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Hospital Oswaldo Cruz investirá R$ 20 milhões em Centro de Ciência para Longevidade

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O Hospital Alemão Oswaldo Cruz começa a operar neste primeiro semestre seu Centro de Ciência para Longevidade. A plataforma de pesquisa e soluções foi criada para gerar conhecimento baseado em evidências e financiar atividades relacionadas aos desafios de saúde decorrentes do envelhecimento da população brasileira, conectando parceiros de diferentes áreas do mercado. O Brasil é um dos países do mundo com a maior taxa de envelhecimento. Em 20 anos, pessoas com 60+ irão representar quase 30% da população nacional.

O Centro de Ciência para Longevidade será uma plataforma de pesquisa para consolidar e disseminar conhecimento público e educação acerca de fatores metabólicos, genéticos e cognitivos que afetam longevidade e um espaço de inovação em soluções colaborativas e novas tecnologias que prolongam a longevidade saudável. Para realização das atividades serão captados R$ 20 milhões em até cinco anos.

“Nosso intuito com esta iniciativa é analisar causalidade por meio da ciência e antecipar soluções que enderecem impactos econômicos, sociais e na saúde que surgirão em decorrência do crescimento da expectativa de vida da população. O gerenciamento de forma integrada e preventiva da saúde da sociedade diante do envelhecimento “em massa” é crítico para diminuir pressões crescentes de custo e aumentar a efetividade do cuidado. Precisamos aprender como se navega adequadamente o processo de envelhecimento humano para que qualidade de vida na maturidade esteja potencialmente ao alcance de todos”, afirma Carolina da Costa, diretora-executiva de Educação, Pesquisa, Inovação e Saúde Digital do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Conforme o Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) de 2018, 75% dos idosos brasileiros dependem unicamente do SUS para tratar de sua saúde. E 70% deles sofrem de alguma doença crônica, como diabetes, pressão arterial ou artrite. Alguns (30%) enfrentam duas ou mais doenças.

“Uma vez que a maioria da população ainda depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde, o conhecimento gerado no Centro deve ser compartilhado gratuitamente com o setor público e isso é parte de nossa vocação social. Tratar a Longevidade como campo de estudo e inovação é servir à uma vida plena, autônoma e saudável”, complementa Carolina.

Longevidade para todos

A realização de intervenções que modifiquem a qualidade de vida, a saúde mental e a cognição das pessoas, além do aumento da expectativa de vida, ajudando a população a viver mais, adoecer menos e ter menos impactos em função do envelhecimento, estão entre os objetivos dos trabalhos que serão desenvolvidos pelo Centro de Ciência para Longevidade, sempre com base em dados existentes, evidências científicas e novas informações que serão coletadas, por meio de pesquisas, e com foco nos pilares Consciência Metabólica, Mapeamento (Genético / Biomarcadores) de Vulnerabilidades e Mente Sã.

“Uma abordagem que englobe esses três pilares pode influenciar consideravelmente a jornada de envelhecimento de cada indivíduo”, aponta Alvaro Avezum, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“Esses pilares são validados cientificamente em estudos liderados pelo Hospital na América Latina em parceria com Populational Health Research Institute (PHRI), que realiza o Population Urban and Rural Epidemiology (PURE) maior estudo observacional mundial. Há 16 anos, por meio do estudo são acompanhados mais de 300 mil pacientes no mundo, mapeando fatores que afetam longevidade. “Esses conhecimentos podem ser compartilhados para analisar propostas de melhorias em longevidade e auxiliar na implementação de políticas públicas que contribuam no controle dos fatores de risco e na redução de mortes por diversos eventos evitáveis”, explica Avezum.

Desde 2008, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz atua na área pública como uma das Entidades de Saúde de Reconhecida Excelência (ESRE) do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde. Além disso, em fevereiro deste ano, a Instituição constituiu um Consórcio de Inovação em Saúde para a promoção de inovações tecnológicas na área da saúde, em parceria com o Insper e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), abrindo mais uma oportunidade de expandir seus serviços e seu compromisso com a saúde.

