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Repensar a sustentabilidade do setor de saúde além dos novos investimentos

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É cada vez mais urgente e imperativa a busca por soluções que promovam a sustentabilidade do sistema de saúde. Enquanto muitos discutem os avanços tecnológicos como o principal caminho para alcançar essa meta, é crucial reconhecer que uma reorganização estratégica do setor faz-se necessária. Mas como? A resposta pode ser simples: usando todos os elos da cadeia.

Sabemos que o cenário da saúde é complexo e todas as instituições atravessam o desafio de fazer mais com menos e equilibrar custo-efetividade. Por outro lado, existe uma questão óbvia de custo na saúde suplementar, que enfrenta cada vez mais problemas com a tal da sinistralidade e com o gasto excessivo dos segurados.

Inevitável, desta forma, um acúmulo de resultados operacionais negativos, que vêm ocorrendo desde 2021. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) tem enfatizado que o prejuízo operacional acumulado nos últimos três anos foi de cerca R$ 20 bilhões, considerando que para 2023 é estimado um novo déficit de cerca de R$ 10 bilhões, como no ano anterior.

Boa parte desse entrave está relacionado ao envelhecimento populacional. A maior velocidade de envelhecimento em todo mundo ocorre no Brasil e isso impacta muito no custo da saúde, uma vez que os idosos adoecem mais e necessitam de mais recursos.

Segundo dados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a idade média da população brasileira aumentou seis anos desde 2010 e atingiu os 35 anos em 2022. O índice de envelhecimento chegou a 55,2 em 2022, indicando que há 55,2 pessoas com 65 anos ou mais de idade para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. E, ao mesmo tempo, o que vemos é uma diminuição da população em idade produtiva, que é quem custeia os planos de saúde. Esse sistema do mutualismo funciona, sim.

Além disso, temos a incorporação tecnológica que na medicina é importante e se consolida em velocidade acelerada. Vemos novas técnicas de diagnóstico, de intervenção, equipamentos e que, em um primeiro momento, gera um aumento de custos para o sistema, apesar de sabermos que lá na frente poderá reverter-se em benefícios extremamente relevantes. No entanto, é também preciso olhar para o hoje e para o que não requer investimento adicional.

Ou seja, esses fatores tornam mandatório que o sistema de saúde busque novas formas de se autofinanciar e novas abordagens que sejam mais inteligentes, mais racionais, modernas e que forneçam uma solução que seja viável de ser paga. Mesmo porque, todo esse cenário acaba resvalando e descarregando no colo dos usuários que recebem os reajustes sempre acima da inflação. Se podemos dizer algo, é que não está bom para nenhum desses elos da cadeia.

Os hospitais e clínicas de transição se encaixam muito bem nesse cenário. Graças à sua proposta assistencial diferenciada, representam importantes atores com muito a contribuir para a sustentabilidade do setor em sua totalidade. Oferecendo opções de cuidados para um determinado tipo de paciente e, além de trazer mais qualidade para o atendimento, são uma alternativa de custo mais acessível para a operadora. É mais do que evidente e está mais do que na hora, que este segmento cresça e integre de maneira mais ampla a cadeia de assistência à saúde. E isso só aumenta a nossa responsabilidade.

Nesse panorama, existe uma explicação. Se olharmos a plataforma de serviços de saúde, desde a medicina preventiva até o home care ou cuidados finais de vida, o paciente vai percorrendo uma trajetória de muitos locais de paradas, sendo um deles, podemos dizer, os hospitais de transição. Embora muitas pessoas não precisem utilizá-los depois da hospitalização, há muitos pacientes que não devem mais ficar internados em um hospital geral de alta complexidade, mas precisam de uma alternativa de atendimento antes de ir para casa.

A grande barreira ainda para que isso aconteça talvez esteja no desconhecimento sobre de que forma o setor de transição pode ajudar nesse percurso do paciente. O mercado de saúde como um todo apresenta uma certa ignorância do que fazemos. E isso vem de todas as partes. Não adianta também, por exemplo, termos a operadora como parceira se o médico não encaminhar o indivíduo para nós. É ele quem faz o relatório e esse encaminhamento.

Por outro lado, embora com as operadoras tenhamos, de certa forma, superado positivamente essa fase de entendimento, ainda existe uma gestão do fluxo interno e do gerenciamento do seu paciente para ter mais agilidade na tomada de decisões. Ou seja, melhorar os processos e definir quando o paciente deve ir para a transição.

