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IESS disponibiliza livro gratuito sobre gestão da saúde nas empresas

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Muito se fala em proporcionar melhores condições para um ambiente de trabalho mais agradável, acolhedor e saudável, visando o bem-estar e qualidade de vida do colaborador. Um dos pilares principais, no entanto, está diretamente ligado a questão da saúde nas organizações. Assim, qual seria o papel das empresas na saúde do trabalhador? Preocupado com essa questão, já que as empresas são responsáveis por 70% das contratações de planos de saúde no Brasil, sendo este o segundo item mais importante de despesas na folha de pagamento, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), aprofundou essa discussão e lançou, recentemente, o livro “Saúde nas Empresas: A Promoção de uma Ideia Sustentável” – disponível para download gratuito.

A publicação traz uma combinação de evidências científicas com a prática da gestão na empresa. Com isso, o IESS procura trazer uma contribuição para que o trabalhador seja mais saudável, com qualidade de vida e, o mais importante, que evite o adoecimento.

O superintendente executivo do IESS, José Cechin, destaca que a intenção da obra é fomentar e despertar o debate, bem como o interesse das empresas pelo tema. “Essa abordagem específica na questão da saúde do trabalhador também está ligada a uma questão econômica, visto que, as empresas contratantes de planos de saúde são responsáveis, hoje, por 70% dos beneficiários da saúde suplementar”, disse.

Cechin reforça ainda que, as empresas podem e devem exercer um papel importante na preservação da saúde de seus colaboradores. “Será que elas conhecem os problemas de seus funcionários? Promovem saúde nos seus refeitórios e ambientes de trabalho? Cuidam e zelam da saúde mental? Enfim, envolve muitas questões e esta é a temática do livro”, finaliza.

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Vacina para câncer de pâncreas apresenta resultados otimistas, aponta estudo americano

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Uma candidata a vacina para câncer de pâncreas apresentou bons resultados na primeira fase de teste em humanos nos Estados Unidos, segundo estudo conduzido no Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering, em Nova York, e apresentado neste domingo (7), durante o encontro anual da Associação Americana para Pesquisa em Câncer, na Califórnia.

A medicação, produzida pela BioNTech, empresa que também desenvolveu o imunizante contra a Covid-19, utiliza a tecnologia RNA mensageiro (mRNA), que, a partir de informações retiradas dos tumores pancreáticos de cada paciente, torna as células de defesa capazes de reconhecer um corpo estranho e o atacar. Cada dose do imunizante é personalizada, com dados genéticos dos próprios portadores da neoplasia, o que torna a resposta do sistema imunológico mais direcionada.

De acordo com Carlos Gil Ferreira, diretor médico da Oncoclínicas&Co. e presidente do Instituto Oncoclínicas, esse tipo de vacina tem como função atuar no combate ao tumor quando a doença já foi diagnosticada – neste caso, o câncer de pâncreas. “Apesar de receber o termo ‘vacina’, diferente dos imunizantes que estamos habituados, esse tipo de medicação não possui função preventiva. O tratamento tem o objetivo de ajudar no fortalecimento do sistema imunológico do paciente que já possui o diagnóstico de câncer, atuando nas células cancerígenas”, explica.

Além disso, o oncologista complementa que as vacinas contra o câncer atuam como um estímulo para o corpo identificar mais facilmente as células cancerígenas e assim, combatê-las. “O medicamento irá fazer com que o sistema imunológico passe a reconhecer o tumor como um agente externo, aplicando uma resposta contra ele”.

Segundo os pesquisadores do Memorial Sloan Kettering, ao longo do estudo um grupo de 16 pacientes, todos com um tipo agressivo de tumor de pâncreas, foi monitorado. Destes, metade obteve resposta imune, em que as células de defesa impediram o avanço do câncer em 18 meses. Já o segundo grupo, que não havia sido imunizado, apresentou recidiva – quando a doença reaparece – em aproximadamente 13 meses.

Três anos depois, a partir de uma nova análise, foi constatado o potencial da vacina em promover uma resposta imune duradoura, visto que aproximadamente 98% das células de defesa capazes de combater o tumor foram produzidas somente após a vacinação, evitando assim a recorrência do câncer de pâncreas.

