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BTG Pactual revisa projeções para Rede D’Or, Hapvida e Dasa, mas mantém otimismo no setor de saúde

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Em um recente relatório sobre empresas de saúde listadas na bolsa, o BTG Pactual revisou suas estimativas para Rede D’Or, Hapvida e Dasa. Apesar dos ajustes, o banco de investimentos continua demonstrando confiança no potencial de crescimento e recuperação dessas operadoras, especialmente diante dos desafios macroeconômicos e setoriais enfrentados ao longo dos últimos meses. A análise ressalta que, mesmo com oscilações de curto prazo, a perspectiva de médio e longo prazo segue positiva, impulsionada por fatores como demanda por serviços de qualidade, expansão de redes e consolidação de mercado.

Motivos para a revisão das projeções

  1. Desempenho financeiro recente
    O BTG avaliou os últimos balanços divulgados pelas companhias, levando em conta receita, custos operacionais e margens de lucro. Ajustes pontuais nas projeções vieram de resultados aquém ou além do esperado em alguns trimestres.
  2. Cenário macroeconômico
    A alta de juros e a inflação impactam tanto a capacidade de investimento das operadoras de saúde quanto o poder de compra dos usuários. Esse contexto motivou revisões na projeção de crescimento de carteiras e na precificação de ativos.
  3. Estratégias de expansão
    Cada empresa analisada segue um modelo de negócio: enquanto a Rede D’Or foca em aquisições de hospitais e clínicas, a Hapvida aposta na integração vertical e sinergia entre operadoras e rede própria, e a Dasa investe em diagnósticos e soluções digitais. A adaptação dessas estratégias às condições atuais requer análises mais detalhadas.

Visão por empresa

  • Rede D’Or: O BTG mantém recomendações positivas, pois enxerga potencial de consolidação em novas regiões e melhoria contínua na eficiência de operações adquiridas.
  • Hapvida: Apesar do período de ajustes após a fusão com o Grupo NotreDame Intermédica, a perspectiva é de ganho de sinergias no longo prazo, contribuindo para a recomposição das margens.
  • Dasa: O banco aponta oportunidades na expansão de serviços de diagnóstico e na incorporação de tecnologias de telemedicina, acreditando na recuperação da rentabilidade e no aumento gradual da demanda.

Potenciais riscos e desafios

  • Pressão de custos: Tanto os insumos médicos quanto as despesas trabalhistas podem reduzir a margem caso não sejam controlados com eficiência.
  • Regulação e concorrência: Mudanças no regramento do setor e a entrada de novos players de saúde podem exigir novas adaptações nas estratégias das empresas.
  • Ambiente macro: Se a economia sofrer novos abalos (como recessão ou agravamento da inflação), o setor pode sentir reflexos na quantidade de beneficiários de planos e na capacidade de investimento.

Por que o setor de saúde se mantém atrativo

  1. Demanda crescente: O envelhecimento populacional e o aumento de doenças crônicas ampliam a busca por assistência médica.
  2. Oportunidades de consolidação: Há espaço para fusões e aquisições, bem como para a expansão de redes em regiões menos atendidas.
  3. Inovação: As empresas que adotam tecnologias digitais e modelos de atendimento híbrido (presencial e remoto) podem agregar valor, reduzir custos e fidelizar clientes.

Conclusão

O relatório do BTG Pactual reafirma a confiança no potencial de longo prazo do setor de saúde brasileiro, ainda que cada empresa apresente particularidades na forma de encarar os desafios. Ajustes nas projeções de curto prazo não desviam a percepção de que há espaço para crescimento, melhorias operacionais e consolidação, especialmente diante da busca contínua por serviços de qualidade e da expansão do acesso à assistência médica no país.


Fonte:
Portal N10 – BTG Pactual revisa projeções para Rede D’Or, Hapvida e Dasa, mantendo otimismo no setor de saúde

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Hospital Moinhos de Vento inaugura ambulatório de Medicina de Estilo de Vida com foco em saúde integral e longevidade

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O Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, deu um passo significativo na promoção de saúde preventiva com a inauguração de seu novo Ambulatório de Medicina de Estilo de Vida e Longevidade Saudável. O espaço, que já está em funcionamento, tem como objetivo oferecer uma abordagem interdisciplinar e baseada em evidências para tratar e prevenir doenças crônicas por meio de mudanças sustentáveis no estilo de vida.

A iniciativa é liderada pelo médico clínico Alexander Daudt, certificado pelo American College of Lifestyle Medicine. O projeto une assistência, ensino e pesquisa, e conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e educadores físicos. Juntos, eles constroem planos de cuidado personalizados para pacientes que desejam melhorar sua qualidade de vida ou prevenir e tratar condições como diabetes, hipertensão, depressão, obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis.

“O grande diferencial da Medicina de Estilo de Vida é tratar a causa das doenças, e não apenas os sintomas. Fatores como sedentarismo, má alimentação, sono ruim e estresse crônico são responsáveis pela maioria dos problemas crônicos da nossa sociedade”, afirma Daudt.