Podemos dizer que, nesse caso, o desconhecimento é a respeito de como faz, afinal muitos hospitais quiçá têm um setor de desospitalização para avaliar se a alta está pertinente. Não dispõem de grupo que faça o contato com o auditor de saúde e defina os próximos passos. Essa falta de articulação e comunicação entre hospital e operadora também dificulta muito.

O que enxergo é que, além de uma maneira mais incisiva e direta e um instrumento de classificação desse paciente – a chamada tabela de elegibilidade – no qual, nós como entidade representativa estamos trabalhando neste momento, falta alinhamento e proximidade entre os elos. Precisamos disso para evoluir.

Acredito que a medida que ele seja criado e colocado em prática, será possível melhorar esse fluxo de pacientes para as unidades de transição. A culpa não é de ninguém. Somos parceiros e estamos juntos no mercado de saúde para garantir que o paciente tenha o melhor desfecho clínico e a saúde seja mais sustentável. Nossa missão é comum: oferecer o melhor atendimento, no melhor local para o paciente, que é quem importa e deve estar no centro. Daí a importância de já utilizar os meios disponíveis para alcançar a tão necessária sustentabilidade.

Por Frederico Berardo


*Frederico Berardo é presidente da Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição (ABRAHCT).

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AME Sorocaba inicia atendimento em Libras e amplia inclusão para pessoas surdas

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Desde o dia 15 de abril, o AME Sorocaba passou a contar com um serviço essencial de inclusão: o atendimento em Libras, por meio do programa São Paulo São Libras. A iniciativa garante que pessoas surdas tenham mais autonomia, acolhimento e equidade ao buscar cuidados em saúde.

Com o uso de intérpretes via videochamada, os pacientes que se comunicam por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) agora contam com suporte dedicado desde o primeiro contato na unidade, promovendo um atendimento mais respeitoso, humanizado e eficiente.

A conquista é fruto de uma importante parceria entre a Fundação do ABC, o Governo do Estado de São Paulo e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, reforçando o compromisso de tornar os serviços de saúde mais acessíveis para todos.

“Esse é um avanço concreto na promoção da equidade em saúde. Garantir comunicação plena é também garantir dignidade e cuidado integral”, destacou a equipe da unidade.

O programa “São Paulo São Libras” está sendo implantado em diversos equipamentos de saúde do estado, integrando a tecnologia e os direitos das pessoas com deficiência em prol de um sistema de saúde mais justo.

Inclusão que transforma

Essa nova etapa no atendimento do AME Sorocaba representa mais do que uma inovação tecnológica: simboliza a valorização da diversidade e o reconhecimento das necessidades específicas da população surda, que muitas vezes enfrenta barreiras de comunicação ao buscar serviços essenciais.

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Programa brasileiro de capacitação médica é destaque em congresso na China

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Hapvida apresenta plataforma digital em evento internacional; modelo chinês de saúde verticalizada será tema de intercâmbio

São Paulo, abril de 2025 – O programa de capacitação médica da Hapvida e a plataforma de Educação a Distância desenvolvida pela companhia, a ConectaMED, vão representar o Brasil na Conferência Internacional sobre Tecnologias e Aplicações de Educação a Distância (ICDETA – 25), que será realizada no próximo dia 21 de abril, em Pequim, na China. O evento reúne organizações e profissionais de todo o mundo para disseminar conhecimento e trocar experiências.

O case apresentado pela maior empresa de saúde e odontologia da América Latina será o Sistema de Gerenciamento de Ensino – Learning Management System (LMS) – implantado há seis meses, que oferece conteúdos educacionais nas áreas de Medicina de Emergência, Pediatria, Obstetrícia, Radiologia e Auditoria Médica, com treinamentos voltados para cerca de 10 mil médicos da rede própria.

Com uma base sólida de tecnologia e metodologia desenvolvidas internamente e foco em educação contínua, a iniciativa reforça o compromisso da Hapvida com a excelência assistencial e a segurança do paciente.

Destaques da plataforma:

  • 130 vídeos produzidos em estúdios próprios;
  • Aulas no formato microlearning (de até 10 minutos);
  • Acesso simplificado via plataforma digital;
  • 10 mil médicos da rede já impactados;
  • Mais de 80% de aprovação entre os profissionais.

“A plataforma trabalha com o sistema de microaprendizado (microlearning), por meio de vídeos curtos de até 10 minutos, permitindo que o conteúdo seja acessado durante intervalos ou em momentos de pausa. Os vídeos, gravados em estúdios próprios, são baseados na nossa rotina de trabalho, nos protocolos internos, fluxos e processos da rede”, explica Lara Paiva, diretora de Educação Corporativa da Hapvida.

