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Uso de IA, gerenciamento de custos, escassez de mão de obra e sustentabilidade são tendências e desafios do setor de saúde neste ano.
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O setor global de saúde continuará a enfrentar desafios sem precedentes em 2024, como vem ocorrendo desde o início da pandemia da covid-19, revela a nova edição do estudo “Perspectivas Globais do Setor de Saúde 2024”, realizado pela Deloitte. De acordo com o relatório, que apresenta cinco grandes tendências do setor, o futuro da saúde global será moldado pela inovação, gerenciamento de custos, adaptação da força de trabalho, integração de cuidados sociais e sustentabilidade.
Uma das tendências que devem vir com mais força para o setor é a inteligência artificial (IA), que deve desempenhar um papel fundamental na otimização da administração, diagnóstico, tratamento e cuidado dos pacientes. Desde a análise preditiva até a automação de registros eletrônicos, a IA pode aprimorar ainda mais a precisão e a eficiência da entrega de cuidados de saúde.
“Em 2024, o setor de saúde enfrentará transformações sem precedentes. A pandemia da covid-19 segue impactando as organizações no Brasil e no mundo todo, pois deixou uma escassez de mão de obra e custos crescentes. Por outro lado, a adoção generalizada da inteligência artificial promete soluções inovadoras. Contudo, as desigualdades em saúde persistem, podendo triplicar os custos até 2040. A sustentabilidade é agora vital, com práticas ambientais e inovações na telemedicina moldando um futuro mais eficiente e acessível. Estamos no limiar de uma mudança profunda, em que inovação, sustentabilidade e adaptação da força de trabalho se tornam pilares essenciais do cuidado global”, destaca Luis Joaquim, sócio-líder de Life Sciences & Health Care da Deloitte.
O ano de 2023 foi marcado por desafios na saúde brasileira, com a persistência dos impactos da pandemia da covid-19 e o surgimento de novas questões de saúde. O sistema de saúde no Brasil divide-se entre público e privado, com 25% da população (cerca de 50,9 milhões de pessoas) utilizando serviços privados regulamentados, enquanto o restante depende de serviços não regulamentados ou do Sistema Único de Saúde (SUS). O país gasta aproximadamente 9,3% de seu PIB (Produto Interno Bruto) em saúde, totalizando cerca de R$ 800 bilhões, distribuídos entre saúde pública e privada.
Além das cinco áreas apontadas no relatório global, Luís Joaquim destaca outros temas, tendências e desafios que impactarão o mercado brasileiro nos próximos meses. De acordo com o executivo, no Brasil, as disparidades regionais, o envelhecimento populacional, os impactos da pandemia e a sinistralidade são alguns dos principais desafios do setor.
Disparidades regionais e desigualdades
O Brasil apresenta grandes disparidades regionais na oferta de serviços de saúde, evidenciadas pela variação no número de médicos por mil habitantes, chegando a diferenças de até cinco vezes entre regiões. Essas desigualdades refletem na expectativa de vida, com variações significativas entre cidades e bairros, destacando a desigualdade social existente no acesso à saúde.
Envelhecimento populacional e obesidade
O Brasil enfrenta um rápido envelhecimento populacional, prevendo-se uma das maiores taxas do mundo, o que representa um desafio adicional para o sistema de saúde. A taxa de obesidade, tanto em crianças quanto em adultos, é outra preocupação crescente, projetando-se que 41% dos adultos brasileiros serão considerados obesos até 2035.
Impactos da pandemia
No começo, a pandemia levou a uma redução temporária no uso de serviços de saúde devido ao distanciamento social. Mas, posteriormente, houve um aumento significativo do referido uso, resultando no ingresso de 4 milhões de brasileiros no sistema de saúde suplementar nos últimos três anos. O aumento de casos de autismo, somado a fraudes e abusos, contribuiu para um recrudescimento dos gastos com saúde, pressionando financeiramente hospitais e planos.
Sinistralidade e desafios financeiros
A sinistralidade, indicador importante do sistema de saúde, permanece elevada, atingindo até 90% em alguns momentos. A questão da sustentabilidade financeira no setor é agravada pelos altos custos operacionais, especialmente para hospitais, que enfrentam desafios mesmo com o aumento da demanda.
Saúde no mundo: os principais desafios globais
A inteligência artificial (IA) surge como uma necessidade competitiva no setor, com um investimento global de US$ 31,5 bilhões entre 2019 e 2022. A IA está simplificando tarefas administrativas, automatizando a gestão de reclamações, melhorando a qualidade do cuidado, otimizando equipes hospitalares e proporcionando diagnósticos eficientes e precisos. No entanto, a confiança dos pacientes e a mitigação de vieses são cruciais para a adoção bem-sucedida dessa tecnologia inovadora.
No Brasil, de acordo com Luis Joaquim, a IA tornou-se crucial para melhorar a eficiência e o controle no sistema de saúde, abrangendo áreas como detecção de fraudes e modernização de processos operacionais. A aplicação da IA na radiologia, especialmente para diagnósticos por imagem, tem sido uma tendência, embora a falta de investimentos em infraestrutura digital, gestão de dados, padronização e qualidade nos dados de saúde ainda seja um obstáculo.
