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USP quer fortalecer atuação dos estudantes de Medicina de Bauru na Atenção Secundária

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Com o intuito de avançar nesse plano, em visita a Bauru no último dia 9 de maio, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, conheceu a estrutura do Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL)

A USP quer fortalecer a atuação dos estudantes da Faculdade de Medicina de Bauru (FMBRU) na rede de Atenção Secundária à Saúde. A proposta é estabelecer cooperação entre a Universidade e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) para viabilizar um hospital de média complexidade para diagnóstico e procedimentos minimamente invasivos em regime ambulatorial.

Além de ampliar os cenários de prática e pesquisa para os estudantes de Medicina da USP em um nível estratégico da atenção à saúde, “a ideia é que o hospital atenda às necessidades atuais da população de Bauru e região apontadas pelos gestores de saúde, em um modelo semelhante à cooperação existente para o funcionamento do Hospital das Clínicas de Bauru”, explica o diretor da FMBRU, José Sebastião dos Santos.

Com o intuito de avançar nesse plano, em visita a Bauru no último dia 9 de maio, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, conheceu a estrutura do Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL), unidade ligada ao Estado que é referência em dermatoses (condições e doenças da pele), onde já há áreas construídas e subutilizadas que poderiam ser aproveitadas e colocadas em funcionamento para serviços de média complexidade.

Adicionalmente, uma reunião entre representantes da USP e da SES-SP, marcada para o dia 21 de maio, deverá tratar das bases e termos do acordo de cooperação para a concretização do projeto.

Os estudantes da FMBRU já desenvolvem atividades nos ambientes do Sistema Único de Saúde (SUS) sob gestão das Secretarias Municipais e Estadual de Saúde, como Unidades Básicas de Saúde (que integram a rede de Atenção Primária à Saúde), de Referência Especializada e de Pronto Atendimento (Atenção Secundária, de média complexidade), e Hospitalares de Bauru e região, incluindo as Unidades Centrinho e Clínicas do Hospital das Clínicas de Bauru (Atenção Terciária, de alta complexidade).

“Precisamos estabelecer uma cooperação sustentável em que a USP possa aumentar a presença e a atuação dos estudantes e professores na Atenção Secundária e a Secretaria de Estado da Saúde possa financiar o serviço e os atendimentos conforme a necessidade da população. Entendemos que a estrutura já existente [no ILSL] atende muito bem a esses propósitos”, destacou Carlotti.

Para o diretor do ILSL, José Ricardo Bombini, a ampliação da cooperação entre a Universidade e o Instituto – que já recebe estudantes da USP – poderá beneficiar o trabalho desenvolvido por ambas as instituições. “Além de manter e aperfeiçoar o atendimento de excelência e humanizado aos pacientes do Instituto consolidado ao longo das décadas e possibilitar o incremento de serviços e tecnologias, a parceria poderá potencializar significativamente a troca de conhecimento, a formação de médicos e especialistas e o desenvolvimento de pesquisas e inovações em conjunto”, ressaltou Bombini durante a visita do reitor da USP.

(Da esquerda para direita) José Ricardo Bombini, diretor do Instituto Lauro de Souza Lima; o reitor da USP e o diretor da FMBRU na visita ao Instituto – Foto: Marisa Romangnolli/USP

Sede da FMBRU

A definição do local onde será a sede própria da Faculdade de Medicina de Bauru foi outro assunto tratado na visita do reitor a Bauru.

Na segunda reunião da Congregação recém-instituída da FMBRU, a prefeita do Campus USP de Bauru, Karin Hermana Neppelenbroek, apresentou um planejamento de 20 anos para o Campus (de 2025 a 2045), incluindo estudo preliminar para a construção de três novos prédios.

A proposta é que a sede da FMBRU seja construída no próprio Campus, na área verde localizada ao lado da Portaria 2, na Rua Henrique Savi, espaço que está sendo utilizado provisoriamente como estacionamento. Com área total de aproximadamente 3,7 mil metros quadrados de terreno e 6 mil metros quadrados de área construída, o projeto prevê estacionamento no subsolo, pavimento térreo e mais dois pavimentos, incluindo Teatro para 650 pessoas, área de convivência com lanchonete e cafeteria, salas da Diretoria, da Congregação, de Comissões e Conselhos, de Departamento, além de salas compartilhadas de docentes, de reuniões e para as equipes de apoio administrativo e acadêmico.

