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Uso de telas na infância: quando a tecnologia vira desafio para o desenvolvimento infantil

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Com o avanço da tecnologia e a difusão de dispositivos móveis, tornou-se cada vez mais comum ver crianças — inclusive muito pequenas — utilizando tablets, smartphones e computadores. Embora esses recursos possam proporcionar entretenimento, aprendizado e interação social, o uso excessivo ou inadequado das telas na infância levanta preocupações quanto ao desenvolvimento físico, emocional e cognitivo dos pequenos.

Impacto no desenvolvimento infantil

  1. Saúde física: O uso prolongado de telas pode contribuir para o sedentarismo, aumentando o risco de sobrepeso e obesidade, além de prejudicar a qualidade do sono. Um estilo de vida ativo e brincadeiras ao ar livre ainda são fundamentais para o crescimento saudável.
  2. Atenção e cognição: Em algumas situações, o consumo de conteúdo digital muito rápido e estimulado pode atrapalhar o desenvolvimento das funções executivas, como a capacidade de concentração, de planejamento e de autorregulação.
  3. Relacionamentos e habilidades sociais: Interagir presencialmente com outras crianças e adultos ajuda a desenvolver empatia, linguagem e comunicação. Quando a maior parte do tempo é dedicada às telas, essas interações podem ser reduzidas, afetando a construção de vínculos.

Recomendações de especialistas

  • Limites de tempo: Organizações de saúde, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP), recomendam limitar o uso de telas de acordo com a faixa etária. Para crianças menores de 2 anos, sugere-se evitar ao máximo a exposição. Já para as de 2 a 5 anos, o ideal é restringir a, no máximo, 1 hora diária.
  • Seleção de conteúdo: Nem todos os aplicativos e programas são prejudiciais. Jogos educativos, desenhos com conteúdo pedagógico e aplicativos interativos podem estimular o aprendizado e a criatividade. É importante que os pais escolham com atenção o que os filhos vão assistir ou jogar.
  • Acompanhamento dos pais ou cuidadores: Sempre que possível, participar do que a criança está vendo ou jogando e conversar sobre o conteúdo ajuda a ampliar o entendimento, desenvolver o senso crítico e evitar que a criança consuma material impróprio.

Estratégias para equilibrar o uso de telas

  1. Rotina bem definida: Estabelecer horários fixos para uso de dispositivos e priorizar, ao longo do dia, atividades físicas, leitura e brincadeiras livres.
  2. Ambientes livres de telas: Definir áreas sem tecnologia (como o quarto na hora de dormir) contribui para a higiene do sono e para a criação de hábitos saudáveis.
  3. Envolvimento familiar: Reservar momentos de interação sem a presença de eletrônicos — conversas, jogos de tabuleiro, passeios — reforça os laços e estimula o desenvolvimento socioemocional.

O papel das escolas e dos profissionais de saúde

  • Orientação contínua: Pediatras, psicólogos e educadores têm um papel essencial na conscientização sobre os riscos e benefícios do uso de telas, fornecendo diretrizes para pais e responsáveis.
  • Programas pedagógicos inovadores: Ao invés de proibir completamente, algumas escolas equilibram o uso de ferramentas digitais com metodologias ativas de ensino, explorando recursos tecnológicos de forma segura e construtiva.
  • Políticas públicas: Incentivar iniciativas que promovam a formação de famílias e educadores no manejo consciente das telas pode trazer impactos positivos na saúde e no aprendizado das crianças.

Conclusão

O uso de telas na infância não precisa ser encarado como um vilão absoluto: ele pode oferecer oportunidades de diversão e aprendizado, desde que haja equilíbrio, supervisão e adequação de conteúdo. Ao compreender os potenciais riscos e estabelecer hábitos saudáveis desde cedo, pais e cuidadores contribuem para o desenvolvimento integral das crianças, garantindo que a tecnologia seja uma aliada — e não um obstáculo — ao bem-estar e à formação das futuras gerações.


Fonte: Futuro da Saúde – Uso de telas na infância

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Autismo: Uma Revolução que Vem do Sul

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Como uma solução inovadora nascida em Florianópolis está transformando a gestão em saúde no Brasil com valor, rastreabilidade e resultados concretos

Vivemos uma era em que eficiência, rastreabilidade e desfechos mensuráveis se tornaram exigências inegociáveis na gestão da saúde. Entretanto, poucos segmentos desafiam tanto as estruturas tradicionais quanto o cuidado com indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A escassez de protocolos padronizados, a dificuldade em medir resultados clínicos e a fragmentação da jornada de atendimento expõem um sistema que necessita urgentemente de evolução.