Gerenciando custos, cadeia de suprimentos e acessibilidade
Os custos no setor de saúde são impulsionados por riscos trabalhistas, inflação e a necessidade de cuidados especializados para populações envelhecidas. Os custos hospitalares nos Estados Unidos, por exemplo, aumentaram 22,5% desde antes da pandemia, e a inflação na América Latina contribuiu para um aumento de 18,9% nos custos com saúde em 2023. O setor está respondendo com inovações para reduzir custos relacionados à idade, mas a acessibilidade e o investimento são desafios, especialmente nos países em desenvolvimento. Os custos de saúde no Brasil estão em ascensão, com a inflação médica superando a média mundial. Mudanças legislativas, como o Projeto de Lei do piso de enfermagem e a transformação do rol taxativo em exemplificativo, aumentam as incertezas e pressionam ainda mais os custos do setor. A área da saúde lida com um grande desafio em manter o equilíbrio entre os custos dos insumos hospitalares e a qualidade assistencial, ou seja, o setor de suprimentos precisa posicionar-se como estratégico e acompanhar as linhas de oportunidades no mercado. Outro ponto sensível, que precisa de um gerenciamento, são os processos que possam gerar desperdícios quando não monitorados.
Respondendo à iminente escassez global de profissionais de saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) projeta um déficit de 10 milhões de profissionais de saúde até 2030, agravado pelo esgotamento dos profissionais, que atinge quase 50% dos médicos nos Estados Unidos. Líderes de saúde são instados a reconstruir a confiança, restaurar significado e envolver os clínicos da linha de frente em papéis de liderança, além de priorizar tecnologias para reduzir as demandas de trabalho. Para Joaquim, no Brasil, questões como burnout, afastamento de profissionais de saúde e desigualdade na distribuição de profissionais são desafios significativos. As questões mentais dos profissionais do setor têm se agravado, influenciadas pela instabilidade econômica, pelo desemprego e por perdas pessoais.
O papel dos cuidados sociais
Com 80% dos resultados de saúde vinculados a fatores sociais, governos e organizações estão integrando serviços de saúde e cuidados sociais para alcançar uma “saúde integral”. Parcerias estão sendo formadas para empoderar os trabalhadores de cuidados sociais e melhorar os resultados entre populações desatendidas, incluindo a implementação de tecnologias digitais para otimizar serviços. Na realidade brasileira, fatores sociais — como localização geográfica, cor e raça — desempenham um papel crucial nos determinantes da saúde. A desigualdade no acesso a alimentos saudáveis também é destacada como um fator importante.
Um futuro sustentável
O setor de saúde, suscetível aos impactos das mudanças climáticas, está construindo operações mais sustentáveis para mitigar emissões. Hospitais estão investindo em descarbonização, estabelecendo metas de neutralidade de carbono e incentivando cadeias de valor sustentáveis. Joaquim destaca que, no Brasil, o setor de saúde é apontado como um dos principais poluidores, e a sustentabilidade torna-se uma preocupação crescente. A busca por operações mais verdes, eficiência energética e resiliência da cadeia de suprimentos são consideradas essenciais para abordar os desafios ambientais e garantir a sustentabilidade.
“O estudo destaca a necessidade urgente de inovação, colaboração e responsabilidade no setor de saúde. À medida que enfrentamos transformações significativas, a adoção responsável de tecnologias, a abordagem proativa dos custos e da escassez de profissionais, o fortalecimento dos cuidados sociais e o compromisso com a sustentabilidade emergem como imperativos para moldar um futuro saudável para todos”, conclui Luis Joaquim.
Saúde mais personalizada
A saúde está se tornando mais personalizada, descentralizada, e encontrando formas de se otimizar. É o que mostra o estudo “Forecast Healthcare 2024”, elaborado pela LLYC, no qual são apresentados os principais desafios que o setor enfrentará no próximo ano.
As longas listas de espera geradas pela pandemia e os problemas orçamentários se somam a outros fatores que antes já estavam evidentes, como o envelhecimento da população, o crescimento da desigualdade econômica e a sobrecarga gerada por algumas doenças não transmissíveis. Com os serviços de saúde sob enorme pressão, os governos, a indústria médica, os profissionais e os pacientes precisarão encontrar, juntos, formas inovadoras para reverter essa situação e garantir a sustentabilidade do setor.
O estudo destaca que, entre os principais temas para o ano, estão o aumento da conscientização da população sobre o autocuidado e a melhoria dos hábitos de vida. Ele também destaca a importância do papel dos cuidadores na melhoria da saúde dos pacientes e o aumento da transparência e da inclusão na pesquisa clínica. O setor seguirá avançando na abordagem One Health (saúde humana, animal e ambiental) e critérios ESG.
Saúde Mental
Ao longo de 2024, a desestigmatização das doenças mentais continuará em pauta, haverá um aumento das soluções apresentadas para casos e doenças com poucas opções de tratamento aumentarão, e a tecnologia continuará desempenhando um papel fundamental. A inteligência artificial e o big data vão acelerar o desenvolvimento de medicamentos e vacinas, e a inovação e a tecnologia convergirão para melhorar a assistência médica.
Para Giuliana Gregori, diretora de Healthcare e Advocacy da LLYC Brasil, o ano de 2024 começa com grandes desafios para o setor de saúde, mas também com motivos para ser otimista. “Há uma grande preocupação com a capacidade de sustentação dos serviços de saúde. Como é possível diminuir essa sobrecarga? Será inevitável que todos os atores, públicos e privados, trabalhem juntos para melhorar a situação. No momento, o apoio da pesquisa e da tecnologia está se mostrando fundamental. O impacto delas está sendo muito importante para avançar no desenvolvimento de tratamentos ou medicamentos que podem facilitar a vida dos pacientes”, destaca.