Próximos passos

Uma vacina que utiliza a tecnologia mRNA funciona introduzindo uma porção do código genético do vírus alvo no corpo do paciente, através de uma molécula de RNA mensageiro. Ela então é absorvida pelo sistema imunológico, que utiliza as informações do RNA para produzir uma proteína do vírus invasor, que ao ser exibida na superfície das células, desencadeia uma resposta imune quando é reconhecida como uma ameaça, atuando assim sobre o tumor pancreático.

Os resultados atuais apresentados pelo estudo de desenvolvimento da vacina para câncer de pâncreas, iniciado em dezembro de 2019, se referem a testes clínicos de fase 1. A partir da apresentação dos resultados promissores, os pesquisadores do Memorial Sloan Kettering já deram início à fase 2 de análise, que conta agora com 260 pacientes.

Vacinas de RNA na luta contra o câncer

Amplamente comentadas por seu uso contra a covid-19, os imunizantes desenvolvidos à base de RNA mensageiro (mRNA) foram os primeiros com base nessa moderna tecnologia a terem seu uso autorizado em humanos e receberem liberação para comercialização. E a evolução que elas representam pode trazer respostas importantes para o tratamento de diferentes tipos de tumores malignos.

Em linhas gerais, no caso das vacinas para o novo coronavírus, esse tipo de terapia consiste na criação em laboratório de um código genético, capaz de levar à produção de proteínas que simulam as do vírus, provocando uma resposta do sistema de defesa do organismo sem, contudo, provocar uma infecção de verdade.

Segundo Carlos Gil, a lógica desse processo de uso de mRNA para a covid-19 sinaliza boas perspectivas para toda uma nova geração de terapias personalizadas, em especial contra o câncer. Não à toa, as farmacêuticas responsáveis por desenvolver a tecnologia mRNA para a SARS-CoV-2 avaliam formas de traduzir essas conquistas científicas para geração de tratamentos oncológicos avançados.

“Sob a ótica da ciência, as vacinas com um código genético de RNA criado em laboratório de fato acenam para um futuro com boas alternativas para tratar o câncer. Neste caso, contudo, há um fator essencial de diferenciação que não pode ser desconsiderado quando pensamos na adoção dessa solução na oncologia: enquanto o processo da vacina de mRNA contra a covid-19 permite que ela seja adotada de forma massiva para toda a população de maneira preventiva, para o câncer a tecnologia não seria capaz de evitar o surgimento de tumores, mas sim favorecer a geração de medicações personalizadas para pessoas já diagnosticadas com a doença, ou seja, adaptada de forma altamente individualizada a partir das especificidades do genoma das células cancerosas de cada paciente”, aponta o diretor médico da Oncoclínicas.

Por enquanto, as linhas em estudo mais avançadas até o momento analisam o uso dessas terapias gênicas para cânceres de pele melanoma, colorretal e alguns casos de cabeça e pescoço relacionados ao vírus HPV (papilomavírus humano). Há ainda ensaios clínicos voltados a tumores decorrentes de mutações frequentes no gene KRAS, especialmente no pâncreas, pulmão e colorretal.

“De forma geral, as perspectivas para os próximos anos são muito boas, com novas terapias, novas formas de trabalhar e avanços importantes já sendo vistos. Entramos em um período de otimismo, com aprendizados importantes adquiridos durante a pandemia que trazem contribuições para a ciência e a medicina como um todo. Esse é o lado positivo, de maneira geral e para todos nós”, finaliza Carlos Gil.

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Radiologia foi responsável por 12,8% das reclamações de erros de diagnóstico

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Equipamentos de imagem mal calibrados e erros na interpretação das imagens podem prejudicar significativamente os resultados dos exames de pacientes. Esses problemas podem levar a diagnósticos imprecisos, atrasos no tratamento e até mesmo a danos à saúde dos pacientes. Portanto, é fundamental garantir que os equipamentos estejam adequadamente calibrados e que os profissionais responsáveis pela interpretação das imagens sejam devidamente capacitados e sigam protocolos rigorosos. São ações essenciais para garantir a qualidade e a precisão dos resultados dos exames, contribuindo assim para a segurança e o bem-estar dos pacientes.