“A ideia é oferecer uma solução definitiva para a Medicina, já considerando o total de 105 docentes previstos e 100 estudantes por turma [atualmente são oferecidas 60 vagas por ano]. O local apresenta a vantagem de contar com entrada própria, distinta da entrada da FOB [Faculdade de Odontologia de Bauru], e localizada estrategicamente próxima ao HC Bauru, onde a Medicina já atua”, pontuou Karin.

A possibilidade da futura sede ser construída no próprio Campus ainda está em análise pelos membros da Congregação e da Diretoria da FMBRU e do Conselho Gestor da USP Bauru. A outra possibilidade avaliada para a construção da sede da Faculdade de Medicina é avançar nas tratativas e negociações junto à União e ao Município para doação da área do Tiro de Guerra (localizada ao lado do Campus) à Universidade.

Carlotti frisou a importância de o Campus USP Bauru encaminhar uma definição rápida sobre o local, ainda nas próximas semanas, para que a Reitoria possa ter o projeto executivo e deixar verba reservada para a construção do prédio, um compromisso de sua gestão.

Ainda segundo o estudo apresentado pela prefeita do Campus, com a construção do novo Restaurante Universitário (RU) em área verde localizada atrás da Biblioteca do Campus – obra em fase de contratação que suprirá a limitação atual, oferecendo 400 assentos e capacidade ideal para atendimento de até 800 usuários -, no lugar do RU atual poderá ser construído um novo Bloco Didático multiusuário, para estudantes dos três cursos de Graduação da USP Bauru (Odontologia, Fonoaudiologia e Medicina).

Já a terceira edificação substituiria o atual prédio da Administração da Prefeitura do Campus, reunindo setores administrativos, de apoio e serviços que são comuns a todas as Unidades e órgãos de Bauru (PUSP-B, FOB, FMBRU e HRAC), como Engenharia, Manutenção, Comunicação e TV USP. Com isso, a Prefeitura poderia ceder dois espaços já construídos para a Faculdade de Medicina alocar seus demais setores e serviços administrativos, operacionais e de apoio. O Planejamento 2025-2045 da PUSP-B inclui ainda a nova Praça de Esportes e Convivência do Campus USP de Bauru, obra já em fase licitatória.

O Conjunto Residencial da USP (Crusp) do Campus de Bauru passou por uma reforma – Foto: Kazuo Kato/USP

Inaugurações

Além da visita ao ILSL e da participação na reunião da Congregação da FMBRU, em sua passagem por Bauru, o reitor da USP também inaugurou duas benfeitorias de sua gestão no campus local: as obras de melhorias da moradia estudantil e do Teatro Universitário.

Nos últimos seis anos, o Campus de Bauru, que obteve 100% de aprovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) em sua infraestrutura, tem se modernizado para abrigar a FMBRU e dar conta do expressivo crescimento da comunidade interna, que saltou de 360 para 720 estudantes, considerando apenas a categoria de graduandos.

Nesse sentido, uma das obras mais importantes concluída recentemente foi a reforma do Conjunto Residencial da USP (Crusp) de Bauru. A prefeita do Campus USP de Bauru explica que os blocos A e B passaram por uma requalificação de seus espaços, com a implantação de três dormitórios para pessoas com mobilidade reduzida, substituição das instalações elétricas e hidráulicas, ampliação da cozinha de todos os apartamentos e instalação de móveis de alvenaria.

Grande parte do Crusp de Bauru não passava por uma reforma desde sua construção, em 1988. A intervenção permitiu um aumento de 15 vagas para estudantes de graduação – incluindo três vagas para pessoas com mobilidade reduzida – no Conjunto Residencial, que agora oferece um total de 75 vagas. “Essas melhorias impactam positivamente a qualidade de vida e o desempenho acadêmico dos estudantes”, ressalta Karin.

Já o Teatro Universitário da FOB teve as obras finalizadas no mês de abril. Com capacidade para 427 pessoas, o Teatro recebeu melhorias no revestimento acústico das paredes, substituição completa do revestimento do piso, substituição parcial das redes elétrica e de lógica na área do salão, implantação de rampas e corrimãos nas escadas de acesso ao mezanino e ao palco, além de iluminação de emergência.