As principais tendências apontadas no relatório Forecast Healthcare 2024
Maior conscientização sobre o cuidado individual da saúde e melhoria dos hábitos, foco nos cuidadores e em seu papel para a melhora da saúde dos pacientes, aumento da pressão sobre a sustentabilidade dos sistemas de saúde, maior transparência e inclusão na pesquisa clínica, a abordagem One Health: meio ambiente, animais e saúde humana, a perspectiva empresarial com responsabilidade social, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e ESG, desestigmatização das doenças mentais, mais acesso à inovação farmacológica e às tecnologias de saúde, mais e melhores soluções para doenças devastadoras com poucas opções de tratamento, big data e inteligência artificial para acelerar o desenvolvimento de medicamentos e vacinas, vacinação: o momento dos idosos e crianças, e novas tecnologias para aproximar a saúde do paciente.
Tendências Globais dos Custos de Saúde
A Aon plc, empresa global em serviços profissionais, aponta em seu novo relatório “Global Medical Trend Rates Report 2024” que, no Brasil, a previsão é que a taxa média de aumento de planos de saúde corporativos em 2024 será de 14,1%, mantendo o patamar de 14,4% realizado em 2023.
O indicador encontra-se acima da taxa média da América Latina, que atingiu 11,6% em 2023 e chegará a 11,7% em 2024, com uma inflação geral de 4,3% em 2023 e 4,1% em 2024.
O estudo reúne informações dos escritórios da Aon que intermediam e administram planos médicos corporativos nos 113 países incluídos na pesquisa. Com base nas interações entre profissionais da Aon e clientes, os insights do relatório refletem as expectativas quanto às tendências dos custos de saúde nos âmbitos local, regional e global.
As taxas representam uma previsão dos aumentos percentuais que serão necessários para compensar a inflação de preços projetada, considerando a evolução do comportamento de utilização dos planos médicos e custos dos eventos, tais como exames, terapias e internações, além do impacto da incorporação à cobertura obrigatória (rol de procedimentos) de novas tecnologias e medicamentos.
“Os números do Brasil são elevados se comparados com as médias da América Latina e global. Com a frequência de utilização dos serviços médicos retornando ao patamar anterior à pandemia, os indicadores que impactam na variação dos custos médicos também estão se aproximando daqueles registrados antes do período pandêmico. As perspectivas para 2024 continuam apontando para uma trajetória de alta, tendência impulsionada principalmente por serviços como exames, terapias e internações (nesta ordem)”, explica Leonardo Coelho, head de Health & Talent Solutions da Aon no Brasil.
O especialista ressalta ainda a crescente relevância de iniciativas de bem-estar para as empresas: “A complexidade do cenário de saúde reforça a necessidade de análises detalhadas desses dados para facilitar o acesso à assistência médica e promover a saúde e o bem-estar, convergindo em uma estratégia mais sustentável para os benefícios de saúde. Cada vez mais países reportam o bem-estar como sua iniciativa de mitigação de custos mais importante, já que um quarto dos 113 países consultados citaram sua importância, e países como o Brasil, a Colômbia, a Índia, Singapura e Hong Kong estão encabeçando a lista”.
Para 2024, a companhia prevê que a média global de aumento será de 10,1%, acima dos 9,2% registrados no ano anterior e a mais alta desde 2015. As condições médicas que mais impulsionaram os custos com planos médicos no Brasil foram:
- Cardiovasculares: incluem transtornos do coração e vasos sanguíneos, abrangendo diferentes condições. Essas doenças impactaram a sinistralidade nas regiões da América Latina e Caribe, Ásia-Pacífico e Europa.
- Câncer: os mais comuns são os de mama, pulmão, colo, reto e próstata, os quais apresentam números crescentes em todo o mundo.
“Passamos por um cenário inflacionário significativo e de grande volatilidade econômica. Os impactos nas economias em todo o mundo após a pandemia da covid-19 continuarão provocando um ambiente instável para o mercado de planos de saúde e, embora já existam sinais de melhoria, essas condições ainda devem persistir. Especialmente em razão da incerteza de quanto tempo ainda vão durar as pressões inflacionárias, fica claro que todas as regiões pesquisadas terão um aumento acentuado em planos de saúde corporativos em 2024”, destaca Max Saraví, head de Health & Talent Solutions da Aon para a América Latina.
O relatório prevê que, em termos globais, 60% das empresas avaliam flexibilizar seus benefícios como estratégia de mitigação que lhes permitirá maior controle de seus gastos e custos, tornando-se uma ferramenta eficiente de recursos humanos para oferecer pacotes de benefícios diferenciados.
“A flexibilização dos benefícios pode ser uma ferramenta de atração e retenção de talentos ao oferecer aos colaboradores um pacote mais adaptável, que atenda às suas necessidades individuais e, ao mesmo tempo, aborde aspectos e expectativas de diversidade, equidade e inclusão”, conclui Saraví.
Imperativos estratégicos
A KPMG destaca quatro ações estratégicas que garantem o sucesso contínuo das empresas de ciências da vida. São elas: elaborar experiências viabilizadas por tecnologia e centradas no cliente; desenvolver colaborações de inteligência artificial (IA) para uma entrada mais rápida no mercado; repensar a cadeia de suprimentos; gerenciar riscos cibernéticos. Segundo o levantamento, diante de um cenário novo e altamente conectado, as organizações do setor devem agir de acordo com os quatro imperativos cruciais apresentados, que serão a base de um novo modelo para a indústria.