Um estudo recente, conduzido pelo médico Andrew Rosenkrantz e sua equipe da NYU Langone Health, publicado no Journal of the American College of Radiology, em maio de 2021, revelou que a radiologia foi responsável por 3,9% de todas as reclamações de negligência médica e por 12,8% das reclamações relacionadas aos erros de diagnóstico. Entre essas reclamações, as imagens oncológicas representam 44% dos casos de negligência, destacando a importância crítica da precisão nessa área.

Durante uma década, os pesquisadores investigaram a prevalência de erros relacionados à oncologia na radiologia diagnóstica com base em dados do Sistema de Benchmarking Comparativo da Controlled Risk Insurance Company, que abrange cerca de 30% das reclamações de saúde nos Estados Unidos. Em 2023, por exemplo, foram realizados nos EUA aproximadamente 80 milhões de exames de tomografia e 30 milhões de ressonâncias magnéticas.

Do total de alegações de possíveis erros de diagnósticos relacionados às doenças oncológicas, analisadas pelo estudo, a de maior prevalência se refere à mamografia. “Em parte, este resultado é esperado, pois esta modalidade diagnóstica depende do correto posicionamento e apresenta diversas limitações tecnológicas quanto a detecção de lesões de baixo contraste”, ressalta o físico especialista em diagnóstico por imagens, Renato Dimenstein. O estudo também indica erros quanto aos exames de ressonância magnética e tomografia, “entretanto, acredito que a maior parte desses relatos não deve ser associado aos médicos radiologistas na interpretação dos laudos, mas à aquisição inapropriada de imagens”, pontua Dimenstein.

As análises desse estudo apontaram que a mamografia é a modalidade diagnóstica mais frequentemente associada às alegações de diagnóstico de câncer. “Isso se deve, em parte, às limitações tecnológicas inerentes à detecção de lesões de baixo contraste nesse tipo de exame. Além disso, foram identificados erros em exames de ressonância magnética e tomografia, sendo que muitas falhas estavam relacionadas à aquisição inadequada de imagens, ao invés de imprecisões na interpretação dos laudos pelos médicos radiologistas”, esclarece o físico.

No Brasil, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, existem aproximadamente 120 mil equipamentos médicos. “No entanto, a maioria são de gerações obsoletas, o que pode comprometer a precisão dos diagnósticos por imagem, especialmente no que diz respeito a neoplasias”, explica Dimenstein.

Apesar das rígidas regras de controle de qualidade preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para os equipamentos de diagnóstico por imagem, muitos deles apresentam desempenho inadequado, prejudicando a qualidade dos resultados dos exames e, consequentemente, a saúde dos pacientes. “A ausência de equipamentos adequadamente calibrados pode resultar em falhas no diagnóstico, levando a tratamentos inadequados e aumentando os custos tanto para o sistema de saúde público quanto para o privado”, alerta Renato.

Para Dimenstein, “as seguradoras de saúde desempenham um papel fundamental nesse processo. Elas têm a oportunidade de incentivar de forma sistemática os serviços de diagnóstico por imagem a buscarem certificações de qualidade reconhecidas por instituições nacionais – como a ONA (Organização Nacional de Acreditação) – e outras internacionais. Essa medida garante aos pacientes a tranquilidade de realizar seus exames em centros de referência que atendem aos mais altos padrões de qualidade”.

Entretanto, para garantir a eficiência na prestação do serviço, na visão do especialista, as agências de acreditação devem assegurar que as clínicas e hospitais atendam a indicadores satisfatórios de qualidade. “Isso inclui verificar se os equipamentos estão adequadamente mantidos, se os profissionais estão recebendo treinamento adequado, se os laudos gerados em monitores com resolução adequada, se são implementadas medidas para garantir a segurança dos pacientes e se os registros são devidamente rastreados, entre outros critérios essenciais”, ressalta.

Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas é acreditado pela ONA

Um exemplo de sucesso nesse sentido é o Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas, que recebeu a certificação nível 3 em 2017. “Antes do processo de acreditação, não tínhamos a maioria dos nossos processos padronizados e descritos, o que era crítico principalmente por sermos um hospital escola. Outro ponto frágil, estava relacionado ao fluxo de comunicação dos achados críticos nos exames de imagem”, lembra o diretor clínico do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas, doutor Márcio Sawamura.