A proposta do ambulatório vai além de consultas médicas. O programa inclui ciclos de palestras, oficinas práticas, atividades físicas orientadas, cursos abertos e encontros sobre espiritualidade, culinária saudável, yoga e mindfulness. A jornada do paciente é estruturada em torno dos seis pilares da Medicina do Estilo de Vida: alimentação saudável, atividade física regular, sono de qualidade, gerenciamento do estresse, abandono de substâncias nocivas e conexões sociais saudáveis.

Segundo o CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, o novo serviço representa uma mudança cultural no modelo assistencial.

“Estamos falando de uma medicina que transforma a forma de cuidar. Saímos de um modelo centrado na doença para um cuidado que valoriza a prevenção, a autonomia e o bem-estar do paciente como um todo”, ressalta Parrini.

A estratégia responde a uma necessidade urgente: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 70% das mortes no mundo estão relacionadas a doenças crônicas que, em sua maioria, poderiam ser evitadas por mudanças no estilo de vida. Estudos indicam que até 90% dos casos de diabetes tipo 2, 80% dos infartos e 50% dos AVCs são passíveis de prevenção com rotinas mais saudáveis.

Aberto tanto a pacientes com doenças crônicas quanto àqueles que desejam prevenir essas condições, o novo ambulatório reforça o papel do Moinhos de Vento como referência nacional em inovação assistencial, promoção da saúde e medicina centrada na pessoa.

Para mais informações sobre agendamentos e funcionamento do ambulatório, acesse o site oficial do Hospital Moinhos de Vento.

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Inflação Diagnóstica: o desafio da assistência após a explosão das IAs na medicina

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Por Guilherme Hummel – Coordenador Científico da Hospitalar Hub

Você está preparado para morrer por falta de diagnóstico? Provavelmente sim. Mas estaria preparado para morrer por excesso deles? Em um paradoxo cada vez mais real, a medicina contemporânea enfrenta a transição do subdiagnóstico para o hiperdiagnóstico — uma era em que se sabe muito, mas se faz pouco. A ascensão das inteligências artificiais (IAs) na área da saúde inaugura um cenário inédito: o da inflação diagnóstica diante de um sistema de saúde cronicamente hipoassistido.

Segundo dados globais, 47% da população mundial ainda não tem acesso a exames diagnósticos básicos. No entanto, esse mesmo cenário está sendo transformado pela incorporação acelerada de IAs médicas — com mais de 500 algoritmos aprovados pela FDA, 75% voltados para radiologia diagnóstica. A IA promete detecção precoce, medicina personalizada e intervenções mais eficazes. Mas o que acontece quando o número de diagnósticos ultrapassa, com folga, a capacidade assistencial dos sistemas de saúde?

A Era da Superdetecção

Casos reais e recentes demonstram o poder dessas ferramentas:

  • O uso de redes neurais para prever resistência antimicrobiana com precisão;
  • A análise de imagens oncológicas por IA, antecipando respostas terapêuticas;
  • Diagnósticos de DPOC com IA em cinco minutos, substituindo a espirometria;
  • Biópsias líquidas que identificam mutações genéticas em tempo real;
  • Plataformas como o MELD Graph detectando epilepsia que escapa aos radiologistas;
  • Testes cognitivos como o Pensive-AI detectando demência em menos de 5 minutos.

Estes exemplos evidenciam uma revolução diagnóstica sem precedentes. Mas à medida que o diagnóstico se torna mais rápido, preciso e acessível, emerge uma consequência inevitável: a demanda exponencial por tratamento.

Diagnóstico sem tratamento é só ansiedade

Diagnosticar é abrir portas. Mas se não há recursos, médicos, leitos ou infraestrutura suficientes para lidar com o volume de novas descobertas clínicas, o que se ganha em eficiência se perde em impacto prático. Como ressalta o autor, “cada diagnóstico adicional gera uma demanda subsequente de recursos terapêuticos”.

Um exemplo emblemático vem do Reino Unido. Em 2024, o governo britânico investiu £15,5 milhões em IA para acelerar a radioterapia. No entanto, em 2025, parte do financiamento foi cortada. Estima-se que isso acrescentará 500 mil dias às filas de espera. Um paradoxo cruel: a IA acelera a entrada dos pacientes no sistema, mas a capacidade de atendimento permanece a mesma — ou até diminui.

Techtopia versus Tecnotopia

Essa crise emergente nos convida a distinguir dois futuros possíveis. Um é a Techtopia: um mundo tecnologicamente brilhante, mas incapaz de sustentar a própria inovação. A outra é a Tecnotopia: um progresso real, onde a tecnologia se integra à capacidade real dos sistemas de saúde, promovendo acesso, assistência e efetividade.

A IA diagnóstica, portanto, não pode ser apenas um “bibelô high-tech” em hospitais. Deve ser compreendida como estratégia — não vitrine. Sem o planejamento correspondente em oferta assistencial, a tecnologia corre o risco de ser mais um fator de pressão sobre redes já saturadas.

E se todos forem diagnosticados?