“As tendências na área de ciências da vida sinalizam um período de conectividade e inovação, que mudará o modo como os pacientes e seus prestadores de serviços entendem, gerenciam e até curam doenças. As instituições devem estar bem preparadas para agir de acordo com as diretrizes, de forma que ofereçam aos usuários experiências inovadoras e uma qualidade de vida melhor”, conclui o sócio-líder de infraestrutura, governo e saúde da KPMG no Brasil, Leonardo Giusti.
As prioridades essenciais enfatizadas são listadas abaixo.
Elaborar experiências viabilizadas por tecnologia e centradas no cliente: comunicar-se efetivamente com os investidores envolve não apenas destacar o valor financeiro, mas também demonstrar como os serviços beneficiam não só o acionista, mas também o paciente e a sociedade em geral. Além disso, as propostas de valor para novos produtos devem ser respaldadas por dados convincentes, demonstrando melhorias em relação às ofertas existentes e aos impactos na saúde, alinhamento de custos e opções de pagamento inovadoras.
Desenvolver colaborações de IA para uma entrada mais rápida no mercado: as empresas devem se adaptar ao cenário atual de desenvolvimento acelerado de medicamentos, buscando formas de maximizar o retorno sobre o investimento em um tempo menor. Nesse sentido, é recomendável estabelecer parcerias estratégicas com organizações de inteligência artificial, visando acelerar processos desde a identificação de candidatos a medicamentos até a análise de dados de ensaios clínicos.
Repensar a cadeia de suprimentos: viabilizar uma experiência mais conectada e personalizada ao cliente, dar suporte às novas terapias e à medicina de precisão, e mitigar riscos de disrupção tornam-se prioridades cruciais para a área. Investir na modernização da cadeia de suprimentos permite a criação de um ecossistema dinâmico e interconectado de serviços de saúde, focado na satisfação contínua dos clientes e pacientes, ao mesmo tempo em que impulsiona a eficiência e o crescimento de receita.
Gerenciar riscos cibernéticos: as companhias do segmento também devem entender os riscos associados ao uso de tecnologias digitais e emergentes. Embora ferramentas como nuvem, IA e aprendizado de máquina possam impulsionar melhorias significativas na produtividade da produção, elas trazem novos desafios de segurança cibernética. Para aproveitar ao máximo essas tecnologias avançadas, é essencial que se estabeleçam protocolos robustos de gestão de acesso, especialmente ao utilizar dados da cadeia de suprimentos digital em ambientes de tecnologia operacional.
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Atualidades
Rede Américas já nasce com um time de peso em Comunicação, Marketing, Estratégia e Digital
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2 dias atrásem
24/04/2025
Sob a liderança de Luiz Gonzaga Foureaux Neto, Mariane Novais e Paulo Lopes Junior integram o time que vai posicionar a nova marca no mercado e fortalecer a conexão com pacientes, médicos, colaboradores e parceiros
A recém-lançada Rede Américas — a segunda maior rede hospitalar do Brasil — já nasce com um time estratégico experiente e altamente qualificado à frente das áreas de Comunicação, Marketing, Estratégia, Marca e Digital. Luiz Gonzaga Foureaux Neto assume como Vice-Presidente de Estratégia e Marketing e lidera uma equipe de peso com Mariane Novais, Diretora de Comunicação e Marca, e Paulo Lopes Junior, Diretor de Marketing Digital, com foco em Growth e Performance.
Com mais de duas décadas de atuação em grandes empresas dos setores de saúde, educação e varejo, Luiz Gonzaga traz uma sólida trajetória em estratégia corporativa, posicionamento de marca, transformação digital e marketing integrado. Já atuou como VP de Marketing e Educação Digital no Cruzeiro do Sul Educacional, Vitru Educação, Uniasselvi, com passagem ainda pela Ânima Educação e TIM. Na Rede Américas, será responsável por conduzir o posicionamento estratégico da nova marca e ampliar a conexão da companhia com pacientes, parceiros e o ecossistema de saúde.
Fazem parte do time liderado por Gonzaga dois nomes com trajetórias relevantes no mercado. Mariane Novais assume a Diretoria de Comunicação e Marca, trazendo 25 anos de experiência em agências, veículo e grandes empresas como Unimed, TIM, Ânima Educação, além de uma experiência internacional por quatro anos em Portugal, atuando em Marketing para empresas com presença global.
Mariane será responsável pela construção da reputação institucional da Rede Américas, gestão de marca e relacionamento com stakeholders — traduzindo e amplificando a essência da companhia: a Paixão por Cuidar.
Paulo Lopes Junior integra o time como Diretor de Marketing e Digital, com a missão de liderar as estratégias de growth e canais digitais da Rede Américas. Com passagens por empresas de destaque como Vivo e Google, o executivo traz ampla bagagem em estratégia de marketing, canais e dados. Seu papel será essencial para acelerar a presença digital da marca e garantir uma jornada centrada no paciente, com foco em inovação e resultados sustentáveis.
Com 4,5 mil leitos, mais de 30 mil colaboradores e um portfólio que reúne instituições icônicas como o Hospital Samaritano Higienópolis (SP), Nove de Julho (SP), Samaritano Botafogo (RJ), Pró-Cardíaco (RJ), Hospital Brasília (DF) e CHN (RJ), a Rede Américas inicia sua trajetória com um time de alto nível — preparado para construir, desde o primeiro dia, uma marca forte, conectada e com propósito claro: transformar a saúde no Brasil com ética, humanização e excelência assistencial.