Colaboração científica internacional

Para ampliar a capilaridade e a promoção das pesquisas, o Centro de Ciência para Longevidade atuará em parcerias acadêmicas com grandes instituições internacionais, como o Instituto de Pesquisa em Saúde Populacional da Universidade de McMaster, do Canadá, e o Charité – Universitätsmedizin Berlin, um dos principais hospitais da Europa e sétimo colocado no ranking 2023 dos melhores hospitais do mundo realizado pela revista Newsweek.

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Bradesco Saúde dobra rede de atendimento especializada em TEA e reforça acolhimento a beneficiários

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Em um cenário de crescente atenção às necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Bradesco Saúde celebra os avanços do seu Programa de Acolhimento, desenvolvido com foco na personalização e qualidade do cuidado prestado. Em um ano de implementação, a operadora de saúde duplicou sua rede de atendimento especializada, alcançando mais de 570 prestadores credenciados em todo o país.

Lançado em 2024, o programa oferece uma Central Exclusiva de Atendimento, que funciona como ponto de acolhimento e triagem inicial, orientando os pacientes e suas famílias sobre os caminhos adequados de cuidado e acompanhamento clínico. A jornada do beneficiário é monitorada pela operadora, garantindo suporte contínuo e especializado.

Resultados expressivos no primeiro ano

Entre março de 2024 e março de 2025, o programa especializado para TEA registrou aproximadamente 12 mil acionamentos, beneficiando mais de 5 mil pacientes. De acordo com levantamento da Bradesco Saúde, 70% das demandas foram para o sexo masculino e 30% para o feminino. Além disso, 42% dos pacientes atendidos estavam na faixa etária de 0 a 5 anos, público no qual o diagnóstico e as intervenções precoces são especialmente relevantes.

“O programa tem sido bem-sucedido na sua proposta de proporcionar o cuidado adequado aos pacientes diagnosticados com o TEA. Temos como pilares o acolhimento humanizado às famílias, protocolos integrados e parcerias com redes especializadas”, destaca Fernando Pedro, superintendente sênior de Gestão de Rede da Bradesco Saúde.

Compromisso com o cuidado humanizado

A expansão da rede e o modelo de acompanhamento reforçam o compromisso da Bradesco Saúde com uma abordagem centrada no paciente, especialmente em um tema tão sensível como o TEA. Ao investir em uma estrutura dedicada, a operadora contribui não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários, mas também para a conscientização da sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, do apoio às famílias e da inclusão.

A iniciativa integra a estratégia da empresa de inovação no cuidado em saúde, alinhada aos princípios da medicina personalizada e baseada em valor. Ao promover ações integradas e especializadas, a Bradesco Saúde avança em sua missão de proporcionar mais acesso, qualidade e eficiência assistencial no setor de saúde suplementar.

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Novas plataformas digitais ampliam suporte ao uso do e-SUS APS por gestores e profissionais de saúde

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Com o objetivo de fortalecer a atenção primária e qualificar a gestão da informação no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde lançou novos sites dedicados à Estratégia e-SUS APS, ao Painel e-SUS APS e ao Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). As plataformas reúnem funcionalidades essenciais para o uso adequado das ferramentas digitais, além de conteúdos voltados à capacitação técnica e apoio à implementação nos municípios.

A iniciativa integra o esforço do governo federal para reduzir o tempo de espera no SUS e aprimorar o cuidado prestado aos usuários, conforme destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, a modernização dos sistemas de informação em saúde é um dos pilares para acelerar o acesso aos serviços, monitorar indicadores e facilitar a tomada de decisões baseadas em evidências.

Ferramentas disponíveis nos novos hotsites

Os hotsites disponibilizam recursos estratégicos para apoiar os profissionais no uso dos sistemas, tais como:

  • Downloads para instalação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC);
  • Orientações para instalação e uso do Painel e-SUS APS;
  • Manuais técnicos e materiais de apoio à implantação;
  • Linha do tempo com principais entregas e versões;
  • Biblioteca de vídeos explicativos e de apoio;
  • Ambiente de treinamento com dados simulados (XML);
  • Integração direta com a plataforma de educação permanente Educa e-SUS APS;
  • Canal de suporte técnico e seção de novidades;
  • Blog com atualizações e notícias da área.