Foi nesse contexto que nasceu a NeuroSteps, uma healthtech catarinense que, com ambição nacional, vem reescrevendo a forma de gerir terapias especiais no Brasil.

Sou fisioterapeuta de formação, com atuação em gestão clínica para desenvolvimento infantil e uma paixão por gerar impacto social. Após anos liderando a Bem Criar, uma das maiores redes de clínicas especializadas em autismo no Sul do Brasil, compreendi que apenas com gestão profissionalizada seria possível escalar qualidade. A especialização em Gestão de Saúde pela FGV EAESP, em São Paulo, foi o ponto de inflexão: ficou claro que, sem dados assistenciais estruturados, seria impossível promover uma real transformação.

Unindo tecnologia, ciência e um profundo conhecimento do campo assistencial, nasceu a NeuroSteps.


Clínicas de excelência conectadas por dados

A nossa rede de clínicas, referência em Santa Catarina, atua fundamentada em protocolos científicos, formação continuada e um modelo de atendimento centrado na criança e em sua família. A prática diária revelou uma necessidade além do cuidado individual: medir efeitos coletivos.

Quais métodos são mais eficazes? Quais crianças evoluem mais rapidamente? Como garantir a padronização da qualidade entre diferentes unidades? Essas questões impulsionaram o desenvolvimento de uma plataforma inteligente para a gestão da jornada assistencial em terapias especiais.

NeuroSteps: tecnologia a serviço da qualidade assistencial

A NeuroSteps surgiu como resposta prática e inovadora a uma lacuna histórica no segmento. Organizando dados de atendimento em tempo real, a plataforma possibilita rastrear cada intervenção, padronizar condutas, medir desfechos com critérios objetivos e promover ações corretivas baseadas em evidências.

Na prática, operadoras de saúde conseguem acompanhar a efetividade do cuidado prestado; gestores podem agir com base em indicadores sólidos; e as famílias passam a ter transparência sobre a evolução e o plano terapêutico dos seus filhos.

Estamos colaborando ativamente com cooperativas médicas e operadoras de saúde na implementação de um modelo de gestão em terapias especiais baseado em valor. A partir de uma rede de atendimento altamente qualificada, aplicamos métodos eficazes de remuneração por desfecho, permitindo tomadas de decisão em tempo real. Controle, dados quantitativos de evolução, qualidade e eficiência deixam de ser promessas para se tornarem realidade — tudo com a transparência que o segmento tanto carecia.


De Florianópolis para o Brasil

O que começou como um projeto regional se transformou em um movimento nacional. Executivos da saúde, gestores públicos e líderes clínicos de todo o país têm se conectado a essa proposta por um motivo simples: ela entrega resultados.

Acreditamos que o segmento de atendimento ao autismo pode — e deve — ser um dos pioneiros na consolidação de resultados concretos da medicina baseada em valor. E temos orgulho de afirmar que essa revolução está sendo liderada a partir do Sul do Brasil.


Danilo da Rosa Patrício é fisioterapeuta, especialista em Gestão de Saúde pela FGV EAESP, fundador da rede de clínicas do Grupo Bem Criar  e cofundador da NeuroSteps. Atua na integração entre gestão clínica e inovação em saúde baseada em valor.

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Rede Mater Dei registra EBITDA recorde de R$ 97 milhões no 1º trimestre de 2025

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A Rede Mater Dei de Saúde iniciou 2025 com desempenho expressivo, alcançando um EBITDA de R$ 97 milhões no primeiro trimestre — valor que supera a média trimestral de 2024 e representa um crescimento significativo frente aos R$ 78 milhões do 4T/24. A margem EBITDA saltou para 19,3%, com avanço de 3,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

🔹 Destaques financeiros e operacionais

  • Aumento de 14% no ticket médio por leito ocupado (YoY)
  • Redução da dívida líquida em R$ 1 milhão (sem considerar recompra de ações)
  • Venda estratégica do Hospital Porto Dias, contribuindo para alívio financeiro e foco operacional
  • Adoção de medidas de corte de custos, melhoria na ocupação de leitos e disciplina de capital

🩺 Foco estratégico: Cirurgia, Oncologia e Qualificação Médica
A retomada do crescimento é atribuída à concentração em áreas estratégicas de alta complexidade, como cirurgias e oncologia, além da valorização e atração de corpo clínico qualificado, que tem fortalecido a reputação assistencial da rede.