Atualidades
16º Seminário UNIDAS reúne líderes da saúde suplementar em Brasília. Confira alguns dos destaques do primeiro dia
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2 dias atrásem
24/04/2025
Um dos principais encontros da saúde suplementar no país, o 16º Seminário UNIDAS teve início nesta quarta-feira (23), reunindo mais de 1.500 participantes em Brasília, entre presidentes de operadoras de autogestão, autoridades públicas e especialistas do setor. Com o tema “Transparência e Governança Clínica como pilares para a eficiência na Saúde Suplementar”, o evento promovido pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (UNIDAS) propõe discutir soluções práticas para garantir sustentabilidade, qualidade assistencial e responsabilidade no uso dos recursos.
Confira alguns dos destaques abaixo:
Custos em oncologia já representam 16% dos gastos das operadoras de saúde
Os custos relacionados ao tratamento oncológico já representam 16% dos gastos totais das operadoras de saúde no país. Segundo Ádila R. Clares de Andrade, diretora do Núcleo de Inteligência em Saúde da Maida Saúde, cada nova medicação que chega ao mercado gera novas responsabilidades aos gestores e amplia a judicialização por tratamentos off label e medicamentos de alto custo. O tema foi debatido durante o painel “Auditoria Inteligente em Oncologia: Equilíbrio entre Cuidado e Sustentabilidade” no 16º Seminário UNIDAS, realizado pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde, em Brasília. O painel “Auditoria Inteligente em Oncologia: Equilíbrio entre Cuidado e Sustentabilidade” foi patrocinado pela MV.
Escolher tratamento adequado reduz custos e amplia sobrevida em oncologia
“Usar o recurso certo para o paciente custa mais barato do que economizar”, afirmou o cirurgião oncológico Fabrício Colacino, sócio da OncoAudit, durante o 16º Seminário UNIDAS, promovido pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde, em Brasília. Segundo ele, eliminar desperdícios possibilitou economizar R$ 55 milhões em medicamentos para uma carteira de 225 mil vidas. Colacino destacou que investir na escolha adequada do tratamento não só diminui a judicialização, como melhora a remuneração dos profissionais, a gestão da doença e aumenta a sobrevida do paciente. O painel “Auditoria Inteligente em Oncologia: Equilíbrio entre Cuidado e Sustentabilidade” foi patrocinado pela MV.
Medicina de precisão aumenta sobrevida em casos de câncer de pulmão
O uso da medicina de precisão tem se mostrado decisivo no tratamento do câncer de pulmão, o tipo que mais causa mortes. Segundo Fernando Vidigal, diretor médico da Oncologia Américas, identificar o perfil molecular e os biomarcadores do paciente permite terapias direcionadas mais eficazes e individualizadas. Ele ressaltou durante o painel realizado no 16º Seminário UNIDAS, em Brasília, promovido pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde, que pacientes tratados com terapia-alvo têm uma sobrevida significativamente maior, ultrapassando 50 meses em jovens não tabagistas. O painel teve patrocínio da Johnson & Johnson.
Presidente da UNIDAS destaca avanços e reforça protagonismo das Autogestões na abertura do 16º Seminário em Brasília
O presidente da UNIDAS, Mário Jorge, abriu oficialmente o 16º Seminário da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde, realizado em Brasília, com um discurso marcado por conquistas e projeções estratégicas para o setor. Entre os avanços celebrados, destacou o reconhecimento das Autogestões como entidades sem fins lucrativos na Reforma Tributária — um marco histórico obtido por meio de intensa articulação institucional junto a parlamentares e com o apoio de entidades como a FEBRAFITE.
Mário Jorge também reforçou o papel essencial das Autogestões no contexto da Saúde Suplementar, sobretudo no enfrentamento ao desperdício e na promoção de um modelo de cuidado mais sustentável e centrado no paciente. “Precisamos repensar a forma como tratamos a saúde, colocando o paciente no centro e combatendo o desperdício que compromete a sustentabilidade do sistema”, afirmou.
O presidente ainda apresentou os números que refletem a dimensão do evento: mais de 1500 inscritos, a presença de 89 instituições de autogestão e um público formado majoritariamente por presidentes, CEOs e tomadores de decisão. A abertura reforçou o compromisso da UNIDAS com o fortalecimento do modelo autogestionário, sua sustentabilidade e a qualificação do debate sobre o futuro da saúde no Brasil.
Presidente da ANS destaca a importância da RN 137 durante abertura do Seminário da UNIDAS
Durante o painel de abertura do 16º Seminário UNIDAS, a Diretora-Presidente Interina da ANS, Carla de Figueiredo Soares, destacou o papel fundamental da Agência Nacional de Saúde Suplementar no enfrentamento dos desafios do setor. “Estamos falando de um dos setores mais difíceis, tanto para regular quanto para estar. Estamos lidando com vidas, com o bem-estar físico e mental das pessoas”, afirmou. Ela ainda destacou que a agência quer promover condições para que todo o setor atue, mas que o centro da atuação da agência é o beneficiário.
