A Rede D’Or São Luiz está em conversas preliminares com a Dasa para uma potencial fusão. A informação é da agência de notícias Bloomberg.
Segundo a publicação, a Dasa está avaliando alternativas estratégicas para seus negócios, incluindo a venda de uma participação ou controle. Uma fonte da Bloomberg citou que a Rede D’Or é uma das interessadas em combinar os negócios.
Além da operadora do São Luiz, a fonte contou que outras partes interessadas poderão aparecer assim que o processo formal de venda for iniciado.
A Bloomberg aponta que este movimento ocorre, segundo a fonte, depois que o UnitedHealth , maior empresa de saúde dos Estados Unidos, vendeu sua unidade no Brasil para o empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp , em janeiro de 2024. O valor do negócio não foi especificado, mas a UnitedHealth informou que terá uma baixa contábil de US$ 7 bilhões com a venda da Amil, que era a maior operadora de planos de saúde do país.
A fusão entre a Rede D’Or e a Dasa criaria um gigante na área de saúde, com mais de 70 hospitais, mais de 900 laboratórios e clínicas e quase 90 mil colaboradores. A combinação das empresas também traria sinergias operacionais, maior capilaridade e complementariedade de serviços, além de fortalecer o poder de barganha com fornecedores e planos de saúde.
A família Bueno, dona da Dasa, injetou R$ 1 bilhão em uma venda de ações de R$ 1,67 bilhão em abril de 2023 para ajudar a impulsionar a empresa, que passou por uma reestruturação nos últimos anos. A Dasa vale hoje em torno de R$ 5,5 bilhões no mercado, enquanto a Rede D’Or tem um valor de mercado de cerca de R$ 61,42 bilhões.
A Dasa negou, em comunicado ao mercado, a existência de negociação de operação de venda da companhia ou seu controle para terceiros. A Rede D’Or não se pronunciou sobre o assunto.
EQI Research elogia possível fusão
Em relatório, a EQI Research elogiou a possível fusão entre as empresas, afirmando que o negócio seria positivo para ambas por trazer maior capilaridade e complementariedade de serviços entre elas.
“Para a RDOR, traria maior diversificação de receitas e maior oferta de serviços aos seus clientes. Já para a DASA, reduziria a alavancagem do grupo que fechou o 3T23 em 3,8x Dívida líquida / EBITDA”, escreveram os analistas.