A cena descrita pelo autor, em que milhões de pessoas são vacinadas e diagnosticadas simultaneamente com apenas uma coleta de saliva e fluido nasal, não é ficção científica. A IA pode identificar dezenas de doenças em minutos, entregando laudos em tempo real. Mas quem atenderá esse novo paciente, agora sabidamente doente? A IA desobstrui a porta de entrada, mas congestiona a porta da assistência.

Assim, os sistemas de saúde enfrentam uma hipótese incômoda: a IA, ao funcionar perfeitamente no diagnóstico, escancara as fragilidades crônicas da assistência. O risco não é que faltem diagnósticos, mas que sobrem pacientes sem tratamento.

Planejamento é mandatório

Para evitar esse colapso paradoxal, será preciso:

  1. Expandir drasticamente a capacidade assistencial: mais médicos, mais leitos, mais centros cirúrgicos.
  2. Automatizar não apenas o diagnóstico, mas também o cuidado: robôs cirúrgicos, triagens automatizadas, assistentes virtuais de acompanhamento.
  3. Reorganizar fluxos assistenciais com base em IA: usando LLMs (Large Language Models) e agentes autônomos para coordenar jornadas de cuidado.
  4. Revisar prioridades clínicas: estabelecendo novos critérios de acesso à terapia conforme o impacto e risco real.

O alerta é claro: a falha em planejar o futuro da assistência pode transformar a IA diagnóstica de solução em problema.

Como conclui o autor, os sistemas de saúde insistem em cuidar de um mundo que já não existe. O novo mundo é hiperdiagnosticado. Mas ainda carece de um plano assistencial à altura da nova inteligência que o habita.

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Células-tronco mostram potencial terapêutico para tratar lesões ósseas em pacientes com osteoporose

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Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp), da USP, avançaram em uma das frentes mais promissoras da medicina regenerativa: o uso de células-tronco para tratar lesões ósseas em pacientes com osteoporose. Publicado na revista Life Sciences, o estudo revelou que células-tronco mesenquimais — células multipotentes com capacidade de se diferenciar em tecidos como ossos, cartilagens e músculos — são capazes de promover a formação de tecido ósseo mesmo em organismos acometidos por osteoporose.

Embora já se conheça o potencial das células-tronco mesenquimais em condições normais, seu uso em tecidos debilitados pela osteoporose representa um desafio adicional. Isso porque a doença afeta diretamente a função dessas células, dificultando sua proliferação e sua habilidade de se diferenciar em osteoblastos — células responsáveis pela formação do tecido ósseo.

Cocultura e testes em animais revelam interações celulares complexas

Nos experimentos in vitro, os cientistas avaliaram a interação entre células-tronco saudáveis e células osteoporóticas em um ambiente de cocultura. “Uma das interações mais relevantes para o sucesso da terapia celular é a forma como as células saudáveis são recepcionadas pelas células afetadas pela doença”, explica o professor Adalberto Luiz Rosa, líder do estudo.

A pesquisa revelou que as células-tronco osteoporóticas apresentam capacidade regenerativa reduzida — um déficit que pode ser parcialmente restaurado pela presença de células saudáveis. Curiosamente, também se verificou o efeito reverso: células saudáveis tiveram seu desempenho prejudicado ao interagirem com células osteoporóticas.

Em testes in vivo, os cientistas criaram defeitos ósseos em ratos com osteoporose e, após duas semanas, aplicaram células-tronco da medula óssea de ratos jovens e saudáveis. Os resultados indicaram formação significativa de tecido ósseo, embora a permanência das células no local tenha sido menor em organismos com a doença — apenas cinco dias, em comparação com até 14 dias em tecidos saudáveis.

Desafios aumentam em pacientes com comorbidades

Outro ponto importante do estudo foi a constatação de que doenças sistêmicas como diabetes e hipertensão também reduzem a eficácia da terapia celular. Isso reforça a complexidade de tratamentos em pacientes com múltiplas comorbidades. “Apesar dos desafios, os resultados demonstram que a regeneração é possível e viável”, afirma o professor Rosa.

Futuro promissor e novas possibilidades terapêuticas

Embora o tratamento ainda não proporcione a regeneração completa das lesões ósseas, os pesquisadores enxergam um futuro promissor. “Nossa perspectiva é que no futuro a terapia com células-tronco e seus derivados possa se tornar uma alternativa clínica eficaz e acessível para pacientes com osteoporose”, diz Rosa.

Além do tratamento, os resultados abrem possibilidades de aplicação preventiva. Pesquisas em andamento indicam que essa abordagem pode reforçar áreas mais frágeis do esqueleto, diminuindo o risco de fraturas em pacientes com maior predisposição à perda de massa óssea.

A pesquisa da USP reforça a importância dos investimentos em ciência translacional — que transforma descobertas laboratoriais em aplicações clínicas — e destaca o potencial das terapias celulares como aliadas no enfrentamento de doenças crônicas que impactam a qualidade de vida da população idosa.

Conteúdo USP: https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/celulas-tronco-mostram-potencial-para-tratar-lesoes-osseas-em-pessoas-com-osteoporose/

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