Atualmente, o hospital dispõe de documentos detalhados para as rotinas/procedimentos, a fim de evitar interpretações equivocadas. “Em relação aos achados críticos, elaboramos documentos específicos que descrevem quais são essas evidências em cada modalidade de diagnóstico por imagem. Além disso, foram introduzidas melhorias para agilizar e garantir a efetividade de comunicação. Agora, os médicos radiologistas registram essas descobertas diretamente no sistema, e um alerta automático “pop-up” é gerado no prontuário do paciente. Esses protocolos e procedimentos foram cruciais para aumentar a segurança dos pacientes”, comenta Sawamura.

Para a coordenadora de Gestão da Qualidade do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas, Juliana Vecchia, além de proporcionar um serviço de maior qualidade e precisão, a certificação pela ONA resultou em melhorias significativas na qualidade do atendimento. “Ela também incentivou o desenvolvimento de uma cultura organizacional focada na melhoria contínua e na segurança do paciente, além de promover uma gestão financeira mais sustentável, com uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis”.

Acreditação x sustentabilidade

“São diversas as economias que a certificação pode trazer para a instituição acreditada”, observa Péricles Góes da Cruz, superintendente Técnico da ONA. “Não há dúvidas de que quando a segurança do paciente é priorizada e os protocolos são criteriosamente seguidos, ocorre uma redução significativa na repetição de trabalho, no desperdício e nos possíveis processos judiciais. Isso, por sua vez, contribui diretamente para a sustentabilidade financeira da instituição”, destaca.

Quando devo acionar juridicamente uma instituição por falhas de imagens e erros médicos na interpretação?

Conforme aponta Silvio Guidi, advogado especializado em saúde e sócio da SPLAW Advogados, é essencial realizar uma análise caso a caso. “A decisão de pacientes e familiares de investigar a situação requer muita cautela. É fundamental compreender se houve algum erro na execução dos serviços de imagem ou na interpretação da equipe de saúde. Nesse contexto, os conselhos profissionais de saúde desempenham um papel importante. Embora o Judiciário possa ser acionado para este controle, a análise técnica será conduzida por um perito judicial”, esclarece o advogado.

Partindo da premissa de que ocorreu um erro, é importante destacar que as condutas danosas podem resultar em consequências em diversas esferas. “A mais conhecida é a responsabilidade civil, que pode recair tanto sobre a instituição prestadora de serviços de saúde quanto sobre os profissionais responsáveis pela assistência. Essa responsabilização encontra respaldo no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor. No entanto, as repercussões pessoais são mais comumente abordadas nos Códigos de Ética Profissionais e no Código Penal, referentes às responsabilidades ética e criminal, respectivamente”, alerta Silvio Guidi.

“Entretanto, quando não há certeza da falha, é importante que a família esteja ciente de alguns fatores primordiais”, enfatiza Guidi. “Muitas vezes, ao buscar um advogado, pacientes e familiares esperam encontrar culpados pelos problemas enfrentados na assistência à saúde. No entanto, nem sempre a resposta é a esperada e isso pode acarretar em outros danos, como o ressurgimento das dores emocionais relacionadas ao tratamento médico. Além disso, o prestador de serviços de saúde também pode enfrentar danos irreparáveis, tanto financeiros, devido aos custos associados ao processo, quanto no aspecto preventivo, adotando medidas defensivas para evitar possíveis processos futuros. Esse fenômeno é conhecido como medicina defensiva”, esclarece.

É relevante destacar que a falta de condenação em uma ação que busca responsabilizar os prestadores de serviços de saúde pode acarretar ônus significativos aos familiares. “Isso inclui o pagamento dos custos processuais e dos honorários dos advogados que representam o prestador, que podem corresponder a até 20% do montante de indenização pretendido. Muitas vezes, as famílias e os pacientes não estão preparados para lidar com essa situação, e cabe ao advogado apresentar todos esses aspectos, bem como todas as nuances e riscos típicos dos processos com esse perfil”, adverte.