📈 Gestão de resultados
O CFO Rafael Cordeiro destacou a importância da disciplina de caixa e do aproveitamento dos investimentos já realizados para impulsionar a eficiência. “Entregamos o melhor resultado trimestral recente, mesmo diante dos desafios da economia nacional”, reforçou.

🏥 Visão de futuro
Completando 45 anos de operação, a Rede Mater Dei reforça sua solidez e posicionamento no setor hospitalar. Segundo o CEO José Henrique Salvador, “os resultados refletem decisões estratégicas acertadas e nos colocam em uma trilha promissora para o futuro”.

Esse resultado confirma a capacidade de adaptação da empresa frente aos desafios do setor de saúde e consolida a Rede Mater Dei como uma referência em eficiência hospitalar e sustentabilidade financeira no Brasil. Deseja que eu monte também uma imagem para esse artigo?

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AHA e Health-ISAC alertam hospitais sobre possível ameaça terrorista nos EUA

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Por Susan Morse – Executive Editor
Traduzido e adaptado por [Executivos da Saúde]

A Associação Americana de Hospitais (AHA) e o Health-ISAC (Centro de Compartilhamento e Análise de Informações em Saúde, uma organização sem fins lucrativos) emitiram um alerta conjunto sobre uma possível ameaça terrorista contra hospitais dos Estados Unidos nas próximas semanas.

O alerta foi divulgado após uma publicação feita em 18 de março por um usuário identificado como @AXactual na plataforma X (antigo Twitter), que trazia detalhes sobre o suposto planejamento ativo de um ataque terrorista coordenado e multicitadino contra instituições do setor de saúde norte-americano.

Segundo o boletim, o ataque seria promovido pela ISIS-K, um braço do grupo jihadista Estado Islâmico. A publicação foi compartilhada pela conta da American Kinetix, que afirma ser uma empresa cristã composta por veteranos das Forças Especiais (JSOC), agentes da CIA e ex-combatentes dos EUA.

A American Kinetix relatou que teria recebido informações sobre vigilância pré-ataque em hospitais e, segundo o que foi dito, interceptações em campos de treinamento da ISIS-K no Afeganistão indicariam que o planejamento estaria em fase avançada. O modus operandi envolveria carros-bomba (VBIEDs), seguidos de ataques armados e situações com tomada de reféns.

Ainda segundo o alerta, os principais alvos seriam hospitais localizados em cidades de médio porte, com estrutura de segurança considerada frágil. A estratégia envolveria múltiplos ataques simultâneos em locais onde a presença de segurança seja visivelmente reduzida.

“Indivíduos que consideram cometer atos de violência direcionada frequentemente realizam reconhecimento e vigilância pré-ataque. Uma presença de segurança visível pode desestimular a escolha do local como alvo durante o planejamento”, destaca o boletim conjunto.

Apesar de o boletim enfatizar que não há, até o momento, confirmação sobre a veracidade da ameaça, a AHA e o Health-ISAC decidiram compartilhar a informação por precaução, com o objetivo de alertar o setor da saúde.

“Em geral, grupos terroristas estrangeiros não anunciam seus ataques antecipadamente. Contudo, uma publicação amplamente visualizada como essa pode incentivar indivíduos a realizarem ações maliciosas contra o setor de saúde. Por isso, ameaças dessa natureza devem ser levadas a sério”, afirmaram AHA e Health-ISAC no comunicado.

Recomendações às instituições de saúde:

  • Revisar e reforçar os planos de segurança física, cibernética e de emergência;
  • Manter diálogo com as forças de segurança locais e federais para melhorar a coordenação em caso de incidentes;
  • Incentivar atenção redobrada por parte das equipes de segurança e demais profissionais para quaisquer comportamentos, veículos ou atividades suspeitas nos arredores dos hospitais;
  • Reportar imediatamente qualquer atividade suspeita às autoridades locais.

A AHA e o Health-ISAC afirmaram estar em contato direto com o FBI e que novas informações serão divulgadas assim que estiverem disponíveis.

Fonte: https://www.healthcarefinancenews.com/news/aha-and-health-isac-warn-hospitals-potential-terrorist-attack

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