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Inteligência artificial se torna aliada da fertilização in vitro e renova esperança para casais com dificuldades para engravidar

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A fertilização in vitro (FIV) tem ajudado milhares de casais ao redor do mundo a concretizar o sonho de ter filhos, mas o procedimento ainda enfrenta desafios significativos — desde a seleção de embriões saudáveis até o aumento das taxas de sucesso. Agora, a inteligência artificial (IA) surge como uma ferramenta que promete revolucionar esse processo, elevando o potencial de cada tentativa e ampliando as chances de gestação bem-sucedida.

Por que a FIV depende de precisão e análise de dados

Na fertilização in vitro, os óvulos são coletados e fertilizados em laboratório, dando origem a embriões que, após análise e seleção, são transferidos ao útero da paciente. A escolha dos embriões mais viáveis é um passo crucial, pois influencia diretamente a taxa de sucesso do procedimento. Tradicionalmente, essa seleção é feita por embriologistas que avaliam parâmetros como morfologia (aparência) e desenvolvimento embrionário.

  • Limitações humanas: Mesmo com treinamento especializado, a avaliação manual pode ser subjetiva e suscetível a variações, já que cada especialista segue protocolos próprios e interpretações visuais.
  • Necessidade de alta precisão: Cada erro no processo de seleção pode significar uma oportunidade perdida para casais que, muitas vezes, dependem financeiramente e emocionalmente de cada tentativa.

Como a IA está sendo aplicada

Sistemas de inteligência artificial empregam algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning) para analisar imagens e dados embrionários de forma padronizada. Esses algoritmos são alimentados com milhares de exemplos de embriões, correlacionando características específicas — como a taxa de divisão celular ou a integridade de estruturas — ao sucesso ou não de uma gravidez.

  1. Análise de imagens de embriões
    Câmeras especiais registram a evolução do embrião no laboratório. A IA então compara as imagens a bancos de dados de casos anteriores, buscando padrões associados a embriões viáveis.
  2. Previsão de taxas de sucesso
    Além da aparência externa, o sistema avalia o histórico de cada paciente, incluindo idade, condições clínicas e resultados de ciclos anteriores. Isso permite sugerir qual embrião tem maior probabilidade de implantação bem-sucedida.
  3. Monitoramento constante
    Em vez de depender apenas de observações pontuais do embriologista, a IA pode analisar as informações em tempo real, ajustando previsões conforme o embrião se desenvolve.

Benefícios para casais e clínicas

  • Aumento das taxas de gravidez: Estudos iniciais indicam que a inteligência artificial pode melhorar a acurácia na seleção de embriões, resultando em mais implantações bem-sucedidas e aumentando a probabilidade de gestação.
  • Redução do estresse e custos: Menos falhas significa menor número de tentativas, reduzindo o peso financeiro para o casal e aliviando a pressão psicológica.
  • Padronização das avaliações: A IA minimiza a subjetividade, garantindo que todos os embriões sejam julgados pelos mesmos critérios e oferecendo laudos mais consistentes.

Limitações e desafios

  1. Qualidade dos dados: Como todo sistema de machine learning, a IA depende de grandes volumes de dados. Se as imagens ou registros não forem de alta qualidade ou suficientemente variados, o algoritmo pode apresentar falhas.
  2. Interpretação médica: A decisão final ainda cabe aos especialistas humanos, que devem interpretar os relatórios da IA no contexto clínico do paciente.
  3. Regulação e ética: A introdução de métodos computacionais em procedimentos médicos delicados exige protocolos rigorosos de validação, garantindo segurança e eficácia.
  4. Privacidade e proteção de dados: Os registros clínicos e imagens de embriões representam informações altamente sensíveis, exigindo medidas robustas de segurança cibernética.

Futuro da FIV com suporte de IA

A tendência é que cada vez mais laboratórios e clínicas de fertilidade adotem soluções baseadas em inteligência artificial para otimizar a seleção de embriões. Outras aplicações complementares incluem:

  • Detecção de anomalias genéticas: Algoritmos podem auxiliar na triagem genética pré-implantacional, identificando desvios cromossômicos antes mesmo da transferência embrionária.
  • Avaliação uterina: Dispositivos de IA podem analisar dados de imagens e exames, sugerindo o melhor momento para a implantação ou indicando tratamentos personalizados para a paciente.
  • Orientação terapêutica: A partir de um histórico de ciclos anteriores, a IA pode sugerir ajustes na medicação ou na forma de preparo do endométrio, facilitando a tomada de decisão do médico.