O que é a Estratégia e-SUS APS

Liderada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), a Estratégia e-SUS APS visa reestruturar a gestão da informação na atenção primária por meio da informatização qualificada dos serviços. A proposta é criar um novo modelo de gestão de dados em saúde, promovendo mais eficiência e rastreabilidade nos atendimentos.

A principal inovação recente é o Painel e-SUS APS, plataforma que permite o monitoramento em tempo real de indicadores populacionais e clínicos. A solução oferece suporte direto à tomada de decisão em saúde, possibilitando que equipes realizem intervenções mais rápidas e eficazes no cuidado dos pacientes.

Educação permanente para os profissionais

Para apoiar a implementação e a melhoria contínua dos sistemas, o Ministério da Saúde também disponibilizou o Educa e-SUS APS, uma plataforma gratuita de educação permanente. O ambiente oferece cursos, treinamentos e materiais atualizados para profissionais de saúde, gestores e equipes de tecnologia, com foco no uso eficiente das ferramentas e na aplicação prática dos dados para a gestão da atenção primária.

Acesso às plataformas

Com essas novas iniciativas, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com um SUS mais digital, eficiente e integrado, contribuindo para uma gestão pública mais transparente e centrada na saúde das pessoas.

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Vacina contra herpes zóster pode reduzir risco de demência em até 20%, revela estudo publicado na Nature

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Um estudo internacional liderado pela Stanford Medicine, nos Estados Unidos, trouxe evidências promissoras sobre o impacto positivo da vacinação contra herpes zóster na saúde cerebral de idosos. Segundo a pesquisa, publicada na prestigiada revista Nature, o imunizante foi associado a uma redução de 20% no risco de desenvolvimento de demência, incluindo Alzheimer.

A pesquisa teve como base os registros de saúde de idosos no País de Gales, onde uma política de vacinação restritiva — permitindo a aplicação da vacina apenas para pessoas com 79 anos completos em 1º de setembro de 2013 — criou um “experimento natural”. Os pesquisadores, então, compararam grupos vacinados e não vacinados com perfis semelhantes ao longo de sete anos.

“A situação permitiu um estudo observacional robusto com dados reais e controle adequado de variáveis como idade e estado de saúde”, destacou o professor Pascal Geldsetzer, autor sênior do estudo.

O elo entre vírus latentes e doenças neurodegenerativas

O herpes zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, o vírus permanece dormente no sistema nervoso e pode ser reativado décadas depois, especialmente em idosos com imunidade reduzida. Além de causar dores intensas e erupções cutâneas, ele também pode desencadear inflamações crônicas nos nervos.

Essas inflamações — em especial quando envolvem o sistema nervoso central — vêm sendo estudadas como possíveis fatores de risco para doenças como a demência e o Alzheimer.

Como a vacina pode proteger o cérebro

A principal hipótese para os efeitos neuroprotetores da vacina contra o herpes zóster é a redução da neuroinflamação. Ao evitar a reativação do vírus, o organismo sofre menos episódios inflamatórios, preservando melhor as funções cerebrais ao longo do tempo. Além disso, os pesquisadores sugerem que a vacina possa gerar uma resposta imunológica mais ampla, fortalecendo o sistema imune contra infecções silenciosas que impactam a cognição.

Mulheres e pessoas com doenças autoimunes ou alergias, que normalmente apresentam respostas imunológicas mais fortes, mostraram benefícios ainda mais expressivos na pesquisa.

“A inflamação é prejudicial para diversas doenças crônicas, incluindo a demência. Impedir reativações virais pode ser uma forma eficaz de proteger o cérebro no longo prazo”, reforça Geldsetzer.

Um novo caminho para prevenção da demência

Com mais de 55 milhões de pessoas afetadas pela demência no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e com o aumento da expectativa de vida global, a descoberta acende uma luz sobre novas estratégias de prevenção.

A demência, especialmente a do tipo Alzheimer, ainda não tem cura, e os tratamentos disponíveis são limitados. Assim, iniciativas de prevenção ganham relevância, e a vacinação pode ser uma aliada inesperada e poderosa — não apenas contra o herpes zóster, mas também na proteção da saúde neurológica.

A pesquisa também reforça a necessidade de ampliar o acesso à vacina, especialmente em países em desenvolvimento, onde o envelhecimento populacional se acelera e os recursos para tratar doenças neurodegenerativas são limitados.

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