Ela destaca que a matriz curricular foi planejada com base em um mapeamento das principais ocorrências clínicas e resultados inesperados, com foco em prevenção. “Isso garante que os médicos sejam atualizados de acordo com as necessidades da empresa e contribui diretamente para a qualidade do atendimento prestado. O objetivo final é sempre oferecer um atendimento de excelência”, enfatiza a executiva.

Intercâmbio internacional: aprendizados com o modelo chinês
Além da participação na conferência, onde vai apresentar o case de sucesso da Hapvida, a diretora também visitará operadoras de saúde chinesas que atuam com modelo
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verticalizado, conhecendo hospitais, centros médicos e tecnologias aplicadas ao cuidado assistencial.

“Queremos discutir o que vem depois do ensino a distância, entender como os profissionais estão consumindo conteúdo educacional e conhecer as metodologias adotadas por grandes corporações ao redor do mundo”, complementa Lara.

Com forte investimento em inovação, a China tem se destacado globalmente na aplicação de tecnologias voltadas à saúde. O intercâmbio pretende ampliar a visão estratégica da Hapvida sobre tendências educacionais e assistenciais no cenário internacional.

Sobre a Hapvida
Com cerca de 80 anos de experiência, a Hapvida é hoje a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia, que possui mais de 69 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia espalhados pelas cinco regiões do Brasil.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão voltada ao cuidado de ponta a ponta, a partir de 88 hospitais, 77 prontos atendimentos, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

Dra Lara Paiva, diretora de Educação Corporativa da Hapvida.

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Rede Americas celebra certificação de 18 UTIs como destaque nacional em excelência assistencial

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A Rede Americas teve um motivo especial para comemorar durante a cerimônia de entrega da certificação AMIB/Epimed 2025, promovida pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) em parceria com a Epimed Solutions. Dezoito unidades de terapia intensiva (UTIs) da rede foram reconhecidas com os selos UTI Top Performer e UTI Eficiente, que destacam os melhores desempenhos do Brasil em eficiência clínica, qualidade assistencial e gestão de recursos.

O evento reuniu lideranças médicas e hospitalares para celebrar instituições que se destacaram nacionalmente por resultados comprovados em desfechos clínicos, sustentabilidade e segurança do paciente. Rogério Reis, vice-presidente de hospitais da Rede Americas, participou da solenidade e reforçou o compromisso da instituição com a excelência e a humanização dos cuidados intensivos.

“Essa conquista reforça nossa convicção de que excelência clínica e humanização caminham juntas. Mais do que números, falamos de vidas salvas, de tempo de internação reduzido e de uma jornada mais segura e acolhedora para quem mais precisa”, afirmou o executivo.

Com mais de 1.200 leitos de terapia intensiva em operação, a Rede Americas consolida-se como uma das principais redes hospitalares do país também na formação de especialistas. Atualmente, a instituição mantém sete programas de residência médica em terapia intensiva e três programas de especialização, reforçando seu papel como centro formador de talentos na medicina crítica.

Desde os anos 1970, quando a terapia intensiva foi pioneira na adoção da gestão por indicadores no ambiente hospitalar, o setor vem incorporando inovações como inteligência preditiva, ciência de dados e modelos assistenciais baseados em evidências. Para a Rede Americas, compreender profundamente o perfil clínico de cada paciente é o primeiro passo para decisões mais assertivas e melhores resultados.

“Estar entre os melhores do Brasil é motivo de orgulho, mas, sobretudo, é reflexo da dedicação de um time que coloca o cuidado no centro de tudo”, completou Rogério Reis, ao agradecer todos os profissionais das UTIs envolvidas.

A cerimônia também contou com a presença de importantes lideranças do setor, como Ederlon Rezende, presidente do Conselho Consultivo da AMIB; Patrícia Mello, presidente da AMIB; Carlos Reis, sócio-fundador e CEO da Epimed Solutions; e Márcio Soares, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da Epimed.

Profissionais da Rede Americas homenageados: Tatiana Fiscina Santana, Danilo Noritomi, Elizabete Mitsue Pereira, Karina Thomaz e Walquiria Melo.

A conquista da certificação AMIB/Epimed 2025 não apenas reconhece a performance técnica das UTIs da Rede Americas, mas também reafirma o compromisso da instituição com uma medicina intensiva de excelência, humanizada e sustentável.

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