Participaram da reinauguração da moradia estudantil (a partir da esquerda) Carlos Ferreira dos Santos, vice-diretor da FOB;  o diretor da FMBRU; Karin Hermana Neppelenbroek, prefeita do Campus USP de Bauru; o reitor da USP  e a diretora da FOB – Foto: Kazuo Kato/USP

(Texto de Tiago Rodella, da Assessoria de Comunicação do Campus USP Bauru)

Conteúdo USP: https://jornal.usp.br/institucional/usp-quer-fortalecer-atuacao-dos-estudantes-de-medicina-de-bauru-na-atencao-secundaria/

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Hospital Albert Einstein Cria Área de Tecnologias Avançadas para Promover Equidade em Saúde

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O Hospital Albert Einstein anuncia a criação da área Dados Globais e de Tecnologias Avançadas para Equidade (GATE – Global Advanced Technologies for Equity), um portal inovador que une futuro e fronteiras para desenvolver projetos pioneiros em saúde. Com foco na redução das iniquidades, a nova frente emprega tecnologias de ponta como computação quântica e descentralizada, inteligência artificial avançada, multimômica e Big Data de última geração.

Inovação e Colaboração para Impacto Escalável

O GATE tem como missão expandir parcerias com organizações nacionais e internacionais para desenvolver soluções tecnológicas com impacto significativo e escalável na área da saúde. Atualmente, o Einstein lidera mais de 150 projetos focados em equidade, incluindo plataformas baseadas em Big Data como PAMDAS e DIANA, que operam no âmbito do PROADI-SUS.

O PAMDAS, em parceria com o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS), aprimora a interoperabilidade dos dados, desenvolve modelos analíticos com inteligência artificial e capacita profissionais do SUS, contribuindo para a avaliação e atualização das políticas públicas de saúde.

Já o DIANA promove a integração e interoperabilidade de dados hospitalares, facilitando o acesso a informações estruturadas e confiáveis, incluindo o uso de certificados de vacinação via QR Code.

Foco nas Comunidades Indígenas e Vigilância Ambiental

Entre os projetos inovadores está o VIGIAMBSI, que integra dados de saneamento, qualidade da água e saúde de populações indígenas em 10 Distritos Indígenas. A iniciativa combina revisão de protocolos, integração sistêmica e avaliação ambiental e sanitária, oferecendo subsídios valiosos para o planejamento de ações preventivas e vigilância ambiental eficaz.

Compromisso com a Redução das Desigualdades

“O Brasil é um dos países mais desiguais em saúde, em função da extensão territorial e da má distribuição de recursos. Tecnologias como telemedicina e inteligência artificial são fundamentais para reduzir essas disparidades e ampliar o acesso a atendimento especializado”, destaca Sidney Klajner, presidente do Einstein.

Ele reforça que colaborar com gestores do SUS, pesquisadores, desenvolvedores e cientistas de dados para criar modelos digitais inclusivos é uma prioridade do hospital.

Visão Internacional e Futuro Tecnológico

A iniciativa GATE posiciona o Albert Einstein como protagonista na promoção da equidade em saúde em escala global, facilitando conexões, acesso a financiamentos internacionais e parcerias em tecnologias de dados, computação de alto desempenho e inteligência artificial.

A curto prazo, o hospital pretende formar uma equipe altamente qualificada e incorporar novas tecnologias para entregar soluções concretas e acessíveis à população, reafirmando seu compromisso com a inovação e o cuidado centrado no paciente.

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Consolidação na Saúde: Como Grandes Grupos Hospitalares Estão Redesenhando o Mapa da Saúde Privada no Brasil

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O setor de saúde privada no Brasil atravessa uma fase de consolidação inédita. Hospitais e laboratórios regionais têm se transformado em redes nacionais por meio de fusões e aquisições multimilionárias. Liderando esse movimento, a Rede D’Or São Luiz anunciou um investimento de R$ 7,5 bilhões até 2028 para expandir sua capacidade em 46%, adicionando 5.400 novos leitos. Com caixa robusto de R$ 17,5 bilhões, a empresa projeta realizar aquisições de até R$ 10 bilhões nos próximos anos, firmando-se como gigante do setor.

