIO do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Wagner Rosa – Head de Infraestrutura e Cybersecurity
Josi Amaral – Assessora da ABCIS
Veja destaques do 2º Congresso Abcis, que ocorreu no Hcor.
A conversão da área técnica no Rio Grande do Sul vai ampliar a capacidade do Lab-to-Lab Pardini, atendendo a mais de 200 cidades e ampliando a oferta de exames no Sul.
O Lab-to-Lab Pardini, unidade B2B do Grupo Fleury, revelou uma importante atualização durante a 19ª edição do Congresso Gaúcho de Análises Clínicas (Congrelab 2024), realizada nos dias 22 e 23 de novembro, no Centro de Eventos da PUC, no Rio Grande do Sul. A planta produtiva anteriormente dedicada exclusivamente ao Laboratório Weinmann será convertida para atender os clientes do Lab-to-Lab Pardini no Sul do Brasil, com previsão de início das operações em meados de 2025.
Expansão da capacidade e acesso ampliado
A conversão da planta técnica vai ampliar a capacidade produtiva da rede na região Sul, aumentando o acesso da população a um portfólio diversificado de exames. Atualmente, o Lab-to-Lab Pardini já realiza cerca de 20 milhões de exames anuais. Com a nova estrutura, esse número pode chegar a 35 milhões, contribuindo para a democratização do acesso a exames de alta complexidade.
O Congrelab é organizado pela LAS Laboratórios Associados, que reúne mais de 90 laboratórios nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, sendo 40 deles parceiros do Lab-to-Lab Pardini.
Impacto do modelo Lab-to-Lab
O modelo Lab-to-Lab transformou o mercado ao permitir que a amostra viaje até o laboratório, eliminando a necessidade de deslocamento do paciente para exames de alta complexidade. Há 30 anos, era comum que pacientes precisassem se deslocar para grandes centros, como Porto Alegre ou São Paulo, para realizar esses exames. Hoje, a robusta rede de parceiros oferece maior praticidade para pacientes e médicos, com resultados ágeis e acesso ampliado.
Fernando Ramos, diretor da unidade de negócios Lab-to-Lab do Grupo Fleury, destaca que a terceirização de exames permite uma entrega mais rápida de laudos, além de expandir o portfólio disponível para laboratórios parceiros, abrangendo exames de baixa, média e alta complexidade.
Sul do Brasil como prioridade
Com 1.042 clientes na região Sul, o Lab-to-Lab Pardini identificou grande potencial de crescimento. Além da nova planta em Porto Alegre, o Grupo Fleury está reformando a unidade técnica de Itajaí, Santa Catarina, para dobrar sua capacidade. A região Sul é responsável por 14% do faturamento e 16% do volume de exames realizados pelo negócio Lab-to-Lab.
No Rio Grande do Sul, a nova planta contará com mais de 30 rotas logísticas, reduzindo o tempo médio de transporte de amostras em até 60%, chegando a 99% na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Crescimento do mercado B2B
Em 2024, o segmento de Medicina Diagnóstica B2B representou 23,5% da receita do Grupo Fleury, com um aumento de 61,7% na receita bruta em relação ao mesmo período de 2023. O Lab-to-Lab é responsável por 45% do volume de exames processados e 20% do faturamento.