Carla ressaltou os avanços recentes da Saúde Suplementar e pontuou que as especificidades das Autogestões demandam atenção regulatória contínua, com destaque para a importância de dar prosseguimento à RN 137, atualmente em consulta pública. “A regulação é viva, e nossa função como regulador é trazer a participação social para a construção da norma”, completou. A resolução faz parte da atual agenda regulatória da ANS, que se encerra em 2025. Segundo Carla, uma nova agenda será construída ainda este ano, com expectativa de ampla colaboração das Autogestões.
ANS reforça importância de diálogo e transparência para o futuro do setor
Carla de Figueiredo Soares, Diretora-Presidente Interina da ANS, encerrou o painel reforçando que é preciso transformar os desafios em oportunidades de aprimoramento. “A cadeia produtiva do setor envolve inúmeros atores, o que exige ainda mais diálogo, participação e transparência”, afirmou. Para ela, a busca por eficiência e sustentabilidade deve partir de uma construção coletiva, com todos os elos da saúde suplementar contribuindo de forma integrada.
Painel de abertura reúne lideranças e reforça papel da governança clínica na eficiência do setor
O painel “Unindo Forças: a visão das entidades sobre a governança clínica e eficiência na saúde suplementar”, realizado durante o 16º Seminário UNIDAS, reuniu representantes de entidades do setor para debater os caminhos da eficiência, a importância do diálogo interinstitucional e o papel estratégico da governança clínica. Os participantes destacaram a urgência na geração e uso de dados confiáveis, a valorização da assistência com foco no paciente e a necessidade de novos modelos de cuidado. O consenso foi claro: o futuro do setor depende de decisões compartilhadas, investimento em inovação e colaboração ativa entre todos os atores da cadeia.
Vice-presidente da CMB destaca importância do diálogo para melhorar eficiência
Flaviano Feu, vice-presidente da CMB, defendeu mudanças práticas para tornar o sistema mais eficiente. Criticou a burocracia excessiva nas auditorias e destacou que a inovação precisa estar na negociação e no cuidado, e não apenas na tecnologia. “Fizemos inovação ao convencer operadoras a pagarem o valor de cirurgia robótica com o preço de uma cirurgia por vídeo”, exemplificou. Também reforçou a importância de envolver o paciente na preservação do plano de saúde e comunicar verdades com mais clareza.
ANAPH defende união entre entidades e alerta para o “custo da desconfiança”
Marco Aurélio Ferreira, presidente da ANAPH, enfatizou a importância da união entre as entidades representativas para promover mudanças estruturais no setor. “Sozinhos, não conseguimos mudar o sistema. Precisamos de diálogo e dados”, afirmou. Apontou que o Brasil vive hoje o “custo da desconfiança”, citando o índice de glosas de 15,9% identificado pelo observatório da entidade. Segundo ele, nenhuma empresa sobrevive com esse nível de perda e é preciso demonstrar aos legisladores o real papel das autogestões.
ABRAMGE defende foco em valor na administração das operadoras
Renato Casarotti, presidente da ABRAMGE, destacou a importância de promover um debate mais profundo sobre a entrega de valor na assistência à saúde e também na administração das operadoras. “Buscar eficiência nos recursos administrativos nos permite investir mais na assistência”, afirmou. Segundo ele, esse equilíbrio é essencial para manter a sustentabilidade do setor e garantir melhores desfechos para os pacientes.
SindHosp cobra modelo assistencial estruturado para o país
Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, afirmou que o Brasil sofre hoje com a ausência de um modelo assistencial claro. “A grande Geni do sistema de saúde não é o fee for service, mas a falta de um modelo de assistência”, provocou. Ele defendeu uma visão integrada que contemple tanto a microgestão da ponta quanto o desenho macro do sistema, e criticou o fato de a medicina privada ainda ser tratada de forma isolada do SUS, o que reduz a eficiência do cuidado no país.
ABRAMED vê na IA e na regulação caminhos para manter a qualidade da medicina
César Nomura, presidente da ABRAMED, ressaltou o papel das agências reguladoras na manutenção da qualidade da medicina no Brasil e destacou a importância da UNIDAS nesse processo. Defensor do uso de inteligência artificial como aliada na construção de um modelo sustentável, ele afirmou que essas tecnologias podem corrigir falhas provocadas por profissionais com formação deficitária. “A regulação precisa incluir essas ferramentas para mantermos a qualidade e cobrirmos nossas deficiências”, completou.
CNSaúde aponta falta de dados como barreira para a eficiência no setor
Durante o painel de abertura do 16º Seminário UNIDAS, o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro, afirmou que não é possível discutir ineficiência sem medir indicadores de desempenho. “Estamos longe de termos dados confiáveis na saúde”, disse. Ele ressaltou que o mercado está em recuperação, mas as Autogestões ainda enfrentam desafios, e propôs uma atuação conjunta entre prestadores e Autogestões para buscar a eficiência que outros segmentos da Saúde Suplementar já estão perseguindo.
UNIDAS homenageia filiadas com nota máxima no IDSS 2024
Durante o 16º Seminário UNIDAS, a entidade premiou 31 operadoras filiadas que alcançaram a nota máxima (1,0) no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), ano-base 2023. A entrega dos certificados foi realizada por João Paulo Reis Neto, Diretor Técnico da UNIDAS e Presidente da CAPESESP.