Por outro lado, o Grupo Mater Dei, de Belo Horizonte, adotou uma postura mais seletiva. Após aquisições significativas em 2021 e 2022, iniciou um processo de racionalização, vendendo 70% da participação no Hospital Porto Dias, em Belém, por R$ 410 milhões, para reduzir alavancagem e ajustar seu foco estratégico. Ainda assim, mantém presença em mercados estratégicos como Salvador e São Paulo.

Integração Vertical: O Diferencial Competitivo

Além da expansão territorial, os grandes grupos investem na integração vertical — unindo hospitais, clínicas, laboratórios e planos de saúde em ecossistemas completos. A Dasa, hoje Rede Américas, exemplifica essa tendência ao consolidar unidades e plataformas digitais para oferecer cuidado contínuo, do diagnóstico à alta complexidade. Essa estratégia visa ganhos operacionais, fidelização de pacientes e maior previsibilidade financeira, atendendo à demanda por eficiência e a um consumidor cada vez mais digital e exigente.

Cláudio Lottenberg, presidente do conselho do Instituto Coalizão Saúde, reforça:
“A integração vertical promove escalabilidade e controle de custos, elementos valorizados pelo mercado financeiro.”

Sinais de Cautela no Ritmo de Fusões e Aquisições

Apesar do ímpeto, o setor mostra sinais de desaceleração. Um relatório da KPMG apontou queda de 15% nas fusões e aquisições hospitalares e laboratoriais no terceiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior, com retração ainda maior de 44% em análises clínicas. Esse recuo é atribuído ao aumento do custo de capital, desafios operacionais na integração e foco em consolidar aquisições já feitas.

Impactos no Mercado e para os Pacientes

A concentração traz benefícios como padronização, poder de negociação e maior eficiência. Contudo, preocupa entidades como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que alertam para riscos de aumento de preços e redução da oferta em regiões dominadas por um único grupo.

Para investidores, o cenário é promissor, impulsionado pelo envelhecimento da população, maior demanda por planos de saúde e avanços tecnológicos. O desafio está em equilibrar crescimento com governança e qualidade assistencial para garantir sustentabilidade

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BTG Pactual Adquire Ativos de Daniel Vorcaro, Controlador do Banco Master, por R$ 1,5 Bilhão

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O BTG Pactual anunciou na tarde desta terça-feira (27) a compra de um pacote de ativos pertencentes a Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, em uma operação financeira avaliada em aproximadamente R$ 1,5 bilhão. A transação inclui 15,17% do capital social da Light, 8,12% da Méliuz, além de imóveis, créditos, direitos creditórios e participações minoritárias em outras empresas.

Operação Regulada e Alinhada à Estratégia de Investimentos

A negociação foi acompanhada pelo Banco Central e pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), tendo como objetivo auxiliar o Banco Master a cumprir compromissos financeiros de curto e médio prazo. Vorcaro assumiu o compromisso de capitalizar a instituição, que enfrenta um cenário de aperto financeiro devido ao vencimento de CDBs com garantias do FGC.

O BTG Pactual esclareceu que a operação não envolve participação societária no Banco Master ou em seus veículos de investimento e que o objetivo principal é a geração de valor para o banco e seus acionistas, sem intenções de assumir controle ou posições específicas.

Ativos de Destaque e Contexto do Mercado

Além das participações acionárias citadas, estão incluídos ativos relevantes como o hotel Fasano Itaim, em São Paulo, e fatias acionárias no Grupo Pão de Açúcar (GPA). Nos últimos anos, o Banco Master financiou seu crescimento via emissão de CDBs com taxas atrativas, apoiados pelo FGC, o que contribuiu para o atual cenário de necessidade de capitalização.

Em março, o Banco Master havia anunciado um acordo para vender parte de seu capital para o BRB, banco estatal do Distrito Federal, mas a operação enfrenta resistência regulatória e preocupações no mercado quanto ao impacto para os maiores bancos financiadores do FGC.

Perspectivas

A aquisição pelo BTG Pactual reforça a estratégia do banco de investir em ativos que ofereçam potencial de geração de valor, ao mesmo tempo em que contribui para a estabilidade financeira do setor bancário. A operação sinaliza também a importância do monitoramento rigoroso do ambiente regulatório e das condições de liquidez no mercado financeiro brasileiro.

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