Com o avanço e a integração de sistemas inteligentes, o futuro da fertilização in vitro se mostra ainda mais promissor. A expectativa é de que a IA não apenas eleve as chances de sucesso, mas também proporcione maior tranquilidade aos casais em um período que costuma ser marcado por ansiedade e incerteza. Dessa forma, a tecnologia cumpre seu propósito de humanizar o atendimento, reduzindo as barreiras e maximizando as oportunidades para que o sonho de formar uma família seja concretizado.


Fonte:
Época Negócios – Inteligência artificial se torna aliada da fertilização in vitro e da esperança para casais com dificuldades para engravidar

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Bradesco Saúde dobra rede de atendimento especializada em TEA e reforça acolhimento a beneficiários

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Em um cenário de crescente atenção às necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Bradesco Saúde celebra os avanços do seu Programa de Acolhimento, desenvolvido com foco na personalização e qualidade do cuidado prestado. Em um ano de implementação, a operadora de saúde duplicou sua rede de atendimento especializada, alcançando mais de 570 prestadores credenciados em todo o país.

Lançado em 2024, o programa oferece uma Central Exclusiva de Atendimento, que funciona como ponto de acolhimento e triagem inicial, orientando os pacientes e suas famílias sobre os caminhos adequados de cuidado e acompanhamento clínico. A jornada do beneficiário é monitorada pela operadora, garantindo suporte contínuo e especializado.

Resultados expressivos no primeiro ano

Entre março de 2024 e março de 2025, o programa especializado para TEA registrou aproximadamente 12 mil acionamentos, beneficiando mais de 5 mil pacientes. De acordo com levantamento da Bradesco Saúde, 70% das demandas foram para o sexo masculino e 30% para o feminino. Além disso, 42% dos pacientes atendidos estavam na faixa etária de 0 a 5 anos, público no qual o diagnóstico e as intervenções precoces são especialmente relevantes.

“O programa tem sido bem-sucedido na sua proposta de proporcionar o cuidado adequado aos pacientes diagnosticados com o TEA. Temos como pilares o acolhimento humanizado às famílias, protocolos integrados e parcerias com redes especializadas”, destaca Fernando Pedro, superintendente sênior de Gestão de Rede da Bradesco Saúde.

Compromisso com o cuidado humanizado

A expansão da rede e o modelo de acompanhamento reforçam o compromisso da Bradesco Saúde com uma abordagem centrada no paciente, especialmente em um tema tão sensível como o TEA. Ao investir em uma estrutura dedicada, a operadora contribui não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários, mas também para a conscientização da sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, do apoio às famílias e da inclusão.

A iniciativa integra a estratégia da empresa de inovação no cuidado em saúde, alinhada aos princípios da medicina personalizada e baseada em valor. Ao promover ações integradas e especializadas, a Bradesco Saúde avança em sua missão de proporcionar mais acesso, qualidade e eficiência assistencial no setor de saúde suplementar.

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Novas plataformas digitais ampliam suporte ao uso do e-SUS APS por gestores e profissionais de saúde

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Com o objetivo de fortalecer a atenção primária e qualificar a gestão da informação no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde lançou novos sites dedicados à Estratégia e-SUS APS, ao Painel e-SUS APS e ao Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). As plataformas reúnem funcionalidades essenciais para o uso adequado das ferramentas digitais, além de conteúdos voltados à capacitação técnica e apoio à implementação nos municípios.

A iniciativa integra o esforço do governo federal para reduzir o tempo de espera no SUS e aprimorar o cuidado prestado aos usuários, conforme destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, a modernização dos sistemas de informação em saúde é um dos pilares para acelerar o acesso aos serviços, monitorar indicadores e facilitar a tomada de decisões baseadas em evidências.

Ferramentas disponíveis nos novos hotsites

Os hotsites disponibilizam recursos estratégicos para apoiar os profissionais no uso dos sistemas, tais como:

  • Downloads para instalação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC);
  • Orientações para instalação e uso do Painel e-SUS APS;
  • Manuais técnicos e materiais de apoio à implantação;
  • Linha do tempo com principais entregas e versões;
  • Biblioteca de vídeos explicativos e de apoio;
  • Ambiente de treinamento com dados simulados (XML);
  • Integração direta com a plataforma de educação permanente Educa e-SUS APS;
  • Canal de suporte técnico e seção de novidades;
  • Blog com atualizações e notícias da área.