Certificação ONA

Um dos métodos eficazes para mitigar potenciais erros ou reclamações em hospitais e clínicas de imagem é submeter-se a um processo de acreditação. “A acreditação estimula a implementação de sistemas de gestão de equipamentos eficazes, promovendo uniformidade e conformidade com as melhores práticas”, destaca doutor Péricles Góes da Cruz, superintendente técnico da ONA.

Isso significa que o estabelecimento adota políticas e procedimentos apropriados para a aquisição, rastreamento, manutenção, calibração, descarte e substituição de equipamentos. “Além desses cuidados, é essencial que a equipe seja devidamente treinada para realizar todos os procedimentos de forma eficiente, inclusive evitando erros de interpretação por parte da equipe clínica de diagnóstico”, conclui.

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Como a farmacogenética reduz em 67% as consultas por saúde mental

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O número cada vez mais crescente de casos de depressão e ansiedade é uma preocupação global, também pelos impactos gerados na economia dos países. No Brasil, o prejuízo no faturamento das empresas brasileiras em função da saúde mental da população é de R$ 397 bilhões por ano, de acordo com estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O valor representa perda de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) como um todo. No mundo, esse custo é de cerca de US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde 1999, transtornos de saúde mental como o burnout são reconhecidos como doenças relacionadas ao trabalho pela legislação sanitária e previdenciária brasileira, embora a OMS tenha vinculado um código específico para a Síndrome de Burnout somente na CID-11, de 2022. No país, os casos de adoecimento mental no trabalho, foram a causa de mais de 288 mil afastamentos em 2023, um salto de 38% se comparado a 2022, majoritariamente por depressão, ansiedade e burnout.

Mediante esse cenário, a farmacogenética tem cada vez mais beneficiado as pessoas e as empresas. Afinal, o teste analisa, ao mesmo tempo, a genética da pessoa e a resposta que seu organismo terá a uma série de medicamentos, o que resulta em decisões de tratamento mais seguras e eficazes.

Em números, os tratamentos feitos a partir da análise gene-fármaco representam 40% menos visitas à emergência dos hospitais, 58% menos hospitalizações e redução de 67% no número de consultas médicas. Também, diminui em 4,5 vezes o absenteísmo anual dos colaboradores em tratamento.

Em países como a Inglaterra, a Holanda, o Canadá, a Espanha e a França os testes farmacogenéticos já fazem parte dos sistemas públicos de saúde. O Brasil ainda pode avançar nesse sentido, mas até lá é preciso buscar alternativas. É possível as empresas terem mais economia e maior produtividade investindo na saúde das pessoas.

Ao disponibilizar o teste farmacogenético entre os benefícios para os colaboradores, as corporações podem reduzir os gastos em saúde, melhorar os índices de produtividade e o clima organizacional, diminuir o absenteísmo e o presenteísmo.

Muitos benefícios são oferecidos no modelo de participação ou coparticipação, não porque há uma legislação determinando a concessão deles ao colaborador, e sim porque há o entendimento do que representam para a qualidade de vida e employer branding da organização. O mesmo pode ser feito com o teste farmacogenético, inclusive pelos ganhos desse recurso inovador da medicina de precisão.

Um grande número de pessoas em tratamento sem a análise farmacogenética investe em medicamentos e consultas médicas, e mesmo assim apresenta efeitos colaterais e sente que não melhora. Para as empresas, isso significa 20,8 dias de afastamento do colaborador com um tratamento incompatível geneticamente. Um tempo que cai para 4,6 dias quando o tratamento é feito considerando os fatores genéticos.

Até o momento, milhares de pessoas já identificaram falhas nos tratamentos em saúde por causa da influência da genética. A análise abrange, além dos fármacos ligados ao sistema nervoso central, outras áreas da medicina, como cardiologia, infectologia, gastroenterologia e oncologia. É como um GPS que guia o paciente e o médico pela melhor rota de tratamento medicamentoso, fazendo com que cheguem aos resultados de forma mais rápida e segura.

Por Guido Boabaid May


*Guido Boabaid May é médico psiquiatra, fundador e CEO da GnTech.

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