O IDSS é um indicador anual da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que avalia o desempenho das operadoras de planos de saúde em quatro dimensões: Qualidade em Atenção à Saúde, Garantia de Acesso, Sustentabilidade no Mercado e Gestão de Processos e Regulação. A nota varia de 0 a 1, sendo 1,0 a melhor avaliação possível. No ano-base 2023, a média do setor foi de 0,7805, com 71,3% das operadoras obtendo nota superior a 0,6, classificadas nas duas melhores faixas avaliativas do IDSS. A premiação reforça o compromisso das autogestões com a excelência na gestão e na assistência à saúde, destacando-se no cenário da saúde suplementar brasileira.
Governança clínica é chave para transformar gasto em saúde em valor, afirma especialista
No painel sobre transparência e governança clínica durante o 16º Seminário UNIDAS, o médico e professor da Fundação Dom Cabral Estevão Andrade afirmou que o Brasil precisa evoluir na mensuração de desfechos clínicos em relação ao que se gasta com saúde. “Gastamos muito, mas temos resultados ainda aquém. Precisamos obter melhores resultados clínicos com os recursos já disponíveis”, destacou. Andrade explicou que a governança clínica, conceito originado no Reino Unido e adotado pelo NHS, propõe um padrão baseado em evidências para nortear as decisões médicas. Para ele, esse modelo cria uma cultura de responsabilização e contribui diretamente para a entrega de valor, entendida como a melhor relação entre resultado clínico e custo.
Reconhecimento a apoiadores marca debate sobre Reforma Tributária e autogestões
O segundo painel do 16º Seminário UNIDAS destacou o reconhecimento aos parlamentares que atuaram pela inclusão das autogestões na Reforma Tributária como entidades sem fins lucrativos. O debate contou com a presença do ex-presidente da UNIDAS Anderson Mendes, do senador Efraim Filho e do deputado federal Pedro Westphalen, com moderação de Cleudes Freitas, Diretor de Comunicação da entidade. Os participantes reforçaram o impacto da medida para a sustentabilidade das autogestões e para a preservação do acesso à saúde por milhares de trabalhadores e aposentados. O painel também trouxe alertas sobre os desafios regulatórios, judiciais e estruturais enfrentados pelo setor.
Anderson Mendes destaca justiça no reconhecimento das autogestões na Reforma Tributária
O ex-presidente da UNIDAS, Anderson Mendes, destacou o trabalho intenso nos bastidores para garantir a inserção das autogestões como entidades sem fins lucrativos na Reforma Tributária. “Foi um justo reconhecimento do nosso trabalho pelo parlamento”, afirmou. Ele ressaltou que as autogestões viabilizam o acesso à saúde para milhares de brasileiros por meio das caixas de assistência. Ao lembrar sua atuação na Cassi, Mendes enfatizou a importância do uso responsável dos recursos: “Eu queria poder aprovar tudo, mas a gente precisa usar o recurso de forma responsável. É isso que estamos constantemente discutindo”.
Senador Efraim Filho afirma que isenção para autogestões é justa e necessária
O senador Efraim Filho classificou como “heroica” a conquista das autogestões na Reforma Tributária. “No Brasil de hoje, não pagar imposto é fora do normal. Mas conseguimos mostrar como as autogestões funcionam e como a proposta original traria aumento de custos que recairia sobre os aposentados”, declarou. Para o parlamentar, a medida foi essencial para preservar a saúde financeira do modelo. “Defender as autogestões é defender a vida. E essa é a minha missão”, finalizou.
Deputado Pedro Westphalen defende segurança jurídica e fortalecimento técnico da ANS
O deputado federal Pedro Westphalen destacou que o apoio do parlamento às autogestões é reflexo direto da atuação estruturada da UNIDAS em todo o país, especialmente durante a pandemia. Ele chamou atenção para a necessidade de segurança jurídica no setor e criticou a quantidade de decisões judiciais que obrigam a realização de procedimentos inviáveis. “Precisamos aproximar a realidade da saúde do poder judiciário”, disse. O parlamentar também defendeu a recomposição do corpo técnico da ANS para que a agência reguladora cumpra adequadamente seu papel fiscalizador.
Gonzalo Vecina alerta para novos perfis epidemiológicos e desafios da equidade na saúde
O médico sanitarista, fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gonzalo Vecina Neto destacou, durante o 16º Seminário UNIDAS, as mudanças no perfil epidemiológico brasileiro e os desafios da saúde pública frente a doenças crônicas e negligenciadas. Segundo ele, 60% das mortes no país hoje são causadas por doenças crônicas não transmissíveis, sendo 35% cardiovasculares e 20% cânceres — que estão em crescimento e tendem a ultrapassar as doenças do coração. Ele também chamou atenção para o retorno de doenças antes controladas, como a febre amarela e a doença de Chagas, além do aumento da violência como fator de mortalidade. “Precisamos lutar contra as enfermidades silenciosas, que comprometem a qualidade de vida das populações mais pobres, muitas vezes sem diagnóstico e sem acesso ao tratamento adequado”, afirmou.
Vecina reforçou a necessidade de um projeto estruturado que organize o acesso da população ao sistema de saúde, com prioridade para a equidade e racionalização da demanda. “A saúde suplementar interna 18% de sua população por ano, enquanto o SUS interna 8% e o NHS, no Reino Unido, 10%. O desafio é equilibrar oferta e demanda com qualidade e justiça”, explicou. Ele ainda criticou o excesso de medicalização e defendeu uma abordagem mais estratégica sobre como tratar doenças raras no âmbito coletivo. “Não deveríamos deixar pessoas com Doença de Duchenne ou AME sem tratamento. Esse é um debate necessário para o futuro da saúde no Brasil.”