O que é a Estratégia e-SUS APS

Liderada pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), a Estratégia e-SUS APS visa reestruturar a gestão da informação na atenção primária por meio da informatização qualificada dos serviços. A proposta é criar um novo modelo de gestão de dados em saúde, promovendo mais eficiência e rastreabilidade nos atendimentos.

A principal inovação recente é o Painel e-SUS APS, plataforma que permite o monitoramento em tempo real de indicadores populacionais e clínicos. A solução oferece suporte direto à tomada de decisão em saúde, possibilitando que equipes realizem intervenções mais rápidas e eficazes no cuidado dos pacientes.

Educação permanente para os profissionais

Para apoiar a implementação e a melhoria contínua dos sistemas, o Ministério da Saúde também disponibilizou o Educa e-SUS APS, uma plataforma gratuita de educação permanente. O ambiente oferece cursos, treinamentos e materiais atualizados para profissionais de saúde, gestores e equipes de tecnologia, com foco no uso eficiente das ferramentas e na aplicação prática dos dados para a gestão da atenção primária.

Acesso às plataformas

Com essas novas iniciativas, o Ministério da Saúde reforça o compromisso com um SUS mais digital, eficiente e integrado, contribuindo para uma gestão pública mais transparente e centrada na saúde das pessoas.

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Vacina contra herpes zóster pode reduzir risco de demência em até 20%, revela estudo publicado na Nature

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Um estudo internacional liderado pela Stanford Medicine, nos Estados Unidos, trouxe evidências promissoras sobre o impacto positivo da vacinação contra herpes zóster na saúde cerebral de idosos. Segundo a pesquisa, publicada na prestigiada revista Nature, o imunizante foi associado a uma redução de 20% no risco de desenvolvimento de demência, incluindo Alzheimer.

A pesquisa teve como base os registros de saúde de idosos no País de Gales, onde uma política de vacinação restritiva — permitindo a aplicação da vacina apenas para pessoas com 79 anos completos em 1º de setembro de 2013 — criou um “experimento natural”. Os pesquisadores, então, compararam grupos vacinados e não vacinados com perfis semelhantes ao longo de sete anos.

“A situação permitiu um estudo observacional robusto com dados reais e controle adequado de variáveis como idade e estado de saúde”, destacou o professor Pascal Geldsetzer, autor sênior do estudo.

O elo entre vírus latentes e doenças neurodegenerativas

O herpes zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, o vírus permanece dormente no sistema nervoso e pode ser reativado décadas depois, especialmente em idosos com imunidade reduzida. Além de causar dores intensas e erupções cutâneas, ele também pode desencadear inflamações crônicas nos nervos.

Essas inflamações — em especial quando envolvem o sistema nervoso central — vêm sendo estudadas como possíveis fatores de risco para doenças como a demência e o Alzheimer.

Como a vacina pode proteger o cérebro

A principal hipótese para os efeitos neuroprotetores da vacina contra o herpes zóster é a redução da neuroinflamação. Ao evitar a reativação do vírus, o organismo sofre menos episódios inflamatórios, preservando melhor as funções cerebrais ao longo do tempo. Além disso, os pesquisadores sugerem que a vacina possa gerar uma resposta imunológica mais ampla, fortalecendo o sistema imune contra infecções silenciosas que impactam a cognição.

Mulheres e pessoas com doenças autoimunes ou alergias, que normalmente apresentam respostas imunológicas mais fortes, mostraram benefícios ainda mais expressivos na pesquisa.

“A inflamação é prejudicial para diversas doenças crônicas, incluindo a demência. Impedir reativações virais pode ser uma forma eficaz de proteger o cérebro no longo prazo”, reforça Geldsetzer.

Um novo caminho para prevenção da demência

Com mais de 55 milhões de pessoas afetadas pela demência no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e com o aumento da expectativa de vida global, a descoberta acende uma luz sobre novas estratégias de prevenção.

A demência, especialmente a do tipo Alzheimer, ainda não tem cura, e os tratamentos disponíveis são limitados. Assim, iniciativas de prevenção ganham relevância, e a vacinação pode ser uma aliada inesperada e poderosa — não apenas contra o herpes zóster, mas também na proteção da saúde neurológica.

A pesquisa também reforça a necessidade de ampliar o acesso à vacina, especialmente em países em desenvolvimento, onde o envelhecimento populacional se acelera e os recursos para tratar doenças neurodegenerativas são limitados.

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