Beneficiários destacam proximidade e escuta ativa como diferenciais das autogestões
O painel “O Olhar do Beneficiário: A Importância das Autogestões em Suas Vidas”, realizado durante o 16º Seminário UNIDAS, colocou em evidência a experiência prática de quem está na ponta do cuidado. Fernando Amaral, Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da CASSI, destacou que as ações da operadora são fortemente influenciadas pela escuta ativa dos usuários, realizada por meio dos sindicatos e do Conselho de Usuários. “Nosso programa de atenção primária nasceu dessa escuta. Toda a nossa estrutura foi pensada com base nas necessidades reais dos beneficiários em diversas regiões do país”, explicou.
Laercio Luiz Moser, aposentado e beneficiário do SIM Saúde, reforçou o papel ativo do usuário no cuidado com a própria saúde. “Nós temos a responsabilidade de buscar os meios para viver mais e melhor”, afirmou. Para ele, a principal vantagem das autogestões está na facilidade de diálogo direto com as diretorias, o que permite resolver demandas com mais agilidade e sensibilidade. O painel foi moderado por Luciana Dalcanale, Diretora de Treinamento e Desenvolvimento da UNIDAS e Diretora da Vivest.
Sobre Seminário UNIDAS
O Seminário UNIDAS é um evento anual que reúne especialistas, gestores e representantes do setor de saúde suplementar para debater desafios, inovações e tendências da autogestão em saúde. Promovido pela UNIDAS, o encontro busca fomentar o intercâmbio de conhecimento e a construção de soluções sustentáveis para a melhoria da assistência aos beneficiários das operadoras autogeridas.
Sobre a UNIDAS
A UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde – é uma entidade associativa sem fins lucrativos, representante das operadoras de autogestão do Brasil – segmento da saúde suplementar em que a própria instituição é a responsável pela administração do plano de assistência à saúde oferecido aos seus empregados, servidores ou associados e respectivos dependentes. Atualmente, a UNIDAS congrega cerca de 4,5 milhões de vidas e mais de 100 filiadas nos Estados e no Distrito Federal.
Ciente do seu compromisso de discutir a saúde suplementar, a entidade tem como objetivo fortalecer a competitividade das autogestões, levar soluções e conhecimento para as instituições e atuar permanentemente junto às agências reguladoras – Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao Ministério da Saúde, ao Congresso Nacional, entre outras instâncias governamentais. Anualmente, dois grandes eventos são promovidos – o seminário e o congresso, ambos com o intuito de difundir conhecimento, promover a troca de informações e incentivar o debate sobre gestão de saúde.
Atualidades
HCN promove campanha de vacinação para profissionais da saúde
Publicado
2 dias atrásem
24/04/2025
A ação visa também destacar a importância das vacinas para a população e lembrar a Semana Mundial da Imunização
Nos dias 09 e 10 de abril, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano, unidade do governo de Goiás em Uruaçu, realizou a campanha de vacinação contra Influenza e outras vacinas obrigatórias para os profissionais da saúde.
A ação foi organizada pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVEH) e pelos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) do HCN. Com o intuito de zelar pelos profissionais responsáveis por cuidar da saúde da população, a campanha, visando imunizar os colaboradores do hospital, contou também com a parceria da Secretaria Municipal da Saúde de Uruaçu.
Ao todo, foram administradas 588 doses de vacinas nos colaboradores de unidade. Além da dose contra Influenza, foram disponibilizadas também vacinas contra Covid, dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto), tríplice viral, hepatite, entre outras, oferecendo a atualização do cartão vacinal.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as campanhas globais de vacinação da segunda metade do século XX são uma das maiores conquistas da humanidade. Em apenas 5 décadas, o cenário se transformou de um mundo onde a morte de uma criança era algo temido por muitos pais, para um mundo onde cada criança vacinada tem a chance de sobreviver e prosperar.
O intuito da campanha realizada pelo HCN é também destacar a importância das vacinas para a população como um todo. Por isso, é importante lembrar também sobre a Semana Mundial da Imunização, comemorada entre os dias 24 e 30 de abril todos os anos.
“A vacinação é uma escolha pela vida. Na Semana de Imunização, reforçamos a importância de proteger a si mesmo e a quem você ama. Prevenir é um gesto de cuidado que pode salvar muitas vidas”, ressalta Fhadya Costa, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HCN, unidade administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED.
Semana Mundial da Imunização
A Semana Mundial da Imunização é realizada visando aumentar a conscientização e a proteção da população contra doenças evitáveis por vacinas. A data foi criada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2002, com a denominação de Semana de Vacinação nas Américas. Em 2012, a campanha foi estendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para todo o planeta, tornando-se Semana Mundial de Imunização.
Ainda segundo a OMS, nos últimos anos, o progresso na imunização diminuiu. Embora mais de 4 milhões de crianças tenham sido vacinadas globalmente em 2022, em comparação com 2021, ainda havia 20 milhões de crianças que não receberam uma ou mais vacinas.
Como resultado, o mundo está testemunhando surtos repentinos de difteria e sarampo, doenças que, até agora, estavam praticamente sob controle. Embora a cobertura vacinal global seja boa – com 4 em cada 5 crianças totalmente cobertas – ainda há muito a fazer. Por isso, é fundamental o compromisso de todos, reforçando o benefício e o poder da vacinação e lembrando que as vacinas salvam vidas.

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